TEXTO ÁUREO
"E levantei os meus olhos, e olhei, e vi
um homem vestido de linho, e os seus lombos, cingidos com ouro fino de
Ufaz"
(Dn 10.5).
VERDADE PRÁTICA
Deus revela o futuro, para que o seu povo não fique amedrontado e
confuso.
HINOS SUGERIDOS 77, 125, 500
LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - Mt 7.8 O poder da oração constante
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S
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Terça - Sl 37.1-7 Deus responde a oração sincera
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T
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Quarta - Dn 10.4,5; Ap 1.13-17 A visão de Daniel e João
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Q
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Quinta - Dn 10.13; Ef
6.10-12 Atividade no mundo espiritual
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Q
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Sexta - Dn 10.12-14 Pela oração vencemos as potestades
diabólicas
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S
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Sábado - Ez 37.1-14;
Mt 24.32; Lc 21. 29,30 Israel, a figueira brotando
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S
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel 10.1-6,
9,10,14
INTERAÇÃO
Os anjos são
seres espirituais presentes na Bíblia. Ele está envolvido com o futuro de
Israel, no Antigo Testamento, e com o futuro da Igreja, em o Novo Testamento.
Além disso, os anjos ministram por ordem divina e, por isso, não recebem
adoração em hipótese alguma. Infelizmente, muitos têm ensinado uma falsa
doutrina acerca dos anjos, dizendo que Gabriel está ali, Miguel, acolá. E
Jesus? Onde fica nisso tudo? Prezado professor, você tem uma boa
oportunidade, através do capítulo dez de Daniel, de desmistificar crendices
que não exaltam a Deus e nem edificam vidas.
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OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Discorrer sobre a visão celestial de Daniel.
Explicar o significado do homem vestido de linho.
Saber que os anjos de Deus são
seres espirituais ajudadores.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
para concluir a aula da presente lição, reproduza o esquema abaixo de acordo
com as suas possibilidades. O esquema é uma adaptação da explicação do
teólogo pentecostal escocês, radicado nos EUA, Myer Pearman. Destaque para os
alunos o que a Bíblia revela acerca da natureza dos anjos: são criaturas,
espíritos, imortais e numerosos. A partir da análise da natureza angelical,
enfatize que a Bíblia não nos ensina crendices quanto aos anjos. Boa aula!
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A NATUREZA
DOS ANJOS
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Criaturas
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Espíritos
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Imortais
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Numerosos
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Os
anjos são criaturas. Antes da criação da humanidade eles existiam. Sendo
criados por Deus, os anjos rejeitam adora-
ção
(Ap 19.10; 22.8,9).
Logo, os seres humanos não podem adorá-los (Cl
2.18).
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Os anjos são espíritos, por isso, não são limitados
ao tempo e ao espa-
ço. Têm o poder de assumir forma humana a fim de
comunicarem-se ao sentido dos homens (Gn 19.1-3). Também não são masculinos nem femininos. Os
anjos não têm sexo nem se reproduzem (Lc 20.30,35).
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Os anjos não estão
sujeitos à morte. Nosso Senhor, Jesus de Nazaré, em Lucas 20.34-36, explica que os
ressuscitados no último dia serão iguais aos anjos: nunca mais morrerão.
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As Escrituras
informam-
-nos que o número
de anjos é grande: milhares serviam a Deus (Dn
7.10); mais de doze
legi-
ões (Mt 26.53); um exército
celestial (Lc 2.13).
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COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Ao estudarmos o capítulo dez, precisamos
compreender que já se haviam passado uns quatro anos desde que Gabriel apareceu
a Daniel com uma mensagem da parte de Deus. Era o terceiro ano do reinado de
Ciro da Pérsia, e Daniel era um homem com mais de 90 anos de idade. Mesmo
assim, não desistiu de orar e jejuar em favor do seu povo.
O capítulo dez
trata da última visão do profeta a respeito dos acontecimentos dos últimos
dias.
1. "Foi revelada uma palavra a
Daniel". O capítulo dez tem início com
a visão que Daniel teve a respeito dos acontecimentos dos últimos dias. Neste
capítulo, temos apenas o início da visão e da revelação de Daniel. Deus é
Senhor e tem o conhecimento total e completo do futuro. Sua revelação é
infalível e não deixa nenhuma dúvida.
2. Daniel um homem de oração. Lendo os primeiros versículos do capítulo dez, podemos ver que Daniel estava
mais uma vez se dedicando à oração e ao jejum. Mesmo estando exilado e tendo
que servir a reis pagãos, Daniel não se descuidou de sua vida de jejum e
oração. Ele era um homem que tinha um espírito excelente, por isso Deus lhe
revelou seus desígnios.
Daniel era um homem determinado e consciente
da situação do seu povo. Talvez, por isso, tivesse por três semanas
consecutivas (21 dias) orado, jejuado e
não se ungido com unguento (v. 3). A
perseverança de Daniel em oração fez com que os céus se abrissem. Temos um Deus
que ouve e responde as nossas orações (Jr 33.3). Daniel não desistiu de clamar e
pedir pelo retorno do seu povo. Ele sabia o quanto Deus é Poderoso e que no
tempo certo Ele agiria em favor dos israelitas. O tempo de Deus não está preso
às circunstâncias históricas. No tempo devido, seus desígnios são
concretizados. Daniel, havia entendido que o plano de Deus para o seu povo não
havia findado.
3.
A tristeza de Daniel. " Estive triste por três semanas
completas" (10.2). Não sabemos o
motivo real que trouxe tamanha tristeza e dor ao coração de Daniel. Todavia,
sabemos que ele não se deixou abater por sua melancolia. Daniel continuou a
orar e jejuar, buscando o socorro divino. As adversidades e tristezas desta
vida não podem nos impedir de orar e prosseguir em nossa caminhada. Talvez um
dos motivos da tristeza de Daniel seja o fato de que no terceiro ano de Ciro o
trabalho da reconstrução do Templo havia sido interrompido (Ed 4.4,5,
23,24).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Daniel, um homem de oração, sentiu o peso da tristeza acerca da
revelação das últimas coisas.
1. Um "homem vestido de linho". A visão de Daniel é
muito parecida com a que João teve na ilha de Patmos (Ap 1.12-20) e com a do profeta Ezequiel (Ez 1.26). Acredita-se que, assim como João e
Ezequiel, o profeta Daniel tenha visto o Senhor Jesus Cristo. Tanto João como
Daniel tiveram a mesma reação diante de tal visão: desfaleceram. Eles não
encontraram forças para ficar de pé (Dn 10.8;
Ap 1.17). Homem algum pode resistir diante da glória do Senhor. A visão do Filho do Homem fez com que as
forças físicas de Daniel se esgotassem, todavia, o Senhor enviou um anjo para
tocar o seu profeta (Dn 10.10).
2. "Eis que uma mão me tocou". Daniel é tocado pelo
anjo de Deus e ouve palavras de consolo. Os anjos são seres celestiais reais,
porém nem sempre podemos vê-los (Hb 12.22).
A Palavra de Deus declara que eles são "espíritos ministradores, enviados
para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação" (Hb 1.14). Alguns anjos se rebelaram contra
Deus (Jd 6), cometendo um grave
pecado. Estes foram expulsos do céu.
O número de anjos é imenso (Hb 12.22), porém, no livro do profeta Daniel
encontramos a referência a dois anjos em especial: Gabriel, que ajudou a Daniel
a compreender as revelações divinas (Dn 9.21-27)
e Miguel, o arcanjo, protetor de Israel (Dn 12.1).
No Antigo Testamento, uma das atribuições dos anjos era guardar o povo de Deus
(2 Rs 6.17). Na Bíblia os anjos
também foram utilizados como agentes na execução do julgamento divino (Gn 19.1).
3. "O príncipe do reino da Pérsia". Quem era este príncipe? A maioria dos
teólogos acredita que este príncipe seja um anjo satânico. Estes seres malignos
obedecem ao comando de seu chefe, o Diabo. Neste capítulo, eles aparecem em
oposição ao povo de Deus (vv.13,20). Precisamos de discernimento em relação
aos anjos, pois a Palavra de Deus afirma que o próprio Satanás pode
disfarçar-se em anjo de luz (2 Co 11.14).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A visão de Daniel acerca do homem vestido de linho é semelhante a que o
apóstolo João teve na Ilha de Patmos e com a do profeta Ezequiel.
1. Daniel é confortado por um anjo (10.10-12). Diante da visão o profeta perdeu as suas
forças. Porém, o Senhor envia um anjo para tocar Daniel e restaurar as suas
forças físicas. A mão do anjo tocou o profeta e o ergueu. Observe que Daniel,
"o homem mui desejado," ficou como morto e depois de joelhos diante
do Senhor. No grande dia, como ficarão aqueles que rejeitam e desprezam o Filho
de Deus?
2. O conflito entre o Arcanjo Miguel e o
príncipe do reino da Pérsia (10.13). No capítulo
dez do livro de Daniel, dois príncipes das milícias satânicas são
identificados: "o príncipe do reino da Pérsia" (v.13) e o "príncipe da Grécia" (v.20). Estes príncipes não eram homens comuns,
mas anjos satânicos. Estes anjos caídos só foram derrotados depois que Deus
enviou Miguel, o príncipe de Israel (v. 21).
O anjo que falava com o profeta explicou que o príncipe da Pérsia estava impedindo que a mensagem de
Deus fosse entregue. O propósito de Satanás era impedir que Daniel recebesse a revelação do Senhor.
3. A hostilidade espiritual contra o povo de
Deus. O Inimigo tenta de todas as formas destruir Israel, todavia o Senhor
tem uma aliança eterna com o seu povo. Satanás não pode impedir a bênção de
Deus para Israel. O Inimigo também tenta de todas as formas destruir a Igreja
de Cristo. Ele se opõe a Igreja assim como o rei da Pérsia se opôs a Daniel e
ao anjo do Senhor.
Há resistência espiritual às nossas orações e
a nós. Quando oramos entramos em batalha contra as potestades do mal (Ef 6.12). Israel tem o seu ajudador, o arcanjo
Miguel. A Igreja é guardada pelo próprio Senhor Jesus Cristo, aquele que venceu
as forças do Inimigo ao morrer e ressuscitar ao terceiro dia.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Diante da visão Daniel desfaleceu. Mas, Deus enviou-lhe um anjo para
confortá-lo e reerguê-lo.
CONCLUSÃO
Duas vezes o anjo de Deus tocou em Daniel para que ele pudesse recobrar
as suas forças físicas. O toque de Deus nos anima e nos fortalece para que
possamos, como Daniel, servir ao Senhor com temor e amor.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Exegético
"Uma Visão Celestial de Conflitos Terrenos, 10.1-12.13
A maioria dos intérpretes concorda em que os
últimos três capítulos do livro de Daniel constituem uma unidade. Keil
descreve os conteúdos dessa seção como 'A revelação das aflições do Povo de
Deus Infligidas pelos Governantes do Mundo até a Consumação do Reino de
Deus'. Essa seção não está em forma de sonho ou visão. Ela é uma revelação,
que vem diretamente a Daniel por intermédio de um ser celestial que age como
o mediador da verdade. A expressão foi revelada uma palavra a Daniel (10.1) contém a palavra niglah, a forma
passiva do verbo que significa 'desvendar, manifestar, revelar'. Essa
manifestação culminante experimentada por Daniel veio a ele na forma mais
elevada de revelação, através do encontro direto com a deidade. Keil descreve
essa experiência como uma teofania, uma manifestação ou aparição de
Deus" (PRICE, Ross; GRAY, C. Paul (et al). Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel.
1.ed. vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.538-39).
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"Anjos Caídos
Os anjos malignos, dos quais Satanás é o príncipe (Jo 12.31; 14.30;
Ef 2.2; cf. 6.12), se opõem aos bons (Dn 10.13), perturbam o bem-estar do homem às
vezes adquirindo o controle que Deus tem sobre as forças da natureza (Jó 1.12-19) e as doenças (Jó 2.4-7); cf. Lc
13.16; At 10.38). Eles
tentam o homem para pecar (Gn 3.1-7;
Mt 4.3; Jo
13.27; 1 Pe 5.8) e
espalham falsas doutrinas (1 Rs 22.21-23;
2 Co 11.13,14; 2 Ts 2.2;
1 Tm 4.1). No entanto, sua
liberdade para tentar e testar o homem está sujeita à vontade permissiva de
Deus (Jó 1.12; 2.6).
Embora eles ainda tenham a sua habilitação no céu
e, às vezes, tenham acesso ao próprio trono de Deus (Jó 1.6), serão lançados à terra por Miguel e
seus anjos antes da Grande Tribulação (Ap
12.7-9), e finalmente serão lançados no lago de fogo e enxofre
'preparado para o diabo e seus anjos' (Mt
25.41).
Os anjos, como seres criados separadamente, não se
casam nem se dão em casamento (Mt 22.30;
Lc 20.36). Em contraste, os homens
são todos participantes da raça humana e descenderam do primeiro casal, Adão
e Eva. Deus, portanto, não pode lidar com os anjos através de um
representante e, sendo assim, os anjos caídos não podem ser remidos por um
comandante federal como o homem (por exemplo, 'em Adão' e 'em Cristo' Rm 5.12ss.; 1
Co 15.22).
Com que base Deus, então, separou os santos anjos (Mt 25.31; Mc
8.38) daqueles que pecaram (2 Pe
2.4; cf. Jd 6)? Com base
em sua obediência, amor e lealdade a Ele. Aqueles que seguiram a Lúcifer em
sua rebelião contra Deus (Is 14.12-17;
Ez 28.12-19) desse modo pecaram e
caíram. Alguns destes foram colocados em cadeias eternas (Jd 6), mas os outros ainda estão livres e
ativos e são chamados demônios. Aqueles anjos que continuaram firmes em amor,
lealdade e obediência a Deus foram confirmados em um caráter de justiça.
Assim, os anjos podiam pecar ou permanecer puros até serem totalmente
testados e confirmados em justiça" (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard,
F. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2009, p.139).
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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006.
LAHAYE, Tim; HINDSON
(Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
SAIBA MAIS
Revista
Ensinador Cristão CPAD
nº 60. p.41.
EXERCÍCIOS
1. Como se inicia o capítulo
dez?
R. Com a visão que Daniel teve a respeito dos acontecimentos dos
últimos dias.
2. Qual era o
motivo da tristeza de Daniel?
R. Não sabemos o motivo real que trouxe tamanha tristeza e dor ao
coração de Daniel. Todavia, sabemos que ele não se deixou abater por sua
melancolia. Daniel continuou a orar e jejuar, buscando o socorro divino.
3. A visão de
Daniel no capítulo dez se parece com quais visões?
R. A visão de
Daniel é muito parecida com a que João teve na ilha de Patmos (Ap 1.12-20) e com a do profeta Ezequiel (Ez 1.26).
4. Quem era o "homem
vestido de linho"?
R. Acredita-se que, assim como João e Ezequiel, o profeta Daniel
tenha visto o Senhor Jesus Cristo.
5. Segundo a lição, quem era o príncipe da Pérsia?
R. A maioria dos teólogos acredita que este príncipe seja um anjo
satânico.
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