Lição 12 Voto e
dízimo.
25 de março de 2018
Texto
Áureo
Levítico 27.32
“No tocante a todas as dízimas de vacas e
ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao Senhor”.
Verdade
Aplicada
A contribuição para a obra do Senhor deve ser
feita com alegria e regozijo no coração, pois é um grande privilégio poder
ofertar e dizimar para a causa do Mestre.
Objetivos
da Lição
Explicar a importância dos
votos e dízimos;
Ensinar que dizimar é honrar
a Deus;
Mostrar a necessidade de
investir no Reino de Deus.
Glossário
Benevolência: Boa vontade;
manifestação de afeto, carinho;
Dádiva: Ato ou efeito de dar
algo, de modo espontâneo e desinteressado;
Liberalidade: Disposição de
praticar o bem, sem esperar recompensa.
Leituras
complementares
Segunda Lv 27.3-7
Terça Lv 27.16-21
Quarta Lv 27.28-31
Quinta Ml 3.10-11
Sexta Mt 23.23
Sábado 2Co 9.7-8
Textos
de Referência.
Levítico 27.1-4, 32
1 Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes:
Quando alguém fizer particular voto, segundo a tua avaliação serão as pessoas
ao Senhor.
3 Se for a tua avaliação dum varão, da idade
de vinte anos até à idade de sessenta, será a tua avaliação de cinquenta ciclos
de prata, segundo o ciclo do santuário.
4
Porém, se for fêmea, a tua avaliação será de trinta ciclos.
32 No
tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da
vara, o dízimo será santo ao Senhor.
Hinos
sugeridos.
18, 196, 390
Motivo
de Oração
Peça a Deus que levante mantenedores para Sua
obra.
Esboço
da Lição
Introdução
1. Votos e dízimos.
2. Dízimos no Antigo
Testamento.
3. Dízimos no Novo Testamento.
Conclusão
Introdução
A santidade de Deus exige disciplina e
padrões que o homem deve honrar e obedecer. No passado, para Israel, e no presente, para a Igreja, esses padrões
são essenciais para viver em santidade, conforme Deus ordena.
1. Votos
e dízimos.
O voto particular de uma pessoa era opcional
e voluntário e de caráter muito especial. Uma vez votado, o israelita não
poderia deixar de cumprir o voto. Já o dízimo não era opcional e sim uma
determinação da parte do Senhor, que deveria ser obedecida pelo israelita com
prazer, por poder contribuir para a obra do Senhor.
1.1. Os
votos.
O voto era algo de suma importância e poderia
ser feito em agradecimento por bênçãos recebidas, como também por necessidade
de receber um favor da parte do Senhor. O voto deveria ser feito com
entendimento, para que pudesse ser cumprido o que votou, procurando evitar
votos precipitados. Salomão assim afirma: “Quando a Deus fizeres algum voto,
não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o.
Melhor é que não votes do que votes e não pagues.” (Ec 5.4-5). O voto poderia
ser com respeito a uma pessoa, um animal, uma casa ou campo. Tudo o que fosse
dedicado a Deus deveria ser trazido ao sacerdote e poderia ser resgatado,
conforme estabelecido pela lei.
O voto a Deus era uma prática comum
entre o povo de Israel (Gn 28.20; Nm 30.2-16; 1Sm 1.11; 2Sm 15.8). Talvez um
dos votos mais lembrados e debatidos seja o de Jefté (Jz 11.30-40). Existem
duas correntes de interpretação: a que ele sacrificou a filha e outra que
defende a manutenção da virgindade dela para sempre. No Novo Testamento não há
orientação específica concernente à prática do voto, contudo alguns princípios
são permanentes: cuidado para não usar a prática do voto com intuito de
barganhar com Deus; Deus não se agrada de votos precipitados e promessas não
cumpridas (Ec 5.4-6); o voto não é obrigatório para alcançarmos o favor de Deus
(Mt 7.9-11; Tg 1.5); que todo o nosso ser seja oferecido em “sacrifício vivo,
santo e agradável” (Rm 12.1-2).
1.2. As
bênçãos pela obediência.
O desejo de Deus sempre é de abençoar o Seu
povo, mas a obediência é uma exigência divina para que isto ocorra (Lv 26.3).
As bênçãos se multiplicariam sobre o povo e a abundância estaria presente na
existência de Israel; mas, se o povo se afastasse do Senhor, então o castigo
viria com graus de intensidade, como um aviso para que se voltasse para Deus.
Essas bênçãos decorrentes da obediência levariam o homem a dizimar como um ato
de reconhecimento de que tudo o que recebera era uma dádiva da parte do Senhor.
Essas bênçãos que foram prometidas
no capítulo vinte e seis do livro de Levítico, Israel as alcançará na sua
plenitude na dispensação do milênio, período em que Israel, período em que
Israel estará convertido ao Senhor como nação. Todas as bênçãos tinham o seu
fundamento em só adorar a Deus (Lv 26.1), guardar o sábado (Lv 26.2),
reverenciar o local da habitação de Deus (Lv 26.2) e obedecer a Palavra de Deus
(Lv 26.3). Essa aliança de bênçãos foi dada a Israel, que Deus prometeu
abençoar nesta terra.
1.3. Os
dízimos.
O termo dízimo, do hebraico “ma’ aser ou ma’
asar (no plural) e no feminino ma’ asrah”, tem o sentido de décima parte,
pagamento de uma décima parte. É uma doutrina da Palavra de Deus e muito
questionada por aqueles que não servem ao Senhor, mas aceita com alegria por
todos aqueles que, com um coração sincero, servem a Deus e são alcançados pela
Sua benevolência e liberalidade. Tudo que o cristão faz para o Senhor deve ser
feito com prazer. Portanto, contribuir com o dízimo é um grande privilégio que
o Senhor concede aos Seus filhos.
Sendo a prática de dizimar alvo de
questionamentos, levando muitos a difamar os pastores por causa do dízimo, não
devemos nos envergonhar de sermos dizimistas, pois estamos obedecendo a Palavra
de Deus. Observemos que Jesus disse: “Eu sou a porta”, isto é, quando O
aceitamos, passamos “para o lado de dentro”. Fazendo uma ilustração, seria como
se uma pessoa, estando do lado de fora da casa, quisesse discutir a respeito da
disposição dos móveis dentro da casa. Ela não teria condição de dizer onde os
móveis estariam melhor posicionados, mas quem tivesse dentro da casa teria
condição de fazê-lo. Doutrina bíblica é para os que estão dentro, os que,
“passaram pela porta”. Assim, nós, os que cremos, temos condição de saber que o
dízimo é o melhor para nós, ainda que aqueles que estão do lado de fora nos
critiquem.
2. Dízimos
no Antigo Testamento.
O dízimo é a parte do Senhor e foi dado para
aqueles que exercem o ministério na casa do Senhor: “E eis que aos filhos de
Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério da
tenda da congregação.” (Nm 18.21). O dízimo também é dar honra a Deus.
2.1.
Abraão dizimou.
A primeira menção do dízimo na Bíblia foi
quando Abraão se encontrou com Melquisedeque (Gn 14.20), depois de ser
abençoado por ele (Gn 14.19). É importante observar a sequência dos fatos:
primeiro Abraão é abençoado, depois ele dizima. Assim acontece com os que
servem a Deus. Abraão é o pai da fé dos que creem e como filhos espirituais
devemos seguir o seu exemplo e trazer o que é do Senhor para a Sua casa. Abraão
foi um homem possuidor de muitas riquezas, mas não se tornou um avarento, não
tendo assim nenhuma dificuldade de entregar o seu dízimo.
O discípulo de Cristo não pode ser
regido por dois interesses, o dele e o de Deus. Um deve ter a primazia sobre o
outro e Deus quer ser o principal de nossas vidas. Quando uma pessoa pensa mais
no seu interesse, terá muita dificuldade para cumprir o que Deus estabelece,
principalmente quando se trata da área financeira. O homem se torna um
avarento, amante do dinheiro, um verdadeiro idólatra, mas quando seu interesse
principal é o Senhor, ele se torna uma pessoa abençoada, um fiel dizimista, um
exemplo na casa do Senhor. Abraão acabara de libertar Ló porque era um homem
livre de toda a avareza, como ficou demonstrado diante do rei de Salém e ao
recusar as riquezas de Sodoma e Gomorra. Quem tem as riquezas de Deus não tem
dificuldade de agradar ao Senhor que o enriqueceu.
2.2. O
voto de Jacó.
Jacó neto de Abraão, certamente ouvira seu
pai Isaque o que seu avô fizera diante do rei de Salém e num momento de
encontro com Deus faz um voto (Gn 28.20-22). É nítido que neste episódio, Jacó
está tendo uma experiência com Deus em um momento marcante em sua vida. Notar
que a expressão “dízimo” aparece no final do relato: Deus se revela, fala com
ele e lhe faz promessas. A seguir vem a reação de Jacó: ele declara a grandeza
e majestade de Deus e só então faz um voto. Porém, antes de mencionar o dízimo,
ele declara: “O Senhor será o meu Deus”. O dízimo surge como consequência do
Senhor ser o seu Deus!
Deus estabelece na lei a
necessidade do ensino em família para que as gerações seguintes obedeçam aos
mandamentos do Senhor. É essencial ensinar os filhos a serem dizimistas (Dt
6.6-7).
2.3. A
bênção de ser dizimista.
É importante sabermos que a prática de
dizimar não era restrita a Israel no antigo Oriente Médio. Existia entre os
gregos , egípcios e mesopotâmicos, entre outros, conforme citações da
literatura arcadiana. Em tais culturas, os dízimos eram pagos a deuses ou a
templos, fazendo parte, assim, da piedade religiosa, conforme comentário de R.
N. Champlin. Portanto, pelos relatos acerca de Abraão e Jacó nos tópicos acima,
o dízimo não foi estabelecido em Israel pela lei mosaica. A lei deu conteúdo e
forma à prática do dízimo (Lv 27; Nm 18; Dt 12, 14, 26).
A partir dos textos bíblicos
mencionados, encontramos orientações básicas quanto ao ato de dizimar; como
observou J. G. S. S. Thompson (citado no Dicionário Internacional de Teologia
do Antigo Testamento): 1 – Dízimo de quê? De todos os bens e frutos do trabalho
(Lv 27.30-34); 2 – Dízimo a quem? Levitas e sacerdotes (Nm 18.21-32); e 3 –
Onde entregar? No lugar que o Senhor escolheu (Dt 12.1-14; 14.22-29). Quando há
um despertamento e restauração de comprometimento a partir das Escrituras,
resulta, entre outras coisas, em retorno às contribuições financeiras e
participação com bens materiais para a
manutenção dos serviços religiosos (Ne 9.38; 10.28-29, 33-39; 2Cr 31.2-6).
Porém, não havendo liderança e ensino, há abandono e desprezo, também, na
aplicação dos bens e das finanças em relação ao serviço religioso (Ne
13.10-12).
3. Dízimos
no Novo Testamento.
Não encontramos no Novo Testamento tantos
textos que mencionam a prática de dizimar como no Antigo Testamento, conforme
visto nos tópicos anteriores. Talvez, por esta causa, muitos consideram que não
é uma prática legítima para a Igreja.
3.1. O
tempo da graça.
Logo no primeiro livro do Novo Testamento, há
o registro das palavras de Jesus sobre o dízimo (Mt 23.23). Lucas também
registrou (Lc 11.42). Jesus censura os escribas e fariseus pelo fato de estarem
desprezando a misericórdia, o juízo e a fé. E então o Senhor exorta que
deveriam praticar o mais importante sem omitir a prática de dizimar. Portanto,
não há suspensão dos princípios presentes no ato de dizimar, como:
participação, proporcionalidade, generosidade, regularidade e objetivos bem
estabelecidos.
Todos os discípulos de Cristo podem
observar esses princípios, independente de condição sócio-econômica. Pois se
trata de expressão de amor a Deus, fé, gratidão, reconhecimento e privilégio de
sermos participantes na manutenção das igrejas locais. É um dos sinais da nossa
fidelidade a Deus e de reconhecimento da nossa dependência dEle.
3.2. O
caminho da prosperidade.
Conforme o homem se ocupa com as coisas de
Deus, Deus cuida em abençoar a sua vida (Sl 37.4). Sabemos que a prosperidade
espiritual é a bênção que Deus deseja para a Sua Igreja e essa prosperidade é
acompanhada com o prazer de servi-Lo, ter saúde, ter a bênção sobre a sua
família, desfrutar da comunhão com o Senhor e de contentamento, conforme o
apóstolo Paulo escreve a Timóteo: “Tendo, porém, sustento, e com que nos
cobrirmos, estejamos com isso contentes.” (1Tm 6.8). Como servimos a um Deus
abençoador, temos sido agraciados com bem mais do que merecemos. Por essa
razão, devemos abrir mais as nossas mãos para a obra do Senhor.
O cristão foi chamado por Deus para
ser uma bênção e nessa chamada também está incluso ser uma pessoa próspera.
Deus quer dar aos Seus filhos todos os tipos de experiência (Fp 4.12), para que
o seu coração não fique apegado às coisas materiais, mas que saiba dela
desfrutar nesta vida, sem ser um empecilho para a sua vida espiritual. Ser
abençoado por Deus é um bem que não tem preço, como gratidão devemos ser
liberais na nossa contribuição ao Senhor (Fp 4.19).
3.3.
Semeando muito.
A lei da semeadura é simples: quem planta
muito colhe muito e quem planta pouco colhe pouco (2Co 9.6). Nessa lei também
temos que observar a qualidade da semente, pois quem planta com semente ruim
colherá o fruto do que plantou (Gl 6.7). Temos que ter uma boa semente e
plantar com abundância para colher um fruto bom e com abastança. O diabo quer
nos distrair, fazendo com que gastemos o nosso dinheiro e deixemos de investir
no Reino de Deus, mas os que investem no Reino de Deus estão fazendo o correto,
como nos ensina Jesus: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a
ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros
no céu, onde nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.”
(Mt 6.19.20).
Atentemos para o texto que se encontra na
epístola de Paulo aos Gálatas: “E o que é instruído na palavra reparta de todos
os seus bens com aquele que o instrui.” (Gl 6.6). O dízimo e todas as
contribuições que são trazidas à casa do tesouro são para sustento da obra do
Senhor e para aqueles que exercem o seu ministério na casa do Senhor. Sejamos
gratos a Deus por todas as bênçãos que Ele tem concedido e pelas que ainda
virão.
Conclusão.
O livro de Levítico nos ensina como Deus é
santo e quer que Seus filhos sejam santos assim como Ele é, e que também
devemos ser voluntários em ofertar para a Sua casa, para sustento dos que são
chamados por Ele para servir na sua obra, manutenção do templo local e auxílio dos
mais necessitados.
Questionário.
1. O desejo de Deus sempre é de abençoar o
Seu povo, mas qual a Sua exigência para que isso ocorra?
R: A obediência (Lv 26.3).
2. Qual é a primeira menção do dízimo na
Bíblia?
R: Quando Abraão se encontra
com Melquisedeque (Gn 14.20), depois de ser abençoado por ele (Gn 14.19).
3. Quem, num momento de encontro com Deus,
fez um voto?
R: Jacó (Gn 28.20-22).
4. O que a lei deu à prática do dízimo?
R: Conteúdo e forma (Lv 27; Nm
18; Dt 12, 14, 26).
5. Porque a lei da semeadura é simples?
R: Porque quem planta muito
colhe muito e quem planta pouco colhe pouco (2Co 9.6).
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