Lição
10 Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança.
11 de Março de 2018
TEXTO
ÁUREO
(Hb 10.22)
"Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em
inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo
lavado com água limpa."
VERDADE
PRÁTICA
A Nova Aliança é uma dádiva divina que traz
grandes responsabilidades.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Hb 10.14
Uma única oferta santificou aos que creem
Terça - Hb 10.12
O único ofertante suficiente para o
sacrifício
Quarta - Hb 10.10
Uma única vez, um único sacrifício e a
substituição do culto
Quinta - Hb 10.23
A necessidade de vigilância para continuar
crendo na promessa
Sexta - Hb 10.35
A necessidade de confiança na grande
recompensa
Sábado - Hb 10.36
A necessidade de perseverança para alcançar a
promessa
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 10.1-7,22-25
1 - Porque, tendo a lei a sombra dos bens
futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que
continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
2 - Doutra maneira, teriam deixado de se
oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam
consciência de pecado.
3 - Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se
faz comemoração dos pecados,
4 - porque é impossível que o sangue dos touros
e dos bodes tire pecados.
5 - Pelo que, entrando no mundo, diz:
Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste;
6 - holocaustos e oblações pelo pecado não te
agradaram.
7 - Então, disse: Eis aqui venho (no
princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade.
22 - cheguemo-nos com verdadeiro coração, em
inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo
lavado com água limpa,
23 - retenhamos firmes a confissão da nossa
esperança, porque fiel é o que prometeu.
24 - E consideremo-nos uns aos outros, para
nos estimularmos ao amor e às boas obras,
25 - não deixando a nossa congregação, como é
costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto
vedes que se vai aproximando aquele Dia.
OBJETIVO
GERAL
Mostrar que a Nova Aliança é uma dádiva
divina que traz grandes responsabilidades.
HINOS
SUGERIDOS:
208,242,303 da Harpa Cristã
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se
ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I
refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Saber qual a dádiva da Nova
Aliança;
Apresentar os privilégios da
Nova Aliança;
Explicar as responsabilidades
da Nova Aliança.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Prezado(a) professor(a), nesta lição veremos
os inúmeros privilégios que a Nova Aliança oferece a todos aqueles que creem no
sacrifício de Jesus e buscam se achegar a Deus. Mediante a fé em Jesus fomos
justificados e regenerados e hoje temos livre acesso a presença do Pai. Com
certeza, este é o maior benefício que nos foi concedido pelo Senhor. Todos os
benefícios da Nova Aliança só se tornaram possíveis mediante a obra expiatória
de Jesus Cristo, pois na Antiga Aliança somente o sumo sacerdote podia entrar
no Santo dos Santos uma vez no ano no Dia da Expiação. Hoje por meio do
sacrifício perfeito e eterno de Cristo temos livre acesso à presença de Deus.
Este é um grande privilégio que conduz a uma grande responsabilidade. Como
crentes jamais devemos negligenciar a Nova Aliança menosprezando a graça de
Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O autor sagrado está próximo de concluir a
sua argumentação acerca do sacerdócio e do sacrifício de Cristo. A seção de
Hebreus 10.1-18 é reservada por ele para lembrar, reforçar e concluir os
argumentos anteriormente expostos sobre a singularidade e a eficiência da obra
expiatória de Jesus Cristo. Tendo feito
isso, ele destaca inúmeros privilégios desfrutados pelos crentes que só se
tornaram possíveis graças à superioridade da Nova Aliança. O acesso direto à
presença de Deus, graças à mediação de Cristo, constitui o maior deles. Mas ao
mesmo tempo em que destaca as bênçãos da nova vida em Cristo, o autor também
chama a atenção para as responsabilidades que derivam dela.
PONTO
CENTRAL
A Nova Aliança é uma dádiva divina que traz
grandes responsabilidades.
I - A
DÁDIVA DA NOVA ALIANÇA
1. Uma única oferta. O Antigo Testamento
põe em destaque as centenas de sacrifícios que eram realizados ano após ano no
culto judaico. A quantidade de animais mortos nessas celebrações impressionava.
Especialistas em cultura judaica, e na língua hebraica, afirmam que houve situações
nas quais os filhos de Arão se gabavam de ficar cobertos de sangue sacrifical
até os tornozelos. Em História dos Hebreus (CPAD), no livro "Guerras
Judaicas", o historiador Flávio Josefo fala em centenas de milhares desses
sacrifícios. Para o autor de Hebreus, esses sacrifícios não passavam de uma
sombra da qual Cristo era a realidade (Hb 10.1). Cristo, com uma única oferta,
realizou a obra da redenção (Hb 10.14).
2. Um único ofertante. A oferta foi única,
o ofertante também (Hb 10.12). Aqui, como já havia feito anteriormente, o autor
destaca o ofício de Cristo como sacerdote e rei. Este é o diferencial entre o
sistema sacerdotal do leviticalismo e o do cristianismo. À semelhança de
Melquisedeque, Cristo não apenas oficia como sacerdote, mas também governa como
rei. Depois de fazer a purificação do pecado com seu próprio sangue, Ele, agora
como rei, assentou-se à direita de Deus (Hb 1.3).
3. Uma única vez. Uma única oferta
feita uma única vez por um único sumo sacerdote (Hb 10.10)! Um dos pontos mais
destacados na epístola pelo autor de Hebreus foi o caráter único do sacrifício
de Cristo. Enquanto os sacrifícios da Antiga Aliança necessitavam ser
frequentemente repetidos, o sacrifício de Cristo foi feito uma única vez em
favor de todos os homens. Esse fato demonstra inequivocamente, que por um lado,
os sacrifícios de animais eram imperfeitos e jamais poderiam aperfeiçoar
alguém; e que por outro, deixa claro que somente o sangue de Cristo pode
satisfazer a justiça de Deus.
SÍNTESE
DO TÓPICO I
A Nova Aliança nos concede uma grande dádiva.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
"Quando as pessoas se reuniam para a
oferta de sacrifícios no Dia da Expiação, elas eram lembradas dos seus pecados,
e sem dúvida se sentiam culpadas novamente. O que elas mais precisavam era do perdão
- o perdão permanente e poderoso que destrói o pecado, o perdão que temos em
Cristo. Quando confessamos um pecado a Ele, não precisamos pensar nesse pecado
nunca mais.
Os sacrifícios de animais não podiam remover
os pecados; eles forneciam apenas uma
forma temporária de lidar com o pecado até que Jesus viesse para lidar com o
pecado de forma permanente. Como, então, as pessoas eram perdoadas nos tempos
do Antigo Testamento? Pelo fato de os crentes do Antigo Testamento seguirem o
mandamento de Deus sobre a oferta de sacrifícios, Deus lhes perdoava quando
realizavam seus sacrifícios movidos pela fé. Mas essa prática aguardava, com
expectativa, o sacrifício perfeito de Cristo. O modo de Cristo é superior à
maneira do Antigo Testamento porque o mundo antigo apenas apontava para a obra
excelente que Cristo faria para remover os pecados" (Bíblia de Estudo
Cronológica Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1798).
CONHEÇA
MAIS
*Sobre a importância de congregar
"10.25 Quando vedes que se vai aproximando
aquele dia. O dia da volta de Cristo para buscar os seus fiéis está se
aproximando [...]. Até chegar esse dia, enfrentaremos muitas provações
espirituais e muitas falsificações na doutrina. Devemos congregar-nos
regularmente para nos encorajarmos mutuamente e nos firmarmos em Cristo e na fé
apostólica do novo concerto.
10.26 Se pecarmos voluntariamente. O escritor
de Hebreus volta advertir seus leitores sobre o caso de abandonar a Cristo,
como fizeram em 6.4-8." Leia mais em "Bíblia de Estudo Pentecostal",
CPAD, pp.1914,15.
II - OS
PRIVILÉGIOS DA NOVA ALIANÇA
1. Regeneração. No capítulo oito o
autor já havia contrastado a Antiga Aliança com a Nova, levando em conta o seu
aspecto cerimonial e ritual. Os inúmeros sacrifícios e rituais jamais puderam
produzir mudança interna. A santificação no Antigo Pacto se dava mais no aspecto
cerimonial. Todavia, a grandeza da Nova Aliança está na mudança interna que ela
produz, isto é, no coração (Hb 10.16). O apóstolo Paulo disse o mesmo com
outras palavras (Rm 2.29).
2. Adoração. O autor sacro já
havia destacado que a adoração na Antiga Aliança era imperfeita porque poucos
tinham acesso à presença de Deus. O povo era representado pelos sacerdotes e,
uma vez no ano, pelo sumo sacerdote. Não era uma adoração em espírito e em
verdade (Jo 4.23). Todavia, o autor revela que esse fato mudou. No Novo
Concerto o próprio crente tem acesso ao lugar mais íntimo do santuário por
intermédio de Cristo Jesus, o perfeito sumo sacerdote (Hb 10.19). A única
atitude necessária destacada pelo autor é a de chegarmos a Deus "com
verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da
má consciência, e o corpo lavado com água limpa" (Hb 10.22).
3. Comunhão. O conceito de Igreja
como Corpo vivo de Cristo aparece no pensamento do autor de Hebreus. Embora o
antigo povo formasse uma "congregação no deserto", ele não era uma
igreja no sentido neotestamentário. A existência da Igreja só se tornou
possível depois do Calvário. Como Igreja, os cristãos podem desfrutar da
perfeita comunhão com Cristo e uns com os outros. Sem comunhão, sem congregação,
não há igreja. Ninguém consegue ser crente isolado ou sozinho. Por isso, o
"congregar" é importantíssimo para a saúde espiritual do crente (Hb
10.24,25).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Muitos são os privilégios da Nova Aliança,
mas o acesso direto à presença de Deus, graças à mediação de Cristo, constitui
o maior deles.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Reproduza o esquema abaixo no quadro. Depois
inicie a explicação do segundo TÓPICO da lição fazendo a seguinte indagação:
"Quais os privilégios da Nova Aliança?" Ouça os alunos com atenção e
incentive a participação de todos. Em seguida utilize o quadro para mostrar aos
alunos alguns dos muitos privilégios alcançados pela Nova Aliança.
PRIVILÉGIOS
DA NOVA ALIANÇA
1. Temos acesso pessoal a Deus por meio de
Cristo e podemos nos aproximar dEle sem a necessidade de um sistema elaborado
(Hb 10.22);
2. Podemos crescer na fé, vencer as dúvidas e
os questionamentos e aprofundar nossa relação com Deus (Hb 10.23);
3. Podemos desfrutar a motivação uns dos
outros (Hb 10.24);
4. Podemos adorar juntos (Hb 10.25).
Adaptado de Bíblia de Estudo Cronológica
Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2015, p. 1800.
III -
AS RESPONSABILIDADES DA NOVA ALIANÇA
1. Vigilância. O autor volta às
exortações feitas nos capítulos dois e seis. Não há dúvida de que ele
acreditava que um cristão genuíno pode decair da graça, senão, não teria
sentido algum seu duro tom exortativo. Primeiramente, ele aconselha o crente a
se firmar na fé (Hb 10.23). O autor já havia usado a palavra "reter"
(gr. katecheo) duas outras vezes (Hb 3.6,14). Essa palavra é usada em Lucas
8.15 (ARA) para os que "retêm a palavra" a fim de não se desviarem
dela. Esse apego era justificado segundo a pergunta retórica do autor:
"Quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar
o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi
santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?" (Hb 10.29). Há um preço
alto quando nos falta a vigilância.
2. Confiança. Com o objetivo de
animar a fé dos crentes, o autor faz menção ao histórico da vida deles. Eles
haviam experimentado sofrimento, abandono e até mesmo a espoliação; contudo,
permaneceram firmes. O que estava, portanto, acontecendo agora? Aquela mesma
confiança que haviam tido no passado deveria continuar como um sólido
fundamento (Hb 10.35). Quando o cristão perde a capacidade de confiar, ele
perde a motivação pelas coisas celestiais. O céu é para quem tem esperança!
3. Perseverança. O autor conclui o
capítulo mostrando que na jornada cristã o crente precisa de paciência (Hb
10.36). A palavra grega hypomoné ocorre 32 vezes em o Novo Testamento com o
sentido de "paciência" e "perseverança". Essa palavra
aparece também em Lucas 8.15, referindo-se ao crente que produz fruto com
perseverança. O discipulado cristão, bem como a produção de frutos, demanda
tempo. E para alcançar as promessas de Deus é preciso perseverar até o fim.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Na Nova Aliança há privilégios, mas também
grandes responsabilidades.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
"O autor de Hebreus faz uma série de
exortações e uma delas é: 'Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança'
(Hb 10.23). O autor retorna à sua preocupação pelos leitores, que estão em
perigo de se afastar de sua fé e da confissão da esperança em Cristo (cf.
2.1-3; 3.12-14; 4.1; 6.4-6; 10.26-31). 'Reter firme' significa literalmente não
se desviar nem para um lado nem para o outro', e deste modo significa estar 'firme',
'estável', 'inabalável'. Para os leitores, reter firme sua 'esperança' em
Cristo como judeus convertidos incluía permanecerem firmes em sua fé, crendo
que Jesus Cristo é o seu sacrifício pelo pecado e o seu sumo sacerdote diante
de Deus. A 'esperança', porém, é mais abrangente do que a 'fé', porque inclui
as promessas específicas de Deus sobre o futuro. O incentivo mais forte
possível para continuarem em direção à esperança é o caráter fidedigno de Deus:
'Porque fiel é o que prometeu'. Nossa
esperança é baseada na promessa infalível de Deus; porque não apreciamos e
confessamos isto confiante e ousadamente.
Outra exortação importante é:
'Consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade [ou ao amor]
e às boas obras' (Hb 10.24). Este verso enfoca o 'amor' (Hb 10.24,25), que
completa a tríade com a fé (Hb 10.22) e a esperança (Hb 10.23). Os cristãos
devem encorajar-se mutuamente e estimularem-se uns aos outros ('incitar',
'provocar') às expressões práticas do amor. O objetivo desta ação é o aumento e
o aprofundamento do 'amor e das boas obras' em meio aos crentes. O amor deve
ter 'um resultado prático' e 'uma expressão tangível'" (ARRINGTON, French
L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) COMENTÁRIO Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1602).
CONCLUSÃO
Chegamos ao final de mais uma lição.
Observamos que o autor, neste capítulo, praticamente exauriu o assunto em torno
do sacerdócio de Cristo. A comparação detalhada que ele fez entre os dois
pactos, a Antiga e a Nova Aliança, serviu para mostrar a superioridade desta
última. Cristo tornou possível o que na Antiga Aliança era apenas uma promessa.
Todavia, o cristão não deve se acomodar nem tampouco negligenciar a Nova
Aliança, abusando do poder da graça de Deus. Em vez disso, ele deve demonstrar
vigilância e perseverança no caminhar com Cristo.
PARA
REFLETIR
A respeito de Dádiva, Privilégios e
Responsabilidades na Nova Aliança, responda:
Segundo a lição, o que o Antigo Testamento
põe em destaque?
O Antigo Testamento põe em
destaque as centenas de sacrifícios que eram realizados ano após ano no culto
judaico.
"Enquanto os sacrifícios da Antiga
Aliança necessitavam ser frequentemente repetidos, o sacrifício de Cristo foi
feito uma única vez em favor de todos os homens." O que esse fato
demonstra?
Esse fato demonstra
inequivocamente por um lado que os sacrifícios de animais eram imperfeitos e
jamais poderiam aperfeiçoar alguém e, por outro lado, deixam claro que somente
o sangue de Cristo poderia satisfazer a justiça de Deus.
Em que está fundamentada a grandeza da Nova
Aliança?
A grandeza da Nova Aliança está
na mudança interna que ela produz, isto é, no coração (Hb 10.16).
Segundo a lição, por que não há dúvida para o
autor de Hebreus que o cristão poderia cair da graça?
Não há dúvida que o autor
acreditava que um cristão genuíno pode decair da graça, senão, não teria
sentido algum seu duro tom exortativo.
O que o autor de Hebreus destaca sobre a
jornada da vida cristã?
O autor destaca que na jornada
da vida cristã o crente precisa de paciência (Hb 10.36).
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 73, p41.
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