Lição 6 O Senhor,
Justiça Nossa.
7 de maio de 2017
Texto
Áureo
Jeremias 23.6
“Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel
habitará seguro; e este será o nome, com que o nomearão: O Senhor, Justiça
Nossa.
Verdade
Aplicada
Em Jesus somos perdoados e recebemos
justificação por intermédio de Seu sangue.
Objetivos
da Lição
Reconhecer que somos dependentes
da justiça divina;
Entender que deus é um Justo
Juiz;
Aprender que tem horas que
chorar é preciso.
Glossário
Alosna: Absinto; planta
composta, de sabor amargo e aromático;
Calabouço: Prisão subterrânea;
cárcere sombrio;
Conjuntura: Acontecimento, ato,
ocasião; dificuldade, oportunidade.
Leituras
complementares
Segunda Jr 23.3
Terça Jr 23.4
Quarta Jr 23.6
Quinta Jr 23.7
Sexta Jr 23.10
Sábado Jr 23.11
Textos de
Referência.
Jeremias 23.1-2, 5
1 Ai dos
pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
2 Portanto,
assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu
povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as
visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.
5 Eis que
vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo
rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Hinos
sugeridos.
156, 311, 450
Motivo de
Oração
Ore pelos pastores e líderes que lutam por
justiça e retidão.
Esboço da
Lição
Introdução
1. Deus é a nossa justiça.
2. O Senhor é Justo Juiz.
3. Deus protege os injustiçados.
Conclusão
Introdução
Nesta lição estudaremos, dentro do livro do
profeta Jeremias, sobre a grandiosa e magnífica justiça do Eterno Deus, isto é,
o Seu modo de agir. Em outras palavras, o Seu proceder em favor dos homens.
1. Deus é
a nossa justiça.
Todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus. Não há justo, nem um sequer (Rm 3.23). Fomos declarados justos por causa
da obra de Cristo em nosso lugar e em nosso benefício. Agora, estamos quites
com a justiça divina e nenhuma condenação pesa mais sobre nós (Rm 8.1).
1.1. Quem
ainda não sofreu uma injustiça?
Injustiça é a prática de violar padrões do que
é justo. Sofrer injustiça é uma das coisas mais doloridas de lidar. Quando isso
acontece, a revolta toma conta de quem é alvo de injustiças. Na Bíblia, há
muitos relatos de pessoas que sofreram injustiças. Jeremias, por exemplo, foi
posto em um calabouço (Jr 37.16), jogado na lama (Jr 38.6), desprezado pelos
amigos e familiares, apenas por ser justo diante de Deus. Jeremias nos adverte
que “ai daquele que edifica a sua casa com injustiça” (Jr 22.13). Por isso
Jeremias vivia na presença de Deus (Jr 12.3).
Quando o Senhor levantou Jeremias
como profeta em Judá, lhe revelou o nome de Jeová Tsidkenu, prometendo
justificar o seu povo: “Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará
seguro; e este será o seu nome, com que o nomearão: O Senhor, Justiça nossa.”
(Jr 23.6). Jeová Tsidkenu nos descreve que Deus é Juiz e julga com justiça,
amparando os que são injustiçados e castigando os injustos com as consequências
de suas iniquidades. Ele é a nossa justiça. Só andamos pelas veredas da justiça
porque fomos justificados (Rm 5.1). No tempo dos monarcas, o povo judeu viveu
períodos de grandes injustiças (2Rs 17.3-4; 18.13, 16; 23.33). A justiça de
Deus fez com que o Senhor Jesus levasse as nossas iniquidades, sofrendo o
castigo que era nosso, para nós, os pecadores, pudéssemos ser curados, salvos,
purificados e justificados diante dEle (Is 53.4-5; 2Co 5.21).
1.2. Os
líderes destruíam o povo.
Jeremias conhecia muito bem o sacerdócio, pois
nasceu neste ambiente religioso. Ele lamenta que os falsos líderes tenham feito
a cabeça do povo (Jr 5.30-31). Jeremias descreve os falsos líderes assim: “Ai
dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.”
(Jr 23.1). Esta passagem mostra a conduta errada dos líderes de Judá. Eles não
amavam o povo como o Senhor os ama! O interesse deles era o dinheiro (Jr 5.31;
6.13). Para eles, ser profeta era uma posição de destaque e honra. Eram sábios
para o mal e não para o bem (Jr 4.22). Deus não aprova líderes assim. Ele chama
homens que amem e para que guiem Suas ovelhas na graça e no conhecimento (2Pe
3.18).
Estamos vivendo dias tristes no que
concerne a muitos que se intitulam como verdadeiros líderes cristãos. Todos os
dias, templos evangélicos estão sendo abertos, não por gerência divina, mas por
mera soberba e ambição de seus líderes. Líderes que se acham no direito de
administrar a vida das pessoas a seu bel prazer, corrompendo a pregação
legítima do Evangelho. A Bíblia nos adverte que todos nós daremos conta dos
nossos atos no dia do juízo (Rm 14.12).
1.3.
Encher o povo de falsas esperanças.
Os sacerdotes e profetas contemporâneos a
Jeremias viviam uma situação não muito confortável diante de Deu: “Cometem
adultérios, e andam com falsidade, e esforçam as mãos dos malfeitores, para que
não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os
moradores dela, como Gomorra.” (Jr 23.14). Esta situação perversa deixava o
Senhor indignado: “Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos acerca dos
profetas: Eis que lhes darei a comer alosna, e lhes farei beber águas de fel.”
(Jr 23.15). Os falsos profetas enchiam o povo de falsas esperanças, prometendo
recompensas sem mudança de vida. Deus nos chama sempre ao arrependimento (2Co
5.17, 20).
Se voltarmos um pouco no tempo,
recordaremos que Jeremias tinha tudo para ter uma vida calma no sacerdócio (Jr
1.1). Só que de repente veio o chamado de deus, que traria uma mudança radical
na vida deste homem. Esta foi uma enorme mudança, um grande desafio na vida de
Jeremias.
2. O
Senhor é Justo Juiz.
A justiça é um dos valores mais desejados pelas
pessoas de bem. O salmista Davi sabia muito bem disso (Sl 28.7). Deus em toda a
história sempre deixou provas que devemos confiar nEle incondicionalmente.
2.1.
Chorar era preciso.
O profeta Jeremias é um dos profetas de Judá
que não se cansava de chorar pelo povo. Isso aconteceu numa época em que o juízo
de Deus já havia sido comunicado ao povo através do próprio Jeremias. Diante de
tamanha destruição que estava por vir, o desprezo do povo pela verdade fez
Jeremias se ver em prantos diversas vezes em decorrência de amar a sua nação.
São elas: quando o povo abandona o Senhor (Jr 2.3) e foi enganado com palavras
falsas (Jr 7.4); quando os falsos profetas profetizaram palavras fingidas (Jr
28.11); quando as mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos e lhes
serviram de alimento na destruição (Lm 4.10); quando viu a aflição por causa
dos juízos do Senhor sobre o povo (Lm 3.1). Jeremias deu a resposta de tanto
choro: “Por estas coisas, choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em
águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma;
os meus filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo”. (Lm 1.16).
Na Babilônia, diante do furor do rei
Nabucodonosor, vemos que o Senhor continuamente esteve com o Seu povo. Outro
exemplo claro de que o Senhor nos protege aconteceu na fornalha, aquecida sete
vezes mais, com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, pois, de uma forma linda e
extraordinária, o Senhor os livrou (Dn 3.19). Naqueles dias, não era raro
penitenciar os amotinados às leis reais, atirando-os na fornalha ardente.
Jeremias fala de Zedequias e Acabe, os quais o rei da Babilônia assou no fogo
(Jr 29.22). Nabucodonosor estava habituado a ver corpos sendo disseminados em
suas fornalhas na Babilônia. Jeremias ficou conhecido como profeta “chorão”.
Segundo a tradição judaica, ele escreveu o livro Lamentações sentado sobre um
monte próximo a Jerusalém, olhando do alto a cidade sendo devastada. Ele,
diante de tamanha tragédia, lamenta o fato do povo não ter ouvido suas palavras
e evitado tamanha dor e desgraça sobre a nação.
2.2. O
Senhor que nos encoraja.
Jeremias não encontrou o Senhor mostrando-se
valente. Deus o fez valente. A força verdadeira não vem de quem o Senhor chama
e sim do Senhor (Sl 28.7)! Paulo disse: “Posso todas as coisas naquele que me
fortalece”. (Fp 4.13). Grande parte das nossas vidas passamos por lutas e
provações, mas não podemos admitir que o Diabo entre na brecha e nos afaste de
Deus (Ef 4,27, 32). Deus encorajou Jeremias, dizendo: “Assim diz o Senhor:
Põe-te no átrio da casa do Senhor, e dize a todas as cidades de Judá, que vêm
adorar na casa do Senhor, todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do
Senhor, todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não esqueças nem
uma palavra”. (Jr 26.2).
Nossa vida cristã não pode ser vivida
na fraqueza, pois a graça do Nosso Senhor Jesus Cristo nos fortalece dia-a-dia.
A salvação que ganhamos nos resgata de qualquer pequenez espiritual.
2.3. O
profeta não pode desanimar em meio às adversidades.
Jesus disse que um profeta não é honrado na sua
própria terra (Jo 4.44). Isso aconteceu com Jeremias (Jr 26.8-9). O profeta
Jeremias tinha expectativas que muitos poderiam acordar do sono espiritual que
estavam e ainda poder usufruir das bênçãos de Deus em meio àquela conjuntura
tão humilhante (Jr 13.9-10). O profeta não desiste da palavra de esperança e
aconselha o povo: “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o
Senhor”; “Ó Senhor, Esperança de Israel!” (Jr 17.7, 13ª).
O profeta Jeremias sabia que estava
se multiplicando a iniquidade em Judá. Era notório que todo o tipo de maldade
estava presente. Os habitantes estavam impregnados pelo pecado. Mesmo assim, o
profeta Jeremias intercedia pelo povo, pedindo a Deus que tivesse misericórdia
do povo por causa do juízo que estava por vir (Jr 7.16).
3. Deus
protege os injustiçados.
Podemos confiar na justiça de Deus sempre! Ele
está atento a todo mal que possa vir sobre nós (Is 41.10). Seu amor não tem
fim. Que estejamos seguros quanto ao cuidado do nosso Senhor (Sl 55.22). No
momento oportuno, o Senhor nos livrará, pois não se agrada de injustiça
praticada contra Seus filhos.
3.1. Sua
missão era maior que sua dor.
Jeremias ocupou posição de grande destaque como
profeta. Os reis se sucediam no trono, o ambiente era de intrigas e apostasia. Durante
quarenta anos, o profeta passou por diversos tormentos em Judá: “Ah! Entranhas
minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não
me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido
da guerra”. (Jr 4.19). Com todo sofrimento, com toda a sua dor, com toda
angústia, ele não desistiu. Ele sabia que sua missão era maior do que sua dor.
O Eterno Deus salva os que são
injustiçados e pune os injustos. O povo do Senhor é sempre alegre (Fp 4.4),
pelos benefícios que o Senhor tem feito (Dt 26.11). As marcas que o profeta
Jeremias trazia no corpo não foram suficientes para calar o homem escolhido por
Deus para entregar a Sua Palavra.
3.2. As
tentativas de calar Jeremias.
A deportação do povo Judeu para a Babilônia
estava às portas e Jeremias sentiu muito o peso da responsabilidade de ser o
último mensageiro de Deus para chamar este povo ao arrependimento. Pelo fato de
sua mensagem ser muito pessimista, ele foi chamado de falso profeta por todos.
Um dos fatores que mais agravaram esta situação foi que os falsos profetas
anunciavam paz e prosperidade a todos (Jr 14.11-16). Embora acusado por todos,
Jeremias não se calou. A Bíblia diz que obedecer é melhor do que sacrificar
(1Sm 15.22).
O profeta Jeremias sofreu dores físicas
e emocionais e emocionais imensas, mas, apesar dessas lutas, ele se sentiu
instigado a desempenhar sua missão. Ele disse: “Ah! Entranhas minhas, entranhas
minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não posso me calar,
porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. (Jr
4.19). Tentaram calar o profeta Jeremias, mas o amor ao Senhor o fez persistir.
3.3.
Jesus Cristo é o preço pago para nossa justiça.
É impossível nos apresentarmos diante de Deus
sem que seja por intermédio do Senhor Jesus (1Tm 2.5). Apenas pela justiça do
Pai em Cristo, o pecador pode ser considerado inocente. No tribunal celestial,
Jesus é o Advogado que comparece diante do Juiz (Deus), com o intuito de
inocentar o réu de sua merecida culpa (1Jo 2.1). A justiça redentora de Deus é
testemunhada na obra do Mestre na cruz do Calvário, mostrando Seu imenso amor
pela humanidade.
Nosso advogado é o Filho do próprio
Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo se oferece como aquele que nada deixa faltar
aos Seus discípulos. Além de advogar nossas culpas junto ao Justo Juiz (Deus), nosso Bom Pastor
ainda refrigera nossa alma e nos guia por caminhos tranquilos (Sl 23).
Conclusão.
Nós temos um advogado! Não porque aspiremos
pecar sucessivamente, mas porque sabemos que somos fracos e que, por isso, o
Senhor colocou um Salvador sobre nós. Jesus Cristo, o advogado fiel, nos livra
do peso e das decorrências do pecado.
Questionário.
1. O que Deus exige dos líderes?
R: Que amem e guiem Suas ovelhas
na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).
2. Quais eram os pecados dos profetas e
sacerdotes contemporâneos de Jeremias?
R: Cometiam adultérios, andavam
em falsidade e fortaleciam os malfeitores (Jr 23.14).
3. Quem disse que um profeta não é honrado em
sua terra?
R: Jesus (Jo 4.44).
4. O que a Bíblia diz sobre a obediência?
R: Que obedecer é melhor do que
sacrificar (1Sm 15.22).
5. Onde está escrito que Cristo é o mediador
entre Deus e os homens?
R: 1 Timóteo 2.5.
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens
e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103,
publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
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