Lição 10 O profeta
desce a casa do Oleiro.
4 de Junho de 2017
Texto
Áureo
Jeremias 18.2
“Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te
farei ouvir as minhas palavras”.
Verdade
Aplicada
Não era somente Jeremias que deveria descer até
a casa do oleiro. O povo precisava aprender sobre quem era Deus e os planos que
tinha para a nação.
Objetivos
da Lição
Mostrar que bom é ouvir o
Senhor;
Explicar que estamos na mão do
melhor oleiro;
Mostrar aos alunos que temos
que descer para subir.
Glossário
Acomodação: Ato de acomodar;
adaptação; conforto; comodidade;
Interpelar: Interromper quem fala,
perturbar por súbito apelo; intimar;
Suntuoso: Que custou muito
dinheiro; luxuoso, magnificente, pomposo.
Leituras
complementares
Segunda Jr 18.7
Terça Jr 18.8
Quarta Jr 18.9
Quinta Jr 18.10
Sexta Jr 18.11
Sábado Jr 18.12
Textos de
Referência.
Jeremias 18.2-6.
2 Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te
farei ouvir as minhas palavras.
3 E desci à casa do oleiro, e eis que ele
estava fazendo a sua obra sobre as rodas.
4 Como o vaso, que ele fazia de barro se
quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que
pareceu bem aos seus olhos fazer.
5 Então, veio a mim a palavra do Senhor,
dizendo:
6 Não poderei eu fazer de vós como fez este
oleiro, ó casa de Israel? - diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do
oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
Hinos
sugeridos.
400, 432, 440
Motivo de
Oração
Ore para que os pais consigam ensinar ainda
mais sobre Deus para os filhos.
Esboço da
Lição
Introdução
1. O Grande Oleiro está
aperfeiçoando o Seu povo.
2. E preciso descer na presença
de Deus.
3. É preciso levantar e
despertar.
Conclusão
Introdução
Somos vasos feitos pelos oleiro (Deus). Ainda
que a nossa vida tenha sido quebrada por desilusões, frustrações, temores e
aflições, Deus está disposto a nos restaurar e fazer de cada um de nós um vaso
novo.
1. O
grande Oleiro está aperfeiçoando o Seu povo.
O Senhor Deus utiliza uma parábola para
ilustrar o Seu agir em relação ao Seu povo. Assim como o oleiro é capaz de
continuar trabalhando com o material, mesmo que o vaso tenha se quebrado,
também o Grande Oleiro poderia restaurar a nação de Israel, caso se
arrependesse (Jr 18.6-8).
1.1. Jeremias
desce à casa do oleiro.
Deus deu duas ordens ao profeta Jeremias:
“Levanta-te e desce” (Jr 18.2). Levantar-se é tomar uma posição é se colocar na
maneira correta que o Senhor quer. Para fazer a Sua obra não pode ser de
qualquer jeito (Jr 48.10). Existem muitos irmãos que até querem fazer a vontade
de Deus, mas não querem se colocar na posição que o Senhor orienta. A obra de
Deus deve ser feita como Ele quer! Alguns até ficam abatidos e põem-se a chorar
e lamentar como Jeremias (Lm 3.49). Mas a ordem de Deus para ele foi:
“Levanta-te e desce”! Quer ser abençoado? Levante a cabeça e desça na presença
do Senhor.
Em toda a narrativa da humanidade, o
homem sempre quer estar por cima dos outros. Seu desejo é ter sucesso,
importância, fama, dinheiro status. Tudo isso as pessoas procuram, todo mundo
quer ascender na vida! Para nós, cristãos que quer ser vitorioso na caminhada
neste mundo, progredir como membro do Corpo de Cristo e crescer na graça e no
conhecimento de Jesus Cristo, o único caminho é a submissão. Para subir,
primeiro tem que descer! Descer significa: se quebrantar diante do Senhor de
Israel, reconhecer que nada somos e que Deus é tudo. É estar afetuoso à voz de
Deus.
1.2. O
povo de Deus tem que ser paciente.
Um dos aprendizados do profeta Jeremias na casa
do oleiro foi o exercício da paciência. Nos dias atuais, a paciência é um
artigo de luxo, uma vez que é pouco utilizada. O vaso quebrou na mão do oleiro.
Ele não reclamou, mas tornou a fazer outro vaso com a mesma alegria (Jr 18.4).
Enquanto o povo de Deus estiver na terra, ele está sendo aperfeiçoado
continuamente. Este aperfeiçoamento passa, às vezes, pela disciplina,
quebrantamento e provação (1Pe 5.10; Fp 1.6).
Quando o assunto é paciência, nossos
olhos incidem sobre a figura de Jó (Jó 6.11). Embora nem todos conheçam os
aspectos da vida desse personagem bíblico, sua vida foi admirável e de plena
confiança na providência divina. Jó em meio a toda provação não se desesperou,
prosseguiu a depositar todo o seu amor em Deus e sua esperança na misericórdia
dEle. Por isso, foi ressarcido. O Senhor lhe devolveu em dobro tudo o que ele
havia perdido É a paciência que nos permite confiar sempre na soberania de Deus
(Tg 5.10-11).
1.3. Deus
pode contar conosco?
O Senhor está nos observando! É na submissão a
Ele que está a nossa vitória. Necessitamos fazer a vontade do Senhor, mesmo que
não a compreendamos, assim como fez o profeta Jeremias. Ele poderia ter
discutido sobre o que iria aprender com o oleiro, mas não fez isso. Pelo
contrário, ele atendeu à ordem do Senhor sem interpelar e lá pôde ouvir a voz
do Eterno Deus (Jr 18.5). Se Deus nos deu uma missão, não tardemos em cumpri-la
e, assim assistiremos o agir de Deus em nossas vidas!
Jeremias não poderia estar no mesmo nível
espiritual do resto do povo de Israel. Ele precisava ser diferente dos outros
para tal missão. Deus contou com Ester para que o rei tivesse compaixão do Seu
povo. Deus chamou Moisés para libertar o povo do Egito. Deus levantou Davi para
governar o Seu povo. Deus escolheu Paulo para plantar Suas igrejas na terra.
Assim como Deus contou com estes homens e mulheres, Ele conta conosco para
realizarmos a Sua obra.
2. É
preciso descer na presença de Deus.
A segunda ordem do Senhor ao profeta Jeremias foi:
“desce” (Jr 18.2). Descer significa se humilhar diante do Senhor, reconhecer
que nada somos e que Deus é tudo. É estar sensível à voz de Deus. Essa é a
parte mais complicada, porque, para o cristão subir, ele tem que descer. É na
humildade que está a vitória. Podemos descer na presença do Senhor de várias
maneiras, tais como jejum, adoração e oração (Sl 145.18-19). O Senhor humilha
os exaltados, mas exalta os humilhados (Tg 4.6).
2.1. José
teve que descer para subir.
José, o filho mais novo de Jacó, foi lançado
por seus irmãos em um poço, porque eles invejavam o carinho que seu pai
apresentava por ele (Gn 37.24). Depois de ser atirado neste poço, ele é vendido
como escravo e lançado em uma prisão, até ser exaltado por Deus como o segundo
homem mais poderoso do Egito, a grande potência da época (Gn 41.38, 45).
O Senhor ouve as nossas orações, até
mesmo se estivermos na mais profunda cova (Lm 3.55, 57). Em geral, quando
pensamos em cova, nos vem à memória morte, sepultura, dor e provação. Os irmãos
de Jose´, movidos por uma inveja descabida, queriam mata-lo. Entretanto, Deus
usou a cova para abençoar a vida de José. A inveja dos irmãos de José fez com
que eles o comercializassem como escravo para o Egito (Gn 37.18, 28). Nós temos
uma visão muito restrita do presente e do passado. Por outro lado, Deus tem uma
visão plena de tudo. Nossa visão é imperfeita. Ele faz com que todas as coisas
contribuam para o bem daqueles que o amam (Rm 8.28). Deus estava preparando
José para ser o segundo homem mais importante da terra e, assim, livrar mais
tarde o seu próprio povo da fome, para que a promessa de Deus a Abraão se
cumprisse, de ser uma nação tão numerosa quanto as estrelas do céu (Gn 15.5).
2.2.
Paulo, o homem que caiu para esse mundo e suas tolas convicções.
Paulo precisou cair em terra para ouvir a voz
do Senhor. Todavia, sua visão se abriu para ver o mundo sob nova perspectiva. O
que é mais marcante nesta narrativa é que o próprio Jesus, a quem ele tanto
perseguia, lhe diz: “Saulo Saulo, por que me persegues”? (At 9.4). Neste
momento, este homem tem a sua vida transformada de uma maneira tão intensa que
o grande perseguidor de cristãos se torna perseguido devido a intensidade de
suas pregações.
Deus conhecia Paulo e o separou para
ser um vaso em Suas mãos. Depois que Paulo caiu por terra, ao ouvir a doce voz
do Senhor falando com ele, nunca mais foi o mesmo. Passou por diversas
provações, mas sempre levantava a cabeça e ia adiante, pois tinha a certeza que
Deus estava com ele. Tornou-se, sem dúvida alguma, um grande missionário e
plantador de igrejas.
2.3.
Zaqueu, o homem que não foi mais o mesmo.
Descer é colocar-se dependente e submisso a
Jesus, isto é, aprender com o Mestre, que, sendo de condição divina, se fez um
de nós (1Co 5.21). Os impostos cobrados por Zaqueu eram direcionados para o
imperador romano. Os judeus tinham que pagar pesados tributos por intermédio
destes cobradores, que eram odiados por fazerem este tipo de serviço,
considerado sujo, para Roma. Entretanto, Jesus levanta o olhar e diz: “Zaqueu,
desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa”. (LC 19.5). Jesus,
embora fosse judeu como os demais, apresentava algo a mais, como amor,
compaixão, piedade, etc. Este encontro mudou a vida de Zaqueu. Ele nunca mais
foi o mesmo depois deste momento.
Quando adentra em nossos corações,
Jesus transforma toda nossa história. Assim foi com Zaqueu. Este homem queria
ver Jesus, não se importando se alguém iria achar vergonhoso que um homem como
ele subisse em uma árvore no meio da rua, como se fosse uma criança. O que lhe
importava naquele momento era ver Jesus. Zaqueu nunca mais foi o mesmo. Ele
passou a ser atraído pelo amor de Cristo.
3. É
preciso levantar e despertar.
O profeta Jeremias precisou tomar uma atitude,
isto é, se preparar, sair de um estado de acomodação, colocar-se na posição que
Deus queria, para fazer a Sua vontade. Não devemos estar apenas na igreja, é
preciso estar nas mãos do oleiro. O eterno Deus quer ser o oleiro que modelará
nossas vidas. Por isso Ele falou: “Não poderei eu fazer de vós como fez este
oleiro”? (Jr 18.6). Imediatamente, o profeta Jeremias se levanta, sai da
posição de inércia, desce à casa do oleiro e lá o Senhor palestra com ele. Deus
está requerendo de nós que marchemos em Sua obra para Ele palestrar com cada um
de nós.
3.1. A
casa do oleiro.
Como o barro estava na mão do oleiro, assim
estava o povo de Israel na mão de Deus (Jr 18.6). A casa do oleiro é um lugar
de aprendizado. O Senhor nos transmite duas lindas lições importantíssimas na
casa do oleiro. A primeira é que na casa do oleiro é lugar de ouvir a voz de
Deus. Ao escutarmos a Palavra do Senhor, nosso caráter é moldado e
transformado, aproximando-nos mais de Deus. A segunda lição que aprendemos é
que a casa do oleiro é um local onde aprendemos ser humildes. Lá aprendemos a
abandonar o nosso egoísmo, pois afinal, somos todos irmãos. É o lugar onde, ao
chegarmos, nos ajoelhamos em sinal de humilhação. Então, que possamos descer
todos os dias à casa do oleiro para o Senhor falar conosco e moldar nosso caráter.
O oleiro que Jeremias observou
representava o próprio Deus, cuidadoso e bondoso, que nos aprimora em nossa
timidez e anseia ter um relacionamento familiar conosco. Deus, o nosso oleiro,
mesmo com toda Sua força e poder, escolheu amar um “objeto” tão frágil e cheio
de limitações, que somos nós. Se abandonados à nossa própria sorte, somos como
o barro, sem vida e sem forma. Deus é o oleiro que toma esse barro, trabalha
nele e o modela segundo o Seu desejo. O barro é totalmente dependente nas mãos do
oleiro. Ele fica no formato que o oleiro deseja. O oleiro é especialista em
fazer do barro o que lhe agrada. Foi o Senhor quem nos fez e nos desenhou. Ele
é quem nos molda segundo o Seu querer e para os propósitos imperantes da Sua
vontade.
3.2. Um
vaso na mão do oleiro.
A definição da palavra oleiro nada mais é do
que aquele que produz objetos de barro, entre eles, o vaso. A quebra do vaso
tinha o intuito de alertar o povo de Israel de seus graves pecados (Jr 18.4).
Representava o julgamento da nação de Israel. Judá estava passando de vaso de
honra para vaso de desonra e, por fim, seria destruído (2Tm 2.20-21). Assim,
como vaso de honra, sejamos dependentes do oleiro (Deus), sabendo que a força,
o poder e o tempo estão em Suas mãos. Que possamos refletir que tipo de vaso
estamos sendo na mão do Senhor! Vasos de honra ou vasos de desonra?
O vaso é uma obra de arte do oleiro.
Nós também somos uma obra de arte, moldados pelo melhor oleiro que é o Senhor.
O oleiro, com seu treinamento e calma, molda o barro, que, na roda do oleiro, é
inteiramente submisso dEle. Quando está dando forma ao vaso e por algum
acidente ele quebra, o oleiro torna a unir a massa e com toda paciência faz
outro vaso, ainda melhor que o primeiro. Ele jamais abandona o vaso fragmentado
em suas mãos. Deus jamais nos abandona, mesmo quando estamos quebrados pelos
problemas desta vida. Devemos sempre ser vasos de honra nas mãos do Senhor.
3.3. As
fases do barro.
O barro passa por algumas fases na mão do
oleiro. São elas: fase da escolha, fase do curtimento, fase do pisamento, fase
dos acréscimos e, por fim, a fase do molde. O ensinamento que fica para nós
nestas fases é que, se quisermos ver vasos de honra, devemos aprender com as
adversidades na caminhada da vida. O barro demonstra como devemos estar nas
mãos do Senhor Deus faz com que o barro seja amolecido. Amassa-o, molda-o e
depois o leva ao fogo. Então, depois dessa arte, surge um vaso suntuoso,
proveitoso e valioso. Surge um vaso de honra!
O barro em seu estado seco, não serve
para ser manipulado pelo oleiro. Existe todo um processo de recolhimento até a
mistura com água e ser pisado, até sair todas as bolhas de ar, para não
enfraquecer na fora de ir ao forno. Após passar por todo este processo, o barro
enfim, se torna mais resistente, estando pronto para ser modelado e pintado.
Conclusão.
Nesta lição, a qual estudamos sobre o oleiro,
aprendemos mais sobre a soberania do Senhor Deus no processo de moldagem e
restauração dos vasos. Ele reconstrói até o que se destrói e que o mais
importante não é o barro, mas as mãos que estão nele.
Questionário.
1. Quais as duas ordens que Deus deu a Jeremias?
R: Levantar-se e descer (Jr 18.2).
2. Qual foi um dos aprendizados do profeta
Jeremias na casa do oleiro?
R: O exercício da paciência (Jr
18.4).
3. Como podemos descer na presença do Senhor?
R: Através do jejum, adoração e
oração (Sl 145.18-19).
4. Cite duas pessoas que tiveram que descer
para poder se achegar a Cristo?
R: Paulo e Zaqueu (Lc 19.5).
5. Qual era o intuito da quebra do vaso?
R: Alertar o povo de Israel de
seus graves pecados (Jr 18.4).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens
e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103,
publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
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