segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Lição 3 A importância de buscar com zelo os valores perdidos.



Lição 3 A importância de buscar com zelo os valores perdidos.
18 de outubro de 2015.

Texto Áureo
Lc 15.10
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”.

Verdade Aplicada
Existem pessoas que somente acendem a luz quando se dão conta de que perderam algo de valor. A perda pode revelar as trevas que imergem as nossas vidas.

Objetivos da Lição
Apresentar o significado espiritual de uma dracma perdida dentro da própria casa;
Ensinar como Jesus utiliza a perda dessa mulher para expressar o amor de Deus por um a alma perdida;
Discorrer acerca dos muitos valores perdidos em nossos dias.

Glossário
Diligente: cuidadoso;
Tiara: enfeite que prende os cabelos;
Fagulha: Uma faísca.

Leituras complementar:
Segunda       Is 9.2
Terça              Ef 5.8
Quarta           Lc 1.50
Quinta           2Rs 6.5, 6
Sexta             1Co 12.31
Sábado          Mt 6.26

Textos de Referência.
Lucas 4, 6-8
4 Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
6 E, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha perdida.
7 Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
8  Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?

Hinos sugeridos.
107, 186, 570

Motivo de Oração
Ore para que o amor pelos perdidos aumente em seu coração.

Esboço da Lição
Introdução
1. A dracma perdida.
2. As descobertas de uma procura.
3. Em busca dos valores perdidos.
Conclusão

Introdução
Embora o capítulo 15 de Lucas trate três verdades de salvação em uma mesma parábola, destacaremos aqui apenas a busca diligente da dracma perdida e suas verdades para o nosso cotidiano.

1. A dracma perdida.
A moeda encontrava-se perdida em casa, não por vontade própria, mas pela falta de cuidado ou desatenção de sua dona. Muitas coisas podem se perder, mas perder-se dentro da própria casa implica na possibilidade da alma, preciosa aos olhos de Deus, estar com a salvação comprometida.

1.1. Conhecendo a dracma.
Segundo o Dr. G. Campbell Morgan, as mulheres daquela época costumavam usar acima das sobrancelhas uma tiara chamada “semedi”. Era feita de moedas que por sí mesmas tinham muito pouco valor (para utilizar a moeda como joia, sua superfície deveria ser raspada, o que reduzia seu valor ou anulava a moeda completamente). A tiara significava noivado ou casamento. Sendo ou não monetariamente valiosa, estava acima de qualquer preço para a mulher que a usava. A moeda tinha valor sentimental e era um objeto elegante. Poe esta razão, a mulher a procurou com zelo e fez uma busca completa. Estava ansiosa para recuperar o que tornava perfeito o simbolismo que usava na testa (Lc 15.8, 9; 1Co 12.31).

Explique para os alunos que está muito claro na busca incessante dessa mulher a importância dada àquilo que havia se perdido. Ressalte para eles que mesmo que não tivesse valor algum para os demais, para ela era importante e valioso, por isso, foi à procura de seu precioso bem. A busca por algo perdido pode ser demorada, mas a satisfação de recuperá-lo pode ser contagiante.

1.2. A dracma e sua verdade.
Jesus utiliza a perda de uma mulher para expressar o amor de Deus por uma alma perdida. Ele nos faz entender que se uma mulher fazia todo o possível para achar uma moeda de pequeno valor, Ele iria muito mais além (Mt 6.26). A ideia central é trazer de volta para si mesmo os pecadores perdidos, cujas almas valem muito mais do que uma simples moeda de prata. A parábola é reveladora e afirma que existe uma alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende (Lc 15.10). Jesus apresenta o entusiasmo daquela mulher para expressar como se sente diante da recuperação de uma alma perdida e chama a atenção para que possamos sentir o mesmo.

Esclareça para os alunos que a mulher representa um quadro do zelo divino, que procura o que se perdeu e o recupera. Na parábola da dracma perdida é a menor moeda que se perde. Deus é comparado com a mulher que se preocupa em procurar o que se perdeu, não importando o seu valor. Ela tinha nove moedas e se empenha ainda em procurar a outra. Acende a lâmpada, varre a casa e procura diligentemente. Ela faz uma verdadeira faxina, não deixa um só canto sem ser revistado em busca da pequena moeda que se perdeu. Quando a encontra, reúne as amigas e pede que se alegrem com ela. No versículo 10, Jesus afirma: “De igual modo há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10).

1.3. A salvação ilustrada em uma dracma.
Os judeus entendiam que se um homem se arrastasse diante de Deus, implorando misericórdia, este poderia alcança-la (Lc1.50; Rm 11.32). Porém, jamais foram capazes de conceber um Deus que saísse em busca dos pecadores. Nesta parábola se revelam duas coisas interessantes: a alegria por um pecador arrependido e o amor divino, que se estende mesmo antes de o pecador se arrepender. Nenhum fariseu jamais tinha sonhado com um Deus assim. Em contrapartida, estudiosos judeus admitiram ser isto algo absolutamente novo que Jesus ensinou aos homens a respeito de Deus, que Ele realmente procura os homens e quer acha-los (Lc 19.10).

Informe para os alunos que, segundo a cultura judaica, uma jovem estava acostumada a poupar durante anos para juntar suas dez moedas, porque esse toucado equivalia virtualmente ao anel de bodas. Quando o obtinha, era efetivamente dela e não podia tirar para pagar dívidas. Buscá-la era o que qualquer mulher faria se tivesse perdido seu anel de bodas.

2. As descobertas de uma procura.
Ao notar que uma dracma havia se perdido, a mulher deixa todos os seus afazeres e se aplica diligentemente encontrar a moeda perdida (Lc 15.8, 9). É nesse momento que ela acende a luz, varre a casa e incessantemente a busca até que encontre. Vejamos esses passos:

2.1. A busca pelo que se perdeu.
Nosso século trouxe mudanças generalizadas à sociedade. Vivemos o período mais complicado de todos os tempos já vividos até agora. É o século do conhecimento, porém, de forma alarmante e assustadora, é também o século da mistura, de modo que muitos valores se perderam dentro da própria Igreja (casa). Quando temos como normais as coisas que a Palavra denuncia como pecado. Então, é hora de fazer um exame rigoroso de nossa profissão de fé e buscar onde caiu nosso machado, porque, certamente, o juízo virá (2Rs 6.5, 6; Mt 3.10). A mulher tinha nove moedas, mas sabia que estaria incompleta caso não encontrasse a que se perdeu.

Explique para os alunos que precisamos reaver os valores que se perderam com o tempo em nossas vidas. A parábola trata acerca do que se perdeu dentro da própria casa; fala de algo interno, de vida espiritual, de uma dimensão que ficou para trás e que deve ser procurada diligentemente até que se encontre (Hb 6.1).

2.2. A luz que ilumina e reprova.
O texto nos fala de uma revelação progressiva, onde um sentimento de perda é seguido por uma atitude em recuperar o que se perdeu. Mas essa mulher faz algo interessante no cominho da busca, ela acende a lamparina (candeia – uma representação da vida espiritual). A verdade espiritual é que a perda pode ser a fagulha que acende uma lamparina apagada (Jo 12.36: Ef 5.8). Ou seja, essa mulher estava em trevas e somente se deu conta de que havia perdido algo de valor. A mesma luz que lhe ajudou a encontrar a dracma perdida, lhe ajudou a encontrar-se consigo mesma (Is 9.2).

Explique para os alunos que a primeira atitude de alguém que procura algo é iluminar ao máximo o ambiente para enxergar da melhor forma possível. O candelabro é um sinal no mundo espiritual. Jesus disse que Ele é o candeeiro de ouro que anda no meio da Igreja, na nossa casa, dentro de nós (Ap. 1.12-15). Onde existe a luz de Deus e as trevas não podem entrar, fazer visitação. E o que a luz faz? Revela a sujeira. Reforce para eles que quando a luz é acesa, e uma busca diligente se inicia, muitas sujeiras que estavam escondidas começam a aparecer. O desejo de Deus é que tiremos da nossa vida tudo que não O agrada e isso só é possível se nos voltarmos aos princípios da Palavra. A luz da Palavra de Deus arrancará da sua vida todas as trevas e o conduzirá por um lugar seguro.

2.3. Uma casa desarrumada.
Logo que acendeu a candeia, essa mulher viu o que jamais poderia ver enquanto estava em trevas. Sua casa estava desarrumada (Lc 15.8b; 1Pe 2.5). A aplicação espiritual aqui é a visão que temos de nós mesmos quando somos confrontados com a luz da verdade. Nesse caso, a luz mostrou para essa mulher a condição de sua casa e também onde estava o que havia perdido (Jó 12.22; 2Sm 22.29). Existe um tesouro dentro de cada um de nós e o inimigo sabe muito bem dessa verdade. Por isso, a ideia é nos cegar o entendimento, nos fazer insatisfeitos, misturar os conceitos santos com os profanos e nos fazer desistir de nós mesmos.

Reforce para os alunos que a missão do inimigo é matar, roubar e destruir. Todavia, a proposta do Senhor é uma vida abundantemente e plena para todos os seus (Jo 10.10). Explique para eles que a casa desarrumada representa uma vida espiritual sem alicerces, ou mesmo sem propósitos. Acender a luz denota que ainda é possível uma recuperação. Além disso, encontrar o que se perdeu e se alegrar indica uma transformação precedida por um gozo que deságua em compartilhar com outros a bênção recebida.

3. Em busca dos valores perdidos.
Temos perdido muitos valores em nossos dias, principalmente dentro da comunidade cristã (Ef 2.11, 12). Precisamos agir como essa mulher e vasculhar nossas vidas até encontrarmos esses valores. Só entende o significado da luz aquele que dela precisa; e só se alegra com o que achou aquele que reconhece seu valor. Vejamos alguns conceitos:

3.1. A importância da luz.
Não existe um ser humano que dê os primeiros passos para o pecado sem que seu coração o advirta; porém, se pecar de forma constante, chega o momento em que deixa de preocupa-lo (Mt 6.23). Aquilo que uma vez fizemos com medo, vacilando e com repugnância, converte-se em hábito. Nesse caso, não podemos culpar a ninguém exceto a nós mesmos se chegarmos a essa situação. À medida que o tempo passa, nosso coração pode chegar a embotar-se e para que isso não ocorra devemos estar sempre vigilantes (Ef 5.11). Trevas significam morte e era essa nossa condição antes de nos tornarmos participantes da luz divina (Ef 2.1).

Para melhor compreensão da importância da luz, peça aos alunos para lembrar dos diversos apagões que já ocorreram em nosso país. Também explique para eles que a primeira vez que fazemos algo mau, fazemo-lo com um coração tremente e as vezes dolorido. Cada vez que o repetimos, a sensação é menor, até que no final podemos fazê-lo sem escrúpulos. O pecado tem um poder terrivelmente endurecedor (Jr 17.23).

3.2. As coisas têm o valor que damos a elas.
É muito comum dar importância às coisas que não temos e, quando as adquirimos, geralmente elas parecem não ter mais tanto valor. O valor de muitas coisas pode ser relativo. Por exemplo: o valor da honestidade nada significa para uma pessoa desonesta. Todavia, existem coisas simples que são de inestimável valor para os outros. A dracma que foi perdida não era tão valiosa assim; ela correspondia ao salário de um dia de um trabalhador braçal. Mas para essa mulher representava o que ela tinha de mais valioso no momento. Por isso, se esforçou tanto em encontrá-la.

Explique que o foco desta parábola é o valor. A lição que precisamos aprender é a valorização das coisas em nossas vidas, principalmente as espirituais, que são inegociáveis (1Co 2.11; 9.11). Enfatize para eles que a dracma perdida possui um valor espiritual: a fidelidade. A dracma representava uma aliança. Toda mulher casada usava um enfeite na testa, tipo de um colar, formado por dez moedas de prata e uma moeda maior no centro. Perder a dracma significava colocar em risco a sua descendência, poia a dracma era um sinal profético. Era um sinal de perpetuação de geração. Muitas pessoas perderam muitas coisas valorosas na vida, mas hoje é o seu dia de achar a dracma, porque a sua vida e a sua casa receberão a limpeza de Deus.

3.3.  A restauração é sempre contagiante.
Uma pessoa com perdas não tem alegria. Mas uma pessoa alegre é sempre contagiante. Ao encontrar o que se perdeu, ela se alegrou e compartilhou da alegria com suas amigas e vizinhas (2Co 1.3, 4). O primeiro estágio dessa mulher é solitário e desesperançoso, mas ela não desiste, acende a luz, varre a casa cuidadosamente busca até encontrar. O detalhe está em procurar no lugar certo e nunca desistir até que encontre.

Esclareça para os alunos que alguns têm sobre si o selo do Rei, mas, comparados a essa mulher, rolaram para um canto escuro, em meio à poeira e o entulho. Bom seria que estivéssemos todos mais desejosos de, ajoelhados vasculharmos o chão para encontrar o perdido! As nove contas de um colar são inúteis se estiver faltando a décima. Cristo não pode ficar satisfeito enquanto a derradeira moeda não for achada (Is 59.1; 1Tm 1.15).

Conclusão.
Aprendemos nesta lição que a vida espiritual pode ser imersa nas trevas sem que nos demos conta de como estão desarrumadas nossas vidas. Contudo, é preciso uma busca diligente e uma boa varredura para que os valores perdidos com o tempo possam ser recuperados e colocados em seu devido lugar.

Questionário.
1. O que simboliza a dracma perdida?
R: Simboliza valores perdidos dentro da Igreja (Lc 15.8).

2. O que a luz ajudou a mulher a encontrar, além da dracma?
R: A encontrar-se consigo mesma (Lc 15.8).

3. Qual a representação da casa desarrumada?
R: Representa a nossa vida espiritual (2Sm 22.29).

4. Por que o valor das coisas pode ser relativo?
R: Porque as coisas têm o valor que damos a elas (Pv 13.7).

5. O que aconteceu quando a mulher encontrou a dracma?
R: Ela se alegrou e compartilhou sua alegria (2.Co 1.3-4).


Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário