segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Lição 2 A gratidão é o mais nobre sentimento da alma de um cristão.



Lição 2 A gratidão é o mais nobre sentimento da alma de um cristão.
11 de outubro de 2015.

Texto Áureo
Lamentações 3.22
“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”.

Verdade Aplicada
Tudo o que somos, fazemos ou adquirimos vem do Senhor. Não há motivos para orgulho ou vaidade, pois Sua misericórdia é o nosso sustento.

Objetivos da Lição
- Informar que a alma em momentos de glória ou de aflição pode esquecer de Deus;
- Mostrar os benefícios do Senhor e nossa transformação por Sua infinita graça e amor;
- Destacar o agir de Deus para conosco por meio de sua misericórdia, Seu amor paterno, Seu conhecimento de nossas fragilidades.

Glossário
Instropecção: exame de si mesmo;
Vil: desprezível;
Alusão: referência.

Leituras complementar:
Segunda       Sl 51.5          
Terça              Lc 22.54-62
Quarta           Rm 10.8
Quinta           Ef 2.5
Sexta             Tg 3.10
Sábado          Mt 12.36

Textos de Referência.
Salmos 103.1-6
1  Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.
2  Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.
3  Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades, que sara todas as tuas enfermidades;
4  Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia;
5  Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia.
6  O Senhor faz justiça e juízo a todos os oprimidos.

Hinos sugeridos.
124, 155, 257

Motivo de Oração
Ore que para o seu coração seja sempre grato a Deus.

Esboço da Lição
Introdução
1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor.
2. Os benefícios do Senhor.
3. Lições para uma alma sã.
Conclusão

Introdução
Neste salmo, Davi expressa os sentimentos de sua alma e condensa suas experiências em forma de adoração ao Senhor. Ele dá instruções à sua própria alma para que não se esqueça dos benefícios de Deus.

1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor.
A alma humana é problemática e tende a se esquecer das bondades de deus em tempos de grandes provações. Davi sabia muito bem disso e, neste salmo encontramos fazendo uma introspecção, dando um alerta para a sua alma, para que ela não se esqueça de todo o trabalho realizado pelo Senhor.

1.1. Falando à própria alma.
Este salmo é impressionante porque o salmista não se dirige à posteridade, mas a si mesmo. Ele diz: “Alma, agradeça a Deus por tudo o que há em você. Agradeça por tudo o que você é” (Sl 103.1). E por que Davi se dirige assim para sua própria alma? Ele sabe que o ser humano é formado em iniquidade, que é fruto do pecado e possui tendências pecaminosas (Sl 51.5). Davi sabe que a alma humana é vaidosa e pode num mesmo momento repartir a glória com a depravação. É válido lembrar dos exemplos de Sansão, Salomão e o próprio Davi, Davi reconhece que tudo o que é, e o que possui, é mérito divino e que nada seria se a bondade do Senhor não recaísse sobre sua vida.

Explique para os alunos que os salmos eram cantados. No entanto, o salmo 103 traz uma declaração profunda de alguém agradecido a um Deus amigo e protetor. Davi sabe que, em sua perspectiva de vida, o máximo que alcançaria era se tornar um bom pastor de ovelhas. Ele sabe que o Senhor o escolheu, o nomeou como rei sobre Seu povo e, por isso, deve lembrar à sua alma para que não se envaideça, achando que por algum esforço, achando que por algum esforço humano chegou a tal posição.

1.2. Alma, não se esqueça os benefícios do Senhor.
A aposentadoria é um benefício que faz jus a uma vida inteira de trabalho. É o justo reconhecimento dado a alguém que lutou para conquistar tal mérito. Quando Davi diz para sua alma não se esquecer dos benefícios do Senhor, fala de algo mais profundo. Ele fala de uma graça imerecida, a qual lhe alcançou e lhe abençoou grandiosamente (Ef 2.8, 9). Ele está dizendo literalmente para sua alma: “Não deixe que eu me esqueça de quem eu era e não me deixe esquecer que um dia eu estava do outro lado”. Existem dois momentos em que a alma humana pode se esquecer de Deus: a primeira acontece em momentos de gloria; a segunda, em momentos de aflição (Lc 22.54-62).

Esclareça para os alunos que contar as bênçãos recebidas é uma das maneiras de agradecer e abrir a porta para o milagre acontecer em nossa vida, de expressar a nossa gratidão por tudo que o Senhor tem feito por nós (Sl 123.3). Comente com eles que a Palavra de Deus nos mostra que devemos ser gratos pelo favor recebido. Mostre para eles que quando o rei Davi trouxe a Arca da Aliança de volta à tenda, ele orientou o povo a não esquecer aquele feito de Deus: “Lembrai-vos das maravilhas que tem feito, de seus prodígios, e dos juízos da sua boca” (1Cr 16.12).

1.3. Alma, Ele te perdoa e te sara.
Davi fala dos benefícios que recebemos do Senhor e diz que Ele perdoa “todas” as nossas iniquidades e sara “todas” as nossas enfermidades (Sl 103.3). O benefício número um da lista é que Deus perdoa “todos” os nossos pecados, não alguns, mas “todos”. Não existe um pecador, por mais vil que seja, que o Senhor não possa perdoá-lo. Ele perdoa todas as nossas falhas como pessoas, como cristãos, como pais, como irmãos e como amigos. Perdoa nossa falta de amor pelos demais, nossa falta de fé e compromisso para com Ele. Deus perdoa as nossas fraquezas. Ele é um grande perdoador e a Palavra de Deus nos afirma que “Sua bondade e misericórdia nos seguirão para sempre” (Pv 16.6; Rm 9.16).

Esclareça para os alunos que o Senhor é poderoso para curar todas as nossas enfermidades. Entretanto, esse não é o objetivo final. Seu propósito é livrar nossa alma da morte eterna, nos libertando da escravidão do pecado (Lc 19.10). Deus não está obrigado a sarar nossas enfermidades físicas, ainda que Seu propósito e por Sua vontade muitas vezes o faça.

2. Os benefícios do Senhor.
Seguindo a lista dos benefícios que a alma humana deve glorificar a cada dia, neste ponto destacaremos três coisas importantíssimas citadas pelo salmista: a redenção, a renovação e os caminhos do Senhor.

2.1. Ele é quem redime nossa alma da perdição.
Quando andávamos no mundo, vivíamos em trevas, imersos num poço de obscuridade e, por não conhecer a verdade, o amor e a misericórdia do senhor, éramos arrastados por correntes malignas, intermináveis e infinitas. Éramos pessoas sem esperança, buscando soluções em nosso próprio esforço, sem a fé em algo maior e mais poderoso (Ef 2.12; 1Pe 1.18, 19). Foi dessa má e incerta qualidade de vida que o Senhor nos resgatou e disso a alma não pode jamais se esquecer. Deus nos amou quando éramos ainda pecadores, o que significa que nada fizemos de bom para que isso acontecesse. Ele resolveu nos amar e ponto final (Rm 5.8). O salmista parecia ver os dias atuais, onde poucos cristãos valorizam a salvação que receberam.

Informe para os alunos que a Bíblia ensina que o Senhor nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13). Nós fomos transportados das trevas para a luz. Em nossas perversidades estávamos em abismo profundo, sem esperança e o Senhor em Sua misericórdia nos colocou numa posição privilegiada com Ele (Ef 2.6 8-16).

2.2 Farta de bens a nossa boca e nos rejuvenesce.
Uma vez que o senhor nos resgata, acrescenta algo mais a nossa vida. “Ele sacia de bens a nossa boca” quer dizer que Deus nos faz nascer outra vez (Ef 2.5). A nova vida traz consigo a liberdade de expressão, um novo cântico, e a boca declara aquilo que é abundante no coração (Lc 6.45; Rm 10.8; Tg 3.10; Mt 12.36). Quando nossa boca fala do que é bom, é porque algo aconteceu, isto é, a regeneração do nosso coração. O renovo do Senhor é semelhante ao de uma águia. Quando todos pensam que ela está no fim, ela renova suas garras, amola seu bico e alça um novo voo. A alma jamais pode esquecer-se de que a última palavra vem de Deus.

Merece ser especialmente comentado com os alunos que nossa vida deve ser sempre um louvor a Deus. Pelo simples fato de estarmos vivos, tendo a possibilidade de servir ao Senhor, já é uma grande benção de Deus para nós. É preciso constantemente lembrar de que, quando estamos conscientes das bênçãos recebidas, e somos gratos a Deus por elas, atrairemos mais bênçãos para nós. Quando pensamos no que estamos sendo gratos, abrimos nossa mente para uma perspectiva. Perspectiva de que boas coisas nos aconteçam. Esclareça para eles que a gratidão é a maior demonstração de reconhecimento por um benefício recebido. A verdadeira gratidão que honra a Deus não é traduzida apenas em palavras, pois envolve compromisso de obediência a Ele e à Sua Palavra.

2.3. Os caminhos do Senhor são conhecidos.
“Fez conhecidos os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel” (Sl 103.7). Aqui vemos duas formas de revelação exposta nas palavras do salmista. Moisés conheceu os “caminhos de Deus” e os filhos de Israel os “feitos do Senhor”. Os feitos representam o que Deus opera pela força de seu poder, os caminhos falam da intimidade, dos planos que são manifestos apenas a um círculo mais íntimo. Moisés falava com Deus, os filhos de Israel falavam com Moisés; Deus se revelava a Moisés, Moisés passava o que ouvia de Deus a eles. Caminhos são coisas que a alma humana precisa aprender a conhecer.

Informe para os alunos que o salmista destaca aqui a intimidade de Deus com Moisés. O que vale mais: conhecer os feitos ou os caminhos? Se milagres salvassem ou transformassem o caráter humano, a nação de Israel seria, com certeza, a nação mais impecável do mundo. Todavia, todos eles se perderam, mesmo tendo presenciado inúmeras maravilhas realizadas por Deus. Jesus também realizou muitos milagres, mas fez questão de frisar que era o “caminho”. O que buscamos em Deus: Seus feitos ou Sua Pessoa? O que deseja nossa alma? (Sl 103.7).

3. Lições para uma alma sã.
Neste ponto destacaremos três coisas importantes que o salmista faz alusão: a maneira como Deus age em relação a nós em Sua misericórdia, Seu amor paterno para conosco e como conhece nossas fragilidades.

3.1. O tratamento divino.
Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas iniquidades (Sl 103.10). Há momentos em que Deus precisa disciplinar Seus filhos. Contudo, mesmo nesses casos, o julgamento do Senhor é limitado e temporário. Se Deus aplicasse o castigo que de fato merecemos, seriámos lançados fora de Sua presença para sempre. Nesse caso, Deus usa conosco de misericórdia, esta é a causa de não sermos consumidos como merecemos (Lm 3.22). E por que age assim? Porque a penalidade de nossos pecados foi paga de uma vez por todas por um substituto na cruz do calvário (Cl 2.13-15).

Explique para os alunos que, quando confiamos no Salvador, Deus nos perdoa de modo legítimo e, como não é possível pagar duas vezes pelo mesmo crime, Ele nunca mais cobrará essa dívida de nós (Rm 8.1). Reforce para eles que este salmo é atribuído a nos mais maduros de Davi. Agora, por ter um senso mais aguçado do pecado, Davi sentia mais a preciosidade do perdão, o que em sua mocidade não sabia discernir. Seu senso de louvor e gratidão a Deus descreve seu amadurecimento.

3.2. O Senhor se compadece dos que o temem.
Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem (Sl 103.13). Aqueles que possuem uma aliança com Deus não precisam temer. O salmista nos revela que Deus agirá conosco da mesma forma que um pai amoroso age com seus filhos. Ao relembrar a parábola do capítulo 15 do livro de Lucas, podemos entender melhor o que o salmista está a nos dizer. Mesmo tendo aquele filho desperdiçado tudo o que possuía, ao voltar arrependido, não encontrou um pai irado, nem disposto a puni-lo. Encontrou um pai pronto a abraça-lo e a restituí-lo. Aquele jovem desejou voltar como um empregado para casa, mas aquele pai lhe ensinou que ele nunca deixou de ser filho (Lc 15.19-25).

Com bastante entusiasmo, explique para os alunos que entre os muitos motivos para sermos gratos a Deus está a nossa salvação, pois alcançamos do Eterno um favor imerecido (Ef 2.8, 9). Reforce para eles que que a gratidão ao Pai deve ser o nosso alvo permanente e esse alvo deve ser atingido, ainda que nos custe algum sacrifício. Esclareça para eles que o arrependimento é o fruto de um coração grato e a marca de quem teme a Deus.

3.3. Ele conhece a nossa estrutura.
A misericórdia do senhor é imensa e ainda que não possamos entende-la, nem medir Seu amor para conosco e o alcance de Sua poderosa salvação, devemos ter em mente que Ele nos conhece por completo e, como um pai cuidadoso e amoroso, se compadece de cada um de nós.

Esclareça para os alunos que o salmista faz questão de relembrar à sua própria alma que ela surgiu do pó, portanto, não há motivos para viver orgulhosamente (Gn 3.19). E frisa: “A vida é muito passageira, amanhã sequer lembrarão que um dia existimos” (Sl 103.16). Reforce que, após mencionar o tempo de vida do homem, o salmista fala dos anos eternos de Deus. E o amor de Deus é como Sua vida. Deus é eterno e, portanto, Seu amor é eterno. Quando Ele ama, ama para sempre. Ele nunca se cansa, nunca desanima. Ele nunca nos abandona (Sl 103.17). Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo (2Tim 2.13).

Conclusão.
Aprendemos com Davi que não devemos jamais nos esquecer de tudo o que o Senhor representa em nossa vida. Devemos, num ato de estrema humildade, reconhecer que a vida é passageira e que a grande razão de nossa existência é a misericórdia do Senhor estendida sobre nosso viver.


Questionário.
1. O que esse salmo apresenta de especial?
R: Uma profunda declaração de agradecimento a Deus (Sl 103.1).

2. Em que momentos a alma tende a se esquecer de Deus?
R: Em momentos de glória e de aflição (Lc 22.54-62).

3. Cite o benefício número um da lista do salmista?
R: Deus perdoa todos os nossos pecados (Sl 103.3).

4. O que esse salmo revela acerca de Moisés?
R: Ele conheceu os “caminhos” do Senhor (Sl 103.7).

5. Por que o salmista relembra que sua alma veio do pó?
R: Para que nela não haja orgulho (Sl 103.16).


Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.

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