O Deus que Intervém na História
TEXTO ÁUREO
"Falou Daniel e disse: Seja bendito o
nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força; ele muda
os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria
aos sábios e ciência aos inteligentes" (Dn 2.20,21).
VERDADE PRÁTICA
Deus intervém na história, pois sua é a terra e os que nela habitam.
HINOS SUGERIDOS 107, 162, 186
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Segunda - Dn 1.8; Gn
39.7-9 A vida de Daniel
lembra a de José
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S
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Terça - Jó 4.12-14;
Dn 10.7-9 A sabedoria de Daniel
lembra a de Jó
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T
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Quarta - At 1.7; 1 Ts
5.1 Os tempos e as
estações pertencem a Deus
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Q
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Quinta - Gl 4.4 A plenitude dos tempos
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Q
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Sexta - 1 Ts 5.20 Não desprezeis as
profecias
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S
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Sábado - Nm 12.6 Deus fala de muitas
maneiras
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S
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Daniel 2.12-23
INTERAÇÃO
Prezado
professor, estudaremos na lição de hoje o segundo capítulo do livro de
Daniel. Este capítulo revela o sonho de Nabucodonosor e o seu desafio aos
sábios do seu palácio. Tudo indica que o rei já sabia das habilidades dos
seus magos, por isso, os desafia a contarem o sonho e sua interpretação. O
que o rei desejava era humanamente
impossível. Por isso, Daniel ora e pede a ajuda do Senhor. Temos um Deus que
revela os seus mistérios aos seus profetas. Daniel, com a ajuda do Senhor,
revelou ao rei detalhes do sonho que ele vagamente lembrava. A imagem vista
por Nabucodonosor representava sucessivos reinos futuros, até que o rei dos
Reis venha e estabeleça o seu reino eterno.
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Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o sonho perturbador de Nabucodonosor.
Analisar a atitude sábia de Daniel perante o rei.
Compreender a interpretação do sonho de Nabucodonosor.
O segundo capítulo do livro de Daniel revela o plano divino para o povo
judeu e o gentílico. Deus revelou o seu projeto soberano para os governos
mundiais e mais uma vez confirmou o reino messiânico. Ao estudarmos
este capítulo, veremos o reino da Babilônia atuando como o “dono do mundo” e
Nabucodonosor, como o seu executor. Porém, por volta de 604 a.C., no
período do apogeu da Babilônia, o rei teve um sonho perturbador que o deixou
insone. Por providência divina, Nabucodonosor esqueceu o sonho e, através do
Espírito Santo, Daniel o desvendou. Na terceira seção do capítulo dois (vv.17-22) veremos
Deus intervindo na vida do profeta e na dos seus amigos. O desenvolvimento
deste capítulo mostrará como Deus trabalha nas circunstâncias mais adversas. O
nosso Pai atua na história humana para cumprir os seus desígnios!
1. O tempo do sonho (v.1). O primeiro versículo
demonstra um aparente conflito de datas. A expressão "segundo ano do
reinado de Nabucodonosor" contrasta com os três anos de treinamento de
Daniel e de seus companheiros descritos no primeiro capítulo.
Segundo estudiosos do Antigo Testamento,
tanto os judeus quanto os babilônios contavam as frações de um ano como ano
inteiro. Por isso, a vigência do terceiro ano para a cultura do reino de Judá
era o segundo ano do reinado de Nabucodonosor.
2. A habilidade dos sábios é desafiada no
palácio (2.2). Ao esquecer-se do
sonho, Nabucodonosor desafiou as habilidades dos sábios palacianos em revelar e
interpretar o que ele havia sonhado. O sonho perturbou o rei, pois
Nabucodonosor suspeitava que a simbologia do que sonhara tinha relação com o
reino e com o futuro do império. Naqueles tempos, os reis tinham a pretensão de
ser privilegiados com sonhos divinamente inspirados (1 Rs 3.5-15; Gn 20.3).
Quando sonhavam, requeriam então o trabalho dos sacerdotes adivinhos. Estes
serviam à corte e interpretavam os sonhos de seus senhores. Os sacerdotes
adivinhos eram também chamados de magos, astrólogos, encantadores ou apenas
"caldeus" (Dn 1.4).
3. O fracasso da
sabedoria pagã (2.3-13). Conforme descrito no
capítulo dois, percebemos que Nabucodonosor suspeitava da lisura e honestidade
dos seus magos conselheiros. Será que estes magos se aproveitavam de tragédias para enganar e ameaçar as pessoas com palavras vãs? Esta dúvida
deveria ser passada a limpo. Então o imperador desafiou-os a não somente
advinhar o sonho, mas interpretá-lo. O rei decretou ainda a pena capital para
todos os sábios do palácio caso não desvendassem o sonho. Diante do desafio, os
magos revelaram-se incapazes de decifrar o sonho do rei Nabucodonosor, bem como
saberem o seu conteúdo. O problema era que, por serem nobres, Daniel e os seus
amigos poderiam ser igualmente atingidos por esse decreto.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O rei desafiou a habilidade de seus sabios, não revelando o
conteúdo do seu sonho. Os sábios tentaram, mas não conseguiram revelar o sonho
do monarca e seu significado
1.
A cautela de Daniel (vv.16-18). Daniel entrou na
presença do rei e pediu-lhe um tempo para desvendar o sonho. O objetivo era
receber a resposta de Deus acerca do conteúdo do sonho de Nabucodonosor. O
profeta Daniel não agiu isoladamente. Antes, procurou os seus amigos Hananias,
Misael e Azarias para juntos orarem a Deus pedindo-lhe orientação espiritual
sobre o assunto, a fim de que eles não perecessem com os sábios da Babilônia.
A ousadia da fé do profeta, demonstrada neste
episódio, ilustra-nos quão essencial é para o crente viver uma vida de
confiança e inteira dependência de Deus. Há coisas na vida do crente que
demandam oração perseverante. Para obtermos resposta do Senhor, a oração ainda
é o canal mais eficaz (Mt 6.6).
2. Deus
ainda revela mistérios (vv.19 -27).
Depois de Daniel e os seus companheiros terem buscado a Deus em oração, o Senhor revelou o que o rei havia sonhado e também o que o sonho significava.
Daniel exaltou e alegrou-se em Deus porque o Altíssimo interveio na história
humana. Quem pode livrar como o Senhor? Quem pode impedir a sua ação? Sábio
algum do mundo! Ninguém poderia perscrutar o pensamento e a consciência de um homem poderoso como o rei da Babilônia. Mas o Senhor dos
Exércitos não só podia como o fez.
Ele é o Criador; o homem, criatura! O mundo
está sob a providência
de Deus,
pois Ele tem poder de mudar os tempos
e as estações do ano, de remover e estabelecer reis. Ele conduz a
história humana (v.21; At 1.7)!
3. O caráter profético do sonho de
Nabucodonosor (vv.28,29). O que foi revelado ao profeta
Daniel? Em síntese, Deus mostrou que o sonho do rei dizia respeito a Babilônia,
bem como aos acontecimentos futuros envolvendo outros reinos. A expressão
"fim dos dias" merece ser destacada. Segundo a escatologia judaica,
essa é uma expressão do Antigo Testamento que significa o espaço de tempo,
desde o início do cumprimento da profecia no império babilônico até o
estabelecimento do reinado de Cristo na terra. Outro ponto digno de nota é que
Daniel não expressa nenhum interesse de ter os créditos da revelação. Para o
profeta, a revelação do mistério é mérito somente de Deus. A glória pertence ao
Todo-Poderoso que, pela sua imensurável graça, desvenda os mistérios terrenos e
espirituais aos pequeninos deste mundo.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Daniel foi sábio e humilde ao pedir a ajuda do Todo-Poderoso, pois
somente Ele tem poder para revelar o futuro
1. A correta descrição do sonho (vv. 31-35). O sonho do imperador babilônico era
profético. Nabucodonosor viu uma estátua (v.32)
constituída por uma cabeça de ouro; peito e braços de prata; ventre e coxas de
cobre; pernas de ferro (v.33); e pés de ferro e de barro (v.33). O versículo 34 relata "uma pedra
que foi cortada, sem mãos" a qual feriu os pés da estátua, destruindo-a
completamente.
Os quatro impérios pagãos, mencionados
simbolicamente na profecia já existiram, comprovando a veracidade da visão
profética. Todavia, a visão da "pedra que foi cortada, sem mãos"
ainda não se cumpriu, pois trata-se do reino universal de Jesus Cristo que
ainda não foi literalmente estabelecido.
2. A interpretação dos elementos materiais
da grande estátua (2.34-45).
a )
"A cabeça de ouro " (vv.32,36-38). Exemplificava o reino da Babilônia.
Nabucodonosor a governou por 41 anos e a transformou no império mais poderoso
da época.
b) "O peito e os braços de prata" (vv.32,39).
Trata-se do
império Medo-Persa. Os dois braços ligados pelo peito representam a união dos
Medos e dos Persas.
c)
" Ventre e os quadris" (vv.32,39). Retrata o império Grego. Foi Alexandre Magno
que dominou o mundo inteiro constituindo assim um dos impérios mais extensos na
história da humanidade até a sua morte prematura.
d) "Pernas de ferro" (v.33,40-43). Refere-se ao último
império da história, o romano. Os pés de ferro e barro indicam a fragilidade
deste império. A mistura entre ferro e barro não ocorre. O império romano, por
um lado era poderoso (ferro), mas por outro, frágil e decadente (barro).
3. "A pedra cortada, sem ajuda de mãos" (2.45). Esta "pedra"
representa o reino de Cristo intervindo nos reinos do mundo. Cristo é a pedra
cortada que desfará o poder mundial do Anticristo (Dn
2.45; Sl 118.22; Zc 12.3). A pedra cortada vinda do monte
significa, figuradamente, a vinda do Rei esmiuçando o domínio imperial e pagão
deste século (Dn 2.44,45). Cristo é quem regerá as nações para
sempre!
Com a ajuda do Altíssimo, Daniel pôde revelar
o sonho ao rei e a sua interpretação.
A revelação da estátua provou ao rei Nabucodonosor a soberania do Deus
de Israel. Nação a qual o rei havia levado em cativeiro, destruído a Cidade
Santa e o seu Templo (2 Cr 36.11-23).
O Deus desta nação revelou a Daniel e aos seus companheiros o futuro dos
impérios ao longo da existência humana (Dn
2.46-49). Nabucodonosor compreendeu isto. E nós? O quanto
valorizamos e amamos o Deus soberano?
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Teológico
"Nabucodonosor sonha com uma estátua
A primeira profecia de Daniel foi acerca de
Nabucodonosor. Tratava dos detalhes de um sonho que o rei tivera e de sua
interpretação. Era um sonho sobre os futuros poderes do mundo. A cabeça de
ouro era a Babilônia; o peito e os braços representavam os Medos e os Persas.
Os quadris de bronze representavam a Grécia, e as pernas e os pés
simbolizavam o Império Romano, em seu auge e declínio. Por fim, surge uma
'pedra'. A pedra representava o
Messias de Israel, que feriria 'a estátua nos pés de ferro e de barro',
esmiuçando-os (2.34). Deus então
estabeleceria o seu reino, 'que não será jamais destruído', referindo-se ao
futuro reino messiânico de Cristo (2.44).
Esta profecia transpôs o âmbito histórico e mostrou
que certas características em cada uma dessas nações levariam ao reino
milenial. Com o sonho de Nabucodonosor, Deus revelou o propósito de toda a
história através de Daniel. Nenhum outro profeta recebeu revelação tão
completa e precisa" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.175-76.).
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII
Subsídio Teológico
"A
pedra bateu violentamente nos pés
da estátua e esmiuçou-a (2.45)
Quatro vezes está dito que a pedra esmiuçou a
imagem (vv. 34,40,44,45). Portanto, o mundo não findará
convertido pela pregação do Evangelho, mas destruído com violência
sobrenatural na vinda de Jesus. Isso ocorrerá em Amargedom, durante o domínio
mundial das dez nações confederadas sob o Anticristo (Ap 17.11-13 com 19.11-21).
No versículo 34,
vemos que a pedra feriu a estátua nos pés, e em seguida destruiu a cabeça, o
peito, o ventre, e as pernas. Isto indica que todas as formas de governo
representadas por essas partes da estátua existirão sob a Besta, no futuro!
O Mercado Comum Europeu já é uma realidade. Para a
organização dos Estados Unidos da Europa basta apenas um passo"
(GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse:
Como entender o plano de Deus para os últimos dias. 1 ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1984, p. 21)
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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, Roy B (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
SAIBA MAIS
Revista
Ensinador Cristão CPAD
nº 60, p.37.
EXERCÍCIOS
1. O que revela o segundo capítulo do livro de
Daniel?
R. O segundo capítulo do livro de Daniel revela o plano divino para o
povo judeu e o gentílico.
2. Como também eram chamados os sacerdotes
adivinhos?
R. Os sacerdotes adivinhos eram também chamados de magos, astrólogos,
encantadores ou apenas "caldeus" (Dn
1.4).
3. Qual era o objetivo de Daniel ao pedir um tempo
ao rei?
R. O objetivo era receber a resposta de Deus acerca do conteúdo do
sonho de Nabucodonosor.
4. O que a ousadia da fé de Daniel demonstra no
episódio do sonho do rei?
R. A ousadia da fé de Daniel,
demonstrada neste episódio, ilustra-nos quão essencial é para o crente viver
uma vida de confiança e inteira dependência de Deus.
5. Qual é a interpretação dos elementos
materiais da grande estátua?
R. "a) A cabeça de ouro" (vv.32,36-3 8 )
exemplificava o reino da Babilônia; b) "O peito e os braços de
prata" (vv.32,39) império Medo-Persa; c) "Ventre e os
quadris" (vv.32,39) retrata o império Grego. d) "Pernas
de ferro" (v.33,40-43) refere-se ao último império da
história, o romano
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