Lição
03 - O milagre do maná, o suprimento Divino
19
de outubro de 2014
TEXTO
ÁUREO
“Disse-lhes,
pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu;
mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu” Jo 6.32
VERDADE
APLICADA
Jesus
é o alimento essencial sem o qual a vida não pode nem começar, nem continuar, e
Sua salvação nos confere dois grandes privilégios: vida no presente, e no
futuro.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
1.
Oferecer aos alunos uma dimensão espiritual do milagre do maná;
2.
Demonstrar os principais ensinos que esse milagre nos revela;
3.
Comentar acerca da relação entre Cristo e o maná na Escritura.
Leituras
complementares
Segunda Nm 11.7-9 – Terça Dt 8.13-17 - Quarta Js 5.12 – Quinta Sl 78.24 - Sexta Jo
6.31.40 - Sábado Hb. 9.4-9.
Textos de referência
Êx 16.14-18
14 E, alçando-se o orvalho caído, eis que sobre
a face do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada
sobre a terra.
15 E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns
aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes,
pois, Moisés: Este é o pão que o SENHOR vos deu para comer.
16 Esta é a palavra que o SENHOR tem
mandado: Colhei dele cada um conforme o que pode comer, um gômer por cabeça, segundo
o número das vossas almas; cada um tomará para os que se acharem na sua
tenda.
17 E os filhos de Israel fizeram assim; e
colheram, uns, mais, e outros, menos.
18 Porém, medindo-o com o gômer, não sobejava ao
que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco; cada um colheu tanto
quanto podia comer.
INTRODUÇÃO
O
milagre do maná no deserto do ponto de vista humano é o maior e mais
extraordinário milagre de provisão Divina. Além do escopo pessoal de saciar a
fome daqueles hebreus recém saídos do Egito, em tal milagre residem verdades
análogas mais profundas, com preciosas lições como veremos a seguir.
1.
A grandeza do suprimento Divino
Quando
o povo saiu do Egito não demorou muito para ter necessidade de comida e água.
Isso para Moisés representou um teste de confiança na provisão de Deus, ele,
porém, não vacilou em sua fé, e o milagre de provisão foi realmente grande em
relação ao seu povo.
1.1 O significado do maná, uma figura de
Cristo
O
significado do nome maná no hebraico é: “o que é isto?”, do som desta pergunta
feita do hebraico é que surgiu o nome “maná”. Essa designação permaneceu pelo
fato deles não conhecerem aquele alimento fornecido por Deus quando caminhavam
pelo deserto, logo após a saída do Egito. “O que é isso?” foi uma expressão que
se fixou como a designação daquele alimento.
Quatro
coisas interessantes nos chamam a atenção quando descrevemos o maná:
1A) Ele veio do céu, era inexplicável,
como o mistério da piedade Divina (1Tm 3.16);
2B) Era pequeno, o que nos lembra a
humildade de Jesus (Êx 16.14);
3C) Era redondo, símbolo da eternidade de
Jesus (Jo 8.53-39);
4D) Era branco, o que nos lembra a pureza
e impecabilidade dEle. Ele é o Filho santo de Deus (Êx 16.31).
1.2 A continuidade do milagre
A
grandeza do milagre da provisão por meio do maná é impressionante sob o aspecto
de sua quantidade, qualidade e continuidade. Essa alimentação fornecida aos
filhos de Israel, que eram bem numerosos, possivelmente, dois milhões de pessoas
incluindo mulheres e crianças. O maná rico em nutrientes, caía diariamente
durante seis dias da semana, exceto no sétimo dia que era o sábado. O Senhor
lhes privou de outros alimentos variados que estavam acostumados. Mas durante
quarenta anos nunca lhes deixou faltar o pão do céu (Dt 8.1-3). O cuidado de
Deus foi demonstrado de maneira grandiosa e continua servindo de base para
nossa fé (Hb 9.4-9). A alimentação não foi variada, mas foi o que eles
precisavam e assim Deus faz conosco ainda hoje.
1.3 A quantidade do milagre
Milagre
é um fenômeno que foge às leis naturais, logo não tentaremos explica-lo, mas
medi-lo de acordo com Êxodo 16.16. Segundo os pesos e medidas do dicionário
Almeida, um “ômer” equivale a um décimo de um “efa”, que possuía 17,62 litros e
que essa porção poderia ser despejada numa tigela.
O
Senhor Deus determinou que se apanhasse um ômer diário por cabeça, e quando
consideramos o relato de Números 11.21, concluímos que havia seiscentos mil
homens, sem contar as mulheres e as crianças. Logo, se esse número for
multiplicado por quatro, então nos aproximaremos da quantidade de viveres que o
Senhor providenciou. O número da população era em torno de dois milhões e
quatrocentas mil pessoas (2.400.000) e talvez até mais! Isso é extraordinário,
pois essa projeção dá quatro milhões duzentos e vinte quatro mil litros de maná
diários, durante quarenta anos ininterruptos.
2.
A instrução pelo suprimento divino
O
maná foi concedido ao povo ao longo dos quarenta anos. O milagre da provisão
pelo maná era transitório e apontava para algo futuro dentro do plano Divino,
tais coisas eram carregadas de lições espirituais para o povo de Deus de todos
os tempos.
2.1
Qualidade do maná
Para
que o ser humano desfrute de uma boa saúde ele precisa de uma alimentação
saudável e variada. Porém, no deserto a única comida que possuíam era o maná.
Lá eles não tinham essa variação. Incrivelmente, eles se alimentaram durante
quarenta anos do cereal celeste, denominado de: “o pão dos anjos”, isto sem
sofrer com qualquer deficiência alimentar. Pois, o maná tinha em si todos os
nutrientes que eles precisavam (Sl 78.23-25). Apesar de terem uma única
alimentação, exceto pelas codornizes que foram capturadas duas vezes, eles
tinham forças e saúde, o que aponta para o Senhor Jesus, o verdadeiro pão que
desceu do céu completo em si mesmo (Jo 6.49-51).
2.2
Disciplina espiritual
A
vida dos filhos de Israel estava impregnada do estilo egípcio, seus hábitos e
devoção receberam forte influência. O maná representava a desintoxicação
espiritual, comida que jamais compreenderam o significado (Dt 8.3). O pão dos
anjos era fornecido todas as manhãs, mas era necessário o povo apanhá-lo todos
os dias, exceto no sábado. Este ir e vir diário representava um relacionamento
com Deus, e ao mesmo tempo, a disciplina com o alimento Divino. Inserir o maná
era como ter Cristo dentro de si preenchendo todos os espaços da alma e
coordenando todas as diretrizes da vida. Guardar era permitir que se estragasse
o que representa uma vida sem ação, apenas religiosa. A porção dupla da
sexta-feira nos fala de descansar na confiança em Sua provisão (Êx 16.20; Mt
6.25; 1Tm 6.8).
2.3
É necessário curvar-se
A
orientação que Deus deu acerca do maná era que todos colhessem apenas o
necessário por cabeça, até um ômer por pessoa diariamente (Êx 16: 19-21). Era
proibido guardar para outro dia. Isso nos ensina que para cada dia Deus tem um
novo alimento, uma nova revelação. Hoje, muito do desassossego e do pecado no
mundo resulta de uma fome espiritual não satisfeita. Há pessoas que vivem com
substitutos rejeitando a saudável alimentação que Deus oferece livremente (Is
55.1-3). O maná não caiu sobre mesas ou árvores, mas no chão, e o povo tinha de
inclinar-se para pegá-lo. Muitos pecadores não se humilham. Eles não se curvam!
Não se arrependem nem se voltam para o Salvador!
3.
Cristo, o alimento Divino
Existe
uma relação muito forte entre o maná do deserto e o Salvador do mundo. Cristo é
o pão da vida, o alimento sem o qual a vida não pode continuar (Jo 10.10b). A
vida é a nova relação com Deus, que só é possível graças a Jesus Cristo. Sem
Ele e separados dele ninguém pode entrar nessa nova relação com Deus.
3.1
Cristo, o maná que dá a vida
Em
comparação com a maná do deserto, Cristo, nosso maná espiritual tem poder
vivificador (Jo 6.48-51; Hb9.4-9). O maná sustentava a vida física, mas Cristo
dá vida espiritual a todos os que o recebem. O maná era apenas para os judeus,
mas Cristo oferece a si mesmo ao mundo todo (Jo 6.51). Não custou nada a Moisés
assegurar o maná a Israel, mas para Cristo o preço foi de sangue, tendo que
morrer na cruz para se tornar disponível para saciar a fome universal. Como é
triste observar que a maioria das pessoas do mundo caminha sobre Cristo, como
se Ele fosse o maná deixado no chão, em vez de inclinar-se para recebe-lo a fim
de poder viver. Deus testava a obediência de Israel ao fazê-lo pegar o maná
diariamente, e isso ainda é um teste para o povo de Deus (ÊX 16.4).
Infelizmente, muitos Cristãos ainda anseiam pela alimentação carnal do mundo
(Êx 16.3).
3.2
A satisfação eterna do verdadeiro maná
O
maná fora apenas um tipo de sua missão de satisfazer a fome que o espírito
humano tem pela verdade, amor, e esperança; Ele não veio apenas para satisfazer
uma fome passageira, mas para comunicar vida, e que está a disposição de todos
aqueles que a desejarem. Vamos recorrer a Ele, abandonando tudo o mais. Ir a
Cristo é deixar de ter fome; confiar nele e saciar nossa sede. Se Ele tem poder
para nos levar aos céus, também tem poder para nos dar a s bênçãos da terra. “Todo
o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei
fora” (Jo 6.37). Todos os que vão a Ele provam que estão incluídos nas dádivas
do Pai, dádiva feita antes que os mundos fossem criados (Jo 10.28-29; 17.5-6).
3.3
Jesus, o maná essencial para a vida
Nenhuma
busca da mente humana e nenhum desejo do coração do homem pode encontrar a
verdade de Deus apartado de Jesus. O único caminho para alcançar essa nova
revelação é através de Jesus (Jo 1.1-3; 14.6). Jesus é o essencial sem o qual a
vida não pode nem começar, nem continuar (Jo 3.16). Quando de verdade o
conhecemos, e o recebemos, todos os desejos insatisfeitos, e insaciáveis do
coração e da alma desaparecem. A fome e a sede da situação humana se apagam
quando Cristo vive em nós. Todo este processo nos dá vida. Isto é, situa-nos em
uma nova e bonita relação com deus (Jo 8.32). A possibilidade de obter isto é
grátis e universal (Mt 11.28). O convite se formula a todos os homens e
consiste apenas em curvar-se para pegá-lo em gesto de humilhação, pois do céu
já nos foi dado (Jo 6.51).
CONCLUSÃO
O
grande privilégio de servir a Cristo é que Ele oferece: primeiro, uma nova
satisfação em vida. Onde o coração humano se harmoniza e a vida deixa de ser
uma mera existência tornando-se algo que é motivo de excitação e de paz.
Segundo, Ele nos estarmos seguros até além da vida. Ou seja, Ele nos oferece
vida no tempo presente, e vida na eternidade.
Questionário
1.1- O
que significa maná?
2.2- Qual
o dia que o maná não deveria ser colhido?
3.3- A
brancura do maná simbolizava o quê?
4.4-
O
que simbolizava inclinar-se para colher o maná?
5.5-
O
que Deus nos oferece o pão de Deus que desce do céu?
Escola
Bíblica Dominical – Eu Participo!!!!
Fontes:
Bíblia
Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista:
Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014
Comentário Beacon
2. O Maná e as Codornizes (16.1-36)
a) Outra murmuração de Israel (16.1-3).
Israel deveria ter aceitado os “estatutos” de Deus e crido em sua “ordenação”
(15.25). O fato de não terem agido assim resultou em mais reclamações. Tinham
deixado para trás um deserto (Sur) e entrado em outro (Sim) a caminho do monte
Sinai e já fazia um mês que viajavam (1). Pelo visto, o suprimento de comida
estava diminuindo e não havia evidência externa de novas provisões. Deus
permitiu que o problema surgisse como prova para a fé de Israel. Mas o povo
murmurou contra Moisés e contra Arão (2), desejando ter morrido no Egito com os
estômagos cheios em vez de morrer de fome no deserto (3). Parece que comiam bem
no Egito, e agora as coisas estavam piores. Claro que o alimento é necessário
para a vida física, mas Deus não esquecera do povo. Ele teria suprido as
necessidades de maneira mais satisfatória se Israel tivesse permanecido
pacientemente firme na fé.
b) A promessa de pão e carne (16.4-12). Não
há que duvidar que o tempo todo Deus sabia como alimentaria os israelitas no
deserto. Quando murmuraram, o Senhor revelou seu plano de fornecer pão dos céus
(4) para colherem a porção para cada dia — “a ração para cada dia” (Smith-Goodspeed).
Até no fornecimento de pão Deus faria uma prova: Queria ver se o povo andaria
em sua lei ou não. No sexto dia, as pessoas achariam quantidade suficiente de
pão para durar dois dias, em cumprimento da lei do sábado (5).
Deus queria que estes israelitas soubessem
que aquele que os tirou do Egito ainda estava com eles. A tarde sabereis (6) e
amanhã vereis (7). A glória mencionada no versículo 7 diz respeito à realização
da mão de Deus no suprimento do pão, ao passo que a glória referida no
versículo 10 era a manifestação especial de Deus na nuvem.
Moisés repreendeu os israelitas por
murmurarem contra ele e Arão, pois nada significavam — era Deus quem os
conduzia (7). Quando Deus lhes desse carne e pão para comer, eles saberiam que
o Senhor ouvira as murmurações feitas contra ele (8). De certo modo, fornecer
comida desta maneira era uma repreensão. Deus não forneceu comida só porque
reclamaram; Ele queria que soubessem que Ele era o Senhor e que não estava
contra seus servos, mas contra quem murmurava.
Os filhos de Israel seriam humilhados diante
de Deus. Arão os reuniu, dizendo: Chegai-vos para diante do SENHOR, porque
ouviu as vossas murmurações (9). Quando se aproximaram e olharam para o
deserto, de repente a glória do SENHOR apareceu na nuvem (10). “A prova
inconfundível da presença de Deus na coluna de fogo autenticou as palavras de
Moisés e preparou o povo para a glória mais encoberta do milagre que ocorreria”
42 A glória do Senhor deu a estes fracos seguidores de Deus a oportunidade de
ver o mal dos seus corações quando contemplassem a fidelidade de Deus para com
eles. Com a realização do milagre da carne e do pão, eles saberiam que o SENHOR
era o seu Deus (12). Ele teve paciência com estes crentes fracos, cuja fé
necessitava de crescimento; em outra época, depois de terem tempo para
amadurecer (Nm 14.11,12), eles foram punidos por causa da permanência na
incredulidade.
c) Deus envia codornizes e pão (16.13-21). As
codornizes, que subiram e cobriram o arraial (13), faziam seu trajeto habitual
de migração “pelo mar Vermelho, em grande quantidade nesta época do ano, e,
cansadas pelo vôo longo, [...] podiam ser capturadas facilmente perto do
chão”.43
Na manhã seguinte, houve um orvalho ao redor
do acampamento (13). Quando o orvalho se secou, encontraram “uma coisa fina e
semelhante a escamas, fina como a geada sobre a terra” (14, ARA). Quando viram,
as pessoas perguntaram: Que é isto?
(15). Moisés respondeu: Este é o pão que o
SENHOR vos deu para comer. “O nome maná é proveniente da pergunta [Que é
isto?], ou a semelhança no som tem relação com as duas palavras originais [man
hu].”u
Há quem procure identificar o maná bíblico
com as substâncias naturais encontradas nesta região. Embora semelhantes em
certos aspectos, estas substâncias naturais não se ajustam à narrativa bíblica.
Não surgem em grande quantidade, nem podem ser o principal alimento. Ocorrem
somente durante curto período do ano. O maná da Bíblia: 1) Foi o principal
alimento nutritivo para Israel por quarenta anos; 2) Era fornecido em
quantidades grandes; 3) Ocorria ao longo do ano inteiro; 4) Aparecia somente em
seis dos sete dias da semana; e 5) Criava bichos se fosse guardado por dois
dias, exceto no sábado.45 Obviamente este maná era um milagre de Deus, sendo um
tipo do Cristo que desceu do céu (Jo 6.32-40).
As instruções para colher o maná eram inequívocas.
Cada família tinha de colher quantidade suficiente para o consumo de um dia: um
gômer por cabeça (16), cerca de 1,3 litro, e segundo o número de pessoas da
família. Pelo milagre do aumento ou da diminuição de acordo com a necessidade
vigente,46 não sobejava para quem colhesse muito, nem faltava para quem
colhesse pouco (18).
Moisés foi claro em dizer que nada do maná
deveria ser deixado para o dia seguinte (19). Alguns israelitas, que ainda
precisavam aprender acerca da obediência explícita, guardaram uma provisão de
maná até o dia seguinte, mas criou bichos e cheirava mal (20). Considerando que
o maná guardado para o sábado não estragava (24), ficou evidente a
desobediência dos ofensores, os quais foram punidos com a deterioração do
alimento.
Neste episódio, a lição de Deus para Israel,
como também para os cristãos, é que os crentes têm de depender de Deus dia após
dia. A vida de Cristo no cristão é preservada a cada momento por sua
permanência em Deus. A obediência diária e cuidadosa resulta em provisão
regular; o descuido traz perturbação e julgamento. Israel aprendeu a colher o
maná pela manhã, antes que o sol o derretesse (21); o alimento espiritual
colhido de manhã cedo suporta o calor do dia.
d) A observância do sábado (16.22-31). No
sexto dia, quando alguns israelitas colhiam quantidades duplas de maná, todos
os príncipes da congregação (22) não entenderam. Moisés repetiu a regra sem
deixar dúvidas: Não haveria maná no sábado
(25). No sexto dia, eles tinham de cozer no
fogo (assar) ou cozer em água (ferver; usado como pão ou mingau) o que
precisavam e guardar para o dia seguinte (23). Aprenderam que o maná guardado
para o sétimo dia não se estragava (24).
Estes versículos indicam um conhecimento do
sábado anterior ao recebimento dos Dez Mandamentos (20.8-11). Deus estabeleceu
um dia de descanso na criação do mundo (Gn 2.2,3); este fato era provavelmente
conhecido por Abraão, visto que em certo sentido era observado pelos
babilônios. Mas nem os primitivos hebreus nem os egípcios conheciam uma semana
de sete dias.47 Levando em conta que depois da criação o sábado é mencionado
somente neste momento, podemos supor que esta é uma renovação da observância
sabática. Durante a opressão egípcia, a observância teria sido impossível;
portanto, para estas pessoas as palavras de Moisés eram novidade.48
Embora Moisés tivesse deixado claro que não
haveria pão no dia de sábado (26), mesmo assim alguns do povo saíram para
colher (27). Sempre há quem não acredita na palavra de Deus, desta forma
recusando guardar seus mandamentos e leis (28). A ordem tornou-se mais
explícita: Ninguém deveria sair do seu lugar no sétimo dia
(29). Ninguém deveria sair do acampamento; as
pessoas tinham de descansar no sétimo dia (30). Ver mais comentários sobre o
sábado em 20.8-11.
O maná era como semente de coentro (31), “uma
semente pequena e cinzento- branca, com sabor picante e agradável, usada
amplamente como tempero para cozinhar”.49 Tinha gosto de bolos feitos de
farinha de trigo, óleo e mel. O alimento que Deus dava era agradável ao
paladar.
e) O maná comemorativo (16.32-36). Moisés,
sob ordens divinas, ordenou que fosse colocado diante do SENHOR um vaso
contendo um gômer cheio de maná (33), na casa de Deus, diante do Testemunho
(34). Este recipiente seria guardado para as gerações (32) futuras. O escritor
aos Hebreus mencionou a existência de “um vaso de ouro” de “maná” no “Santo dos
Santos” (Hb 9.3,4). O texto bíblico não informa se a ordem de Deus foi dada
neste momento ou mais tarde quando a arca do concerto foi construída.
Presumimos que, perto do fim da vida, Moisés adicionou esta seção (32-36) ao
Livro de Êxodo.50 O Testemunho (34) diz respeito aos Dez Mandamentos que também
foram depositados na arca do concerto.
Para ficar registrado, Moisés afirmou que os
filhos de Israel comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.
Esta afirmação não significa que não tinham outro tipo de comida no caminho,
mas que sempre havia a provisão do maná. Josué registrou a cessação deste
milagre depois de chegarem à terra da promessa (Js 5.10-12). O gômer e o efa
(36) eram medidas de capacidade usadas no Egito, e esta nota era necessária
porque somente o efa continuou sendo usado como medida em Israel.51 Um efa
correspondia a cerca de 37 litros. O gômer seria, então, de aproximadamente 3,7
litros.
No capítulo 16, o alimento de Deus para
Israel aponta para o Pão Vivo do Novo Testamento, “Cristo, o Nosso Maná”. 1) E
dado aos famintos e perturbados, 1-3; 2) Torna-se a manifestação da glória de
Deus, 4-12; 3) Satisfaz plenamente quem o colhe, 13-18; 4) E eficiente pela
obediência cotidiana, 19-30; 5) Trata-se de experiência comemorada para sempre,
31-34.
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