Lição 13 - Jesus, o modelo
inigualável de liderança
LIÇÃO 13 – 28 de setembro de 2014 –
Editora Betel
Jesus, o modelo inigualável de liderança
TEXTO AUREO
“Eis aqui
o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei
repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará juízo aos gentios”. Mt
12.18
VERDADE APLICADA
Jesus
Cristo é o modelo mais perfeito para aqueles que desejam sucesso na vida e em
sua liderança.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
►Definir o
que significa uma liderança delegada;
►Demonstrar
o que é uma liderança servidora;
►Apontar o
trabalho de um líder cristão como privilégio e responsabilidade.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Is 42.1 - Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a
minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito
para os gentios.
Is 42.2 - Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça.
Is 42.3 - Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em
verdade, promulgará o direito.
Is 42.4 - Não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito;
e as terras do mar aguardarão a sua doutrina.
Is 42.5 - Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, formou
a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o
espírito aos que andam nela.
Is 42.6 - Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te
guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios;
Is 42.7 - para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e
do cárcere, os que jazem em trevas.
Introdução
O maior
modelo de liderança será sempre Jesus Cristo. Desde sua anunciação já se previa
um Messias com qualidades jamais vistas pelos seres humanos. Jesus Cristo é o
homem perfeito, o modelo para uma vida saudável, feliz e vitoriosa. Não existe
líder que não deseje ser como Jesus. Nesta lição, veremos três pilares
principais sobre os quais a liderança messiânica repousou, os quais nos servem
de base para o desempenho do papel de liderança.
1.
Liderança delegada
Em várias
ocasiões, Jesus demonstrou que sua missão e liderança haviam sido delegadas
pelo Pai. Era imprescindível, portanto, que as pessoas cressem nele como alguém
vindo de Deus. Séculos antes Ele havia sido apresentado de algumas maneiras que
cabia àqueles cidadãos judeus observarem e conferir.
1.1. Ele
foi apresentado como servo
Isaías
profeticamente apresenta o Messias como “ebed Javé” servo do Senhor. Na verdade
a expressão servo nos remete para o caráter da missão resgatadora de Jesus (Mc
10.45). Embora, nos dias atuais, na visão do mundo a ideia de um líder servo
não seja agradável, não temos o direito de omitir aos leitores o que a própria
Bíblia quer dizer. Por isso, na igreja, se usa muito a expressão “liderança
servidora” que comunica uma ideia diferente da proposta mundana. Visto que é a
que mais se aproxima daquela determinada por Deus a Jesus, o Messias. Como Ele
próprio chegou a dizer: “o Filho do homem não veio para ser servido, mas para
servir” (Mt 20.28).
Jesus
sempre amou ser o que era. Talvez o que mais nos frustre seja não saber quem
somos ou o que fomos destinados a fazer. Ele era acima de tudo um servo feliz,
gostava de ser humano, não vivia a reclamar da vida. e, mesmo sendo Deus,
não usou de forma alguma a autoridade que possuía para livrar-se dos momentos
difíceis e da missão que portava consigo. Ele foi até o fim, como um filho
obediente e como um servo fiel.
1.2.
Escolhido para o prazer de Deus
O Messias
profeticamente foi enviado para o deleite de Deus. Ele é simplesmente um servo
obediente que se agrada em cumprir o seu propósito. Esse Servo-Líder foi
escolhido e sustentado na sua missão até que todo o seu propósito se cumprisse.
Os evangelistas fizeram questão de apontai' esse aspecto messiânico em Jesus,
ao registrarem a voz de Deus, demonstrando o seu agrado com relação à pessoa de
Jesus: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17) Devemos
lembrar que, em termos de submissão, não havia diferença entre servo e filho. E
Jesus nos ensina tanto a ser filhos quanto servos. Um servo-líder de Cristo
deve entender que sua vida existe para o deleite de seu Senhor e não para
deleite próprio. Na verdade, grande prazer têm aqueles que obedecem a Deus seja
em que aspecto for, principalmente, liderando.
1.3. Ele
foi habilitado para servir
“Pus sobre
ele o meu Espírito” (Is 42.1). O Espírito de Deus foi posto sobre o Messias
para o serviço. É maravilhosa essa ideia de que um servo-líder de Cristo recebe
uma graça adicional, o próprio Espírito de Deus vem habitá-lo, para
capacitar-lhe a fazer a sua obra, e liderar na autoridade, e sob a ótica
divina. O mais intrigante nisso tudo é que até mesmo Jesus atuou movido pelo
Espírito Santo. Observemos agora o que diz Isaías quanto à qualidade do serviço
executado por esse servo: “ele promulgará o direito para os gentios” (Is
42.1b). O modelo de serviço cristocêntrico contrasta em muito com o modelo de
muitas lideranças, que em vez de servir desejam ser servidos.
Destaque
para seus alunos que existem dois tipos de pessoas no que diz respeito a doar:
algumas doam para viver, outras vivem para doar. Esses dois tipos de indivíduos
não só têm diferentes hábitos de doação, mas também filosofias de vida
diferentes. Quem vive para doar sempre está preocupado com a causa e a
necessidade, quem doa para viver sempre oferece o suficiente. Jesus era um
especialista em viver para doar.
2.
Liderança servidora
Toda
liderança tem um objetivo e uma maneira de alcançá-lo. Deus se preocupou em
revelar riquíssimos detalhes acerca da tarefa messiânica. Todavia, o espaço não
permite uma exposição maior, sendo assim, ateremo-nos ao texto profético de
Isaías.
2.1. Ele
promulgará o direito
O profeta
anuncia que o servo recebe uma investidura régia, pois é o eleito do próprio
Deus. Dos versículos 5 ao 7, fala sobre o próprio Javé como criador. Este se
dirige ao servo confirmando sua vocação que é orientada para uma libertação. No
corpo da mensagem, vemos que o servo traria justiça às nações, teria um alcance
mundial, e seria feita, no entanto, sem barulho e sem violência. Ele procederia
de maneira calma e mansa para o estabelecimento da justiça no mundo. Nos dias
atuais muitos companheiros de caminhada precisam de compaixão e encorajamento
para suportar a carga que é parte de suas vidas e não resistindo desanimam.
Algumas pessoas que estão em nosso convívio se parecem com esses pavios
fumegantes. Por isso, somos todos convocados para animar e fortalecer
mutuamente as canas quebradas e os pavios que se apagam. Essa foi a missão de
Jesus, essa é a missão de cada líder e cristão.
A lâmpada
era um pequeno vaso de barro com óleo, com uma alça para carregá-la e uma mecha
de linho mergulhada no óleo de oliva. O texto fala em mecha fumegante se
referindo a uma que se estava se apagando. A mensagem se dirigia aos
enfraquecidos, a muitos dos que figurativamente eram como a cana. Essas pessoas
se pareciam como um pavio fumegante, porque seu último sinal de vida quase já
se apagava. Estavam realmente oprimidos e precisando de alguém que os curasse e
guiasse suas vidas.
2.2. Servirá
com suavidade
A
comunicação messiânica seria sem estardalhaço, porém, cumpriria a sua missão
de: “em verdade promulgar o direito”. Não haveria clamor, gritos, voz pública,
mas haveria direito outorgado às pessoas. Um líder numa organização
eclesiástica se defrontará com o momento em que seu papel não será pregar,
gritar e clamar, apenas anunciar o direito em Cristo Jesus das pessoas. São
verdades que numa conversa em tom suave aumentam a compreensão e trazem um
poderoso efeito nas vidas. Embora a gentileza seja suave, será firme o
suficiente para acabar com a desumanidade. Interessante é a expressão “pavio
que fumega”. As lamparinas tinham pavios de linho cru, que, com o passar do
tempo, passavam a produzir menos chama e mais fumaça. Tornavam-se sem utilidade
e incômodo, devendo ser descartados. Precisamos de ferramentas que amolem
outras ferramentas que já estão desgastadas com o tempo e sendo postas de lado
(Is 42.2).
2.3.
Servirá sem agressões
O servir
do Messias foi sem agressões, humilhações, e repleto de compaixão. Quem estava
quebrado seria restaurado, aquele que estava triste seria consolado, quem
estava preso seria livre (Is 61.1). O ministério messiânico foi socorrista para
os quebrados, e de cuidado para com os que estavam se apagando, com base na
verdade e direito divino. Todos estavam condenados, mas Jesus Cristo trouxe em
si mesmo o direito ao perdão e a reconciliação plena com Deus (Ef 2.11-13). Não
dá para entender um líder que se apresenta como embaixador de Cristo na terra e
vive a pisar, usurpar, humilhar os outros. O líder genuíno traz consigo as
características daquele que é seu modelo. Se o modelo for Jesus, veremos o
fruto do Espírito. Todavia, se vemos outro comportamento, a fonte da
paternidade pode ser outra.
O jeito
cristocêntrico de liderar é se considerar servo. É demonstrar compaixão e levar
o direito dado por Deus pela fé às pessoas carentes de reconciliação. É
importante demais ter uma missão, mais ainda é que juntamente com ela se tenha
a ética em conduzi-la.
A
recompensa do trabalho messiânico está na realização do próprio trabalho e não
fora dele. Como um administrador que tem prazer em ver dar certo o seu
empreendimento, sendo-lhe isso uma folga e um prazer. Assim Cristo se realiza e
se recompensa com a sua organização.
3.1.
Mediador da aliança
O
propósito de uma aliança é firmar laços de fidelidade e confiança. O pacto
firmado entre Cristo e a igreja envolve salvação e nova vida. E Cristo nomeou
ministros para juntamente com Ele anunciarem essas boas novas (2Co 3.6). O que
cabe a cada um de nós? Anunciar quem é Cristo, o que fez, e o que pode fazer.
Todos nós fomos chamados para esse fim, e ninguém está isento dessa missão (1
Pe 2.9). Pedro em sua primeira epístola nos alertas para algo interessante. Ele
diz que somos “pedras vivas” (1 Pe 2.1). Não existe uma pedra igual à outra,
todas elas se parecem, mas possuem pequenos detalhes que as tomam
diferenciadas. Nós não somos azulejos. Os azulejos são postos em uma matriz e
são todos iguais. Nós somos pedras. Somos parecidos por fora, mas distintos por
dentro. Isso implica dizer que não precisamos imitar nada de ninguém, e que
todos nós somos úteis em alguma coisa. Uns foram chamados para apontar o alvo,
outros para realizar a tarefa.
O homem
precisa de um advogado junto a Deus, alguém que seja capaz de
intermediar em seus assuntos particulares. Todavia não há outro além de Jesus
Cristo que seja capaz de cumprir essa mediação (lJo 2.1). Porém é necessário
que os embaixadores de Cristo Jesus anunciem quem de fato ele é. Na verdade,
todos foram chamados para tomarem-se anunciadores dessa nova aliança, ninguém
está isento dessa missão.
3.2. Luz
para os que jazem em trevas
“E vos
vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados. Em que noutro tempo
andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar,
do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos
nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da
carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros
também” (Ef 2.1-3). Era assim que Deus nos via, e a missão de Jesus foi nos
tirar desse ambiente perdido e de trevas, não somente para vivermos estagnados,
mas para dizer aos outros que ainda há esperança. Quando olhamos para trás,
para tudo o que realizamos na vida, encontraremos mais satisfação nas alegrias
que trouxemos a vida de outras pessoas do que nas ocasiões em que as superamos.
As pessoas sempre irão apreciar e admirar alguém que é capaz de ajudá-las a
alcançar outro nível, alguém que lhes faça sentir importantes e lhes capacite
para alcançar êxito. Líderes existem para apontar o caminho.
3.3. A
glória exclusiva
A
recompensa do servo é a glória exclusiva do seu Senhor. Qualquer glória terrena
é efêmera, e de certo haverá grande honra para aqueles que plantaram para
colher na eternidade. A glória de uma vida não está baseada nas realizações,
mas sim na certeza de que se viveu para fazer a coisa certa. Jesus disse: “eu
para isso nasci e para isso vim ao mundo” (Jo l8.37). Será que estamos
conscientes da razão pela qual estamos no mundo? Todos nós deixaremos
impressões nos outros que serão lembradas mesmo depois da nossa morte. A
pergunta é? Como queremos ser lembrados? Que impressão nós deixaremos em nossos
filhos, amigos, parentes e irmãos em Cristo? Ou será que estamos mergulhados
num egoísmo tão profundo que nos impede de enxergar tanto a nós mesmos quanto
os outros?
Talvez
seja difícil entendermos que a recompensa do trabalho seja o privilégio de
exercê-lo. O labor é um meio de se trazei' o sustento, de pagar dívidas, etc.
Mas o trabalho também é um meio de satisfação, tanto é que muitos se
deprimem e adoecem quando não conseguem emprego. A obra de um líder com certeza
o ferirá inúmeras vezes, mas é dela que vem o seu consolo e recompensa. Por
isso, não devemos desanimar. Ao contrário, devemos ser firmes e constantes.
Conclusão
Jesus é
até hoje um enigma para muitas pessoas. Seguir a Jesus não é somente um
desafio, mas uma contracultura que nos conduz a viver de um modo diferente e
regrado. O que sobressai em Jesus é sua qualidade de vida, sua maneira de agir,
sua justiça, verdade, integridade e santidade. E como seguidores, basta-nos
apenas seguir seu exemplo de vida: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como
eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15).
QUESTIONÁRIO
1. Qual
será sempre o nosso maior modelo de liderança?
R. Jesus
Cristo.
2. De
que forma Isaías apresenta o Messias?
R. Servo
do Senhor.
3. Para
quê o messias foi profeticamente enviado?
R. Para o
deleite de Deus.
4. Indique
uma maneira em que a liderança servidora se manifestou em Jesus:
R.
Promulgando o direito.
5. Qual a
grande recompensa de um servo?
R. A
glória exclusiva de seu Senhor.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2014, ano 24 nº 92 – Jovens e Adultos -
“Dominical” Professor – LIDERANÇA CRISTÃ Conhecendo os segredos da
liderança eficaz
Pastor Dr. Abner de Cássio Ferreira
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