O Julgamento e a Soberania
Pertencem a Deus
TEXTO ÁUREO
"Há só um Legislador e um Juiz, que pode
salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?" (Tg 4.12).
VERDADE PRÁTICA
Não podemos estar na posição de juízes contra as pessoas, pois somente
Deus é o Justo Juiz.
HINOS SUGERIDOS 225, 454, 578
LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - Sl 62.11 O poder pertence a Deus
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S
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Terça - Gn 17.1 Deus é o Todo-Poderoso
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T
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Quarta - Pv 21.31 A vitória vem do Senhor
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Q
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Quinta - 1 Sm 2.7 A soberania divina
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Q
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Sexta - Cl 4.1 O verdadeiro Senhor
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S
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Sábado - Mt 28.18 Todo poder no céu e na terra
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S
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Tiago 4.11-17
INTERAÇÃO
A igreja local
é o Corpo Invisível de Cristo num tempo e num espaço. Ela é constituída por
distintos seres humanos. Por isso, é preciso haver uma liderança que a
norteie, a oriente e a administre com sabedoria. Então, aprouve ao Senhor
levantar obreiros para dela cuidar. A igreja local jamais pode ser
administrada por um único líder. Apesar da importância do pastor titular,
este deve contar com um grupo de obreiros aptos a ensinar e a administrar a
igreja local: o presbitério. O nosso Pai levantou presbíteros, homens
honrados, de boa índole e idôneos, para junto do pastor titular, cuidar e
zelar do rebanho do Senhor.
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Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar os perigos de se colocar como juiz dos irmãos.
Conscientizar-se da brevidade da vida.
Mostrar que a arrogância e a autossuficiência são pecados.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
inicie o primeiro tópico da lição fazendo a seguinte indagação: "Qual o
perigo de se julgar alguém ou falar mal?" Ouça os alunos com atenção.
Explique que falar mal de um irmão ou julgá-lo é tornar-se juiz. Quando
condenamos uma pessoa, estamos condenando o nosso próximo e aquEle que o
criou, o próprio Deus. Somente o Todo-Poderoso tem poder para julgar e
legislar em favor das suas criaturas. Diga que o Mestre nos ensinou que antes
de julgar o nosso próximo devemos examinar a nós mesmos. Em seguida leia e
discuta com os alunos o texto de Mateus 7.1-3.
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A lição dessa semana é a continuação dos
conselhos práticos de Tiago aos seus leitores. Os assuntos com maior destaque
são a "relação social entre os irmãos" e o "planejamento da
vida". Aprenderemos que, uma vez nascidos de novo, não podemos nos
relacionar de maneira conflituosa com os outros. Outro aspecto importante que
estudaremos é que o planejamento da nossa vida tem de estar de acordo com a
soberana vontade de Deus - único legislador e juiz da vida. Ele é quem sempre
terá a última palavra.
1. A ofensa gratuita. Não há postura mais
problemática em uma igreja local quanto a do "disse-me-disse".
Infelizmente, tal comportamento parece ser uma questão cultural. Algumas
pessoas parecem ter satisfação em destilar palavras que machucam. O que ganham
com isso? Um ambiente incendiado por insinuações maldosas, onde elas mesmas
passam a maior parte das suas vidas sofrendo e levando outros a sofrerem.
Assim, Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando o
relacionamento interpessoal entre os crentes (v.11).
Devemos evitar as ofensas e as agressões gratuitas, pois o "irmão ofendido
é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como
ferrolhos de um palácio" (Pv 18.19).
As ofensas só trazem angústias, tristezas e desgraças.
2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11). O pecado de falar mal do outro foi por Tiago
tratado com clareza ainda no versículo 11. Quem empresta os seus lábios para
caluniar e emitir falso testemunho, além de estar pecando, coloca-se como o
juiz do outro, mas não cumpridor da lei. Nós, servos de Cristo, fomos chamados
para ser discípulos, não juízes. Quem busca estabelecer condições para amar o
próximo não pode ser discípulo de Jesus de Nazaré. Já imaginou se hoje, Deus, o
nosso Pai, tratasse-nos numa posição de Juiz? Provavelmente estaríamos
perdidos!
3. O autêntico Legislador e Juiz pode salvar
e destruir (Tg 4.12). Com o objetivo de
demonstrar o porquê de não podermos nos colocar como juizes dos outros, o texto
bíblico recorda do quanto somos pecadores e declara que há apenas um Legislador
(criador das leis) e Juiz (apto para julgar a todos) (v.12). Apenas o Criador tem o poder de salvar
e destruir. Portanto, antes de emitir uma palavra de julgamento contra uma
pessoa, responda a esta questão: "Tu, porém, quem és, que julgas a
outrem?"
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Falar mal de um irmão e julgá-lo é pecado, pois só existe um único Juiz
e Legislador entre os crentes, Jesus Cristo.
1. Planos meramente humanos (Tg 4.13). É comum algumas vezes falarmos "daqui
tantos anos vou fazer isso", "em 2018 eu farei aquilo" etc. É
verdade que precisamos planejar a vida. Entretanto, todo planejamento deve ser
feito com a sabedoria do alto. Isto é uma dádiva de Deus. Todavia, infelizmente
nos acostumamos à mera rotina e tendemos a planejarmos o futuro sem ao menos
nos lembrarmos de que Deus, o autor da vida, tem de ser consultado, pois tudo o
que temos é fruto da sua bondade e misericórdia.
2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). "A vida é um vapor que aparece por um
pouco e depois se desvanece". Eis uma séria advertência de Tiago para nós!
O ser humano muitas vezes se esquece da sua real condição. Fazemos os planos
para amanhã ou depois, mas ninguém tem a certeza do futuro que lhe espera. A
nossa vida é breve, passa como a fumaça. Lembre-se de que a nossa existência
terrena é passageira e que, por isso, devemos viver a vida segundo a vontade de
Deus, esperança nossa.
3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Após compreendermos que a existência humana
é finita e Deus é o infinito Absoluto, o
versículo 15 nos ensina a ter um estilo de vida diferente. A
consciência da nossa limitação, bem como da transitoriedade e a brevidade da
vida, deve incidir sobre o nosso modo de viver ao mesmo tempo em que deve servir
como ponto de partida para confiarmos ao Senhor todos os nossos planos. Só com
essa consciência, buscaremos realizar a vontade de Deus que é boa, perfeita e
agradável (Rm 12.2). Portanto,
agiremos assim: "Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou
não". Tal postura não é falta de fé, ao contrário, é fé na Palavra de
Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A vida do homem é frágil e breve, por isso, precisamos reconhecer que
somos dependentes do Criador.
1. Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a). Pensar que podemos controlar a nossa vida é
de uma presunção orgulhosa que afronta o próprio Deus. Nós somos as criaturas e
Deus, o Criador. Infelizmente, muitos fazem os seus planos desprezando o Senhor
como se fosse possível deixá-lo fora do curso da nossa vida. Não sejamos
presunçosos e arrogantes! Reconheçamos as nossas fragilidades, pois somos pó e
cinza (Gn 18.27; Jó 30.19). Mas Deus, o nosso Pai, é tudo em
todos por Cristo Jesus, o nosso Senhor (Cl 3.11).
2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A gravidade da presunção e da arrogância
humana pode ser comprovada na segunda parte do versículo dezesseis: "toda
glória tal como esta é maligna". O livro de Ezequiel conta-nos a história
do rei de Tiro. Ali, a malignidade, a arrogância e o orgulho humano levaram um
poderoso rei a perder tudo o que tinha. Ele era poderoso em sabedoria e
entendimento, acumulando para si riquezas e poder. Mas seu coração tornou-se
arrogante, enchendo o interior de violência, iniquidades, injustiças do
comércio e profanação dos santuários (Ez 28.4,5,16,18). Em pouco tempo o seu fabuloso império
desmoronou. Não há ser humano no mundo que resista às tentações da arrogância,
do poder e do orgulho. Triste é o final de quem se entrega à malignidade do
orgulho das presunções humanas.
3. Faça o bem (v.17). Fazer o bem é uma
afirmação da Epístola de Tiago que lembra as suas primeiras recomendações de
não sermos apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra (Tg 1.22-25). Ora, se nós ouvimos, entendemos,
compreendemos e podemos fazer o que deve ser feito, mas não o fazemos, estamos
em pecado. Deus condena o pecado de omissão! Não sejamos omissos quanto àquilo
que podemos e devemos fazer! Como discípulos de Cristo não podemos recuar.
Antes, temos de perseverar em perseguir o alvo que nos foi proposto até o fim (Fp 3.14).
Que jamais venhamos permitir que a presunção e o orgulho dominem os
nossos corações e que nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida.
Vimos nesta lição as duras advertências de Tiago. Infelizmente, as
transgressões descritas na epístola são quase que naturais na atualidade. Não
são poucos os que difamam, caluniam e falam mal do próximo. Comportam-se como
os verdadeiros juízes, ignorando que com a mesma medida com que medem os
outros, eles mesmos serão medidos (Mc 4.24).
Vimos também que ainda que façamos os melhores planos para a nossa vida,
devemos nos lembrar de que a vontade de Deus é sempre o melhor. Que aprendamos
com Tiago a perdoar ao outro e submetermo-nos à vontade do Pai.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
"Julgar ou Submeter-se à Lei?
Tiago inicia uma transição da convocação dos
crentes para o seu preparo para o iminente julgamento, exortando-os a cumprir
sua responsabilidade perante os semelhantes que, por sua vez, também o
enfrentarão. Faz essa mudança de retórica e repetindo o aviso feito em 3.1, que voltará a focalizar em 5.1-9, aconselhando a respeito da atitude
que as pessoas devem ter para com seus semelhantes.
Tiago é claramente enfático na sua denúncia sobre
como os crentes às vezes tratam os outros ('não faleis mal uns dos outros',
v. 11). Essa tendência de falar julgando
e condenando os outros, talvez sem um verdadeiro motivo (calúnia), certamente
representa uma das razões pelas quais ele previne contra o orgulho de assumir
as responsabilidades de um ensinador (3.1).
O adequado papel de um mestre é 'convencer do erro do seu caminho um pecador'
(5.20), e não condená-lo" (cf.
7.1-5)" (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger
(Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de
Janeiro, CPAD, 2004, p. 1683).
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"Tiago identifica dois problemas que se
originam quando as pessoas reivindicam as prerrogativas de um julgamento que
por direito pertence somente a Deus, o 'único Legislador e Juiz' (v. 12).
Ao condenarmos outros, estamos principalmente
condenando a própria lei. Talvez Tiago acreditasse que esse era o caso porque
quando condenamos as pessoas estamos condenando aqueles que foram 'feitos à
semelhança de Deus' (3.9), e assim,
implicitamente, estamos condenando o próprio Deus (cf. Rm 14.1-8).
Aqueles que julgam os semelhantes estão se
posicionando como juízes acima da lei ao invés de submeterem-se a ela ('se tu
julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz', Tg 4.11); isto é, inevitavelmente o padrão
de comportamento reproduz o desejo do juiz humano e não a vontade de Deus
(veja 4.13-17). Ao invés de nos
atermos às omissões dos semelhantes na obediência à lei de Deus, deveríamos
nos concentrar em nossa submissão a Ele (4.7)
e à sua lei" (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004,
p. 1683).
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Destilar: Deixar sair, insinuar,
provocar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L;
STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
Vol. 2. 4. ed. Rio de
Janeiro, CPAD, 2009.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador
Cristão CPAD
nº59. p.41.
EXERCÍCIOS
1. Quais os assuntos de maior
destaque nesta lição?
R. Os assuntos com maior destaque são a "relação social entre os
irmãos" e o "planejamento da vida".
2. Tiago inicia a segunda
seção bíblica do capítulo quatro abordando qual assunto?
R. Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando
o relacionamento interpessoal entre os crentes.
3. Como Tiago descreve a
vida?
R. "A vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se
desvanece".
4. Como deve ser feito todo
planejamento humano?
R. Todo planejamento deve ser feito com a sabedoria do alto.
5. Qual foi a consequência da malignidade,
arrogância e o orgulho do rei de Tiro?
R. Ele perdeu tudo o que tinha.
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