segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Lição 12 Os pecados de Omissão e de Opressão

Lição 12  21 de Setembro de 2014

Os Pecados de Omissão e de Opressão

TEXTO ÁUREO


"Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado"
(Tg 4.17).


VERDADE PRÁTICA


Os pecados de omissão e opressão são tão repulsivos diante de Deus quanto às demais transgressões.

HINOS SUGERIDOS 5, 50, 155

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Gn 3.1-24                A queda do ser humano
S
Terça - Is 59.2                 O pecado nos separa de Deus
T
Quarta - Jo 1.29               O Cordeiro de Deus que tira o pecado
Q
Quinta - Hb 9.22               Remissão pelo sangue de Jesus
Q
Sexta - 1 Jo 1.7                  O sangue de Jesus purifica de todo pecado
S
Sábado - 1 Rs 8.46                      Não há quem não peque
S


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



Tiago 4.17; 5.1-6

INTERAÇÃO


Professor, na lição de hoje estudaremos a respeito dos pecados de omissão e opressão. Também veremos a exortação de Tiago em relação ao julgamento dos ricos impiedosos. O meio-irmão do Senhor adverte os ricos, não pela posse de bens materiais, mais porque estes não eram bons mordomos dos seus bens. Segundo Tiago, estes ricos exploravam os pobres (Tg 2.5,6). Atitude esta que Deus abomina. 
O Senhor deseja que venhamos utilizar nossos recursos para ajudar as pessoas necessitadas, não somente para o nosso deleite e prazer. Que possamos utilizar nossos bens para promover o Evangelho e ajudar as pessoas, pois "a fé sem obras é morta". Tiago mostra que os ricos estavam tão absortos em seus deleites que nem se deram conta do juízo divino e da desgraça que se abateu sobre eles: "As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça" (5.2). Que venhamos utilizar nossos bens com sabedoria.

OBJETIVOS



Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conscientizar-se dos perigos do pecado de omissão.
Mostrar que adquirir bens à custa da exploração alheia é pecado.
Saber que Deus ouve o clamor dos trabalhadores injustiçados.



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, reproduza o quadro abaixo para os alunos. Utilize-o para mostrar como a Palavra de Deus identifica a riqueza. Enfatize que a riqueza não é e jamais será um sinal de fé ou do favor divino. Explique que Jesus fez duras criticas aqueles que amam os bens materiais. O Mestre declarou: "Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas" (Lc 18.24).


R I Q U E Z A S
A sua busca insaciável e avarenta é idolatria
Cl 3.5
Segundo Jesus é um obstáculo à salvação
Mt 19.24; 13.22
Transmite um falso senso de segurança, enganam
Lc 12.15-21
Exigem total fidelidade do coração.
Mt 6.21
Levam as pessoas a caírem em tentação.
1 Tm 6.9
O amor a elas é raiz de muitos males.
1 Tm 6.10
COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a contundente reprimenda da Palavra de Deus à opressão dos ricos contra os pobres. A denúncia de Tiago é semelhante a dos profetas do Antigo Testamento: de Isaías, de Ezequiel, de Amós, de Miqueias e de Zacarias (Is 3.14,15; 58.7; Ez 16.49; Am 4.1; 5.11,12; 8.4-8; Mq 6.12; Zc 7.10) contra os senhores que oprimiam os pobres. É importante refletirmos sobre este assunto, pois alguns pensam que as advertências dos santos profetas ficaram restritas à época da Lei (Lv 25.35; Dt 15.1- 4,7,8). Entretanto, o mesmo tema é alvo do ensinamento do próprio Senhor Jesus (Lc 6.24,25). Igualmente, o livro de Atos nos informa que a Igreja do primeiro século cuidava dos pobres (At 2.42-45). Isso significa que o tema abordado nesta lição é atual e urgente.

I. O PECADO DE OMISSÃO (Tg 4.17)

1. A realidade do pecado.
Um dia o homem resolveu voluntariamente desobedecer a Deus (Gn 3.1-24). O pecado, então, tornou-se uma realidade fatal. A partir dessa atitude rebelde, todas as relações dos seres humanos entre si, com o Criador e com a criação, foram distorcidas (Rm 1.18-32). Assim, a humanidade e a criação sofrem e gemem como vítimas da vaidade humana (Rm 8.19-22). Não somos capazes de, por nós mesmos, vencermos o pecado! Contudo, em Jesus toda essa grave realidade pode ser superada, pois o Pai enviou o seu Filho para que morresse por nós e, assim, resgatasse-nos da miséria do pecado (Rm 8.3; Hb 10.1-39).
2. O pecado de comissão (Gn 3.17-19). A partir da realidade do pecado algumas formas de pecados podem ser verificadas nas Escrituras. Uma delas é o pecado de comissão, ou seja, realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus. Os nossos pais, Adão e Eva, foram proibidos de comer do fruto da árvore do bem e do mal. Entretanto, ainda assim dela comeram. Realizar conscientemente o que Deus de antemão condenou é um atentado à sua santidade e justiça (Sl 106.6).
3. O pecado de omissão (Tg 4.17). Outra forma muito comum é o pecado de omissão. Essa forma de transgredir as leis divinas, muitas vezes, é ignorada entre o povo de Deus. Porém, as consequências do seu julgamento não serão menores diante do Altíssimo (Mt 25.31-46). Não é apenas deixando de obedecer a lei expressa de Deus que incorremos em pecado, mas de igual modo, quando omitimo-nos de fazer o bem pecamos contra Deus e a sua justiça (Lc 10.25-37; Jo 15.22,24).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Deus é santo e abomina tanto o pecado de comissão como o de omissão.

II. - O PECADO DE ADQUIRIR BENS À CUSTA DA EXPLORAÇÃO ALHEIA (Tg 5.1-3)

1. O julgamento divino sobre os comerciantes ricos (v.1). Não é a primeira vez que Tiago menciona os ricos em sua epístola (Tg 1.9-11; 2.2-6). Entretanto, aqui há uma particularidade. Enquanto nos outros textos o meio-irmão do Senhor faz advertências ou denúncias contra os ricos, o quinto capítulo apresenta o juízo divino contra eles. Da forma em que o texto da epístola está construído, percebemos que não há indício algum de que a sentença divina é exclusiva para os que conhecem a Deus, deixando “os ricos ignorantes” de fora do juízo divino. O alvo aqui são todos os ricos, crentes ou descrentes, que conduzem os seus negócios de maneira desonesta e opressora contra os menos favorecidos.
2. O mal que virá (v.2). De modo geral, onde se encontra a confiança dos ricos? A Bíblia afirma que a confiança dos ricos está amparada nos bens que possuem (Pv 10.15; 18.11; 28.11). Não atentando para a brevidade da vida e a transitoriedade dos bens materiais, eles orgulham- -se e confiam na quantidade de bens que possuem (Jr 9.23; 1 Tm 6.9,17). Tiago diz que as riquezas dos ricos desonestos e arrogantes estão apodrecidas e as suas roupas comidas pela traça, isto é, brevemente elas se mostrarão ineficazes para garantir-lhes o futuro. Os ricos opressores terão uma triste surpresa em suas vidas!
3. A corrosão das riquezas e o juízo divino (v.3). Jesus de Nazaré falou do mesmo assunto no Sermão da Montanha, ao advertir que “não [devemos ajuntar] tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt 6.19). Sabemos que nos dias atuais, muitos ignoram esta admoestação do Senhor, dizendo que não é bem isso que Ele quis dizer. Ora, então do que se tratava o assunto do nosso Senhor, senão do perigo de se acumular bens neste mundo? A arrogância demonstrada pelo rico insensato revela esse desvario do nosso tempo (Lc 12.15-21). Olhando para os dois textos citados, tanto o de Mateus quanto o de Lucas, é impossível não atentar mos para essas duas perspectivas: a denúncia para o mal da riqueza e a revelação profética do juízo divino contra a confiança nela (Ap 3.17; 6.15; 13.16).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

A Palavra de Deus condena àqueles que adquirirem riquezas as custa da exploração dos pobres e necessitados

III.  O ESCASSO SALÁRIO DOS TRABALHADORES “CLAMA” A DEUS (Tg 5.4-6)

1. O clamor do salário dos trabalhadores (v.4). O Evangelho alcança pessoas de todos os tipos e classes sociais. Muitos que constituem a classe alta econômica de nossa nação têm crido em Cristo. Outros filhos do nosso meio têm emergido e alcançado altos patamares econômicos. De funcionários, tornaram-se patrões, juízes, políticos, etc. Por isso, é preciso advertir que a Bíblia tem conselhos divinos claros para a ética do homem cristão que se tornou rico ou do rico que se tornou cristão. Neste quarto versículo, com tons graves, o líder da igreja de Jerusalém levanta-se como um profeta veterotestaméntario bradando contra a injustiça social (Jr 22.13; Ml 3.5). Para tal exercício, Tiago evoca a Lei, isto é, utiliza a Escritura do primeiro testamento para fundamentar a sua redação epistolar (Dt 24.14,15). O meio-irmão do Senhor adverte que o Todo-Poderoso certamente se levantará contra toda a sorte de opressão e injustiça!
2. A regalia dos ricos que não temem a Deus cessará (v.5). O versículo cinco lembra a
denúncia proferida por Jesus em Lucas 16.19-31, quando o Senhor fala acerca do mendigo Lázaro e do rico opressor: uma vida regalada que não se importava com o futuro e com o próximo, vivendo festejos como se o fim nunca fosse chegar. Deleitando-se em suas riquezas, mal pensava o rico que entesourava para si juízos de Deus.
3. O pobre não resiste à opressão do rico (v.6). Há severas condenações no Antigo Testamento contra a opressão dos menos favorecidos (Êx 23.6; Dt 24.17). O fato de essa advertência aparecer em o Novo Testamento indica a gravidade dessa atitude (1 Tm 6.17-19). Muitos podem se perguntar por que a Bíblia é tão dura contra os ricos injustos. Uma vez que eles estão economicamente bem posicionados, o pobre, ou “justo”, sucumbe à sua opressão, restando a eles apenas Deus para defendê-los. Assim, mesmo que o pecado de opressão continue sendo consumado, entendemos biblicamente que o Senhor dos Exércitos continua a ouvir o clamor dos pobres!

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Deus ouve o clamor dos trabalhadores injustiçados. Ele é justo e não aceita nenhuma forma de opressão e injustiça.

CONCLUSÃO

As advertências de Tiago são relevantes e oportunas para os nossos dias. Quanto engano tem sido cometido por ensinamentos deturpados em nome de uma suposta prosperidade. Tal teologia tem levado muitas pessoas a tornarem-se materialistas. Tiago nos exorta a demonstrarmos uma fé verdadeira, não apenas de palavras, mas principalmente em obras (Tg 2.14-26). De igual maneira, conforme a lição de hoje, o nosso desafio é vivermos um estilo de vida segundo o Evangelho, onde a simplicidade, a modéstia e o contentamento devem ser as suas marcas.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsidio Bibliológico
"Por que contra o rico? (5.1-6)
Em Jerusalém, eram poucas as pessoas da classe alta que se mostravam sensíveis ao Evangelho. Enquanto crescia a perseguição contra a igreja primitiva, muitos crentes perderam sua fonte de subsistência e passaram a ser explorados pelos poderosos. As investidas de Tiago contra os ricos são: 1) eles anseiam aumentar a riqueza com o sofrimento dos outros; 2) defraudam seus empregados; 3) vivem de maneira extravagante, e amam a boa vida; e, 4) matam os justos.
Temos condições de ser pacientes até mesmo quando provocados pela avidez dos exploradores da riqueza. Pois, sabemos que Cristo, o Juiz, está às portas (Tg 5.7-9)"  RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p. 875).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsidio Bibliológico
"Riqueza
A Bíblia Sagrada traz muitas advertências para que não depositemos a nossa confiança nas riquezas materiais (Sl 49.6,7). Também não podemos colocar o nosso coração nas riquezas.
Tiago deixou registradas fortes palavras de advertência aos ricos (Tg 5.1), que também servem, sem dúvida, para os ricos de todas as épocas. Estes, a quem Tiago se referiu, não foram julgados por serem ricos, mas porque haviam feito um mau uso de suas riquezas. Os cristãos também podem fazer um mau uso da riqueza que possuem, seja ela pequena ou grande. Eles também podem, sem dúvida, como vários crentes nos dias de Tiago, invejar aqueles que possuem riquezas. A inveja é um pecado tão grande quanto o mau uso da riqueza. É também muito importante que os meios utilizados para se alcançar a riqueza sejam adequados. Evidentemente, aqueles a quem Tiago se dirige em 5.1 haviam enriquecido às custas da exploração dos trabalhadores"  (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F.  (Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, p. 1680).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L; STRONSTD (Eds.).  Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.


SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão CPAD
nº59. p.42.

EXERCÍCIOS


1. O que é o pecado de comissão?
R. É realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus.

2. O que é o pecado de omissão?
R. Quando omitimo-nos de fazer o bem.

3. O que Tiago apresenta no quinto capítulo?
R. O quinto capítulo apresenta o juízo divino contra os ricos opressores.

4. De modo geral, onde se encontra a confiança dos ricos?
R. Nos seus bens materiais.

5. Cite uma referência bíblica no Antigo Testamento e uma em o Novo que mostram as severas  condenações contra a opressão dos menos favorecidos.
R. Êxodo 23.6 e 1 Timóteo 6.17-19.


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