Os Pecados de Omissão e de
Opressão
TEXTO ÁUREO
"Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o
não faz comete pecado"
(Tg 4.17).
VERDADE PRÁTICA
Os pecados de omissão e opressão são tão repulsivos diante de Deus
quanto às demais transgressões.
HINOS SUGERIDOS 5, 50, 155
LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - Gn 3.1-24 A queda do ser humano
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S
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Terça - Is 59.2 O pecado nos separa de Deus
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T
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Quarta - Jo 1.29 O Cordeiro de Deus que tira o pecado
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Q
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Quinta - Hb 9.22 Remissão pelo sangue de Jesus
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Q
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Sexta - 1 Jo 1.7 O sangue de Jesus purifica de todo
pecado
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S
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Sábado - 1 Rs 8.46 Não há quem não peque
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S
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Tiago 4.17; 5.1-6
INTERAÇÃO
Professor, na
lição de hoje estudaremos a respeito dos pecados de omissão e opressão.
Também veremos a exortação de Tiago em relação ao julgamento dos ricos
impiedosos. O meio-irmão do Senhor adverte os ricos, não pela posse de bens
materiais, mais porque estes não eram bons mordomos dos seus bens. Segundo
Tiago, estes ricos exploravam os pobres (Tg
2.5,6). Atitude esta que
Deus abomina.
O Senhor
deseja que venhamos utilizar nossos recursos para ajudar as pessoas
necessitadas, não somente para o nosso deleite e prazer. Que possamos
utilizar nossos bens para promover o Evangelho e ajudar as pessoas, pois
"a fé sem obras é morta". Tiago mostra que os ricos estavam tão
absortos em seus deleites que nem se deram conta do juízo divino e da
desgraça que se abateu sobre eles: "As vossas riquezas estão
apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça" (5.2). Que venhamos utilizar nossos bens com
sabedoria.
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Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conscientizar-se dos perigos do pecado de omissão.
Mostrar que adquirir bens à custa da exploração alheia é pecado.
Saber que Deus ouve o clamor dos trabalhadores injustiçados.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
reproduza o quadro abaixo para os alunos. Utilize-o para mostrar como a
Palavra de Deus identifica a riqueza. Enfatize que a riqueza não é e jamais
será um sinal de fé ou do favor divino. Explique que Jesus fez duras criticas
aqueles que amam os bens materiais. O Mestre declarou: "Quão
dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas" (Lc 18.24).
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R I Q U E Z
A S
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A sua busca
insaciável e avarenta é idolatria
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Cl
3.5
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Segundo Jesus
é um obstáculo à salvação
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Mt 19.24; 13.22
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Transmite um
falso senso de segurança, enganam
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Lc 12.15-21
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Exigem total
fidelidade do coração.
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Mt 6.21
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Levam as
pessoas a caírem em tentação.
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1 Tm 6.9
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O amor a elas
é raiz de muitos males.
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1 Tm 6.10
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1. A realidade do pecado.
Um dia o homem resolveu voluntariamente
desobedecer a Deus (Gn 3.1-24). O pecado,
então, tornou-se uma realidade fatal. A partir dessa atitude rebelde, todas as
relações dos seres humanos entre si, com o Criador e com a criação, foram
distorcidas (Rm 1.18-32). Assim, a
humanidade e a criação sofrem e gemem como vítimas da vaidade humana (Rm 8.19-22). Não somos capazes de, por nós
mesmos, vencermos o pecado! Contudo, em Jesus toda essa grave realidade pode
ser superada, pois o Pai enviou o seu Filho para que morresse por nós e, assim,
resgatasse-nos da miséria do pecado (Rm 8.3;
Hb 10.1-39).
2. O pecado de comissão (Gn 3.17-19). A partir da realidade do pecado
algumas formas de pecados podem ser verificadas nas Escrituras. Uma delas é o
pecado de comissão, ou seja, realizar aquilo que é expressamente condenado por
Deus. Os nossos pais, Adão e Eva, foram proibidos de comer do fruto da árvore
do bem e do mal. Entretanto, ainda assim dela comeram. Realizar conscientemente
o que Deus de antemão condenou é um atentado à sua santidade e justiça (Sl 106.6).
3. O pecado de omissão (Tg 4.17). Outra forma muito comum é o pecado de
omissão. Essa forma de transgredir as leis divinas, muitas vezes, é ignorada
entre o povo de Deus. Porém, as consequências do seu julgamento não serão
menores diante do Altíssimo (Mt 25.31-46).
Não é apenas deixando de obedecer a lei expressa de Deus que incorremos em
pecado, mas de igual modo, quando omitimo-nos de fazer o bem pecamos contra
Deus e a sua justiça (Lc 10.25-37; Jo 15.22,24).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Deus é santo e abomina tanto o pecado de comissão como o de omissão.
1. O julgamento divino sobre os comerciantes
ricos (v.1). Não é a primeira vez que
Tiago menciona os ricos em sua epístola (Tg
1.9-11; 2.2-6).
Entretanto, aqui há uma particularidade. Enquanto nos outros textos o
meio-irmão do Senhor faz advertências ou denúncias contra os ricos, o quinto
capítulo apresenta o juízo divino contra eles. Da forma em que o texto da
epístola está construído, percebemos que não há indício algum de que a sentença
divina é exclusiva para os que conhecem a Deus, deixando “os ricos ignorantes”
de fora do juízo divino. O alvo aqui são todos os ricos, crentes ou descrentes,
que conduzem os seus negócios de maneira desonesta e opressora contra os menos
favorecidos.
2. O mal que virá (v.2). De modo geral, onde se encontra a confiança dos ricos? A Bíblia afirma
que a confiança dos ricos está amparada nos bens que possuem (Pv 10.15; 18.11;
28.11). Não atentando para a
brevidade da vida e a transitoriedade dos bens materiais, eles orgulham- -se e
confiam na quantidade de bens que possuem (Jr
9.23; 1 Tm 6.9,17). Tiago diz que as riquezas dos ricos
desonestos e arrogantes estão apodrecidas e as suas roupas comidas pela traça,
isto é, brevemente elas se mostrarão ineficazes para garantir-lhes o futuro. Os
ricos opressores terão uma triste surpresa em suas vidas!
3. A corrosão das riquezas e o juízo divino (v.3). Jesus de Nazaré falou do mesmo assunto no
Sermão da Montanha, ao advertir que “não [devemos ajuntar] tesouros na terra,
onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt 6.19). Sabemos que nos dias atuais, muitos
ignoram esta admoestação do Senhor, dizendo que não é bem isso que Ele quis
dizer. Ora, então do que se tratava o assunto do nosso Senhor, senão do perigo
de se acumular bens neste mundo? A arrogância demonstrada pelo rico insensato
revela esse desvario do nosso tempo (Lc 12.15-21).
Olhando para os dois textos citados, tanto o de Mateus quanto o de Lucas, é
impossível não atentar mos para essas duas perspectivas: a denúncia para o mal
da riqueza e a revelação profética do juízo divino contra a confiança nela (Ap 3.17; 6.15;
13.16).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A Palavra de Deus condena àqueles que adquirirem riquezas as custa da
exploração dos pobres e necessitados
1. O clamor do salário dos trabalhadores (v.4). O Evangelho alcança pessoas de todos os
tipos e classes sociais. Muitos que constituem a classe alta econômica de nossa
nação têm crido em Cristo. Outros filhos do nosso meio têm emergido e alcançado
altos patamares econômicos. De funcionários, tornaram-se patrões, juízes,
políticos, etc. Por isso, é preciso advertir que a Bíblia tem conselhos divinos
claros para a ética do homem cristão que se tornou rico ou do rico que se
tornou cristão. Neste quarto versículo, com tons graves, o líder da igreja de
Jerusalém levanta-se como um profeta veterotestaméntario bradando contra a
injustiça social (Jr 22.13; Ml 3.5). Para tal exercício, Tiago evoca a
Lei, isto é, utiliza a Escritura do primeiro testamento para fundamentar a sua
redação epistolar (Dt 24.14,15). O meio-irmão do Senhor adverte que o
Todo-Poderoso certamente se levantará contra toda a sorte de opressão e
injustiça!
2. A regalia dos ricos que não temem a Deus
cessará (v.5). O versículo cinco
lembra a
denúncia proferida por Jesus em Lucas 16.19-31, quando o Senhor fala acerca do
mendigo Lázaro e do rico opressor: uma vida regalada que não se importava com o
futuro e com o próximo, vivendo festejos como se o fim nunca fosse chegar.
Deleitando-se em suas riquezas, mal pensava o rico que entesourava para si
juízos de Deus.
3. O pobre não resiste à opressão do rico (v.6). Há severas condenações no Antigo Testamento
contra a opressão dos menos favorecidos (Êx 23.6;
Dt 24.17). O fato de essa advertência
aparecer em o Novo Testamento indica a gravidade dessa atitude (1 Tm 6.17-19). Muitos podem se perguntar por
que a Bíblia é tão dura contra os ricos injustos. Uma vez que eles estão
economicamente bem posicionados, o pobre, ou “justo”, sucumbe à sua opressão,
restando a eles apenas Deus para defendê-los. Assim, mesmo que o pecado de
opressão continue sendo consumado, entendemos biblicamente que o Senhor dos
Exércitos continua a ouvir o clamor dos pobres!
Deus ouve o clamor dos trabalhadores injustiçados. Ele é justo e não
aceita nenhuma forma de opressão e injustiça.
As advertências de Tiago são relevantes e oportunas para os nossos
dias. Quanto engano tem sido cometido por ensinamentos deturpados em nome de
uma suposta prosperidade. Tal teologia tem levado muitas pessoas a tornarem-se
materialistas. Tiago nos exorta a demonstrarmos uma fé verdadeira, não apenas
de palavras, mas principalmente em obras (Tg
2.14-26). De igual maneira, conforme a lição de hoje, o nosso
desafio é vivermos um estilo de vida segundo o Evangelho, onde a simplicidade,
a modéstia e o contentamento devem ser as suas marcas.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Bibliológico
"Por que contra o rico? (5.1-6)
Em Jerusalém, eram poucas as pessoas da classe alta
que se mostravam sensíveis ao Evangelho. Enquanto crescia a perseguição
contra a igreja primitiva, muitos crentes perderam sua fonte de subsistência
e passaram a ser explorados pelos poderosos. As investidas de Tiago contra os
ricos são: 1) eles anseiam aumentar a riqueza com o sofrimento dos outros; 2)
defraudam seus empregados; 3) vivem de maneira extravagante, e amam a boa
vida; e, 4) matam os justos.
Temos condições de ser pacientes até mesmo quando
provocados pela avidez dos exploradores da riqueza. Pois, sabemos que Cristo,
o Juiz, está às portas (Tg 5.7-9)" RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da
Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
9. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p. 875).
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsidio Bibliológico
"Riqueza
A Bíblia Sagrada traz muitas advertências para que
não depositemos a nossa confiança nas riquezas materiais (Sl 49.6,7).
Também não podemos colocar o nosso coração nas riquezas.
Tiago deixou registradas fortes palavras de
advertência aos ricos (Tg 5.1), que
também servem, sem dúvida, para os ricos de todas as épocas. Estes, a quem
Tiago se referiu, não foram julgados por serem ricos, mas porque haviam feito
um mau uso de suas riquezas. Os cristãos também podem fazer um mau uso da
riqueza que possuem, seja ela pequena ou grande. Eles também podem, sem
dúvida, como vários crentes nos dias de Tiago, invejar aqueles que possuem
riquezas. A inveja é um pecado tão grande quanto o mau uso da riqueza. É
também muito importante que os meios utilizados para se alcançar a riqueza
sejam adequados. Evidentemente, aqueles a quem Tiago se dirige em 5.1 haviam
enriquecido às custas da exploração dos trabalhadores" (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS,
Howard F. (Eds.). Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, p. 1680).
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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L;
STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD
nº59. p.42.
EXERCÍCIOS
1. O que é o
pecado de comissão?
R. É realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus.
2. O que é o
pecado de omissão?
R. Quando omitimo-nos de fazer o bem.
3. O que Tiago
apresenta no quinto capítulo?
R. O quinto capítulo apresenta o juízo divino contra os ricos
opressores.
4. De modo
geral, onde se encontra a confiança dos ricos?
R. Nos seus bens materiais.
5. Cite uma referência bíblica
no Antigo Testamento e uma em o Novo que mostram as severas condenações contra a opressão dos menos
favorecidos.
R. Êxodo 23.6 e 1 Timóteo 6.17-19.
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