Lição 8 - O líder e sua responsabilidade nas decisões
LIÇÃO 8 – 24 de agosto de 2014 –
Editora Betel
O líder e sua responsabilidade nas decisões
TEXTO AUREO
“Porém, se
vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais;
se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos
deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos
ao Senhor.” Js 24.15
VERDADE APLICADA
É
inevitável que surjam novos tempos e novos desafios. Mas é imprescindível que,
antes das decisões, Deus seja consultado.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
►Explicar
que caminhos tomar na hora das decisões;
►Conscientizar
acerca da mudança dos tempos e a busca de soluções ajustadas;
►Demonstrar
como buscar soluções em algumas situações difíceis.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Js 1.1 - Sucedeu, depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que este
falou a Josué, filho de Num, servidor de Moisés, dizendo:
Js 1.2 - Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão,
tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.
Js 1.3 - Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como
eu prometi a Moisés.
Js 1.6 - Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que,
sob juramento, prometi dar a seus pais.
Js 1.7 - Tão-somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer
segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem
para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer
que andares.
1. Deus
encoraja seu líder (Js 1:1-9)
O estímulo
da comissão de Deus (vv. 1, 2).
A
incumbência de um líder não é eterna, mesmo de líderes piedosos como Moisés.
Chega um momento em todo ministério que Deus determina um novo começo, com nova
geração e nova liderança. Com exceção de Josué e Calebe, a geração mais velha
de israelitas havia morrido durante o tempo em que o povo passou vagando pelo
deserto, e Josué recebeu a comissão de liderar a geração seguinte em um novo
desafio: entrar na Terra Prometida e conquistá-la. "Deus sepulta seus obreiros,
mas a obra continua." Foi Deus quem escolheu Josué, e todos em Israel
sabiam que ele era seu novo líder.
Ao longo
dos anos, tenho visto igrejas e outros ministérios para eclesiásticos se
debaterem e quase se destruírem em suas tentativas inúteis de conservar o
passado e de fugir do futuro. Seu lema é: "Como era no passado, assim seja
para sempre e eternamente". Tenho orado muitas vezes por líderes cristãos
e com eles, irmãos criticados, perseguidos e atacados apenas porque, assim como
Josué, receberam a comissão divina de liderar um ministério em novos campos de
conquista, mas se viram diante de um povo que se recusou a segui-los. Não é
raro um pastor ser sacrificado simplesmente por ousar sugerir algumas mudanças
na igreja.
Um líder
sábio não abandona completamente o passado, mas sim constrói sobre seus
alicerces ao mover-se em direção ao futuro. Moisés é mencionado cinquenta e
seis vezes no Livro de Josué, prova de que Josué respeitava o líder anterior
por aquilo que havia feito por Israel. Josué adorava o mesmo Deus que Moisés
havia adorado e obedecia à mesma Palavra que Moisés havia dado à nação. Houve
continuidade de um líder para outro, mas não necessariamente conformidade, pois
cada líder é diferente e deve manter sua individualidade. Nesses versículos,
Moisés é chamado em duas ocasiões de servo de Deus (Js 24:29). O importante não
é o servo, mas sim o Mestre.
Josué é
chamado de "servidor de Moisés'' (Js 1:1), termo que descrevia tanto os
que serviam no tabernáculo quanto os que serviam um líder (ver Êx 24:13; 33:11;
Nm 11:28; Dt 1:38). Antes de comandar como general, Josué aprendeu a ser um
servo obediente; foi primeiro servo e depois governante (Mt 25:21). "Aquele
que nunca aprendeu a obedecer não tem como ser um bom comandante",
escreveu Aristóteles em sua obra Política.
Deus
comissionou Josué para realizar três coisas: conduzir o povo à terra,
derrotar o inimigo e tomar posse da herança. Deus poderia ter enviado um
anjo para fazer isso, mas escolheu usar um homem e dar-lhe o poder de que
precisava para cumprir seu trabalho. Como vimos anteriormente, Josué é um tipo
de Jesus Cristo, Autor de nossa salvação (Hb 2:10), que conquistou a vitória e
agora compartilha conosco sua herança espiritual.
O estímulo
das promessas de Deus (vv. 3-6). Uma vez que Josué
tinha uma missão tripla a cumprir, Deus lhe deu três promessas especiais, uma
para cada tarefa. Deus capacitaria Josué a cruzar o rio e se apropriar da terra
(vv. 3, 4), a derrotar o inimigo (v. 5) e a dividir a terra entre as tribos
como herança (v. 6). Deus não deu a Josué explicações sobre como realizaria
tais coisas, pois o povo de Deus vive de promessas, não de explicações. Ao
confiar nas promessas de Deus e dar um passo de fé (v. 3), esteja certo de que
o Senhor lhe dará a orientação de que precisar, no momento em que precisar.
Em
primeiro lugar, Deus prometeu a Josué que Israel entraria na terra (vv. 3, 4).
Ao longo dos séculos, Deus reafirmou essa promessa desde suas primeiras
palavras a Abraão (Gn 12) até suas últimas palavras a Moisés (Dt 34:4). Deus os
faria atravessar o Jordão e entrar em território inimigo. Em seguida, ele os
capacitaria a se apropriarem da terra que lhes prometera. O medo e a
incredulidade que haviam causado a derrota de Israel em Cades-Barnéia (Nm 13)
não se repetiriam.
Deus já
lhes havia concedido a terra, e era responsabilidade deles dar um passo de fé
ao apropriar-se de sua herança (Js 1:3; ver Gn 13:14-18). Deus reafirmou a
Josué a mesma promessa de vitória que havia dado a Moisés (Nm 11:22-25) e
definiu com precisão as fronteiras da terra. Israel só atingiu os limites desse
território durante os reinados de Davi e de Salomão.
A lição
para o povo de Deus hoje é clara: Deus nos deu "toda sorte de bênção
espiritual (...) em Cristo" (Ef 1:3) e devemos dar um passo de fé e nos
apropriar dessa bênção. O Senhor colocou diante de sua Igreja uma porta aberta
que ninguém pode fechar (Ap 3:8). Devemos passar por essa porta pela fé e tomar
posse de novos territórios para o Senhor. É impossível ficar parado na vida e
no serviço cristão, pois quando ficamos parados, começamos imediatamente a
regredir. Deus nos desafia como igreja a que nos deixemos "levar para o
que é perfeito" (Hb 6:1), e isso significa avançar sobre novos
territórios.
Deus
também prometeu a Josué vitória sobre o inimigo (Js 1:5). O Senhor disse a
Abraão que a Terra Prometida era habitada por outras nações e repetiu esse fato
a Moisés (Êx 3:17). Deus prometeu que, se Israel obedecesse ao Senhor, ele os
ajudaria a derrotar essas nações. No entanto, advertiu o povo a não fazer
concessão alguma ao inimigo, pois se isso acontecesse, Israel venceria a
guerra, mas perderia a vitória (Êx 23:20-33). infelizmente, foi exatamente o
que aconteceu. Uma vez que os israelitas começaram a adorar os deuses de seus
vizinhos pagãos e a adotar suas práticas perversas, Deus leve de disciplinar
Israel em sua terra para trazer o povo de volta para si (Jz 1 - 2).
Que
promessa maravilhosa Deus deu a Josué! "Como fui com Moisés, assim serei
contigo; não te deixarei, nem te desampararei" (Js 1:5). Deus havia dado
uma promessa semelhante a Jacó (Gn 28:15), e Moisés a havia repetido a Josué
(Dt 31:1-8). Um dia, o Senhor daria essa mesma promessa a Gideão (Jz 6:16) e
aos exilados judeus que voltavam a sua terra depois do cativeiro na Babilônia
(Is 41:10; 43:5); mais tarde, Davi a daria a seu filho, Salomão (2 Cr 28:20). O
melhor de tudo, porém, é que Deus dá essa mesma promessa a seu povo hoje! O
Evangelho de Mateus começa com "Emanuel (que quer dizer: Deus
conosco)" (Mt 1:23) e termina com Jesus dizendo: "E eis que estou
convosco todos os dias" (Mt 28:20). Ao escrever Hebreus 13:5, o autor
dessa epístola cita Josué 1:5 e aplica essa passagem aos cristãos da
atualidade: "Não te deixarei, nunca jamais te abandonarei".
Isso
significa que o povo de Deus pode avançar dentro da vontade de Deus e estar
certo da presença do Senhor. "Se Deus é por nós, quem será contra
nós?" (Rm 8:31).
Antes de
Josué começar sua conquista de Jericó, o Senhor apareceu a ele e o assegurou de
sua presença (Js 5:13-15). Josué não precisava de qualquer outra garantia de
vitória.
A terceira
promessa de Deus a Josué foi que ele dividiria a terra como herança para as
tribos conquistadoras (Js 1:6). Essa era a garantia de Deus de que a o inimigo
seria derrotado e de que Israel possuiria a terra. Deus cumpriria sua promessa
a Abraão de que seus descendentes herdariam a terra (Gn 12:6, 7; 13:14, 15;
15:18-21).
O Livro de
Josué registra o cumprimento dessas promessas: a primeira nos capítulos 2 - 5,
a segunda nos capítulos 6 - 12 e a terceira nos capítulos 13 - 22. No final de
sua vida, Josué lembrou aos líderes de Israel que "Nem uma só promessa
caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos
sobrevieram, nem uma delas falhou" (Js 23:14).
Antes que
Deus pudesse cumprir suas promessas, porém, foi preciso que Josué exercitasse
sua fé e que fosse "forte e corajoso" (Js 1:6). A soberania divina
não substituiu a responsabilidade humana. A Palavra soberana de Deus é um
estímulo para que os servos do Senhor creiam nele e obedeçam a suas ordens. Nas
palavras de Charles Spurgeon: "Josué não deveria usar a promessa como um
sofá sobre o qual espalhar-se em indolência, mas como um cinturão para
fortalecer seus lombos ao preparar-se para o trabalho que se encontrava diante
dele". Em resumo, as promessas de Deus são estímulos e não encostos.
O estímulo
da Palavra escrita do Senhor (vv
7, 8). Uma coisa é dizer a um líder: "Seja forte! Seja corajoso!" e
outra bem diferente é capacitá-lo para isso. A força e a coragem de Josué foram
resultado de meditar na Palavra de Deus, crer nas suas promessas e cumprir seus
preceitos. Esse foi o conselho de Moisés a todo o povo (Dt 11:1-9) e que Deus
estava aplicando especificamente a Josué.
Ao longo
dos anos em que havia liderado Israel, Moisés manteve um registro escrito das
palavras e atos de Deus, o qual colocou sob os cuidados dos sacerdotes (Dt
31:9). Nele, Moisés lembrou Josué de que deveria exterminar os amalequitas (Ex
17:14). Dentre outras coisas, o "Livro da Lei" incluía o "Livro
da Aliança" (Êx 24:4, 7), um relato das jornadas do povo do Egito até
Canaã (Nm 33:2), regulamentos especiais com relação à herança (Nm 36:13) e o
cântico que Moisés ensinou ao povo (Dt 31:19). Moisés continuou acrescentando
material a esse registro até que tivesse incluído tudo o que Deus desejava que
o livro contivesse (Dt 31:24). Pode-se dizer que os cinco Livros de Moisés (o
Pentateuco, de Gênesis a Deuteronômio) constituíam o "Livro da Lei", o
maior legado de Moisés a seu sucessor.
No
entanto, não bastava os sacerdotes estarem de posse e guardarem esse livro
precioso; era preciso que Josué se dedicasse diariamente a sua leitura e, pela
meditação nele, tornar a Palavra uma parte de seu ser interior (SI 1:2; 119:97;
ver Dt 17:18-20). O termo hebraico traduzido por "meditar" significa
"sussurrar". Os judeus costumavam ler as Escrituras em voz alta (AL
8:26-40) e falar sobre elas sozinhos e uns com os outros (Dt 6:6-9). Isso
explica por que Deus advertiu Josué a que não deixasse de falar do Livro da Lei
(Js 1:8).
Na vida do
cristão, a prosperidade e o sucesso não devem ser medidos de acordo com os
parâmetros do mundo. Essas bênçãos são resultados de uma vida dedicada a Deus e
a sua Palavra. Se você está determinado a tornar-se prospero e bem-sucedido por
sua própria conta, pode ser que alcance esse objetivo e se arrependa. De acordo
com o escritor escocês George McDonald: "Em tudo aquilo que o homem faz
sem Deus, está fadado ao mais horrível fracasso ou ao mais terrível
sucesso". O povo de Deus precisa perguntar: obedecemos à vontade de Deus?
Recebemos o poder do Espírito Santo? Servimos para a glória de Deus? Se
pudermos responder afirmativamente a essas perguntas, então nosso ministério
foi bem-sucedido aos olhos de Deus, qualquer que seja a opinião das pessoas.
O estímulo
do mandamento de Deus (v. 9). Quando Deus dá um
mandamento, também capacita aqueles que lhe obedecem pela fé a cumpri-lo. As
palavras de Gabriel a Maria são tão verdadeiras hoje quanto no dia em que as
proferiu em Nazaré: "Porque para Deus não haverá impossíveis" (Lc
1:37). A palavra de Deus contém em si o poder necessário para que se cumpra,
desde que creiamos e obedeçamos!
Em anos
posteriores, sempre que Josué enfrentasse um inimigo e fosse tentado a temer,
poderia se lembrar de que era um homem com uma comissão divina e seus medos se
dissipariam. Quando as coisas dessem errado e fosse tentado a se desesperar,
poderia recordar-se do mandamento de Deus e teria sua coragem renovada. Assim
como Moisés antes dele e Samuel e Davi depois dele, Josué recebeu a incumbência
divina de servir ao Senhor e de fazer sua vontade, encargo suficiente para
dar-lhe forças a fim de perseverar até o fim.
Fonte:
Comentário Warren W. Wiersbe
Introdução
Os
desafios, problemas e dificuldades de nossa época são tantos que não existe uma
fórmula ou modelo para solucioná-los. Entendemos que, para cada caso, exista um
tipo de tratamento e uma solução a descobrir. Todavia, há rumos seguros a
tomar, e as Escrituras nos dão bases muito sólidas para resolvê-los. Não
precisamos ficar à mercê da sorte, nem procrastinando, porque Deus tem dado aos
seus servos um manual e um Espírito de sabedoria (1Jo 2.20 Mas vocês têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm
conhecimento.). Na verdade, não há como dissecar
todo o assunto nesta lição, mas lançaremos luzes para iluminar mentes criativas
a seguir.
OBJETIVO
►Explicar que caminhos tomar na hora das decisões;
A
iniciativa de uma decisão genuína tem suas bases na liberdade, na capacidade de
discernir e na capacidade de escolher o melhor rumo a tomar (Jl 3.14 Multidões, multidões no vale da Decisão! Pois o dia do SENHOR está
próximo, no vale da Decisão.).
Qualquer ser humano com essas prerrogativas e, principalmente, os lideres, são
capazes de tomar decisões. Para isso, ele precisará de entendimento e preparo
prático para exercer sua liberdade e resoluções. Vejamos, a priori, que entendimento
e preparo um líder deve ter.
Como
servir a Deus é uma sábia escolha, logo quem o escolheu deve dispor-se com
dedicação. Deus exige uma atitude séria de seu servo-líder Josué. Percebemos
isso na expressão, “dispõe-te” (Js 1.2) que significa levante-se, ponha-se em
pé, esteja pronto a fazer a minha vontade. Para se tomar decisões acertadas, o
servo de Deus deve estar, acima de qualquer coisa, na vontade de Deus, seja na
função, seja no lugar, ou seja, no ponto crítico a enfrentar. Por mais incrível
e ilógico que possa parecer, para alguns, estar na vontade específica de Deus é
o lugar mais cômodo, interessante e próspero de encontrar-se (Rm 12.2Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação
da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus.).
A razão
pela qual as pessoas encontram dificuldades em desenvolver seu potencial de
liderança está sempre nas decisões a serem tomadas. Os problemas surgem
continuamente em tudo o que fazemos. As pessoas não gostam de problemas e fazem
de tudo para livrar-se deles, por isso, muitos desistem e passam para
outros a oportunidade dada por Deus. Problemas sempre existirão, e aqueles que
têm habilidades e que são capazes de auxiliar outros a resolvê-los sempre serão
necessários nas organizações. Pois, quando os problemas surgem, as pessoas
observam onde e quem encontrar para solucioná-los.
1.2. Os
problemas dão sentido à vida
Um sábio
filósofo comentava certa vez que o único obstáculo que uma águia precisava
vencer para voar com mais velocidade e maior facilidade era o ar. Todavia, se o
ar lhe fosse tirado e a orgulhosa ave tivesse que voar no vazio cairia
instantaneamente, totalmente sem possibilidades de voar. Os mesmos elementos
que oferecem resistência ao voo são, ao mesmo tempo, a condição indispensável
para voar. Uma vida livre de obstáculos e dificuldades reduziria todas as suas
possibilidades e poderes a zero. Elimine os problemas, e a vida perderá sua
tensão criativa. A vida cristã não nos isenta das tempestades da vida (Mc 4.38 Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os
discípulos o acordaram e clamaram: “Mestre, não te importas que morramos?”). Deus não diz a Josué apenas para ser forte, mas para ter coragem (Js
1.6-7 Seja forte e corajoso, porque você
conduzirá este povo para herdar a terra que prometi sob juramento aos seus
antepassados. Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer
a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a
direita nem para a esquerda, para que você seja bem-sucedido por onde quer que
andar.). Deus não isentou sua vida de
problemas, mas cada conquista ensinava que existe uma saída para cada problema.
1.3.
Arme-se das promessas de Deus (Js 1.3-5,13)
Como prometi a
Moisés, todo lugar onde puserem os pés eu darei a vocês. Seu território se
estenderá do deserto ao Líbano a, e do grande rio, o Eufrates, toda a terra dos
hititas, até o mar Grande, no oeste. Ninguém conseguirá resistir a você todos
os dias da sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o
deixarei, nunca o abandonarei.
Lembrem-se da
ordem que Moisés, servo do SENHOR, deu a vocês, quando o SENHOR, o seu Deus,
lhes prometeu descanso e dar-lhes esta terra:
Um homem
chamado por Deus também receberá suas promessas. A decisão de suceder a Moisés
por mais honrosa que fosse era envolta em riscos para si e todos os demais.
Apenas alguém determinado por Deus de fato traria o cumprimento das promessas
para si e seus liderados. Estar de pé, e disposto, é essencial. Porém,
necessário é ser guiado pelas Escrituras; elas ditam os limites que podemos
alcançar. Tomar decisões é pensar e decidir antes. Desse modo, alguns
questionamentos podem ser feitos como: O que a Bíblia diz a respeito desse
assunto? Como o personagem encontrou solução para essa crise? Se Jesus Cristo
estivesse em meu lugar, como decidiria? É também muito importante a busca de
conselhos, é na multidão de conselhos que nascem os sábios (Ex 18.17Respondeu o sogro de Moisés: “O que você está fazendo não é bom.; Pv 11.14 Sem diretrizes a nação cai; o que a
salva é ter muitos conselheiros.).
A primeira
marca de um líder espiritual é a humildade. Sem ela a pessoa fica bloqueada
para o aprendizado, o aconselhamento, etc. Por outro lado vive-se, no
Brasil, um momento áureo em que há muitos livros, palestras e mentores
espirituais, resta então, praticar aquilo que se aprendeu.
OBJETIVO
►Conscientizar acerca da mudança dos tempos e a
busca de soluções ajustadas;
A grande
aprovação de um líder está em sua capacidade de reconhecer um problema antes
que este se converta em uma emergência. Numa liderança eficaz é raridade quando
um problema adquire proporções gigantescas, isso porque a maioria dos problemas
são reconhecidos e solucionados logo nas etapas iniciais.
2.1.
Transforme problemas em soluções
Existe uma
diferença enorme entre uma pessoa que tem um grande problema e uma pessoa que
faz um problema ser grande. As estatísticas mostram que as pessoas que são
aconselhadas nos gabinetes não são as que possuem os maiores problemas, mas as
que estão conscientes de seus problemas e permanecem ocultando (Pv 28.13 Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os
abandona encontra misericórdia.). Por que
os vencedores superaram os problemas quando milhares de pessoas foram oprimidas
por eles? Simplesmente porque se recusaram a usar as desculpas mais comuns para
o fracasso. Eles transformaram as grandes armadilhas em pequenas pedras sobre
as quais cruzaram os rios. Eles perceberam que não poderiam evitar todas as
circunstâncias de uma vida, mas poderiam escolher que atitudes tomar diante de
cada circunstância.
Um líder
sabe que o único problema que tem é o que ele permite que seja
problema devido a sua reação equivocada diante dele. Os problemas o podem deter
temporariamente. Mas ele sabe que é o único que pode atuar de forma permanente.
2.2. Se
ajuste as mudanças
“Moisés,
meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à
terra que eu dou aos filhos de Israel” (Js 1.2). A morte de Moisés foi a
oportunidade de Josué. Assim aprendemos uma lição: “líderes passam, a visão
continua” (2 Tm 2.2 E as palavras que me ouviu dizer na
presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também
capazes de ensinar outros.). Josué deveria se ajustar aos
novos tempos, antes ele era liderado, agora deveria ser o líder. E a pergunta
é: se Josué não fosse constante, não aprendesse com Moisés, não fosse
confiável, será que Deus o veria como um sucessor à altura? Aqui cabe outra
pergunta: o que os nossos ouvintes estão aprendendo? Será que estão prontos
para assumir novas lideranças ou vão ser liderados até morrer? Josué dormiu
servo e acordou líder. Será que estamos prontos para sermos surpreendidos?
2.3.
Domine seus medos e seja ousado
Josué
estava incrivelmente cômodo, mas agora com a morte de seu líder tinha que tomar
decisões. Deus fala que ele deve dispor-se e reiteradamente ordena para que ele
seja “forte e corajoso”. Todos os anos anteriores serviram de treinamento para
aquele momento, e o povo o reconhecia como líder. Ele estava pronto, mas era
necessário que dominasse algum tipo de medo e ousasse conquistar as promessas
de Deus (lJo 4.18 No amor não há medo; ao contrário o
perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo
não está aperfeiçoado no amor.; S1 91.5 Você não temerá o pavor da noite, nem a flecha que voa de dia,). Este é um princípio importantíssimo, o de dominar os próprios medos a
cada situação. Para cada situação existe um líder, e com Josué não foi
diferente, precisava vencer para avançar. Por esse motivo, o Senhor insistiu em
dizer-lhe: seja forte e muito corajoso, não se desvie do livro da lei, sejas
bem-sucedido por onde quer que andares (Js 1.7 Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda
a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a
direita nem para a esquerda, para que você seja bem-sucedido por onde quer que
andar.).
Um líder
não sacrifica um princípio por causa de um momento de prazer como fez Esaú. Ao
tomar decisões devemos nos preparar com todo arsenal espiritual que estiver a
nossa disposição. De igual modo, um líder deve ser versátil em suas decisões.
As gerações mudam. Observe que Josué viveu um momento totalmente diferente de
Moisés.
OBJETIVO
►Demonstrar como buscar soluções em algumas
situações difíceis.
3.
Decisões em situações difíceis
Selecionamos
intencionalmente três episódios críticos da vida de Josué e as soluções por ele
encontradas. Embora nesta lição, tenhamo-nos concentrado em Josué, há muitos
outros exemplos dignos de estudo.
3.1.
Conheça o terreno onde vai pisar (Js 2.22-24)
Quando
partiram, foram para a montanha e ali ficaram três dias, até que os seus
perseguidores regressassem. Estes os procuraram ao longo de todo o caminho e
não os acharam. Por fim os dois homens voltaram; desceram a montanha,
atravessaram o rio e chegaram a Josué, filho de Num, e lhe contaram tudo o que
lhes havia acontecido. E disseram a Josué: “Sem dúvida o SENHOR entregou a
terra toda em nossas mãos; todos estão apavorados por nossa causa”.
Como líder
das tribos dos filhos de Israel, Josué decidiu iniciar a conquista da terra
prometida. Já fazia tempo que ele e Calebe haviam espiado a terra juntamente
com mais dez príncipes tribais. Todavia, apenas eles dois se mantiveram fiéis à
missão de Moisés. Depois de muitos anos, era necessário que fosse feita uma
nova expedição secreta, mas de maneira mais específica, em Jericó. Mediante o
relatório, puderam saber todo o possível, para então iniciarem a arte do cerco
e a extinção da cidade, exceto o de Raabe e sua família. É imprescindível que o
líder conheça, investigue todo o possível para que possa então realizar suas
conquistas. Conheça bem a igreja, conheça seus membros, conheça em oração e
ajude-os a superar seus desafios.
3.2.
Discipline quem precisar com sabedoria
Há certas
coisas que um líder espiritual terá de enfrentar em sua prática ministerial.
Terá de aconselhar, enfrentará antagonismos, terá de dizer “não” e terá também
que disciplinar. Com certeza, este é um dos momentos mais delicados de uma
liderança. Este servo-líder de Deus não terá escolha, apenas estará bem
preparado ou despreparado para o momento. Há certas decisões que, se forem
adiadas, toda a congregação sofrerá retrocesso (Js 22.20 Quando Acã, filho de Zerá, foi infiel com relação às coisas consagradas,
não caiu a ira sobre toda a comunidade de Israel? E ele não foi o único que
morreu por causa do seu pecado.), o caso
de Acã é um clássico exemplo disso. Disciplinar com sabedoria é ser justo e
misericordioso, sempre tentando recuperar a ovelha que se desgarrou. Há vários
níveis de disciplina que os que desempenham liderança devem conhecer, para
trabalharem com justiça: admoestação, repreensão, suspensão e desligamento.
Disciplina nunca visa destruir, por isso, ela deve ser aplicada na medida certa
e cada caso é um caso.
3.3.
Busque a aprovação de Deus acima de tudo
Nunca tome
decisões que não estejam de acordo com as Escrituras Sagradas e sem consultar
ao Dono da obra. A liderança de Josué diante dos filhos de Israel estava consolidada,
e algumas vitórias eles haviam conquistado sob direção de Deus. Os Gibeonitas
sabiam que o destino que lhes aguardava era o mesmo de Jericó e Ai, por isso,
elaboraram um estratagema para escaparem da mira dos hebreus. A terra distava
três dias de caminhada, mas se fingiram de pobres e de uma terra remota. Assim
solicitaram aliança, e Josué e seus líderes, sem consultarem a Deus, decidiram
poupá-los sob juramento. Mas, ao descobrirem o engano, Josué e os demais
príncipes os pouparam, tomando-os rachadores de lenha. Esse é um exemplo
clássico da necessidade de se consultar sempre a Deus em cada questão, situação
difícil ou crise (Js 9.1-27).
Embora
você esteja na linha de frente e já tenha experimentado muitas adversidades,
sugerimos que não considere o problema alheio uma tempestade num copo de água,
caso isso aconteça ele não lhe procurará mais. Ouça com respeito e
consideração, às vezes, basta um desabafo para alguém encontrar a solução. As
lições sobre liderança são muitas. Seja investigativo e ore sempre buscando
orientação de Deus para as decisões. O que aqui expomos não passa de um
lampejo, mas que pode desperta-lo a aprofundar-se melhor no assunto.
Conclusão
Deus tem
sempre uma saída, um escape, uma provisão para um servo-líder por Ele
vocacionado. Não tenha medo, porque os tempos mudam e as situações também.
Creia e seja ousado em aplicar soluções adequadas a cada problema.
QUESTIONÁRIO
1. Quais
são as bases de uma decisão genuína?
R. Elas se
baseiam na liberdade, na capacidade de discernir e na capacidade de escolher o
melhor rumo a tomar.
2. Qual o
significado da expressão “dispõe-te” em (Js 1.2)?
R.
Significa levante-se, ponha-se em pé, esteja pronto a fazer
3. O que
nasce na multidão dos conselhos?
R. Os
sábios.
4. O que
Deus exigiu de Josué para liderar sua obra (Js 1.6-7)?
R. Se
forte e corajoso.
5. Todos
os anos anteriores à morte de Moisés serviram de que maneira para Josué?
R.
Serviram de treinamento.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2014, ano 24 nº 92 – Jovens e Adultos -
“Dominical” Professor – LIDERANÇA CRISTÃ Conhecendo os segredos da
liderança eficaz
Pastor Dr. Abner de Cássio Ferreira
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