O Cuidado com a Língua
TEXTO ÁUREO
"Porque todos tropeçamos em muitas
coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso
para também refrear todo o corpo" (Tg 3.2).
VERDADE PRÁTICA
A nossa língua pode
destruir vidas, portanto, sejamos cuidadosos com o que falamos.
HINOS
SUGERIDOS 77, 224, 302
LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Sl 12.3 A soberba da língua
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S
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Terça - Pv 6.16-19 A língua mentirosa
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T
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Quarta - Sl 15.3 A língua difamadora
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Q
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Quinta - Sl 34.13 Guarde a língua do mal
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Q
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Sexta - Sl 66.16,17 Exaltemos a Deus com a nossa língua
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S
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Sábado - Sl 119.172 Anunciando a Palavra de Deus
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S
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Tiago 3.1-12
INTERAÇÃO
Prezado
professor, dando prosseguimento ao estudo da Epístola de Tiago, hoje
aprenderemos um tema atual e bem relevante - o cuidado que devemos ter com a
nossa língua. Tiago faz dos primeiros versículos do capítulo três um
verdadeiro tratado a respeito da disciplina da língua. Porém, este assunto é
destaque em toda a epístola. Observe os seguintes textos da epístola: 1.19, 26;
4.11,12;
5.12. Sabemos que a língua é um
pequeno membro do nosso corpo, todavia seu poder é sempre ambíguo. Sim, a
língua tem poder para construir e para destruir, por isso, ela precisa ser
controlada pelo Espírito Santo. Sozinhos não conseguiremos refrear nossa
língua e somente utilizá-la para glória de Deus. Precisamos da ajuda do
Criador. Segundo Tiago, o homem que domina esse pequeno órgão é um homem
perfeito, com a capacidade de também refrear as demais partes do seu corpo..
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Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar a responsabilidade dos mestres na igreja.
Conscientizar-se a respeito da capacidade da nossa língua.
Rejeitar a possibilidade de alguém utilizar a língua de modo ambíguo.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor,
reproduza o esquema abaixo no quadro. Depois, utilizando-o, ressalte as
características de quando a nossa fala é motivada pelo Diabo. Em seguida ressalte as características da
língua quando ela é controlada por Deus. Enfatize os danos terríveis que uma
língua descontrolada pode causar na família, na igreja e no ambiente
corporativo. Conclua explicando que no dia do Juízo, teremos que dar conta ao
nosso Senhor de toda palavra ociosa proferida pela por nós. Leia com os
alunos o texto de Mateus 12.36.
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NOSSA FALA
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Quando a fala
é motivada por Satanás
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Está cheia de:
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Amargo ciúme;
Ambição
egoísta;
Preocupação e
desejos terrenos;
Pensamentos e
ideias não espirituais;
Desordem;
Males.
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Quando a fala
é motivada
por Deus
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Está cheia de:
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Pureza;
Paz;
Consideração
pelos outros;
Submissão;
Misericórdia;
Sinceridade
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Extraído da
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1756.
Nessa lição veremos o quanto o crente deve ser cuidadoso na maneira de
falar com os outros. Tema do terceiro capítulo da epístola, o meio-irmão do
Senhor escreve sobre um pequeno membro do nosso corpo: a língua. Este acanhado,
mas poderoso órgão humano, pode destruir ou edificar a vida das pessoas. Por
isso, a nossa língua deve ser controlada pelo Espírito Santo a fim de sermos
canais de bênçãos para aqueles que nos ouve.
1. O rigor com os mestres. A palavra hebraica
para mestre é rabbi, cujo significado é "meu mestre". Os mestres eram
honrados em toda a comunidade judaica, gozando de grande respeito e prestígio.
Na realidade, o ofício rabínico era uma das posições mais almejadas pelos judeus,
pois era notória a influência dos mestres sobre as pessoas (Mt 23.1-7). Daí o porquê de muitos
ambicionarem tal posição. E é exatamente alarmado por isso que Tiago inicia
então o capítulo três, referindo-se aos que acalentavam essa aspiração, visando
obter prestígio, privilégio e fama, a que tivessem cuidado (v.1). Antes de almejarmos o ministério da
Palavra devemos estar cônscios de nossa responsabilidade e de que um dia o
Altíssimo nos pedirá conta dos atos e dos talentos a nós dispensados.
2. A seriedade com os mestres na igreja (v.1). Em Mateus
5.19 lemos sobre a advertência de Jesus quanto à seriedade e a
fidelidade dos discípulos no ensino do Evangelho. Devido a sua importância,
Jesus estabeleceu o ensino como um meio de propagar o Evangelho a toda criatura
e, assim, ordenou a sua Igreja que fizesse seguidores do Caminho pelo mundo (Mt 28.19,20).
É interessante notarmos o paralelo que Tiago faz em relação à advertência
proferida por Jesus em tempo anterior: Quem foi vocacionado para ser mestre não
pode ter o "espírito" dos fariseus, mas o de Cristo (Mc 12.38-40).
3. Perfeição que domina o corpo (v.2). Quem domina ou controla a sua língua, sem
cometer delitos (excessos, descontroles, julgamentos precipitados, difamações,
etc.), sem dúvida, é "perfeito". O controle da língua significa que a
pessoa tem a capacidade de controlar as demais áreas da vida, pois a língua é
poderosa "para também refrear todo o corpo". Quem tem domínio sobre a
língua, tem igualmente o coração preservado, pois a boca fala do que o coração
está cheio. Discipline-se! Faça um propósito com Deus e consigo mesmo: não
empreste os seus lábios para fazer o mal.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A língua é um pequeno órgão do nosso corpo, porém seu poder é comparado
a um fogo destruidor.
1. As
pequenas coisas no governo do todo (vv.3-5). Tiago faz uma analogia
acerca da nossa capacidade de usarmos a língua. Ele remete-nos ao exemplo do
leme dos navios e do freio dos cavalos. Apesar de tais objetos serem pequenos,
porém, são fundamentais para controlar e dirigir transportes grandes e pesados.
Assim, o apóstolo nos mostra que, apesar de pequena, a língua é capaz de
realizar grandes empreendimentos - edificantes ou destrutivos. Como um pequeno
membro é capaz de "acender um bosque inteiro"?
2. "A língua também é um fogo" (vv.6,7). Quantas pessoas não
frequentam mais as nossas reuniões porque foram feridas com palavras? Você já
se fez essa pergunta? É preciso usar nossa língua sabiamente, pois "a
morte e a vida estão no poder da língua [...]" (Pv 18.21). Grande parte dos incêndios nas florestas inicia
através de uma pequena fagulha. Todavia, essa faísca alastra-se podendo
destruir grandes áreas de vegetação. Da mesma forma, são as palavras por nós
pronunciadas. Se não forem proclamadas com bom senso, muitas tragédias podem
acontecer.
3. Para dominar a língua. Ainda no versículo
sete, Tiago faz outra ilustração em relação ao tema do uso da língua. Ele
mostra que a natureza humana conseguiu domar e adestrar as bestas-feras, as
aves, os répteis e os animais do mar. Mas a língua do ser humano até hoje não
houve quem fosse capaz de dominar. Por esforço próprio o homem não terá forças
para domar o seu desejo e as suas vontades. Mas quando Deus passa a nos
governar, a língua do crente deixa de ser um órgão de destruição e passa a ser
um instrumento poderoso e abençoador, usado para o louvor da glória do Eterno.
A fim de dominar a nossa língua, devemos entregar o nosso coração inteiramente
ao Senhor, "Pois do que há em abundância no coração, disso fala a
boca" (Mt 12.34).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Aprendemos com o meio-irmão do Senhor que embora a língua seja um
pequeno órgão do nosso corpo, ela tem poder para edificar e destruir pessoas e
instituições. Precisamos submeter este pequeno órgão ao Criador.
1. Bênção e maldição (v.10). Tiago até reconhece a possibilidade de
alguém usar a língua de modo ambíguo. Entretanto, deve a mesma língua que
expressa o amor a Deus, deixar-se usar para destruir pessoas? Apesar de o
meio-irmão do Senhor dizer que tudo que existe obedece sua própria natureza, se
experimentamos o novo nascimento, tornamo-nos uma nova criação, isto é,
adquirimos outra natureza. Esta tem de ser manifesta em nosso falar e agir.
Portanto, se você foi transformado pela graça de Deus mediante a fé de Cristo,
a sua língua não pode ser um instrumento maligno. A fofoca, a mentira, a
calúnia e a difamação são obras carnais e não podem ter lugar em nossa vida.
2. Exemplos da natureza (vv.11,12). O líder da igreja de
Jerusalém usa dois exemplos da natureza para apontar a incoerência de agirmos
duplamente. Tiago questiona a possibilidade de a fonte que jorra água doce
jorrar igualmente água salgada. Para provar a impossibilidade natural deste
fenômeno, o meio-irmão do Senhor pergunta, de maneira retórica, se uma figueira
poderia produzir azeitonas, e a videira, figos. Naturalmente, a resposta é um
sonoro não! Portanto, a pessoa que bendiz ao Senhor não maldiz o próximo. Se Deus
é amor, como podemos odiar alguém?
3. Uma única fonte. Aquele que bebe da água da vida não pode
fazer jorrar água para morte. Quem bebe da água limpa do Cristo de Deus não
pode transbordar água suja. Portanto, a palavra proferida por um discípulo de
Cristo deve edificar os irmãos, dar graça aos que ouvem e sarar quem se
encontra ferido.
Como servos de Deus, não podemos utilizar nossa língua para expressar
palavras de adoração ao Senhor e em seguida utilizá-la para destruir o nosso
próximo.
Uma vez Salomão disse que a boca do justo é manancial de vida (Pv 10.11), e que as palavras da boca do homem
são águas profundas (Pv 18.4).
Tomemos o devido cuidado com a maneira como usamos a nossa língua. Não
esqueçamos que, no dia do Juízo, daremos conta a Deus de toda palavra ociosa
proferida pela nossa boca (Mt 12.36).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Tiago emprega duas metáforas para descrever a
habilidade da língua em 'refrear todo o corpo' - o freio nas bocas dos
cavalos e o leme no navio. Nos dois exemplos, qualquer uma das menores partes
é capaz de controlar a direção e as ações de todo conjunto. No entanto, a
relação entre a língua e o resto do corpo é diferente daquela de um freio com
o cavalo ou de um leme com o navio; ela não controla diretamente as ações de
uma pessoa. Devido à imperfeita adaptação dessa analogia, alguns
comentaristas sugeriram que Tiago está estendendo sua discussão ao papel dos
professores da Igreja. É a 'língua' do mestre que controla todo o 'corpo' da
Igreja. Porém, a principal preocupação de Tiago nessa seção da carta está
dirigida às atitudes individuais dos crentes, e não à vida coletiva da Igreja
(uma questão que ele analisa em 5.13-20).
Assim sendo, [...] pode ainda estar fazendo uma ilustração da ideia dos
ensinamentos de Jesus quando diz que 'do que há em abundância no coração,
disso fala a boca' (Mt 12.34; Tg 3.10), onde o desejo do indeciso coração
humano profere tanto a bênção quanto a maldição)" (ARRINGTON, French L;
STRONSTD, Roger. (Eds.). Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD,
2009, pp. 873-74).
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BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
ARRINGTON, French L;
STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.
SAIBA
MAIS
Revista Ensinador
Cristão CPAD
nº58. p.39.
EXERCÍCIOS
1. Qual é a palavra hebraica utilizada para mestre?
Qual é o seu significado?
R. A palavra hebraica para mestre é rabbi, cujo significado é
"meu mestre".
2. Devido a sua importância,
como Jesus estabeleceu o ensino?
R. Jesus estabeleceu o ensino
como um meio de propagar o Evangelho a toda criatura e, assim, ordenou a sua
Igreja que fizesse seguidores do caminho pelo mundo (Mt 28.19,20).
3. O que significa o controle da língua?
R. O controle da língua significa que a pessoa tem a capacidade de
controlar as demais áreas da vida, pois a língua é poderosa "para também
refrear todo o corpo".
4. Segundo a lição, o que
devemos fazer a fim de dominar a nossa língua?
R. A fim de dominar a nossa língua, devemos entregar o nosso coração
inteiramente ao Senhor, "pois do que há em abundância no coração, disso
fala a boca" (Mt 12.34).
5. De acordo com Salomão, o
que são as palavras da boca do homem (Pv 18.4)?
R As palavras da boca do homem são águas profundas (Pv 18.4).
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