LIÇÃO 6 – 11 de maio
de 2014 – Editora BETEL
A crise existencial e a necessidade de aceitação
TEXTO AUREO
“E o
segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há
outro mandamento maior do que estes.” Mc 12.31
VERDADE APLICADA
A melhor maneira
para se demonstrar amor ao próximo é estando bem consigo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Mostrar a necessidade do autoconhecimento;
► Explicar o que é aceitação;
► Apresentar o que Deus faz na vida de quem ama o próximo como a si mesmo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Rt 1.8 - disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe;
e o SENHOR use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e
comigo.
Rt 1.12 - Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter
marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite
tivesse marido, e ainda tivesse filhos,
Rt 1.14 - Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua
sogra; porém Rute se apegou a ela.
Rt 1.16 - Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti;
porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali
pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.
Rt 1.17 - Onde quer que morreres, morrerei eu e ali serei sepultada; me faça
assim o SENHOR e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de
ti.
Os
escribas haviam determinado que os judeus deveriam obedecer a 613 preceitos da
Lei, sendo 365 negativos e 248 positivos. Um dos exercícios prediletos dos
escribas era discutir qual desses mandamentos era o maior de todos.
Jesus cita
Deuteronômio 6:4, 5, a famoso e conhecido pelos judeus piedosos no começo e no
final de cada dia. Essa declaração é chamada de Shema por causa de sua primeira
palavra: Ouve, em hebraico. Em seguida, Jesus cita Levítico 19:18, que enfatiza
o amor pelo próximo. Jesus coloca o amor como a coisa mais importante da vida,
pois "quem ama o próximo tem cumprido a lei" (Rm 13:8-10).
Se amamos
a Deus, experimentamos o amor dele dentro de nós e expressamos esse amor a
outros. Não vivemos em função de regras, mas sim de relacionamentos: um
relacionamento de amor com Deus que torna possível nos relacionarmos em amor
com os outros.
O pano de
fundo dos eventos relatados no livro de Rute é uma fome em Israel nos dias em
que os juízes julgavam (1), o que forçou a emigração de uma pequena família de
Belém, em Judá, para a terra de Moabe, a sudeste da Palestina. A expressão
peregrinar significa viver na situação de estrangeiro residente. O nome do pai
da família era Elimeleque (2), que significa “Deus é [o seu] rei”. Noemi
(“deleite, prazer”) e dois filhos, Malom (“doente, fraco”) e Quiliom
(“definhando” ou “decaindo”), completavam a família. Eles eram efrateus, um
termo que normalmente se refere à tribo de Efraim. Contudo, como Boaz, o
remidor, era claramente da tribo de Judá (4.18-21; Mt 1.3-5), neste caso
efrateus é provavelmente derivado de Efrata, um termo do Antigo Testamento
intimamente relacionado com Belém (Gn 35.19; 48.7; Rt 4.11; 1 Cr 4.4; Mq 5.2).
Tanto
Malom como Quiliom se casaram com moças moabitas: Orfa (4) e Rute (“amizade” ou
“amiga”).1 Os três homens da família morreram durante os dez anos de residência
em Moabe e Noemi ficou sozinha com suas duas noras.
Quando
Noemi ouviu que a fome em Israel havia acabado, resolveu voltar para casa
acompanhada de suas duas noras. Noemi pediu às duas mulheres mais novas que
voltassem para suas casas em Moabe, na esperança de que ambas pudessem se casar
novamente e, assim, acharem descanso (9), ou seja, que formassem um lar com um
marido de seu próprio povo. O versículo 11 é uma referência à lei do levirato
(Dt 25.5,6), que exigia que um homem se casasse com a viúva de seu irmão se
este morresse e não deixasse filhos. Esta lei é mencionada pela primeira vez em
relação a Judá e Tamar (Gn 38.8-11) e foi o tema principal da argumentação
contra a imortalidade proposta pelos saduceus em Marcos 12.19. A mão do Senhor
se descarregou contra mim (13) - A atitude submissa de Noemi faz paralelo com a
história de Jó (Jó 1.21). Neste momento de decisão, Orfa beijou a sua sogra e
afastou-se; porém Rute se apegou a ela (14).
Noemi
pediu mais uma vez para que Rute voltasse, mas a jovem permaneceu firme. Sua
resposta é uma das mais memoráveis promessas de devoção e amor encontradas em
toda a literatura: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque,
aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali
pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que
morreres, morrerei eu e ali serei sepultada; me faça assim o Senhor e outro
tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti (16,17). Esta terna
amizade humana é similar à de Davi e Jônatas (1 Sm 20.17,41) e à de Cristo e os
apóstolos (Jo 15.9,15). Além disso, é o reflexo de uma firme decisão religiosa.
2 Rute estava determinada a abandonar os deuses de Moabe e tornar-se seguidora
do Deus de Israel juntamente com Noemi. Ela viu alguma coisa nas vidas e na fé
daqueles israelitas que fez com que ela se aproximasse não apenas deles, mas
também do Senhor Jeová.
O fato de
Rute ser recebida na situação em que estava pode indicar que as restrições
divinas contra os descendentes de Moabe haviam sido removidas (Dt 23.3) ou que
tais restrições se aplicavam apenas aos moabitas do sexo masculino.
“A grande
escolha de Rute” é resumida nos versículos 14 a 18 num retrato preciso da opção
que uma pessoa faz quando se torna um cristão. Ela foi (1) uma escolha de
convicção, e não de emoção, conforme se vê no contraste com Orfa (v. 14); (2)
uma escolha feita apesar de todas as dificuldades (veja w. 11-13); (3) a
escolha em favor de um povo (v. 16); (4) a escolha de um objeto supremo de
devoção (v. 16); (5) uma escolha sem opção de voltar atrás (w. 17,18).
Fonte:
Comentário Warren W. Wiersbe e Beacon
Introdução
Estaremos
abordando nesta lição, as diversas questões acerca de uma crise existencial,
quando a vida que se apresenta sem motivos, sem alegria, ou ainda numa
linguagem coloquial, “sem graça”. Muitas pessoas, a despeito da posição que
ocupam na sociedade, têm dificuldade de aceitação e, por isso, vivem suas vidas
de forma sombria e sem prazer. No entanto, quando descobrem o quanto podem ser
importantes para um determinado projeto mudam as suas vidas e as dos que estão
a sua volta.
OBJETIVO
► Mostrar a
necessidade do autoconhecimento;
1. Sentimento de aceitação
No momento
da concepção o indivíduo, já pode experimentar o seu primeiro sentimento de
aceitação (Jr 1.5 Antes que eu te formasse no ventre, eu te
conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por
profeta.). Isso dependerá do desejo da mãe
que, mesmo que ainda não tenha tido contato com o dito filho, poderá
desenvolver um sentimento positivo ou negativo em relação ao novo ser. O desejo
da mãe poderá definir qual será a real importância do filho para ela e para o
pai, em que momento ele está chegando e o que irá significar para eles (Lc
2.27-30 E, pelo Espírito, foi ao templo e, quando
os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei,
ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor,
podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois já os meus olhos
viram a tua salvação,).
1.1.
Homem, um ser totalmente dependente.
Dentre
todas as espécies de animais existentes, o ser humano é único que nasce em
completa dependência de quem será responsável para cuidar dele. Do
desenvolvimento dessa relação, irá depender como esse indivíduo se comportará
em relação ao mundo externo, pois, uma vez que este sai de uma condição de
homeostasia, na qual vivia em uma condição de simbiose com a mãe, terá que a
partir do momento que nasce, buscar meios de sobrevivência próprios e traçar a sua
caminhada, para uma vida terrena vitoriosa.
A
dependência desenvolvida pelo indivíduo desde o ventre da mãe irá produzir
efeitos emocionais que poderão repercutir na personalidade dele, tal
dependência deve ser trabalhada de maneira que o indivíduo seja separado da mãe
de forma não brusca parti que não se desenvolva nenhum trauma.
1.2. As
atitudes revelam quem somos
Ao longo
da vida, o homem se vê diante de diversas situações que o farão refletir acerca
de si. Quem ele pensa que é e o que ele realmente se transformou virão à tona,
por intermédio de suas próprias atitudes. Não adianta se apresentar como alguém
de valor se suas atitudes não confirmarem esse fato (Mc 12.14-17 E, chegando eles, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és homem de verdade
e não te importas com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos
homens, antes, com verdade, ensinas o caminho de Deus. É lícito pagar tributo a
César ou não? Pagaremos ou não pagaremos? Então, ele, conhecendo a sua
hipocrisia, disse-lhes: Por que me tentais? Trazei-me uma moeda, para que a
veja. E eles lha trouxeram. E disse-lhes: De quem é esta imagem e inscrição? E
eles lhe disseram: De César. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai, pois, a
César o que é de César e a Deus, o que é de Deus. E maravilharam-se dele.). Os relacionamentos interpessoais sempre foram um grande problema para
a humanidade. E no meio do povo de Deus não é diferente. Em muitos momentos,
deparamo-nos com alguns irmãos que têm dificuldade em se relacionar. São
pessoas que não valorizam o outro pelo fato de não valorizarem a si mesmas e ao
longo dos anos, perdem o amor próprio se tomando amargas e intratáveis (Pv 26.4
Não respondas ao tolo segundo a sua
estultícia, para que também te não faças semelhante a ele.).
Ser
verdadeiro é a melhor maneira de alcançar a credibilidade, mudanças de atitudes
momentâneas causam insatisfação nos amigos e nas pessoas do convívio diário,
abalando os relacionamentos interpessoais.
1.3. O
valor do autoconhecimento
O
autoconhecimento, segundo a psicologia, significa o conhecimento que o
indivíduo tem de si mesmo. A prática de conhecer-se melhor faz com que uma
pessoa tenha controle sobre suas emoções, permitindo-lhe evitar sentimentos de
baixa autoestima, inquietude, frustração, ansiedade, instabilidade emocional e
outros (Rm 14.22b Bem-aventurado aquele que não se condena
a si mesmo naquilo que aprova.). O
autoconhecimento nos permite ampliar a nossa tolerância em relação ao próximo.
Suas possíveis falhas e dificuldades de relacionamento, são percebidas como
algo aceitável, uma vez que enxergamos nossos defeitos. E assim aprendemos a
avaliar a situação e o momento vivenciado pelo próximo antes de emitir qualquer
comentário ou crítica. Ao demonstrar empatia pelo próximo, o indivíduo estará
mostrando o seu lado mais sublime, demonstrando conhecer a si mesmo. Mas, para
isso, é preciso que exista, em cada um de nós, o sentimento de amor próprio,
onde desencadeará toda a sua significação para o mundo (Mt 22.39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.).
OBJETIVO
► Explicar o que
é aceitação;
2. Amar o próximo como a ti mesmo
O
mandamento de Jesus “Amar ao próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39), implica em
dizer que ninguém será capaz de entender as imperfeições dos outros, sem antes
passar por uma auto análise (Gl 6.3-4 Porque, se
alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Mas prove
cada um a sua própria obra e terá glória só em si mesmo e não noutro.). Há no meio do povo de Deus, muitas pessoas, que, com muita
felicidade, criticam os irmãos, entretanto essas mesmas pessoas seriam
execradas por si próprias se olhassem para seus defeitos como se fossem os dos
outros (ICo 11.28a Examine-se, pois, o homem a si mesmo,).
2.1. A virtude
de compreender o próximo
O texto
sagrado “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e
não agradar a nós mesmos” (Rm 15.1), mostra-nos que saber entender e suportar
as fraquezas do próximo é uma virtude que deve ser cultivada. No entanto muitos
não conseguem agir assim, por acharem-se incapazes de amar, uma vez que
desenvolvem um sentimento de autocomiseração. A autocomiseração é, sem dúvida,
uma enfermidade da alma que não permite que sintamos amor pelo próximo, uma vez
que nos achamos os mais coitadinhos de todos. Essa enfermidade nos dificulta
entender e aceitar quem nós somos e ao invés de aceitarmos quem somos, sentimos
pena de nós mesmos (2Sm 9.8 Então, se inclinou e disse: Quem é
teu servo, para tu teres olhado para um cão morto tal como eu?).
A
Autocomiseração anda na contramão do amor próprio, este sentimento é visto como
enfermidade da alma, principalmente porque, na maioria dos casos, leva o
indivíduo a se acostumar com a situação que está vivendo, e muitas vezes, usa
isso para comover os que estão próximos a ele.
2.2. O que
fazer para ficar curado
O primeiro
passo para nos livrarmos dessa enfermidade da alma, está em, justamente,
entendermos o tamanho do amor expresso por Cristo em nosso favor, quando Ele
diz que tem um novo mandamento (Jo 13.34 Um novo
mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que
também vós uns aos outros vos ameis.). Ele não
está desvalorizando o decálogo, ao contrário, está confirmando, uma vez que, em
algumas de suas citações, Moisés literalmente diz que não devemos fazer aos
outros o que não quereríamos que fizessem a nós (Êx 20.13-17 Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho
contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a
mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o
seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.).
Valorizar-se é a melhor maneira que o indivíduo tem para entender a necessidade
do outro e expressar amor.
2.3. Como
lidar com os nossos sentimentos
Quando o
homem aceita sua verdadeira condição, aprende a lidar com os seus mais íntimos
sentimentos. Especialistas afirmam que “aceitar-se é honrar o ser que você é”,
o início de uma boa convivência com o outro (At 10.26 Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.). A partir de então, o indivíduo busca controlar seus sentimentos,
impedindo que estes venham dominá-lo (Gn 4.7 Se bem
fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à
porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.). Tal prática permite ao homem enxergar os fatos como de fato o são e,
assim, adquire maior capacidade para amar ao próximo como ele é e não como
gostaria que ele fosse. Em muitas situações, encontramos pessoas capazes de
negar amor por não quererem se expor, pois sabem que, ao fazerem isso, irão
transparecer o que realmente pensam acerca de si.
Quando nos
conhecemos e admitimos que não somos o pior dos piores e nem pobres coitados,
então aprendemos a lidar com isso, e aí passamos a ter consciência de que o
amor de Deus em nossas vidas é capaz de nos livrar de todo e qualquer
sentimento negativo Jazendo com que possamos nos conhecer o suficientemente
para poder expressar bons sentimentos em relação aos outros.
OBJETIVO
► Apresentar o
que Deus faz na vida de quem ama o próximo como a si mesmo.
3. Uma história de amor
A Bíblia, nosso
referencial de fé, aponta para a história de uma mulher que tinha tudo para
sentir-se perdida e abandonada: Rute. Seu testemunho nos mostra como uma pessoa
aparentemente sem valor pode se tornar uma peça importante no plano de Deus (Rt
1-4). Ao contrário de Orfa, Rute não temeu ficar com sua sogra, mesmo que isso
pudesse significar o abandono total, tanto por parte dos moabitas quanto por
parte dos efratitas. Ficar com Noemi, naquele momento, significava para ela
abrir mão de si mesma em favor de outrem. Esse tipo de amor só pode ser
expressado por quem verdadeiramente se conhece e se ama (Rt 1.15-17).
3.1. A
segurança de quem se conhece
A atitude
de Rute demonstra segurança e determinação de alguém que sabe exatamente do que
era capaz de fazer. Isso se torna claro quando, antes mesmo de saber das leis
de Israel acerca da figura do remidor, não teve dúvidas, ao decidir-se
permanecer ao lado de sua sogra Noemi. A moabita acompanhou-a, certa de sua
atitude. Sua autoconfiança, certamente, já era a ação do Espírito de Deus em
sua vida que lhe garantia a certeza e a coragem do controle do Eterno (Rt 1.1).
Por isso, a jovem foi capaz de expressar um amor incondicional à Noemi. Embora
não conhecesse intimamente a Deus para saber que estava sendo guiada pelo Seu
Espírito, sua atitude demonstrou segurança e o reflexo de uma personalidade que
não tem dificuldade de doar-se em favor de alguém. Tal comportamento reflete
autoconhecimento e amor próprio.
Quem se
apresenta diante de Deus com amor no coração certamente será usado por Ele.
Para expressão desse amor, o Senhor ainda hoje busca, na Terra, pessoas com tal
sentimento suficiente para realização dos seus propósitos, no caso de Rute, foi
assim; era necessário que a linhagem do Messias não se perdesse. Logo, Rute foi
o instrumento usado para que a geração não fosse interrompida, e isso se
conseguiria através do amor por ela expressado.
3.2. O
mais importante é o amor
O
comportamento de Rute deixou claro que ela não tinha nenhum problema com sua
autoimagem e qual deve ser a autoimagem do servo de Deus? (Gn 1.27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e
fêmea os criou.; Ef 2.10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as
quais Deus preparou para que andássemos nelas.; Jr 1.5 Antes que eu te formasse no ventre, eu te
conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por
profeta.; lPd 2.9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz;). Uma estrangeira no meio de
um povo extremamente conservador e cumpridor de suas regras. O fato de ela se
aceitar como era, fez com que pudesse demonstrar um imenso amor. Infelizmente,
não é raro, entre os cristãos, encontrar pessoas que se apresentam diante de
Deus como pobres coitados. Tal condição não os fez capazes de atenderem ao
mandamento de Cristo Jesus: “amar o próximo como a si mesmo”, uma vez que
demonstram claramente em sua própria fala não enxergarem seu valor pessoal.
Essa condição jamais foi o propósito de Deus para o homem, pois Ele não deseja
contemplar esse tipo de comportamento. Ao contrário, Ele é o primeiro a
transformar a condição de vida daqueles a quem escolhe. O Criador levanta o
pobre do pó e da sepultura levanta o necessitado, para que o mesmo possa
assentar-se com os príncipes (SI 113.7-8 que do pó
levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado, para o fazer assentar com
os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo;).
Em alguns
casos, é necessário que pessoas com dificuldade de aceitação busquem apoio
profissional, pois, através do tratamento terapêutico, irão aprender a lidar
com seu sentimento negativo em relação a si. O tratamento irá focar no reforço
de sua autoestima promovendo a melhora sistemática do indivíduo, produzido nele
a capacidade de perceber e entender quem realmente é.
3.3.
Reflexo de uma vida em amor
O desfecho
da história de Rute demonstra o resultado de uma vida segura e consciente de si
mesma. O amor ao próximo fez dela uma vencedora, pois o verdadeiro amor lança
fora todo medo (1 Jo 4.18 Na caridade, não há temor; antes, a
perfeita caridade lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o
que teme não é perfeito em caridade.). Por
isso, mesmo sem nenhuma garantia de que sua vida ao lado de Noemi seria
promissora, ela decidiu segui-la. Entretanto escolheu enfrentar todos os
desafios de uma nova jornada, sem abandonar Noemi. O resultado foi
surpreendente, pois Deis providenciou para ambas uma a vida abundante de bênção
(Rt 4.13-15.
Apresento
aqui um comentário que considero importante. Em muitos casos que atendo no
gabinete e em meu consultório, recebo pessoas com relacionamento afetados por
falta de amor próprio, mulheres que sofrem violência familiar e homens que são
desrespeitados por suas companheiras. Em ambos os casos, a fala se repete, ”eu
não posso viver sem ele, ou sem ela”, realmente isto é uma realidade infeliz e
não irá mudar, pois essas pessoas, na verdade, não se amam, prova disso é que
se permitem ser aviltadas, demonstrando que amam demais e não se amam. Não pode
existir amor pelo próximo não existir primeiro por nós.
Conclusão
Quando nos
dispomos a andar debaixo do mandamento do Senhor Ele providenciará tudo que for
necessário para que tenhamos uma vida abençoada, daí a importância de nos
aceitar como somos, pois só assim o Espírito Santo fará as mudanças necessárias
para termos uma vida vitoriosa. Buscar ajuda de um profissional habilitado em
questões emocionais também irá ajudar o indivíduo a se conhecer e se valorizar
diante do Senhor.
QUESTIONÁRIO
1. De todas as criaturas de Deus,
qual é a única que nasce em completa dependência?
R. O homem.
2. O que é autoconhecimento?
R. Segundo a psicologia, significa o
autoconhecimento do indivíduo de si mesmo.
3. Qual o principal mandamento de
Jesus?
R. Amar o próximo como a si mesmo.
4. O novo mandamento de Jesus
desvaloriza a Lei?
R. Não, pois a Lei expressa a
necessidade do amor ao próximo.
5. O que determinou o desfecho da
história de Rute?
R. Conhecer a si mesma e o amor
demonstrado ao próximo.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º Trimestre de 2014,
ano 24 nº 91 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – ENFERMIDADES DA ALMA
Identificando os distúrbios emocionais e confrontando-os com soluções divinas e
bíblicas.
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