sexta-feira, 25 de abril de 2014

Lição 4 - Vencendo a timidez e suas consequências "Betel"

LIÇÃO 4 – 27 de abril de 2014 – Editora BETEL
Vencendo a timidez e suas consequências
TEXTO AUREO

“Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.” Js 1.9

Comentarista: Pr. Israel Maia

VERDADE APLICADA

A timidez pode impedir a concretização dos propósitos de Deus para nossa vida.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conhecer a origem da timidez;
Mostrar os efeitos da timidez no indivíduo;
Explicar como vencer a timidez.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Êx 3.1 - E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
Êx 3.2 - E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
Êx 3.3 - E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima..
Êx 3.4 - E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.

Os anos da vida de Moisés são extraordinariamente divididos em três partes de quarenta anos: os primeiros quarenta anos ele passou como um príncipe na corte do Faraó, a segunda parte como um pastor de ovelhas em Midiã, a terceira parte como um rei em Jesurum.
A vida dos homens está sujeita a muitas mudanças, especialmente a vida dos homens bons. Ele tinha agora terminado o segundo período de quarenta anos, quando recebeu esta missão de tirar Israel do Egito. Observe que às vezes passa muito tempo antes que Deus chame seus servos para executar um trabalho que, no passado, já reservara para eles, e que já os estava preparando misericordiosamente para desempenhar. Moisés nasceu para ser o libertador de Israel, porém nenhuma palavra a esse respeito lhe é dita até que ele esteja com oitenta anos de idade. Agora observe:
Como esta manifestação de Deus a ele o encontrou ocupado. Ele estava apascentando o rebanho (cuidando das ovelhas) perto do monte Horebe, v. 1. Esta era uma pobre ocupação para um homem de sua estirpe e educação, mas ele se sente satisfeito com isso, e desse modo aprende a mansidão e o contentamento em um grau elevado, algo pelo que ele é mais celebrado nas Escrituras Sagradas do que por todos os seus outros aprendizados. Observe que: 1. Devemos permanecer no
chamado que recebemos, e não sermos dados às mudanças. 2. Aqueles que são qualificados para grandes ocupações e serviços não devem achar estranho se forem confinados à obscuridade. Este foi o destino de Moisés diante deles, que não previa nada além de que deveria morrer, já que tinha vivido um grande período como um pobre e desprezível pastor de ovelhas. Que aqueles que
se consideram sepultados, mesmo que ainda estejam vivos, fiquem satisfeitos em brilhar como candeias em seus sepulcros, e esperem que o tempo de Deus chegue para colocá-los em um castiçal. Assim Moisés foi empregado, quando foi honrado com esta visão. Observe: (1) Deus estimulará a atividade. Os pastores estavam apascentando os seus rebanhos quando receberam a notícia do nascimento do nosso Salvador, Lucas 2.8. Satanás gosta de nos ver ociosos. Porém Deus fica satisfeito quando nos encontra trabalhando. (2) O isolamento é um bom amigo para a nossa comunhão com Deus. Quando estamos sozinhos, o Pai está conosco. Moisés viu mais de Deus em um deserto, do que jamais havia visto na corte do Faraó.
Qual era a manifestação. Para sua grande surpresa, ele viu uma sarça ardente, quando percebeu que nenhum fogo, fosse da terra ou do céu, o acendeu, e, o que era mais estranho, ela não se consumia, v. 2. Foi um anjo do Senhor que apareceu a ele. Alguns pensam que se tratasse de uma aparição, que falava a língua daquele que o enviou. Outros, a segunda pessoa da Trindade, o Anjo da Aliança, que é o próprio Deus. Foi uma manifestação extraordinária da presença e da glória divinas. O visível foi produzido pelo ministério de um anjo, porém Moisés ouviu Deus falando com ele na sarça. 1. Ele viu uma chama de fogo, porque nosso Deus é um fogo consumidor. Quando a libertação de Israel do Egito foi prometida a Abraão, ele riu uma tocha de fogo, que significava a luz da alegria que aquela libertação causaria (Gn 15.17). Agora ela brilha mais forte, como uma chama de fogo, porque Deus nesta libertação trouxe terror e destruição aos seus inimigos, luz e calor ao seu povo, e manifestou sua glória diante de todos. Veja Isaías 10.17. 2. Este fogo não estava em um cedro alto e majestoso, mas em uma sarça, um arbusto com espinhos (este é o significado da palavra). Porque Deus escolhe os fracos e despreza as coisas altivas do mundo (assim como Moisés, que agora era um pobre pastor de ovelhas), para com eles confundir os sábios. Assim, o bondoso Senhor se deleita em embelezar e coroar os humildes. 3. A sarça ardia no fogo, porém não se consumia. Esta era uma representação da igreja que agora estava escravizada no Egito, queimando nos fornos de cozer tijolos, mas que não se consumia. Perplexos, mas não desanimados, abatidos, mas não destruídos.
A curiosidade que Moisés teve de investigar esta visão extraordinária: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, v. 3. Ele fala como alguém curioso e ousado em sua investigação. A despeito do que fosse, Moisés, se possível, viria a saber o significado daquilo que estava contemplando. Observe que as coisas reveladas pertencem a nós, e devemos investigá-las diligentemente.
O convite que ele teve para se aproximar, contudo com cautela para não chegar perto demais, nem agir precipitadamente.
1. Deus lhe fez um chamado bondoso, ao qual Moisés respondeu prontamente, v. 4. Quando Deus notou que ele havia visto a sarça ardente, e virou-se para vê-la, e deixou o seu trabalho para fazer isto, então Deus o chamou. Se ele tivesse ignorado descuidadamente o chamado como um ignisfatuus - um meteoro enganador, uma coisa de que não vale a pena tomar conhecimento, é provável que Deus tivesse partido, e não tivesse lhe dito nada. Mas, quando ele se virou, Deus o chamou. Observe que aqueles que querem ter comunhão com Deus devem lhe responder, e se aproximar dele, naquelas ordenanças em que Ele se agrada de se manifestar, como também o seu poder e glória, mesmo que seja em uma sarça. Eles devem se chegar ao tesouro, mesmo que esteja em um vaso de barro. Aqueles que buscam a Deus diligentemente o acharão, e o reconhecerão como o seu generoso galardoador. Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Deus o chamou pelo nome, Moisés! Moisés! Aquilo que Moisés ouviu poderia surpreendê-lo muito mais do que aquilo que ele viu. A palavra do Senhor sempre acompanhou a glória do Senhor, porque toda visão divina foi criada como um apoio à revelação divina, Jó 4.16ss.; 33.14-16. Os chamados divinos são então eficazes: (1) Quando o Espírito de Deus os torna particulares, chamando-nos pelo nosso nome. A palavra chama: Ei, todos! O Espírito, pela aplicação deste fato, chama: Ei, você! Conheço-te por teu nome, cap. 33.12. (2) Quando lhes damos uma resposta obediente, como Moisés aqui: “Eis-me aqui, o que diz o meu Senhor ao seu servo? Eis-me aqui, não só para ouvir o que for dito, mas para fazer o que me for ordenado”.
2. Deus lhe deu uma advertência necessária contra a imprudência e a irreverência ao se aproximar: (1) Moisés deveria manter distância. Aproximar-se, mas sem chegar perto demais. Perto o suficiente para ouvir, mas não tão perto a fim de enxergar algo que não deveria ver. Sua consciência deveria ser satisfeita, mas não a sua curiosidade. Moisés deveria ser cuidadoso para que a familiaridade não gerasse desprezo. Observe que todas as vezes que nos dirigirmos a Deus, deveremos estar profundamente comovidos pela distância infinita que há entre nós e Ele, Eclesiastes 5.2. Isto também pode ser considerado como algo próprio da dispensação do Antigo Testamento, que
era uma dispensação de trevas, escravidão e terror, da qual o Evangelho felizmente nos liberta, dando-nos ousadia para entrarmos no Santo dos Santos, convidando-nos a nos aproximar. (2) Moisés deveria expressar a sua reverência, e a sua prontidão a obedecer: Tira os teus sapatos de teus pés, como um servo. Tirar o sapato naquela época significava o mesmo que tirar o chapéu significa hoje: um sinal de respeito e submissão. “O lugar em que tu estás é terra santa, que se tornou assim por esta manifestação especial da presença divina. Durante a continuidade desta bendita manifestação, ela deve manter este caráter. Portanto, não pises nesta terra com os pés calçados”. Guarda o teu pé, Eclesiastes 5.1. Observe que devemos nos aproximar de Deus com uma pausa e uma preparação solenes. E, embora a ação física sozinha tenha pouco proveito, devemos glorificar a Deus com nossos corpos, expressando a nossa reverência interior através de um comportamento sério e reverente no culto a Deus, evitando cuidadosamente tudo o que pareça leviano, rude, e que não condiga com a extrema importância do culto.
A declaração solene que Deus fez a respeito de seu nome, pela qual Ele seria conhecido a Moisés: Eu sou o Deus de teu pai, v. 6. 1. O precioso Senhor o avisa que é Deus quem fala com ele, para chamar a sua reverência e atenção, a sua fé e obediência. Porque isto é suficiente para exigir todas estas coisas: Eu sou o Senhor. Ouçamos sempre a palavra como a palavra do Senhor, 1 Tessalonicenses 2.13. 2. Ele será conhecido como o Deus de seu pai, seu pai piedoso Anrão, e o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, seus antepassados, e todos os antepassados de todo Israel, a quem agora Deus estava prestes a se manifestar. Com isto, Deus pretendia: (1) Instruir Moisés no conhecimento de um outro mundo, e fortalecer a sua crença em um estado futuro. Desse modo é interpretado pelo nosso Senhor Jesus, o melhor expositor das Escrituras, que a partir disto prova que os mortos são ressuscitados, em oposição aos conceitos dos saduceus. Moisés, ele diz, mostrou isto junto da sarça (Lc 20.37), isto é, Deus aqui mostrou a ele, e nele a nós, Mateus 22.31ss. Abraão estava morto, mas ainda assim Deus é o Deus de Abraão. Portanto, a alma de Abraão vive, e o Deus precioso permanece em contato com ela. E, para tornar a sua alma completamente feliz, o seu corpo deve reviver no devido tempo. Esta promessa feita aos pais, de que Deus seria o seu Deus, deve incluir uma felicidade futura. Porque o Senhor nunca fez nada por eles neste mundo que fosse suficiente para corresponder à vasta extensão e alcance daquela grande palavra. Mas, tendo lhes preparado uma cidade, o Deus precioso não se envergonha de ser chamado seu Deus, Hebreus 11.16. E
veja também Atos 26.6,7; 24.15. (2) Dar certeza a Moisés do cumprimento de todas aquelas promessas específicas que haviam sido feitas aos pais. Ele pode esperar por isso confiantemente, porque através destas palavras o Senhor Deus estava confirmando o seu concerto, cap. 2.24. Note: [1] O relacionamento de aliança entre Deus e nós, como nosso Deus, é o nosso melhor apoio nos piores momentos, e um grande estímulo à nossa fé em relação às promessas específicas. [2] Quando estamos conscientes da nossa própria indignidade - que, aliás, é muito grande - podemos nos consolar a partir do relacionamento de Deus com nossos pais, 2 Crônicas 20.6.
A impressão solene que isto deixou em Moisés: Ele encobriu o seu rosto, como estando tanto envergonhado quanto temeroso de olhar para Deus.
Agora ele sabia que era com uma luz divina que seus olhos eram ofuscados. Ele não teve medo de uma sarça ardente até perceber que Deus estava nela. Sim, embora Deus se denominasse o Deus de seu pai, e um Deus em concerto com ele, contudo ele temeu. Observe que:
1. Quanto mais virmos a Deus, mais motivos encontraremos para adorá-lo com reverência e temor cristão. 2. As manifestações da graça e da aliança de amor de Deus devem aumentar a nossa humilde reverência a Ele.
Fonte: Comentário Matthew Henry

Introdução
Abordaremos um tema que possivelmente fará com que muitos se identifiquem, talvez não por serem tímidos, mas por conhecerem ou conviverem com pessoas tímidas ou extremamente tímidas. Quase a metade da população relata sofrer de timidez. Todos somos tímidos, em algum grau. E isso não é problema. Só é quando isso interfere em nossa vida social. Timidez e acanhamento, no fundo, é uma questão de confiança. Confiança em si mesmo!

OBJETIVO
Conhecer a origem da timidez;

1. que é a timidez?

A timidez se caracteriza por um desconforto diante de situações sociais, desconforto que “atrapalha o indivíduo na conquista de seus objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais”. Estudos recentes confirmam que ninguém nasce tímido nem se sente tímido o tempo todo. As pessoas ficam tímidas quando se sentem em situações de inferioridade ou vulnerabilidade. Portanto como cristãos precisamos reagir contra este sentimento (Is 35.3,4).
Destaque para os alunos que os cristãos não precisam temer situações de inferioridade ou vulnerabilidade (Lc 11.11-12). A timidez causa desconforto e inibição em relações interpessoais que interferem nos objetivos pessoais e profissionais. Traços como vergonha, medo, solidão, depressão e ansiedade podem vir a se manifestar em seu lado afetivo.

1.1. As causas da timidez
É importante ressaltar que uma pessoa dificilmente sentirá timidez ou acanhamento se desfrutar de uma infância saudável, estabelecendo e mantendo relação de confiança com os pais. Quando confia nos pais, confia na escolha certa e no caminho a percorrer (Pv 22.6), não tem medo de expressar seus sentimentos, e quando é colocado à prova, aceita desafios. Quando os pais, a sociedade e a “educação”, impõem à criança determinados comportamentos, podem comprometer seriamente sua subjetividade. Por exemplo, quando, a criança é constantemente criticada por ser demasiadamente lenta, atrapalhada, calada ou falante demais, isso pode deflagrar ódio por suas singularidades. A criança se sente ferida, diminuída e se fecha, tornando-se um adulto dependente e com pouca confiança em si mesmo.

1.2. Tipo de timidez
O tímido tem dificuldades em enfrentar situações novas, fazer amigos ou namorados, o que torna seu círculo social extremamente reduzido e também não consegue apresentar trabalhos estudantis, profissionais ou sociais. Vamos conhecer três graus de timidez: Leve: Sofre de pequenos momentos de timidez, mas não frequentes e aprendeu a fazer o esforço necessário para vencer esses instantes que lhe possam causar problemas. Moderada: É certamente tímido, mas consegue escondê-lo. Tem muita consciência dos seus atos e esforça-se por exprimir-se e obter o respeito dos outros. Extrema: É profunda e obsessivamente tímido. Naturalmente, desistiu de tentar vencer a sua timidez, que lhe arruinou a vida e o impediu de realizar-se, já há muito tempo.
A timidez pode variar, por exemplo, da dificuldade de falar em público, até chegar à fobia social, a mais grave de todas, impedindo a pessoa de fazer até mesmo as coisas mais simples do dia a dia.

1.3. Timidez ou fobia social?
Quando a timidez é exacerbada, torna-se uma fobia social ou ansiedade social, que afeta 7% da população mundial. A ansiedade social é o medo de situações sociais que envolvam interação com outras pessoas. É o medo de ser julgado e avaliado por outras pessoas. Algumas pessoas desenvolvem a fobia social, sem necessariamente ter experimentado a timidez, mas muitos tímidos evoluem para essa condição por negligenciar sua dificuldade e rejeitar as opções de tratamento. Enquanto na timidez a pessoa sente desconforto, mas ainda enfrenta os desafios do cotidiano, na fobia social ela passa a evitá-los, isolando-se gradativamente. No caso da fobia social, as consequências podem ser devastadoras: geralmente o fóbico começa abandonando a convivência social (escola, faculdade, emprego, reuniões, festas) e termina no isolamento e no ostracismo.
Explique para os alunos que a fé cristã não é antissocial, pois Jesus frequentou festas (Jo 2.1-2), banquetes (Lc 5.29-30) e fez visitas (Mc 1.29).

OBJETIVO
Mostrar os efeitos da timidez no indivíduo;

2. O tímido tem muitos medos

O tímido tem medo de gente, tem medo de não ser aceito e tem medo de ser rejeitado! Ele possui pensamentos e sentimentos negativos sobre si, sentimentos de inferioridade, sua autoestima e confiança em si mesmo são muito baixas, tem medo de errar, etc.. Esta atitude é anticristã, pois para nós agradável é viver em comunhão (SI 133).
Quanto mais inseguro o tímido se sentir em relação a outras pessoas, quanto mais nova for á situação e quanto menos conhecida seja a pessoa com quem o tímido está se relacionando, maior será a necessidade de ele se refugiar internamente, retrair-se, pois se sente muito ameaçado.

2.1. Os sintomas fisiológicos mais observados da timidez
A timidez pode provocar a aceleração dos batimentos cardíacos, isto é, a pessoa sente seu coração pulsando mais forte. Outro sintoma é secura na boca, especialmente sob estresse. A pessoa não produz saliva suficiente para manter a boca úmida. O tímido também experimenta tremores no corpo ou na voz, sente sua face ficar vermelha por vergonha, transpira excessivamente e pode gaguejar, prejudicando, assim, sua comunicação com outras pessoas.

2.2. Os sintomas comportamentais mais comuns da timidez
As reações expressas no comportamento da pessoa tímida são visíveis através da sua inibição, sente-se extremamente envergonhadas em locais públicos ou em ambientes que não conhecem. A passividade é uma característica própria da pessoa tímida, ela não consegue ser proativa, não toma iniciativas ainda que tenha ideias não assume para si a responsabilidade de promover mudanças. Outro sintoma claro da timidez é não conseguir encarar as pessoas, olhando-as dos olhos, evitam o contato visual. Elas falam baixo, a voz é quase inaudível e a expressão corporal desses indivíduos é muito reduzida, movimentam-se pouco, pois querem passar despercebidos nos ambientes. Apresentam comportamentos nervosos.

2.3. Os sintomas afetivos da timidez
Finalmente os sintomas afetivos percebidos em pessoas tímidas são vergonha, tristeza, ansiedade e baixa autoestima. A autoestima não é inata, isto construída. Depende do quanto a pessoa se sente aceita, respeitada e valorizada principalmente em sua infância. O isolamento é sintomático e acontece em efeito dominó. Pode começar com a reclusão e terminar em depressão profunda.

OBJETIVO
Explicar como vencer a timidez.

3. Moisés é confrontado com sua timidez

Há vários casos de tímidos na Bíblia, pessoas como Gideão (Jz 6.2,3,11-15), o profeta Jeremias (Jr 1.4-6) e o caso de Moisés (Êx 3.11). Ele nasceu numa época em que os hebreus eram escravos no Egito. Faraó com receio do crescimento do povo hebreu ordenou que toda criança do sexo masculino fosse sacrificada (Êx 1.22). Mas, Moisés foi salvo pela filha de Faraó e adotado por ela como um filho. Foi educado em toda ciência dos egípcios, sendo poderoso em palavras e obras (At 7.22). Viveu durante os primeiros quarenta anos de sua vida como um príncipe e, num certo dia, saiu para ver seus irmãos hebreus quando encontrou um egípcio espancando um homem do seu povo. Matou o egípcio com as próprias mãos e escondeu na areia. Contudo, a notícia se espalhou e Faraó procurou matá-lo. Moisés teve que fugir para as terras de Midiã, onde passaria os próximos 40 anos. Refugiado e com muito medo, Deus aparece a ele, dando-lhe um propósito maior na vida. Moisés seria levantado para libertar sua família e todo o seu povo. Seu trauma de fugitivo, contudo, falou mais alto, transformando-o em um homem tímido. Segundo o dicionário, tímido é alguém assustado, medroso, receoso, sem coragem. Era exatamente assim que Moisés se via. “Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito?” (Êx 3.11).
A timidez está enraizada no medo, num medo irracional de falar e ser humilhado ou ignorado. O tímido faz de tudo para não ser percebido.

3.1. Um homem tímido e o desafio de liderar
Sua opinião a respeito de si mesmo era. muito diferente da opinião que Deus tinha; Sua timidez era fruto do seu olhar fixo em suas limitações, fracassos e frustrações. Apesar das garantias e provas incontestes da presença de Deus ao seu lado naquela missão (Êx 3,12), sua resistência ao chamado de Deus foi grande. Moisés hesitou, mas, finalmente, aceitou o desafio.
Creia no propósito de Deus para sua vida e fique atento para ouvir e cumprir o seu chamado. E, se você achar que não tem capacidade fique em paz, apenas creia no Senhor e o Espírito Santo de Deus, pois Ele o transformará como fez com Davi, com Moisés, com Paulo, com Pedro e tantos outros quando foram chamados. Considere a afirmação bíblica: “Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio“ (2Tm 1.7).

3.2. A cura da timidez e da autoestima de Moisés
Só depois que o Senhor curou Moisés de sua timidez, ele pôde ter autoridade espiritual para a vida e para o ministério. O tímido Moisés se tornou o instrumento de Deus, porque aceitou a missão como a razão de ser da sua vida. Somente quando a pessoa encontrar a sua missão, é que se sentirá independente do julgamento dos outros. Se ela compreender o seu próprio valor, sua autoestima não dependerá mais do comportamento do outro ou do que o outro diz. Não serão mais importantes nem elogios, nem as críticas, porque ela encontrará a dignidade de existir ao aceitar o seu ministério, sua missão. Portanto, não queira ser igual a ninguém. Apenas, melhore suas diferenças.
Se você tem levado uma vida sem direção sem propósito, sem grandes expectativas. Saiba que Deus tem um propósito para todos nós, ele não o colocou no mundo sem motivo, Ele quer fazer algo através da sua vida.

3.3. A vitória de Moisés sobre a timidez
Em Deus, a ousadia tomou o lugar da covardia, a coragem dominou a timidez. A força do propósito produziu coragem em seu coração. Cerca de três milhões de pessoas foram libertas da tirania do Egito. Morreu aos cento e vinte anos sem que seus olhos tivessem enfraquecido ou sua força debilitada, deixando povo preparado para adentrar a terra prometida.
Quando alguém percebe claramente, no coração, como é visto por Deus, então tudo muda e passa a ter uma visão renovada do seu valor e da sua vida. Cada pessoa é única, singular, “sui generis”, e cada ser humano precisa convencer-se de que veio a essa Terra exatamente para descobrir, expressar; revelar e viver o que há de exclusivo, de único nele.

Conclusão
Algumas pessoas, por mais que tentem, acabam desistindo de lutar contra a timidez. É importante saber que timidez não é doença, não é defeito e não faz de ninguém um ser inferior aos demais. Deus quer nos libertar de toda timidez para nos comissionar como libertadores de nossa família e de nosso povo!

QUESTIONÁRIO

1. Como Moisés se enxergava?
R: Receoso, sem coragem, acanhado, incerto, débil, dúbio, fraco.
2. Em que momento Moisés se
R: Quando Moisés foi convocado para libertar sua família e todo o seu povo.
3. Cite pelo menos três sintomas afetivos da timidez.
R: Vergonha, tristeza, baixa autoestima.
4. Cite dois sintomas fisiológicos da timidez?
R: Tremedeira e gagueira.
5. Qual a diferença entre timidez e fobia social?
R: Na timidez, a pessoa sente desconforto, mas ainda enfrenta os desafios. Na fobia social, ela passa a evitá-los, isolando-se gradativamente.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2014, ano 24 nº 91 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – ENFERMIDADES DA ALMA Identificando os distúrbios emocionais e confrontando-os com soluções divinas e bíblicas

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