LIÇÃO 4 – 27 de abril
de 2014 – Editora
BETEL
Vencendo a timidez e suas
consequências
TEXTO AUREO
“Não to mandei eu? Esforça-te e tem
bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo,
por onde quer que andares.” Js 1.9
Comentarista: Pr. Israel Maia
VERDADE APLICADA
A timidez pode impedir a
concretização dos propósitos de Deus para nossa vida.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Conhecer a origem da timidez;
► Mostrar os efeitos da timidez no
indivíduo;
► Explicar como vencer a timidez.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Êx 3.1 - E apascentava Moisés o rebanho de
Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio
ao monte de Deus, a Horebe.
Êx 3.2 - E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em
uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no
fogo, e a sarça não se consumia.
Êx 3.3 - E Moisés disse: Agora me virarei
para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima..
Êx 3.4 - E, vendo o Senhor que se virava para
lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele
disse: Eis-me aqui.
Os anos da vida de Moisés são
extraordinariamente divididos em três partes de quarenta anos: os primeiros
quarenta anos ele passou como um príncipe na corte do Faraó, a segunda parte
como um pastor de ovelhas em Midiã, a terceira parte como um rei em Jesurum.
A vida dos homens está sujeita a
muitas mudanças, especialmente a vida dos homens bons. Ele tinha agora
terminado o segundo período de quarenta anos, quando recebeu esta missão de
tirar Israel do Egito. Observe que às vezes passa muito tempo antes que Deus
chame seus servos para executar um trabalho que, no passado, já reservara para
eles, e que já os estava preparando misericordiosamente para desempenhar.
Moisés nasceu para ser o libertador de Israel, porém nenhuma palavra a esse
respeito lhe é dita até que ele esteja com oitenta anos de idade. Agora
observe:
Como esta manifestação de Deus a ele
o encontrou ocupado. Ele estava apascentando o rebanho (cuidando das ovelhas)
perto do monte Horebe, v. 1. Esta era uma pobre ocupação para um homem de sua
estirpe e educação, mas ele se sente satisfeito com isso, e desse modo aprende
a mansidão e o contentamento em um grau elevado, algo pelo que ele é mais
celebrado nas Escrituras Sagradas do que por todos os seus outros aprendizados.
Observe que: 1. Devemos permanecer no
chamado que recebemos, e não sermos
dados às mudanças. 2. Aqueles que são qualificados para grandes ocupações e
serviços não devem achar estranho se forem confinados à obscuridade. Este foi o
destino de Moisés diante deles, que não previa nada além de que deveria morrer,
já que tinha vivido um grande período como um pobre e desprezível pastor de
ovelhas. Que aqueles que
se consideram sepultados, mesmo que
ainda estejam vivos, fiquem satisfeitos em brilhar como candeias em seus
sepulcros, e esperem que o tempo de Deus chegue para colocá-los em um castiçal.
Assim Moisés foi empregado, quando foi honrado com esta visão. Observe: (1)
Deus estimulará a atividade. Os pastores estavam apascentando os seus rebanhos
quando receberam a notícia do nascimento do nosso Salvador, Lucas 2.8. Satanás
gosta de nos ver ociosos. Porém Deus fica satisfeito quando nos encontra
trabalhando. (2) O isolamento é um bom amigo para a nossa comunhão com Deus.
Quando estamos sozinhos, o Pai está conosco. Moisés viu mais de Deus em um
deserto, do que jamais havia visto na corte do Faraó.
Qual era a manifestação. Para sua
grande surpresa, ele viu uma sarça ardente, quando percebeu que nenhum fogo,
fosse da terra ou do céu, o acendeu, e, o que era mais estranho, ela não se
consumia, v. 2. Foi um anjo do Senhor que apareceu a ele. Alguns pensam que se
tratasse de uma aparição, que falava a língua daquele que o enviou. Outros, a
segunda pessoa da Trindade, o Anjo da Aliança, que é o próprio Deus. Foi uma
manifestação extraordinária da presença e da glória divinas. O visível foi
produzido pelo ministério de um anjo, porém Moisés ouviu Deus falando com ele
na sarça. 1. Ele viu uma chama de fogo, porque nosso Deus é um fogo consumidor.
Quando a libertação de Israel do Egito foi prometida a Abraão, ele riu uma
tocha de fogo, que significava a luz da alegria que aquela libertação causaria
(Gn 15.17). Agora ela brilha mais forte, como uma chama de fogo, porque Deus
nesta libertação trouxe terror e destruição aos seus inimigos, luz e calor ao
seu povo, e manifestou sua glória diante de todos. Veja Isaías 10.17. 2. Este
fogo não estava em um cedro alto e majestoso, mas em uma sarça, um arbusto com
espinhos (este é o significado da palavra). Porque Deus escolhe os fracos e
despreza as coisas altivas do mundo (assim como Moisés, que agora era um pobre
pastor de ovelhas), para com eles confundir os sábios. Assim, o bondoso Senhor
se deleita em embelezar e coroar os humildes. 3. A sarça ardia no fogo, porém
não se consumia. Esta era uma representação da igreja que agora estava
escravizada no Egito, queimando nos fornos de cozer tijolos, mas que não se
consumia. Perplexos, mas não desanimados, abatidos, mas não destruídos.
A curiosidade que Moisés teve de
investigar esta visão extraordinária: Agora me virarei para lá e verei esta
grande visão, v. 3. Ele fala como alguém curioso e ousado em sua investigação.
A despeito do que fosse, Moisés, se possível, viria a saber o significado
daquilo que estava contemplando. Observe que as coisas reveladas pertencem a
nós, e devemos investigá-las diligentemente.
O convite que ele teve para se
aproximar, contudo com cautela para não chegar perto demais, nem agir
precipitadamente.
1. Deus lhe fez um chamado bondoso,
ao qual Moisés respondeu prontamente, v. 4. Quando Deus notou que ele havia
visto a sarça ardente, e virou-se para vê-la, e deixou o seu trabalho para
fazer isto, então Deus o chamou. Se ele tivesse ignorado descuidadamente o
chamado como um ignisfatuus - um meteoro enganador, uma coisa de que não vale a
pena tomar conhecimento, é provável que Deus tivesse partido, e não tivesse lhe
dito nada. Mas, quando ele se virou, Deus o chamou. Observe que aqueles que
querem ter comunhão com Deus devem lhe responder, e se aproximar dele, naquelas
ordenanças em que Ele se agrada de se manifestar, como também o seu poder e
glória, mesmo que seja em uma sarça. Eles devem se chegar ao tesouro, mesmo que
esteja em um vaso de barro. Aqueles que buscam a Deus diligentemente o acharão,
e o reconhecerão como o seu generoso galardoador. Chegai-vos a Deus, e Ele se
chegará a vós. Deus o chamou pelo nome, Moisés! Moisés! Aquilo que Moisés ouviu
poderia surpreendê-lo muito mais do que aquilo que ele viu. A palavra do Senhor
sempre acompanhou a glória do Senhor, porque toda visão divina foi criada como
um apoio à revelação divina, Jó 4.16ss.; 33.14-16. Os chamados divinos são
então eficazes: (1) Quando o Espírito de Deus os torna particulares,
chamando-nos pelo nosso nome. A palavra chama: Ei, todos! O Espírito, pela
aplicação deste fato, chama: Ei, você! Conheço-te por teu nome, cap. 33.12. (2)
Quando lhes damos uma resposta obediente, como Moisés aqui: “Eis-me aqui, o que
diz o meu Senhor ao seu servo? Eis-me aqui, não só para ouvir o que for dito,
mas para fazer o que me for ordenado”.
2. Deus lhe deu uma advertência
necessária contra a imprudência e a irreverência ao se aproximar: (1) Moisés
deveria manter distância. Aproximar-se, mas sem chegar perto demais. Perto o
suficiente para ouvir, mas não tão perto a fim de enxergar algo que não deveria
ver. Sua consciência deveria ser satisfeita, mas não a sua curiosidade. Moisés
deveria ser cuidadoso para que a familiaridade não gerasse desprezo. Observe
que todas as vezes que nos dirigirmos a Deus, deveremos estar profundamente
comovidos pela distância infinita que há entre nós e Ele, Eclesiastes 5.2. Isto
também pode ser considerado como algo próprio da dispensação do Antigo
Testamento, que
era uma dispensação de trevas,
escravidão e terror, da qual o Evangelho felizmente nos liberta, dando-nos
ousadia para entrarmos no Santo dos Santos, convidando-nos a nos aproximar. (2)
Moisés deveria expressar a sua reverência, e a sua prontidão a obedecer: Tira
os teus sapatos de teus pés, como um servo. Tirar o sapato naquela época
significava o mesmo que tirar o chapéu significa hoje: um sinal de respeito e
submissão. “O lugar em que tu estás é terra santa, que se tornou assim por esta
manifestação especial da presença divina. Durante a continuidade desta bendita
manifestação, ela deve manter este caráter. Portanto, não pises nesta terra com
os pés calçados”. Guarda o teu pé, Eclesiastes 5.1. Observe que devemos nos
aproximar de Deus com uma pausa e uma preparação solenes. E, embora a ação
física sozinha tenha pouco proveito, devemos glorificar a Deus com nossos
corpos, expressando a nossa reverência interior através de um comportamento
sério e reverente no culto a Deus, evitando cuidadosamente tudo o que pareça
leviano, rude, e que não condiga com a extrema importância do culto.
A declaração solene que Deus fez a
respeito de seu nome, pela qual Ele seria conhecido a Moisés: Eu sou o Deus de
teu pai, v. 6. 1. O precioso Senhor o avisa que é Deus quem fala com ele, para
chamar a sua reverência e atenção, a sua fé e obediência. Porque isto é
suficiente para exigir todas estas coisas: Eu sou o Senhor. Ouçamos sempre a
palavra como a palavra do Senhor, 1 Tessalonicenses 2.13. 2. Ele será conhecido
como o Deus de seu pai, seu pai piedoso Anrão, e o Deus de Abraão, Isaque e
Jacó, seus antepassados, e todos os antepassados de todo Israel, a quem agora
Deus estava prestes a se manifestar. Com isto, Deus pretendia: (1) Instruir
Moisés no conhecimento de um outro mundo, e fortalecer a sua crença em um
estado futuro. Desse modo é interpretado pelo nosso Senhor Jesus, o melhor
expositor das Escrituras, que a partir disto prova que os mortos são
ressuscitados, em oposição aos conceitos dos saduceus. Moisés, ele diz, mostrou
isto junto da sarça (Lc 20.37), isto é, Deus aqui mostrou a ele, e nele a nós,
Mateus 22.31ss. Abraão estava morto, mas ainda assim Deus é o Deus de Abraão.
Portanto, a alma de Abraão vive, e o Deus precioso permanece em contato com
ela. E, para tornar a sua alma completamente feliz, o seu corpo deve reviver no
devido tempo. Esta promessa feita aos pais, de que Deus seria o seu Deus, deve
incluir uma felicidade futura. Porque o Senhor nunca fez nada por eles neste
mundo que fosse suficiente para corresponder à vasta extensão e alcance daquela
grande palavra. Mas, tendo lhes preparado uma cidade, o Deus precioso não se
envergonha de ser chamado seu Deus, Hebreus 11.16. E
veja também Atos 26.6,7; 24.15. (2)
Dar certeza a Moisés do cumprimento de todas aquelas promessas específicas que
haviam sido feitas aos pais. Ele pode esperar por isso confiantemente, porque
através destas palavras o Senhor Deus estava confirmando o seu concerto, cap.
2.24. Note: [1] O relacionamento de aliança entre Deus e nós, como nosso Deus,
é o nosso melhor apoio nos piores momentos, e um grande estímulo à nossa fé em
relação às promessas específicas. [2] Quando estamos conscientes da nossa
própria indignidade - que, aliás, é muito grande - podemos nos consolar a
partir do relacionamento de Deus com nossos pais, 2 Crônicas 20.6.
A impressão solene que isto deixou em
Moisés: Ele encobriu o seu rosto, como estando tanto envergonhado quanto
temeroso de olhar para Deus.
Agora ele sabia que era com uma luz
divina que seus olhos eram ofuscados. Ele não teve medo de uma sarça ardente
até perceber que Deus estava nela. Sim, embora Deus se denominasse o Deus de
seu pai, e um Deus em concerto com ele, contudo ele temeu. Observe que:
1. Quanto mais virmos a Deus, mais
motivos encontraremos para adorá-lo com reverência e temor cristão. 2. As
manifestações da graça e da aliança de amor de Deus devem aumentar a nossa
humilde reverência a Ele.
Fonte: Comentário Matthew Henry
Introdução
Abordaremos um tema que possivelmente
fará com que muitos se identifiquem, talvez não por serem tímidos, mas por
conhecerem ou conviverem com pessoas tímidas ou extremamente tímidas. Quase a
metade da população relata sofrer de timidez. Todos somos tímidos, em algum
grau. E isso não é problema. Só é quando isso interfere em nossa vida social.
Timidez e acanhamento, no fundo, é uma questão de confiança. Confiança em si
mesmo!
OBJETIVO
► Conhecer a origem da timidez;
1. que é a timidez?
A timidez se caracteriza por um
desconforto diante de situações sociais, desconforto que “atrapalha o indivíduo
na conquista de seus objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais”. Estudos
recentes confirmam que ninguém nasce tímido nem se sente tímido o tempo todo.
As pessoas ficam tímidas quando se sentem em situações de inferioridade ou
vulnerabilidade. Portanto como cristãos precisamos reagir contra este
sentimento (Is 35.3,4).
Destaque para os alunos que os
cristãos não precisam temer situações de inferioridade ou vulnerabilidade (Lc
11.11-12). A timidez causa desconforto e inibição em relações interpessoais que
interferem nos objetivos pessoais e profissionais. Traços como vergonha, medo,
solidão, depressão e ansiedade podem vir a se manifestar em seu lado afetivo.
1.1. As causas da timidez
É importante ressaltar que uma pessoa
dificilmente sentirá timidez ou acanhamento se desfrutar de uma infância
saudável, estabelecendo e mantendo relação de confiança com os pais. Quando
confia nos pais, confia na escolha certa e no caminho a percorrer (Pv 22.6),
não tem medo de expressar seus sentimentos, e quando é colocado à prova, aceita
desafios. Quando os pais, a sociedade e a “educação”, impõem à criança
determinados comportamentos, podem comprometer seriamente sua subjetividade.
Por exemplo, quando, a criança é constantemente criticada por ser
demasiadamente lenta, atrapalhada, calada ou falante demais, isso pode
deflagrar ódio por suas singularidades. A criança se sente ferida, diminuída e
se fecha, tornando-se um adulto dependente e com pouca confiança em si mesmo.
1.2. Tipo de timidez
O tímido tem dificuldades em
enfrentar situações novas, fazer amigos ou namorados, o que torna seu círculo
social extremamente reduzido e também não consegue apresentar trabalhos
estudantis, profissionais ou sociais. Vamos conhecer três graus de timidez:
Leve: Sofre de pequenos momentos de timidez, mas não frequentes e aprendeu a
fazer o esforço necessário para vencer esses instantes que lhe possam causar
problemas. Moderada: É certamente tímido, mas consegue escondê-lo. Tem muita
consciência dos seus atos e esforça-se por exprimir-se e obter o respeito dos
outros. Extrema: É profunda e obsessivamente tímido. Naturalmente, desistiu de
tentar vencer a sua timidez, que lhe arruinou a vida e o impediu de
realizar-se, já há muito tempo.
A timidez pode variar, por exemplo,
da dificuldade de falar em público, até chegar à fobia social, a mais grave de
todas, impedindo a pessoa de fazer até mesmo as coisas mais simples do dia a
dia.
1.3. Timidez ou fobia social?
Quando a timidez é exacerbada,
torna-se uma fobia social ou ansiedade social, que afeta 7% da população
mundial. A ansiedade social é o medo de situações sociais que envolvam
interação com outras pessoas. É o medo de ser julgado e avaliado por outras
pessoas. Algumas pessoas desenvolvem a fobia social, sem necessariamente ter
experimentado a timidez, mas muitos tímidos evoluem para essa condição por
negligenciar sua dificuldade e rejeitar as opções de tratamento. Enquanto na timidez
a pessoa sente desconforto, mas ainda enfrenta os desafios do cotidiano, na
fobia social ela passa a evitá-los, isolando-se gradativamente. No caso da
fobia social, as consequências podem ser devastadoras: geralmente o fóbico
começa abandonando a convivência social (escola, faculdade, emprego, reuniões,
festas) e termina no isolamento e no ostracismo.
Explique para os alunos que a fé
cristã não é antissocial, pois Jesus frequentou festas (Jo 2.1-2), banquetes
(Lc 5.29-30) e fez visitas (Mc 1.29).
OBJETIVO
► Mostrar os efeitos da timidez no indivíduo;
2. O tímido tem muitos medos
O tímido tem medo de gente, tem medo
de não ser aceito e tem medo de ser rejeitado! Ele possui pensamentos e
sentimentos negativos sobre si, sentimentos de inferioridade, sua autoestima e
confiança em si mesmo são muito baixas, tem medo de errar, etc.. Esta atitude é
anticristã, pois para nós agradável é viver em comunhão (SI 133).
Quanto mais inseguro o tímido se
sentir em relação a outras pessoas, quanto mais nova for á situação e quanto
menos conhecida seja a pessoa com quem o tímido está se relacionando, maior
será a necessidade de ele se refugiar internamente, retrair-se, pois se sente
muito ameaçado.
2.1. Os sintomas fisiológicos mais
observados da timidez
A timidez pode provocar a aceleração
dos batimentos cardíacos, isto é, a pessoa sente seu coração pulsando mais
forte. Outro sintoma é secura na boca, especialmente sob estresse. A pessoa não
produz saliva suficiente para manter a boca úmida. O tímido também experimenta
tremores no corpo ou na voz, sente sua face ficar vermelha por vergonha, transpira
excessivamente e pode gaguejar, prejudicando, assim, sua comunicação com outras
pessoas.
2.2. Os sintomas comportamentais mais
comuns da timidez
As reações expressas no comportamento
da pessoa tímida são visíveis através da sua inibição, sente-se extremamente
envergonhadas em locais públicos ou em ambientes que não conhecem. A
passividade é uma característica própria da pessoa tímida, ela não consegue ser
proativa, não toma iniciativas ainda que tenha ideias não assume para si a
responsabilidade de promover mudanças. Outro sintoma claro da timidez é não
conseguir encarar as pessoas, olhando-as dos olhos, evitam o contato visual.
Elas falam baixo, a voz é quase inaudível e a expressão corporal desses
indivíduos é muito reduzida, movimentam-se pouco, pois querem passar
despercebidos nos ambientes. Apresentam comportamentos nervosos.
2.3. Os sintomas afetivos da timidez
Finalmente os sintomas afetivos
percebidos em pessoas tímidas são vergonha, tristeza, ansiedade e baixa
autoestima. A autoestima não é inata, isto construída. Depende do quanto a
pessoa se sente aceita, respeitada e valorizada principalmente em sua infância.
O isolamento é sintomático e acontece em efeito dominó. Pode começar com a
reclusão e terminar em depressão profunda.
OBJETIVO
► Explicar como vencer a timidez.
3. Moisés é confrontado com sua
timidez
Há vários casos de tímidos na Bíblia,
pessoas como Gideão (Jz 6.2,3,11-15), o profeta Jeremias (Jr 1.4-6) e o caso de
Moisés (Êx 3.11). Ele nasceu numa época em que os hebreus eram escravos no
Egito. Faraó com receio do crescimento do povo hebreu ordenou que toda criança
do sexo masculino fosse sacrificada (Êx 1.22). Mas, Moisés foi salvo pela filha
de Faraó e adotado por ela como um filho. Foi educado em toda ciência dos
egípcios, sendo poderoso em palavras e obras (At 7.22). Viveu durante os
primeiros quarenta anos de sua vida como um príncipe e, num certo dia, saiu
para ver seus irmãos hebreus quando encontrou um egípcio espancando um homem do
seu povo. Matou o egípcio com as próprias mãos e escondeu na areia. Contudo, a
notícia se espalhou e Faraó procurou matá-lo. Moisés teve que fugir para as
terras de Midiã, onde passaria os próximos 40 anos. Refugiado e com muito medo,
Deus aparece a ele, dando-lhe um propósito maior na vida. Moisés seria
levantado para libertar sua família e todo o seu povo. Seu trauma de fugitivo,
contudo, falou mais alto, transformando-o em um homem tímido. Segundo o
dicionário, tímido é alguém assustado, medroso, receoso, sem coragem. Era
exatamente assim que Moisés se via. “Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e
tirar os israelitas do Egito?” (Êx 3.11).
A timidez está enraizada no medo, num
medo irracional de falar e ser humilhado ou ignorado. O tímido faz de tudo para
não ser percebido.
3.1. Um homem tímido e o desafio de
liderar
Sua opinião a respeito de si mesmo
era. muito diferente da opinião que Deus tinha; Sua timidez era fruto do seu
olhar fixo em suas limitações, fracassos e frustrações. Apesar das garantias e
provas incontestes da presença de Deus ao seu lado naquela missão (Êx 3,12),
sua resistência ao chamado de Deus foi grande. Moisés hesitou, mas, finalmente,
aceitou o desafio.
Creia no propósito de Deus para sua
vida e fique atento para ouvir e cumprir o seu chamado. E, se você achar que não
tem capacidade fique em paz, apenas creia no Senhor e o Espírito Santo de Deus,
pois Ele o transformará como fez com Davi, com Moisés, com Paulo, com Pedro e
tantos outros quando foram chamados. Considere a afirmação bíblica: “Deus não
nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio“ (2Tm 1.7).
3.2. A cura da timidez e da
autoestima de Moisés
Só depois que o Senhor curou Moisés
de sua timidez, ele pôde ter autoridade espiritual para a vida e para o
ministério. O tímido Moisés se tornou o instrumento de Deus, porque aceitou a
missão como a razão de ser da sua vida. Somente quando a pessoa encontrar a sua
missão, é que se sentirá independente do julgamento dos outros. Se ela
compreender o seu próprio valor, sua autoestima não dependerá mais do
comportamento do outro ou do que o outro diz. Não serão mais importantes nem
elogios, nem as críticas, porque ela encontrará a dignidade de existir ao
aceitar o seu ministério, sua missão. Portanto, não queira ser igual a ninguém.
Apenas, melhore suas diferenças.
Se você tem levado uma vida sem
direção sem propósito, sem grandes expectativas. Saiba que Deus tem um
propósito para todos nós, ele não o colocou no mundo sem motivo, Ele quer fazer
algo através da sua vida.
3.3. A vitória de Moisés sobre a
timidez
Em Deus, a ousadia tomou o lugar da
covardia, a coragem dominou a timidez. A força do propósito produziu coragem em
seu coração. Cerca de três milhões de pessoas foram libertas da tirania do
Egito. Morreu aos cento e vinte anos sem que seus olhos tivessem enfraquecido
ou sua força debilitada, deixando povo preparado para adentrar a terra
prometida.
Quando alguém percebe claramente, no
coração, como é visto por Deus, então tudo muda e passa a ter uma visão
renovada do seu valor e da sua vida. Cada pessoa é única, singular, “sui
generis”, e cada ser humano precisa convencer-se de que veio a essa Terra
exatamente para descobrir, expressar; revelar e viver o que há de exclusivo, de
único nele.
Conclusão
Algumas pessoas, por mais que tentem,
acabam desistindo de lutar contra a timidez. É importante saber que timidez não
é doença, não é defeito e não faz de ninguém um ser inferior aos demais. Deus
quer nos libertar de toda timidez para nos comissionar como libertadores de
nossa família e de nosso povo!
QUESTIONÁRIO
1. Como Moisés se enxergava?
R: Receoso, sem coragem, acanhado,
incerto, débil, dúbio, fraco.
2. Em que momento Moisés se
R: Quando Moisés foi convocado para
libertar sua família e todo o seu povo.
3. Cite pelo menos três sintomas
afetivos da timidez.
R: Vergonha, tristeza, baixa
autoestima.
4. Cite dois sintomas fisiológicos da
timidez?
R: Tremedeira e gagueira.
5. Qual a diferença entre timidez e
fobia social?
R: Na timidez, a pessoa sente
desconforto, mas ainda enfrenta os desafios. Na fobia social, ela passa a
evitá-los, isolando-se gradativamente.
REFERÊCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º Trimestre de 2014,
ano 24 nº 91 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – ENFERMIDADES DA ALMA
Identificando os distúrbios emocionais e confrontando-os com soluções divinas e
bíblicas
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