terça-feira, 22 de abril de 2014

Lição 4 - Dons de Poder

Lição 4 - Dons de poder

Lição – 04
27 de Abril de 2014

DONS DE PODER

TEXTO ÁUREO


"A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus"
(1 Co 2.4,5).

Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

VERDADE PRÁTICA


Os dons de poder são capacitações especiais em situações que demandam a ação sobrenatural do Espírito Santo na vida do crente.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



1 Coríntios 12.4,9-11

1 Co 12.4 - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
1 Co 12.9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
1 Co 12.10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
1 Co 12.11 - Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

Subsídios
Unidade: o dom do Espírito (1 Co 12:1-13)
Uma vez que havia divisão na igreja de Corinto, Paulo começou enfatizando a unidade da igreja. Ressaltou quatro vínculos maravilhosos da unidade espiritual.
Professamos o mesmo Senhor (w. 1-3).
Paulo faz um contraste entre a experiência dos coríntios como idólatras não convertidos e sua experiência atual como cristãos, haviam adorado ídolos mortos, mas agora pertenciam ao Deus vivo. Seus ídolos nunca se dirigiam a eles, mas Deus lhes falava por meio de seu Espírito e até por meio deles no dom de profecia. Quando estavam perdidos, eram controlados pelos demônios (1 Co 10:20) e guiados pelos caminhos errados (1 Co 12:2). Mas agora, o Espírito de Deus habitava dentro deles e os dirigia.
É somente pelo Espírito que uma pessoa pode dizer com toda honestidade: "Jesus é o Senhor". Um escarnecedor que vive em pecado até pronuncia essas palavras, mas não se trata de uma confissão sincera. (Talvez Paulo esteja se referindo às coisas que haviam dito quando ainda se encontravam sob a influência de demônios antes de sua conversão.) É importante observar que, enquanto o Espírito Santo opera, os cristãos nunca perdem o domínio próprio (1 Co 14:32), pois é Jesus Cristo, o Senhor, que está no controle. Qualquer suposta "manifestação do Espírito" que priva a pessoa do domínio próprio não vem de Deus, pois "o fruto do Espírito é [...] domínio próprio" (Gl 5:22, 23).
Se Jesus Cristo é, verdadeiramente, o Senhor de nossa vida, então deve haver unidade na igreja. Divisão e dissensão no meio do povo de Deus só servem para enfraquecer o seu testemunho conjunto ao mundo perdido (Jo 17:20, 21).
Dependemos do mesmo Deus (vv. 4­6). Encontramos aqui uma ênfase trinitária: "o Espírito é o mesmo [...] o Senhor é o mesmo [...] o mesmo Deus". Como indivíduos, podemos ter diferentes dons, ministério e formas de trabalhar, mas "Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:13). O dom vem de Deus; a esfera em que administramos o dom pertence a Deus, e a energia para usar o dom é concedida por Deus. Então, por que glorificar seres humanos? Por que competir uns com os outros?
Ministramos ao mesmo corpo (w. 7-11).
Os dons são concedidos para o beneficio da igreja toda. Não são para o usufruto individual, mas para uso corporativo. Os coríntios em especial precisavam ser lembrados disso, pois usavam os dons espirituais de maneira egoísta, para promover a si mesmos, não para edificar a igreja. Quando aceitamos nossos dons com humildade, podemos usá-los para promover harmonia e para ajudar a igreja como um todo.
Os diversos dons são citados em 1 Coríntios 12:8-10 e 28 bem como em Efésios 4:11 e Romanos 12:6-8: Quando combinamos essas listas, encontramos dezenove dons e cargos diferentes. Uma vez que a lista em Romanos não é idêntica à de 1 Coríntios, podemos supor que Paulo não estava tentando tratar exaustivamente do assunto em nenhuma dessas passagens. Apesar de os dons citados serem apropriados para o ministério da igreja, Deus não se restringe a essas listas. Pode dar outros dons como bem lhe aprouver.
Tratamos anteriormente dos apóstolos (1 Co 9:1-6). Os profetas eram os porta-vozes de Deus no Novo Testamento, pessoas cujas mensagens vinham diretamente de Deus por meio do Espírito. Seu ministério era edificar, encorajar e consolar (1 Co 14:3). Seus ouvintes testavam essas mensagens, a fim de determinar se eram, de fato, provenientes de Deus (1 Co 14:29; 1 Ts 5:19-21). Efésios 2:20 deixa claro que os apóstolos e profetas trabalharam juntos para lançar os alicerces da Igreja, e podemos supor que deixaram de ser necessários, uma vez que esses fundamentos foram completados.
Os mestres instruíam os convertidos acerca das verdades doutrinárias da vida cristã. Ensinavam de acordo com a Palavra de Deus e com os preceitos pregados pelos apóstolos (tradição). Ao contrário dos profetas, não recebiam suas mensagens diretamente do Espírito, apesar de o Espírito ajudá-los em seus ensinamentos. Tiago 3:1 indica que se trata de um chamado extremamente sério.
O evangelista dedica-se a compartilhar as boas-novas da salvação com os perdidos. Todos os ministros devem atuar como evangelistas (2 Tm 4:5) e procurar ganhar almas, mas algumas pessoas receberam um chamado especial para evangelizar.
Na Igreja primitiva, os milagres faziam parte das credenciais dos servos de Deus (Hb 2:1-4). Na verdade, milagres, curas e línguas pertencem a uma categoria que os teólogos chamam de "dons de sinais" e que se referem especificamente ao início da Igreja. O Livro de Atos, bem como a história da Igreja, indicam que esses dons miraculosos saíram de cena com o passar do tempo.
Os socorros e governos (1 Co 12:28) referem-se aos servos e dirigentes da igreja, pois sem liderança espiritual a igreja não pode prosperar. Os dons de ministrar (Rm 12:7) e de presidir pertencem a essa mesma categoria. Sou grato pelas pessoas que, nas três igrejas em que pastoreei, exerceram seus dons de socorros e de liderança.
Há vários dons referentes à locução: línguas e interpretação de línguas (dos quais trataremos em mais detalhes adiante), a palavra de sabedoria e a palavra de conhecimento (a capacidade de compreender e de aplicar a verdade de Deus a uma determinada situação) e a exortação (encorajamento e, se necessário, repreensão).
Contribuir e demonstrar misericórdia são relacionados a prover auxílio material aos necessitados e a sustentar os servos de Deus no ministério. O dom da fé é relacionado a crer em Deus quanto ao que ele deseja realizar no ministério da igreja, confiando que guiará e proverá. O discernimento de espíritos era importante na Igreja primitiva, uma vez que Satanás desejava falsificar a obra e a Palavra de Deus. Hoje, o Espírito usa especialmente a Palavra escrita para dar discernimento (1 Jo 2:18-24; 4:1-6). Uma vez que não há profetas na Igreja de hoje, não precisamos nos preocupar com falsos profetas; no entanto, devemos ter cuidado com os falsos mestres (2 Pe 2:1).
Alguns estudiosos dividem os dons em categorias: dons de locução, de sinais e de serviço. No entanto, não devemos dedicar tanta atenção aos dons individuais a ponto de esquecer o motivo principal pelo qual Paulo os relacionou: para nos lembrar que eles nos unem em nossos ministérios a um só corpo. O Espírito Santo concede esses dons "como lhe apraz" (1 Co 12:11), não de acordo com a nossa vontade. Nenhum cristão deve se queixar de seus dons. Somos muitos membros de um só corpo e ministramos uns aos outros.
Experimentamos o mesmo batismo (vv. 12, 13).
Infelizmente, a expressão "batismo do Espírito" perdeu o significado original do Novo Testamento. Deus nos falou por meio de palavras dadas pelo Espírito, e não devemos confundi-las (1 Co 2:12, 13). O batismo do Espírito ocorre na conversão, quando o Espírito entra no pecador que crê e lhe dá nova vida, fazendo de seu corpo o templo de Deus. Todos os cristãos experimentaram esse batismo definitivo (1 Co 12:13). As Escrituras não ordenam em parte alguma que devemos buscar esse batismo, pois já o experimentamos e ele não precisa ser repetido.
A "plenitude do Espírito" (Ef 5 :1 8ss) é relacionada ao controle do Espírito sobre nossa vida. (Nas Escrituras, estar cheio significa "ser controlado" por algo.) A Bíblia ordena que sejamos preenchidos, o que é possível quando entregamos tudo a Cristo e lhe pedimos que nos conceda a plenitude do Espírito. Trata-se de uma experiência que ocorre repetidamente, pois precisamos sempre ser preenchidos novamente com poder espiritual, a fim de glorificarmos a Cristo. Ser batizados pelo Espírito significa que pertencemos ao corpo de Cristo. Ser preenchidos pelo Espírito significa que nosso corpo pertence a Cristo.
A evidência do batismo do Espírito na conversão é testemunha de que o Espírito está dentro de nós (Rm 8:14-16). Não é o "falar em línguas" que comprova esse batismo. Todos os cristãos da igreja de Corinto haviam recebido o batismo do Espírito, mas nem todos falavam em línguas (1 Co 12:30). As evidências da plenitude do Espírito são: poder para testemunhar (At 1:8), alegria e submissão (Ef 5:1 9ss), semelhança a Cristo (G! 5:22-26) e crescimento na compreensão da Palavra (Jo 16:12-15).
Uma vez que recebemos o Espírito quando nos convertemos, somos todos membros do corpo de Cristo. Raça, posição social, riqueza ou mesmo sexo (Gl 3 :28) não são vantagens nem desvantagens quando estamos em comunhão e servimos ao Senhor.

Fonte: Warren W. Wiersbe

INTERAÇÃO


Prezado professor, na lição de hoje estudaremos os dons de poder. AquEle que concede os dons é imutável e deseja que a sua Igreja continue a manifestar o Evangelho com  poder e graça.  Todavia, sabemos que o Todo-Poderoso distribui os dons de poder quando os seus servos tem como   prioridade servir ao próximo. Sua prioridade tem sido servir a Deus e ao próximo? Segundo Stanley Horton à medida que formos ativos em alcançar  o mundo, tornamo-nos vasos que podem ser usados pelo Senhor.  Busque com zelo os dons de poder, pois eles são indispensáveis a igreja atual.

OBJETIVOS



Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender o que significa o dom da fé. 
Analisar biblicamente os dons de curar.
Saber a respeito do dom de maravilhas.



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, para introduzir a lição, indague: "O que é fé?" "Que diferença há entre fé salvífica e o dom da fé?" Faça as perguntas diretamente aos alunos, individualmente. O objetivo é avaliar o conhecimento dos alunos a respeito do tema. Depois de ouví-los escreva no quadro o esquema abaixo e discuta-o com a turma.
Fé = "Firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem" (Hb 11.1).
Fé salvífica = "Proveniente da proclamação do Evangelho, esta fé leva-nos a receber a Cristo como Salvador".
Dom da fé = "Capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à vida natural".

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

PALAVRA-CHAVE:
Dons de poder: Fé, maravilhas e cura. Capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito Santo, por intermédio das quais a Igreja pode agir de forma extraordinária.

O ministério terreno de Jesus foi marcado por inúmeros milagres, principalmente curas. A história eclesiástica comprova que a Igreja do primeiro século também operou maravilhas no poder do Espírito Santo. Entre os primeiros cristãos sobejavam os dons de poder. Se Jesus não mudou e os dons espirituais são para a Igreja de hoje, por que atualmente não vemos as manifestações dos dons de poder em nosso ambiente com mais frequência? Será falta de conhecimento a respeito do assunto? Ou será por causa do mau uso que alguns fazem das dádivas divinas?
Nesta lição estudaremos a respeito dos dons de poder. Veremos como eles são necessários à vida da igreja. Se você deseja recebê-los e usá-los para a glória do nome do Senhor, proporcionando a edificação da igreja, busque-os com fé em oração.

I. O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)


1. O que significa fé? Na epístola aos Hebreus lemos que "a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem" (11.1). Essa é a definição bíblica sobre a fé, pois mostra a total confiança e dependência em Deus. Aprendemos com o texto do capítulo 11 de Hebreus, conhecido como a "galeria dos heróis da fé", que Deus é poderoso para fazer todas as coisas, sendo a nossa fé em Deus, fundamental para as operações divinas entre os homens. 
2. A fé como dom. É distinta daquela que recebemos por ocasião da nossa conversão: a fé salvífica (Rm 10.17Ef 2.8). Igualmente, se distingue da fé evidenciada como fruto do Espírito (Gl 5.22). O dom da fé é a capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à esfera natural da vida, objetivando sempre a edificação da igreja. De acordo com o teólogo Stanley Horton, esse dom "é uma fé milagrosa para uma situação ou oportunidade especial".
3. Exemplo bíblico do dom da fé. Quando guiou o povo de Israel na saída do Egito e se aproximou do Mar Vermelho, já na iminência de ser destruído por Faraó, Moisés disse: "Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis" (Êx 14.13,14). Moisés "viu" pela fé o livramento do Senhor antes de o fato acontecer. Esta é uma boa amostra bíblica do exercício do dom da fé.

SINOPSE DO TÓPICO (1)

O Espírito Santo concede aos crente o dom da fé para que ele possa realizar coisas que transcendem à esfera natural, visando à edificação da igreja.

II. DONS DE CURAR  (1 Co 12.9)


1. O que são os dons de curar? São recursos de caráter sobrenatural para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade. Por isso a expressão está no plural. Deus é quem cura! Ele concede os "dons" segundo o conselho da sua vontade, sabedoria e no momento certo. No Antigo Testamento, o Todo-Poderoso se manifestou ao povo de Israel como "Jeová Rafá" - O Senhor que sara (Êx 15.26Sl 103.3). A concessão desses dons à Igreja deve-se à necessidade de o Evangelho ser anunciado como uma mensagem poderosa ao não crente, que outrora não tinha fé, mas que agora passou a crer no Evangelho, arrependendo-se dos seus pecados (Mc 16.17,18At 3.11-264.23-31). 
2. A redenção e as curas. Apesar de o crente ser redimido pelo Senhor através da obra expiatória efetuada por Jesus na cruz do Calvário, ele (o crente) ainda aguarda a redenção do seu próprio corpo. Quando o apóstolo Paulo tratou dos males que afligem à criação como resultado do pecado da humanidade, escreveu que "não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23). Enquanto não recebermos o novo corpo imortal e incorruptível estaremos sujeitos a toda sorte de doenças. 
3. A necessidade desses dons. Os dons de curar são necessários à igreja da atualidade. Num mundo incrédulo em que a medicina se desenvolve rapidamente, o ser humano pensa que pode superar a Deus. A humanidade precisa compreender a sua limitação e convencer-se da sublime realidade de um Deus Todo-Poderoso que, em sua misericórdia e amor, concede sabedoria a homens e mulheres para multiplicar o conhecimento da medicina visando o bem-estar de todos. Quanto aos dons de curas,  são manifestações de poder sobrenatural  que o Espírito Santo colocou à disposição da Igreja de Cristo para que a humanidade reconheça que Deus tem o poder de sanar todas as doenças

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Existe uma variedade de manifestações do dom de curas. Sua concessão à igreja deve-se ao fato de que Deus quer dar saúde a seu povo.

III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)


1. O dom de operação de maravilhas. Este dom realiza obras extraordinárias além do poder humano. O dom de operação de maravilhas altera a ordem natural das coisas consideradas impossíveis e impensáveis.
2. Exemplos bíblicos. O ministério terreno de Jesus foi marcado por operações de maravilhas. O Bom Mestre repreendeu o vento e o mar, e estes logo se aquietaram (Mt 8.23-27). O nosso Senhor atestou por muitas vezes o seu poder sobre a natureza criada para sua glória (Jo 1.3). Podemos destacar outros exemplos de operação de maravilhas no ministério de Jesus: a ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.21-43); a ressurreição de Lázaro, morto havia quatro dias (Jo 11.1-45). Nosso Senhor tem todo o poder sobre a morte, pois para Ele "nada é impossível" (Lc 1.37). Nosso Deus não mudou. O Pai Celestial deu dons a sua igreja a fim de que ela atue no mundo moderno com poder e graça.
3. Distorções no uso dos dons de curar e de operação de maravilhas. O cristão não tem autorização divina para "determinar", "decretar" ou "exigir" a cura dos enfermos. A nossa relação com Deus não se dá em forma de barganha. Quem somos nós para exigir de Deus alguma coisa? Somos seres humanos limitados! Se não fosse a graça e a misericórdia de Deus, o que seria de nós? Como discípulos de Cristo, devemos rogar ao Pai, buscando-o de todo o nosso coração para curar os doentes, pois a Palavra de Deus recomenda que oremos pelos enfermos (Tg 5.14). A oração do justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e independe de se ter o dom ou não. Jesus nos ensinou que em seu nome deveríamos impor as mãos sobre os enfermos para que eles sejam curados (Mc 16.18). Nossa responsabilidade é orar pedindo a cura. Quem sara o enfermo, de acordo com a sua soberana vontade, é Deus.
O crente que impõe as mãos sobre o enfermo não pode ser tratado como um ídolo na igreja, principalmente se o enfermo for curado. Nem podemos imaginar que porque aconteceu o milagre aquela vez, sempre haverá outros milagres. Que o Altíssimo tenha misericórdia e proteja-nos dessa pretensão! Quem opera os sinais e as maravilhas é o Senhor, não o homem. Toda ação decorrente dos dons vem do Espírito Santo e, por isso, não podemos agendar dias nem marcar horários para sua operação. Façamos a obra de Deus com honestidade e decência!

SINOPSE DO TÓPICO (3)

O cristão não tem autorização divina para "determinar", "decretar" ou "exigir" a cura dos enfermos.

CONCLUSÃO

Deus pode conceder a seus servos o dom da fé, dons de curar e o de operação de milagres, mas sempre de acordo com a sua vontade e graça. Lembre-se de que os dons de poder contribuem para legitimar a pregação do Evangelho. Infelizmente, há pessoas que querem utilizar essas dádivas para obterem lucros financeiros e enriquecimento pessoal. Isto envergonha o nome de Jesus e mancha a idoneidade da Igreja na sociedade. Quem procede desta forma está suscetível ao juízo de Deus, que virá no tempo próprio. Que nós, a Igreja, o povo do Senhor, façamos uso dos dons de poder para propagar o Evangelho de nosso Senhor e glorificar o nome do Pai no poder do Espírito Santo!


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI


Subsídio Teológico
"Diferença entre dom de fé e a operação de milagres
A operação do dom de fé tem algo de semelhante ao dom de operação de milagres, mas esses dons se distinguem pelo fato de o dom de fé operar sem que, às vezes, seja visto seu efeito instantâneo, enquanto a operação de milagres tem efeito imediato.
Quando Jesus se aproximou da figueira sem fruto, disse: 'Nunca mais coma alguém fruto de ti. E seus discípulos ouviram isto' (Mc 11.14). Os discípulos simplesmente ouviram as palavras de Jesus. Parecia que nada havia acontecido. Entretanto, 'passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz' (Mc 11.20). Enquanto o dom de operação de milagres tem ação instantânea, o dom de fé opera com os mesmos resultados, embora não seja de modo tão espetacular. De certa maneira a fé sobrenatural é acessível a quase todos os crentes na igreja, e pela fé tudo podemos conseguir, pois 'tudo é possível ao que crê'" (SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987, p.185).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII


Subsídio Teológico
"Dons de Curas
No grego, as palavras dons e curas estão no plural. Alguns entendem que isso significa que há uma variedade de formas desse dom. Entre os que pensam assim, há quem entenda que certas pessoas têm um dom de curar um tipo de doença ou enfermidade, ao passo que outros curam outro tipo. Filipe, por exemplo, foi especialmente usado para curar os paralíticos e os coxos (At 8.7). Outros, ainda, entendem que Deus dá a uma pessoa um dom na forma de um suprimento de curas numa ocasião específica, ao passo que outro suprimento é dado em outra ocasião, talvez a outra pessoa, mas provavelmente no ministério do evangelista.
Ainda outros entendem que toda cura é um dom especial, isto é, o dom é para o enfermo que tem a necessidade. Logo, segundo esse ponto de vista, o Espírito Santo não torna os homens curadores. Pelo contrário, Ele providencia um novo ministério de cura para cada necessidade, à medida que ela surge na Igreja. Por exemplo, a virtude (poder) que flui para dentro do corpo da mulher com o fluxo de sangue trouxe para ela um gracioso dom de cura (Mt 9.20-22). Atos 3.6 diz, literalmente: 'O que tenho, isso te dou'. Isso está no singular e indica um dom específico dado a Pedro para este dar ao coxo. Não parece significar que tinha um reservatório de dons de curas dentro de si, mas um novo dom para cada enfermo a quem ministrava" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.297).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão CPAD
 nº 59, p.38.

EXERCÍCIOS


1. Defina fé segundo Hebreus 11.1.
R. "A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem" (Hb 11.1).

2. O que é o dom da fé?
R. É a capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à esfera natural da vida.

3. O que são dons de curar?
R. Recursos de caráter sobrenatural para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade.

4. O que faz o dom de maravilhas?
R. A operação de maravilhas realiza obras extraordinárias que o ser humano jamais poderia fazer.

5. Cite três exemplos de operação de maravilhas no ministério de Jesus.
R. A ressurreição do filho da viúva de Naim, a ressurreição da filha de Jairo e a ressurreição de Lázaro.

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