E DEU DONS AOS HOMENS
TEXTO ÁUREO
"Pelo que diz: Subindo ao alto, levou
cativo o cativeiro e deu dons aos homens"
(Ef 4.8).
VERDADE PRÁTICA
Os dons são dádivas
divinas para a Igreja cumprir sua missão até que o Noivo venha buscá-la.
HINOS
SUGERIDOS 5, 24, 239
LEITURA DIÁRIA
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Segunda - 1 Co 12.4
Há diversidade
de dons
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S
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Terça - 1 Co 12.20
Os dons e a
unidade da Igreja
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T
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Quarta - 1 Co 12.11
A concessão
dos dons
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Q
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Quinta - 1 Co 12.27
Membros do
Corpo de Cristo
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Q
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Sexta - 1 Co 12.31
"Procurai
com zelo os melhores dons"
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S
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Sábado - Ef 4.12
Os dons são
para aperfeiçoar os santos
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S
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Romanos 12.3-8;
1 Coríntios 12.4-7
INTERAÇÃO
Prezado
professor, neste trimestre estudaremos um tema extremamente relevante para os
nossos dias: os dons espirituais, ministeriais e de serviço. Todas estas
dádivas são concedidas pelo Espírito Santo com o propósito de edificar a
Igreja do Senhor. Esse tema é tão relevante para a igreja que Paulo dedica dois
capítulos inteiros na Epístola aos Coríntios para tratar do assunto. Ele não
queria que os irmãos fossem ignorantes a respeito dos dons (1 Co 12.1). Então, estude com afinco cada
lição e busque, com zelo, os melhores dons. O comentarista das lições é o pastor
Elinaldo Renovato, autor de diversos livros publicados pela CPAD, líder da
Assembleia de Deus em Parnamirim, RN, e professor universitário.
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Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conscientizar-se de que os dons espirituais são atuais e bíblicos.
Analisar os dons de serviço, espirituais e ministeriais.
Saber que a igreja de Corinto era problemática na administração dos dons.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor,
para introduzir a primeira lição, reproduza o esquema abaixo. Divida a classe em três grupos e peça que,
em grupo, os alunos leiam e relacionem os dons apresentados em cada uma das
listas elaboradas pelo apóstolo Paulo. Peça que os alunos também digam o
total de dons relacionados em cada lista.
1ª lista - 1 Coríntios 12.8-10. (Um total de nove dons)
2ª lista - 1 Coríntios 12.28. (Um total de oito dons)
3ª lista-- 1 Coríntios 12.29,30. (Um total de sete
dons)
Reúna os
alunos formando um único grupo. Ouça os grupos e conclua enfatizando que
todos estes dons estão disponíveis para a igreja atual. Os dons não cessaram.
Que venhamos a buscá-los com fé para a edificação do Corpo de Cristo.
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1. No Antigo Testamento. O Dicionário Bíblico
Wycliffe mostra que há várias palavras hebraicas que significam
"dádiva". A origem dessas palavras está na raiz hebraica nathan, que
significa "dar". Por isso, podemos afirmar que no Antigo Testamento
há vislumbres dos dons divinos concedidos a pessoas peculiares como reis,
sacerdotes, profetas e outros. Todavia, os dons divinos não estavam acessíveis
ao povo de Deus da Antiga Aliança como observamos no regime da Nova Aliança.
2. No Novo Testamento. O mesmo dicionário
informa ainda que ao longo do Novo Testamento a palavra "dom" aparece
com diferentes significados, que se relacionam ao verbo grego didomi. Este
verbo representa o sentido ativo da palavra "dar" em Filipenses 4.15. Na Nova Aliança, os dons de
Deus estão disponíveis para que a Igreja, em nome de Jesus, promova a
libertação dos cativos, ministre a cura aos doentes e proclame a salvação do
homem para a glória de Deus. O Novo Testamento também deixa claro que todos os
crentes têm acesso direto a Deus através de Cristo Jesus e, por isso, podem receber
os dons do Espírito.
3. Uma dádiva para a Igreja. A fim de sermos mais
didáticos e eficientes no estudo a respeito dos dons, dividiremos este assunto
em três categorias principais: Dons de Serviço, Dons Espirituais e Dons
Ministeriais. Esta divisão acompanha a classificação dos dons conforme se
encontra nas epístolas paulinas aos Romanos, 1 Coríntios e Efésios,
respectivamente. Insistimos, porém, que esta classificação é apenas um recurso
didático, pois quando o apóstolo expõe o assunto em suas cartas, ele não parece
querer exaurir os dons em uma lista, antes, preocupa-se em exortar os irmãos a
buscá-los e usá-los para encorajar, confortar e edificar a Igreja de Cristo,
bem como glorificar a Deus e evangelizar o mundo.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Nas páginas do Novo Testamento os dons estão à disposição de todos os
crentes, com o propósito de edificar a Igreja de Cristo.
1. Dons relacionados ao serviço cristão. Em Romanos 12 o apóstolo Paulo admoesta a igreja,
lembrando-a de que o membro do Corpo de Cristo não pode se achar
autossuficiente. Assim como um membro do corpo humano depende dos outros para
exercer a sua função, na igreja necessitamos uns dos outros para o
fortalecimento da nossa vida espiritual e comunhão em Cristo. Por isso, a
categoria de dons apresentada em Romanos 12
traz a ideia da manutenção dessa comunhão dos santos, pois ao falarmos de
serviços, subentende-se que quem serve está prestando um serviço para
alguém. Observe os dons de serviço
listados por Paulo em Romanos: Ministério (ofício diaconal), exortação
(encorajamento), repartir, presidir e exercer misericórdia. Note que esses dons
estão relacionados com uma ação em prol do outro, do próximo. Portanto, se você
tem um dom, deve usá-lo em benefício da Igreja de Cristo na Terra.
2. Conhecendo os dons espirituais. "Acerca dos dons
espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" (1 Co 12.1). Os dons listados em 1 Coríntios 12 são: Palavra da sabedoria;
palavra da ciência; fé; curas; operação de maravilhas; profecia; discernimento
de espíritos; variedades de línguas; interpretação de línguas.
Apesar de as manifestações sobrenaturais
pertencerem ao mundo espiritual, isto é, a uma categoria particular da
experiência religiosa do crente, o apóstolo Paulo desejava que as igrejas, e em
especial a de Corinto, conhecessem algumas considerações importantes sobre os
dons espirituais. Uma característica predominante em Corinto, segundo o
Comentário Bíblico Beacon (CPAD), era a vida pregressa dos membros envolvidos
com idolatria. Muitas manifestações espirituais na igreja lembravam a
experiência mística das religiões de mistérios. Os coríntios precisavam ser
ensinados de forma correta sobre a existência
dos dons e de sua utilização dentro do culto e fora dele. Por isso, à luz da
Palavra de Deus, devemos ensinar a respeito dos dons espirituais para que a
igreja seja edificada. A Bíblia traz os ensinos corretos sobre o uso dos dons,
e se há distorções nessa esfera, estas
acontecem por algumas igrejas não ensinarem de forma correta o que a
Bíblia diz, e isso contribui para o surgimento do fanatismo religioso, da
corrupção doutrinária dos movimentos estranhos e de muitas heresias. Portanto,
o ensino correto das Escrituras nos orienta sobre a forma adequada da
utilização dos dons e previne o surgimento de práticas condenáveis no culto.
3. Acerca dos dons ministeriais. A Epístola de Paulo
aos Efésios classifica os dons ministeriais assim: Apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e doutores (4.11).
Os propósitos de o Senhor concedê-los à Igreja, segundo a Bíblia de Estudo
Pentecostal, são, em primeiro lugar, capacitar o povo de Deus para o serviço
cristão; em segundo, promover o crescimento da igreja local; terceiro,
desenvolver a vida espiritual dos discípulos de Jesus (4.12-16). O Senhor deu a sua Igreja ministros
para servi-la com zelo e amor (1 Pe 5.2,3).
O ensino do Novo Testamento acerca do exercício ministerial está ligado a
concepção evangélica de serviço (Mt 20.20-28;
Jo 13.1-11), jamais à perspectiva
centralizadora e sacerdotal do Antigo Testamento.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Nenhum membro do corpo de Cristo é autossuficiente, dependemos de Cristo, assim como dependemos
uns dos outros. Para que a Igreja, o corpo de Cristo, seja edificada pelos dons
ministeriais é necessário que eles sejam utilizados para o benefício de todos.

2. Diversidade dos dons. O que mais nos chama a
atenção na lista de dons apresentada por Paulo em 1
Coríntios 12 não são os nove dons, mas a diversidade deles. Isto
denota a unidade da Igreja de Cristo, mas simultaneamente a sua multiplicidade.
O Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento tem razão quando fala que
"talvez Paulo tenha selecionado estes noves dons por serem adequados à
situação que havia em Corinto", pois se compararmos a lista de 1 Coríntios
com Romanos e também Efésios, veremos que outros dons são relacionados de
acordo com as necessidades de cada igreja local.
3. Autossuficiência e humildade. Os dons espirituais são
concedidos aos crentes pela graça de Deus, e não por méritos pessoais (Rm 12.6; 1 Pe
4.10). Não podemos orgulhar-nos e portar-nos de modo arrogante e
autoritário no exercício dos dons, mas com humildade e temor a Deus. Portanto,
não use o dom que Deus lhe deu com orgulho, visando a exaltação pessoal. Isto é
pecado contra o Senhor e contra a Igreja! Use-o com um coração sincero e
transbordante de amor pelo próximo (1 Co 13).
Não foi por acaso que o capítulo 13
(Amor) de 1 Coríntios foi colocado entre o 12 (Dons) e o 14 (Línguas e
Profecia).
Não existe um dom mais importante que o
outro, todos vêm diretamente de Deus e são úteis para a edificação do Corpo de
Cristo.
O estudo dos dons de Deus aos homens é amplo e nos apresenta recursos
pelos quais podemos servir ao Senhor e à sua Igreja. Esses dons são para os
nossos dias, pois não há na Bíblia nenhum versículo que diga que os dons
espirituais deixaram de existir com a morte do último apóstolo. Portanto,
busquemos os dons do Espírito Santo, pois estão à nossa disposição. Eles são um
exemplo da multiforme graça de Deus em dispensar instrumentos espirituais para
a Igreja na história.

AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Teológico
"[Dons espirituais]
Os dons espirituais, que são pela graça, mediante a
fé, encontra-se na palavra grega mais usada para descrevê-los: charismata,
'dons livre e graciosamente concedidos', palavra esta que se deriva de
charis, graça, o imerecido favor divino. Os carismas são dons que merecemos
sem os merecermos. Dão testemunho da bondade de Deus, e não da virtude de
quem os receberam.
Uma das falácias que frequentemente engana as
pessoas é a ideia de como Deus abençoa ou usa alguém; isso significa que Ele
aprova tudo o que a pessoa faz ou ensina. Mesmo quando parece haver uma
'unção', não há garantia disso. Quando Apolo chegou a Éfeso pela primeira
vez, não somente era eloquente em sua pregação; era também 'fervoroso de
espírito'. Tinha o fogo. Mas Priscila e Áquila perceberam que faltava algo.
Logo, o levaram (provavelmente, para casa, a fim de participar de uma
refeição), e lhe explicaram com mais exatidão o caminho de Deus (At 18.25,26).
Era, pois o caminho de Deus a respeito dos dons
espirituais, que Paulo, como um pai, desejava explicar com mais exatidão aos
coríntios. A esses dons ele dá o nome de 'espirituais' em 1 Coríntios 12.1 (a palavra dom não se
encontra no grego). A palavra, por si mesma, inclui algo dirigido pelo
Espírito Santo [...] " (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito
Santo no Antigo e Novo Testamento. 12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.
225).
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AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICOII
Subsídio Teológico
"Os dons são dados, de fato, com a intenção
divina de que todos recebam proveito deles (1
Co 12.7). Isso não significa que todos têm um dom específico, mas
há dons (manifestações, revelações, meios pelos quais o Espírito se torna
conhecido) que são dados (continuamente) para o que for útil (proveitoso,
para crescimento). 'Útil' significa algo que ajuda, especialmente na
edificação da Igreja, tanto espiritualmente como em número de membros. (O
Livro de Atos tem um tema de crescimento numérico e geográfico. Deus quer que
o Evangelho seja divulgado em todo o mundo). Pode ser ilustrado pelo
mandamento do Senhor: 'Negociai até que eu venha' (Lc 19.13). Ao partirmos para o ministério dos seus dons,
Ele nos ajuda a crescer na eficiência e na eficácia, assim como fizeram os
que usaram devidamente o que o Senhor lhes deu, na Parábola das Dez Minas (Lc 19.15-19)" (HORTON, Stanley M. A
Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2012, pp. 229,30).
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BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
HORTON, Stanley M. A
Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2012.
HORTON, Stanley M. Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
SAIBA
MAIS
Revista Ensinador
Cristão CPAD
nº 58, p.36.
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