Lição 5
O ministério de Jesus Cristo na região da Galileia.
31 de julho de 2016
Texto
Áureo
Mateus 4.18
“E Jesus, andando junto ao mar da Galileia,
viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao
mar, porque eram pescadores.”
Verdade
Aplicada
Jesus escolheu homens simples para que,
depois da Sua morte, através deles, o mundo fosse abalado.
Objetivos
da Lição
Mostrar o ponto inicial do
ministério público do Senhor Jesus;
Apresentar como Jesus
desenvolveu o Seu trabalho discipulador;
Ensinar sobre os aspectos do
trabalho de Jesus e Sua fama.
Glossário
Ápice: Apogeu, momento mais
extremo de uma situação ou discussão;
Concomitantemente: Ao mesmo tempo que
outro.
Vaticinar: Profetizar,
prenunciar.
Leituras
complementares
Segunda Mt 4.12
Terça Mt 4.13
Quarta Mt 4.19
Quinta Mt 4.20
Sexta Mt 4.21
Sábado Mt 4.22
Textos
de Referência.
Mateus 4.23-25
23 E percorria Jesus toda a Galileia,
ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas
as enfermidades e moléstias entre o povo.
24 E a sua fama correu por toda a Síria; e
traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e
tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava.
25 E seguia-o uma grande multidão da
Galileia, Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e dalém do Jordão.
Hinos
sugeridos.
19, 183, 578
Motivo
de Oração
Peça a Deus estratégia para a evangelização
no país.
Esboço
da Lição
Introdução
1. O início do ministério
público de Jesus.
2. Jesus chama os discípulos.
3. As faces do ministério de
Jesus.
Conclusão
Introdução
Nesta lição, estudaremos como Jesus deu
início ao Seu ministério público. Veremos Jesus saindo do anonimato de uma
carpintaria para depois de Seu batismo atuar pregando, ensinando e curando, até
tornar-se extremamente popular.
1. O
início do ministério público de Jesus.
Todo início de ministério profético ocorre a
partir de um lugar e com uma mensagem clara. Com Jesus não foi diferente.
Depois de vencer a tentação, derrotando o diabo no deserto, agora teria início
o Seu ministério na Galileia.
1.1. Jesus
volta para a Galileia.
Da Judeia, Jesus retorna para a Galileia,
assim que soube que João Batista foi preso. A Galileia, que fica na região
norte de Israel, era governada por Herodes Ântipas e sua população era
constituída de muitos estrangeiros e judeus mistos. Por isso o profeta Isaías a
chama de “a Galileia das nações”. Ao regressar, Jesus passa em Nazaré, mas, de
acordo com Lucas, o Seu testemunho não foi aceito lá (Lc 4.16-30). Por isso,
Ele foi habitar em Cafarnaum, dando início ao seu trabalho com êxito,
exatamente no lugar profetizando e onde frutificou com um maravilhoso
discipulado.
Explique para os alunos que o fato de
Jesus ter sido rejeitado e expulso de Nazaré, a cidade onde fora criado, não o
fez parar, mas o atraiu para o cumprimento profético de Isaías. Destaque para
os alunos que a região norte, de gente misturada, constituída de estrangeiros e
considerada atrasada, foi o campo fértil para o desenvolvimento de Seu
ministério. Diga para os alunos que quando se tem um chamado, este deve ser
desenvolvido num ambiente dirigido por Deus. Destaque para os alunos que quem
desiste jamais terá êxito em sua caminhada de fé.
1.2. A
pregação de Jesus.
Na Galileia, região considerada de trevas,
cujo povo estava assentado na região e sombra da morte, a situação mudou, pois
Jesus, a resplandecente Estrela da Manhã, anunciou um novo dia por meio de Sua
pregação. Suas Palavras tocaram a muitas vidas cansadas, corações feridos e
gente sem esperança. Dessa maneira, através de Suas pregações, muitos veem de
fato uma luz e se voltam para Deus. Sim, as palavras de Jesus tocam com amor,
fé e esperanças e senso de urgência para voltarem-se para Deus e muitos voltam até
hoje.
Explique para os alunos que Jesus
foi rejeitado em Nazaré, mas Seu ministério foi bem acolhido em Cafarnaum e
adjacências à borda do mar da Galileia. Perceba que Jesus se dirige a um povo
sem qualquer visibilidade e esquecido, que estava “assentado nas sombras da
morte”. Quer lugar mais sem esperança do que este? Porém é lá que as pessoas
quebrantadas e se voltam para Deus. Eis aí um clássico exemplo de amor para
todos nós. É claro que devemos ir a todos, mas as palavras do Evangelho são as
que resgatarão as pessoas de seu estado de morte para Deus.
1.3.
Jesus e Sua equipe.
Ao chegar a Cafarnaum, que significa “Vila de
Conforto” ou “Vila de Naum”, Jesus não perdeu tempo, pois logo passou a pregar
e a estar atento a possíveis discípulos. Engana-se quem pensa que Jesus estava
à procura de meros seguidores ou simpatizantes para Sua causa, porque Ele não
estava. Seguidores Ele já tinha vários, porém Jesus estava atento a discípulos,
isto é, aqueles que comporiam a Sua equipe de enviados. Esta equipe seria
formada não por intelectuais ou pessoas de grande projeção social, porém de
indivíduos com elevada devoção, firmes na decisão de servir a Deus (Jo 15.16).
Explique para os alunos que a ida
de Jesus Cristo a Cafarnaum trata-se de uma maravilhosa estratégia de missões.
Ele vai entrar em contato com o público que está em trevas, mas pronto para
receber a Sua Palavra. Informe para os alunos que, ao contrário do que se pode
pensar, Ele não estava e nem está à procura de grandes públicos, mas de indivíduos
que possam arder pela vontade de Deus e pelo Seu Reino.
2. Jesus
chama ao discipulado.
Jesus já iniciara o Seu ministério entre os
galileus e precisava multiplicar-se para ter maior alcance. Ele precisava de
uma equipe que pudesse reproduzir a Sua mensagem e o que Ele era. Assim,
convocou homens ao discipulado.
2.1. O
chamado.
Dá para imaginar Jesus andando junto ao mar
da Galileia e a conexão que Ele fazia daquele ambiente com a Sua missão? Para o
Senhor Jesus o mundo era o mar e os grandes cardumes de peixes a sociedade
humana sem Deus e perdida. Ao observar Pedro e André com suas redes, viu nelas
a mensagem do Reino, a mensagem de vida que eles trariam aos homens. Dessa
maneira, os chamou ao treinamento de uma pescaria celestial: “Vinde após mim e
eu vos farei pescadores de homens”. Os peixes do mar morrem quando apanhados,
mas nas redes do Reino ganham a vida.
Mostre para os alunos o quanto
Jesus Cristo amava as pessoas e, ao chegar naquele ambiente, a grande conexão
que Ele fez com Seu ministério. Comente com os alunos que Jesus contemplava
tantos e tantos cardumes humanos se perdendo sem rumo no mar dessa vida. Poe
esta razão, Ele chamou pescadores e é dessa maneira que Ele nos chama para Sua
missão no Reino.
2.2. Os
homens chamados ao discipulado.
Inicialmente, Jesus chamou dois pares de
pescadores para estar com Ele, para o aprendizado. Estes se tornariam grandes
pescadores de almas para Deus. Notem que Deus vê em nós coisas boas, potenciais
os quais nem sonhamos tomar parte. Deus deseja que nos tornemos pescadores de
almas para o Seu Reino. É claro que Jesus estivera com os quatro pescadores
antes. Por exemplo, André e João passaram uma tarde com Jesus (Jo 1.35-39).
Assim como André logo apresentou Pedro a Jesus, João deve ter feito o mesmo com
seu irmão Tiago e seu pai Zebedeu. Os chamados iniciais foram feitos a pessoas
simples, como eu e você, mas com muita vontade de aprender e fazer a obra de
Deus.
Explique para os alunos que os
planos de Deus vão além da vida presente. O que para Ele importa é o enorme
desejo que cultivamos e levamos conosco de fazer a Sua vontade. Aqueles homens
amavam o mar, as redes e a profissão, mas Cristo tinha algo mais para aqueles
rudes homens. Algo que tocaria a eternidade de modo diferente: o chamado para
tornarem-se pescadores de almas. Comente com os alunos que Deus chama os
melhores profissionais de sua área para trabalharem para Si. São homens que não
resistem ao chamado. Homens capazes de deixarem as redes, a coletoria de
impostos, o sinédrio, enfim, toda a sua vida secular para ganharem almas.
2.3. O
preço do discipulado.
Aqueles homens, ao atenderem o convite de
Jesus, logo deixaram as suas redes e os seus barcos. Eles eram profissionais da
pescaria e tinham nesses instrumentos o seu sustento diário. O que esses homens
tinham em mente quando deixaram a sua profissão? Na verdade, eles previamente
experimentaram a mensagem, o poder e a santidade de Jesus, de modo que todos
ficaram atemorizados (Lc 5.1-11). Eles sabiam que estavam diante de alguém mui
sublime da parte de Deus, por isso adiante de tantas evidências não resistiram
ao chamado do Mestre e deixaram tudo. Apenas algum tempo depois foi que eles
questionaram o que receberiam em troca (Mt 19.27-30). Sempre valerá a pena
atender ao chamado. O prêmio para os que obedecem é incomparavelmente maior do
que o investimento!
Explique para os alunos que o ato
de deixar as redes e os barcos para trás foi consequência de algumas coisas.
Primeiro, eles tinham uma noção da identidade de Jesus de Nazaré como alguém
mui sublime, alguém enviado da parte de Deus. Essa nação era resultado da
sabedoria de Suas palavras e dos sinais que operava. Ressalte para os alunos
que, com tais características, eles, ao ouvirem o chamado, logo atenderam,
pois, estes homens sabiam que cooperariam com algo grandioso e muito arriscado.
Comente com os alunos a Importância de termos internalizado em nossos corações
profundamente quem Jesus é, e, depois, a Sua vontade para nós dentro do Corpo
de Cristo, para depois atendermos o Seu chamado.
3. As
faces do ministério de Jesus.
Ao longo do ministério público do Senhor
Jesus, Ele foi chamando outras pessoas para compor Sua equipe. Depois os
preparou e os enviou às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.1). Enquanto
isso não acontecia, o Mestre desenvolvia as várias facetas de Seu ministério
público que se revelava em outros ministérios como veremos.
3.1. Ministério
da pregação e ensino.
Jesus desenvolveu um trabalho itinerante,
tornando a Galileia o Seu circuito, ou seja, Jesus rodeava toda a Galileia
desenvolvendo o ministério da Palavra através da pregação e ensino (Mt 4.23).
Mateus é bem enfático quanto a isso, pois ele informa que Jesus percorria
cidades e povoados (Mt 9.35). O Senhor Jesus ensinava, ou seja, instruía os
Seus ouvintes, expondo acerca do Reino de Deus. Às vezes, esse ensino era em
tom de conversação e outras em discursos didáticos, mas também de pregação. O
Seu auditório era formado de frequentadores das sinagogas e pessoas que se
reuniam em casas ou debaixo de uma árvore nos povoados.
Enfatize para os alunos que o
Senhor Jesus Cristo tinha um senso de urgência muito grande em relação às
almas. Por isso Ele “percorria”, que, no grego, significa “periegen” e também
tem o sentido dinâmico de rodear (Mt 4,23). Comente com os alunos que,
portanto, o ministério da Palavra através de Jesus não era fixo. Reforce para
eles que quanto mais Jesus rodeava as cidades, mais consciência Ele tinha de
que haviam grandes cardumes humanos e campos brancos para a colheita. Faça
essas duas perguntas para os alunos: “Será que essa visão de perdição eterna
não mexe conosco?” “Quando será que romperemos com esse silêncio mórbido,
enquanto tantos se perdem?”.
3.2. Ministério
de cura e libertação.
Enquanto Jesus ensinava e pregava acerca do
Reino de Deus, as curas aconteciam. As curas são resultado da palavra da fé
ensinada e pregada. Isso era algo novo para todos os galileus e demais judeus,
coisa que ora causava admiração, espanto e, com o tempo, muitos ciúmes nos
chefes das sinagogas. Tanto a cura das enfermidades físicas como a libertação
de possessões demoníacas eram vistas como cura também (Lc 13.10-17), pois os
demônios são causadores de desordens psicológicas (Mt 17.14-18; 8.28-34).
Quando vamos até Jesus, somos curados e libertados de toda sorte de
enfermidade, seja que procedência for (Mt 4.24)!
Explique para os alunos o grande
segredo da cura divina e libertação. Destaque para os alunos que ela é
resultado da palavra da fé, o que também é chamado de “unção” na pregação.
Trata-se de uma palavra buscada em Deus através da co0nsagração pessoal pela
oração e jejum. É importante que busquemos para nós essas coisas primeiro e,
depois, ou simultaneamente, para os outros.
3.3. A
fama de Jesus em Seu ministério.
Jesus foi possuidor de uma fama que
extrapolou os limites da Galileia. Ele veio especificamente para os filhos de
Israel e orientou que Seus discípulos não saíssem dos termos de Israel (Mt
10.6). Note, porém, que as pessoas do extremo norte de Israel e também dos
termos da Síria traziam os seus enfermos para serem curados (Mt 4.24). Não
apenas grupos de pessoas iam e vinham a Jesus, mas o acompanhavam grandes
multidões originadas de vários lugares: Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia
e lugares de além do Jordão. A fama de Jesus atravessou não só os lugares de
origem, mas também milênios!
Mostre para os alunos que a fama de
Jesus Cristo ultrapassou lugares e milênios desde a Sua primeira vinda aqui na
Terra. Comente com os alunos que o povo de Sua época foi impactado com Sua
presença e trabalho, porém a Sua fama tornou-se ainda de maior alcance depois
de Sua morte. Enfatize para os alunos que muitos reis, divinizados por seus
povos ou que se consideravam “deuses”, tentaram esse feito, mas, com a queda
das civilizações, eles caíram no esquecimento.
Conclusão.
O ministério do Senhor foi como a raiz de uma
terra seca para os religiosos contemporâneos. Seu labor não tinha parecer e nem
formosura por causa de Sua origem. Jesus, porém, brilhou muito além da
carpintaria e das praias da Galileia, visto que Seu brilho é eterno.
Questionário.
1. Quem era o governador da Galileia?
R: Herodes Ântipas (Mt 14.1).
2. Como Mateus descreve a Galileia daqueles
dias?
R: Como região de trevas (Mt
4.16).
3. O que significa Cafarnaum?
R: Vila de Conforto ou vila de
Naum (Mt 4.21).
4. Quem era o pai de Tiago e João?
R: Zebedeu (Mt 4.13).
5. Qual foi a orientação de Jesus para os
Seus discípulos?
R: Que não saíssem dos termos
de Israel (Mt 10.6).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do
professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do
Evangelho do Rei.
Obrigada por nos ajudarem disponibilizando as lições.
ResponderExcluirObrigado
ResponderExcluirQual o texto bíblico que fala tdo tópico 1.2 alguem sabe ?
ResponderExcluirQual o texto bíblico que fala tdo tópico 1.2 alguem sabe ?
ResponderExcluir