Lição 2
Jesus, o Rei da Glória entre nós.
10 de Julho de 2016
Texto
Áureo
Salmos 24.10
“Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos
Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)”
Verdade
Aplicada
O nascimento de Jesus marcou um novo início
na experiência humana, pois foi a manifestação viva do plano da redenção.
Objetivos
da Lição
Relembrar os fatos do
nascimento do Senhor Jesus Cristo;
Mostrar a importância dos
acontecimentos iniciais na vida do Senhor Jesus para nós;
Ensinar que o nascimento do
menino Jesus foi a manifestação de Deus na Terra.
Glossário
Eloquente: Convincente,
expressivo, persuasivo;
Infanticídio: Morte dada a uma
criança, principalmente recém-nascida;
Núbil: Que está em idade de
casar.
Leituras
complementares
Segunda Gn 12.3
Terça Is 11.1
Quarta Mt 22.42
Quinta Lc 1.27
Sexta Jo 7.42
Sábado Rm 1.3
Textos
de Referência.
Mateus 1.21-25
21 E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome
JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse
o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um
filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL. Que traduzido é: Deus conosco.
24 E José, despertando do sonho, fez como o
anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher,
25 E não a conheceu até que deu à luz seu
filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.
Hinos
sugeridos.
120, 231, 366
Motivo
de Oração
Ore para que Jesus seja conhecido em todo o mundo.
Esboço
da Lição
Introdução
1. A genealogia do Rei.
2. A concepção e nascimento do
Rei.
3. O Rei infante achado e
perseguido.
Conclusão
Introdução
Falar da manifestação do Rei da Glória entre
nós é reviver as profecias, a história e o sentimento divino narrados por
Mateus nos capítulos 1 e 2. Veremos como o nascimento como o nascimento de
Jesus nos mostra a fidelidade e providência divina.
1. A
genealogia do Rei.
Ao iniciar seu evangelho, Mateus procura
demonstrar a identidade real do Senhor Jesus. Embora a Igreja fosse formada de
judeus e gentios, ele, porém, tinha em mente os judeus. Eles eram mais
exigentes por causa da das profecias veterotestamentárias. Eis o motivo de
Mateus deixar registrada a genealogia do Senhor Jesus.
1.1. O
propósito da genealogia.
A genealogia tem como finalidade mostrar a
origem de um indivíduo. Para os gentios isso não é um interessante, mas para os
judeus era uma maneira de começar uma leitura. O objetivo é mostrar que Jesus,
o Messias, tem origens que correspondem às profecias (2Sm 7.16; Is 9-7; Jr
23.5). Do contrário, seria um falso messias e não precisaria ser temido nem
honrado como tal. Muitos desprezaram a Jesus, taxando-o de mero carpinteiro,
filho de José, um simples carpinteiro (Mt 13.55).
Explique para os alunos que
genealogia em si mesmo já é curiosa para um judeu. Nenhum escritor que se
dirigisse aos gentios iniciaria com uma genealogia, dessa maneira procedeu
Marcos em seu evangelho. Embora Lucas também tenha apresentado uma genealogia, ela
só aparece a partir de Lucas 3.23, visto que ele tinha em mente um público de
fala grega, um público greco-judaico. Comente com os alunos que Herodes o
Grande, era desprezado pelos judeus pelo fato de ter ascendência idumeia e não
ser judeu. Para amenizar sua situação, casou-se com Mariane, filha do
sumo-sacerdote de sua época.
1.2. Curiosidade
numérica.
A genealogia apresentada por Mateus não era
apenas importante, mas também curiosa. A primeira curiosidade reside no fato de
provar que Jesus é descendente de Davi e de Abraão. Como a promessa se referia
a linhagem específica de Davi, então cumpria Mateus prova-la. Ora, no sistema
hebraico não havia números, mas as letras tinham a equivalência numérica, como
por exemplo nos algarismos romanos. Davi era escrito dwd, apenas consoantes,
então a letra d = 4e a w = 6, e o d = 4, o que dá um total de 14. Dessa
maneira, Mateus faz três jogos de 14 gerações, por causa da importância também
simbólica que os judeus dão.
Mostre para os alunos que Mateus se
esforçava não apenas para comunicar um fato de maneira simples. Em virtude do
valor do fato em si, ele se esforçou para se comunicar com os seus leitores de
maneira criativa e artística até. Ele fez isso exatamente mostrando a
genealogia de uma forma que pudesse ser decorada mediante um jogo numérico,
pois naquela época quase não havia livros. Comente com os alunos que o apóstolo
Mateus fez a obra de Deus não de qualquer maneira, mas com esmero, o que é uma
grande lição para todos nós.
1.3. A
presença feminina.
Era uma coisa incomum constar mulheres nas
genealogias judaicas. Contudo, isso não significa que matriarcas importantes
como Sara, Rebeca, Raquel, Leia e outras não fossem mencionadas. É claro que
elas eram lembradas nas conversações domésticas e nas sinagogas. Mas Mateus
menciona cinco mulheres: Tamar (Mt 1.3); Raabe e Rute (Mt 1.5); a mulher de
Urias, o heteu, cujo nome é Bate-Seba (Mt 1.6); e finalmente Maria, a mãe de
Jesus. O mais extraordinário é que, além de serem mencionadas, algumas estão associadas
a lembranças pecaminosas: Tamar seduziu o sogro; Raabe tinha sido prostituta em
Jericó; Rute não era judia, mas uma moabita convertida. Através delas,
constatamos a eloquente misericórdia de Deus.
Desperte os alunos para a quebra
intencional de paradigma de Mateus. Via de regra mulheres não constavam em
genealogias. Normalmente, elas eram tidas como coisas, parte da propriedade de
um homem. Daí se pode perceber tanto a misericórdia divina demonstrada no fato
delas participarem na ascendência do Senhor Jesus, quanto também a evidência
tangível de que, quando alguém conhece a Deus de verdade, Deus não leva em
conta seu passado pecaminoso. Porém, surpreendentemente, ele torna alguém útil
a si no plano da redenção.
2. A
concepção e nascimento do Rei.
Há muito tempo que a descendência de Davi
saíra do governo de Israel. Esse fato por si só contraria o plano da redenção. Tanto
os governantes de sua linhagem quanto o próprio povo se afastaram de Deus
terrivelmente. Mas tal coisa não seria um obstáculo absoluto para a concepção e
nascimento do Salvador.
2.1. A
concepção virginal.
Mateus faz-nos conhecer um pouco de quem era
Maria e isso é muito importante. Maria era uma virgem, no grego “parthenos”,
que significa alguém que nunca teve relação sexual, mas também virgem núbil.
Quer dizer, virgem com idade para casar-se. Quando o Salvador foi gerado no
ventre de Maria, ela era uma jovem noiva com José, mas conservava-se pura.
Assim como José era um homem justo e temente a Deus, Maria também era. Foi
nessa condição que ela se tornou mãe do prometido Salvador. O Messias prometido
não seria gerado no ventre de uma moça e rapaz que não temessem a Deus.
Aproveite para mostrar aos alunos a
importância da pureza de um casal diante de Deus. José faz parte da linhagem
direta de Davi, mas era também um homem temente e reto diante de Deus. Maria de
igual forma era uma moça piedosa e reservada para o casamento. Enfatize para os
alunos que o Salvador jamais nasceria numa família pagã ou desestruturada.
2.2. O
dilema de José.
Este foi um fato polêmico para José, pois sua
noiva estava grávida! E agora? De alguma forma, José notou e soube que sua
noiva prometida estava gestante. Isso foi embaraçoso para ele, pois ele não era
o responsável, logo não queria assumir aquela paternidade. Por outro lado,
gostava da moça e não queria expô-la publicamente. A saída que ele encontrou
foi deixa-la de modo discreto. Quando, porém, ele chegou a essa conclusão, Deus
interviu por meio de um anjo, dizendo-lhe: “Não temas receber Maria... o que nela
está gerado é do Espírito Santo”. Além disso, disse-lhe ainda que seu nome
seria Jesus, porque Ele salvaria o seu povo de seus pecados.
Comente com os alunos que José era
um piedoso homem de Deus. Ele tanto procurou conservar uma vida pura como
também obedeceu prontamente às ordens de Deus através do Seu anjo. Dá para
perceber que ele teve momentos embaraçosos pelo fato de sua noiva estar
gestante, não sendo o responsável direto. Todavia, ela ficou grávida pelo fato
dele ser da linhagem de Davi. Dessa maneira, as profecias se cumpriram porque
chegou o tempo. E tanto ele quanto Maria levariam consigo o encargo de cuidar e
proteger o menino Deus assim que nascesse.
2.3. Jesus
nasce em Belém.
Jesus nasce no tempo do rei Herodes, o
Grande, em Belém da Judéia. Por que o menino Salvador haveria de nascer na
cidade de Belém? Na verdade, a palavra Belém vem do hebraico e significa “Casa
do Pão”. Belém é o mesmo lugar que morou Rute, a moabita que se casou com Boaz
e gerou a Obede, que gerou a Jesse, pai do rei Davi. Deus escolheu Belém para o
nascimento do menino Messias. Observe que José não residia lá, porém, por causa
do censo de César Augusto, o Verbo Eterno em Belém se manifestou, vindo a nascer
numa manjedoura por falta de lugar na estalagem.
Será que os alunos se deram conta
de que José não morava em Belém? Mateus omite o local de origem de onde se
deslocaram José e Maria para Belém, todavia as profecias acerca do menino Deus
se cumpririam, como de fato se cumpriram. Explique para os alunos que o decreto
de César obrigava que os homens fossem à sua cidade natal para se alistarem.
Dessa maneira, José teve de ir a Belém, levando consigo a Maria. Ao chegarem
lá, não conseguiram lugar adequado numa hospedaria por já estar lotada. Quando
estas lotavam, os hóspedes acomodavam-se no estábulo da hospedaria e foi assim
que Jesus nasceu, cumprindo a profecia acerca do lugar de Seu nascimento.
3. O
Rei infante achado e perseguido.
Mateus fala de magos à procura de Jesus para
adorá-lo e presenteá-lo, mas quem eram aqueles magos? Os magos não devem ser
confundidos com aqueles adivinhos dos tempos de Daniel ou os trapaceiros e
encantadores dos Atos dos Apóstolos. Eles eram homens sábios, tementes a Deus e
esperavam o Messias.
3.1. A
vinda dos magos do Oriente.
Não se sabe quantos foram os magos. Certo é
que eles chegaram a Jerusalém em busca do menino rei. Em Jerusalém, no palácio
de Herodes, eles disseram que tinham visto no Oriente a estrela que indicava o
nascimento do menino, Rei dos judeus, e, portanto, estavam ali para adorá-lo.
Tal afirmativa deixou Herodes perturbado. Tanto que ele se viu obrigado a fazer
alguma coisa. Ao saírem do palácio, reavistaram a estrela e, por fim, chegaram
a Belém, onde o menino estava e o adoraram, presenteando-lhe. Este fato
confirma uma vez mais que Deus nada faz sem antes avisar aos Seus servos.
Desperte a atenção dos alunos para
os seguintes fatos: os magos eram sábios e tementes a Deus, mas que jamais
saberemos quantos foram os que se deslocaram por causa da estrela do Oriente;
segundo, os magos souberam que o Salvador nascera, mas desconheciam o local
profético do nascimento, que era em Belém; terceiro, os sacerdotes e escribas
tinham o conhecimento da profecia do local do nascimento, mas não sabiam que o
Salvador havia nascido; quarto, a estrela foi um fenômeno celestial que não se
pode saber o que exatamente foi, se foi um planeta, asteroide ou anjo.
3.2. O
ciúme doentio de Herodes.
A chegada dos magos, junto com a notícia de
que nascera o Rei dos judeus, agitou fortemente a Herodes e os de Jerusalém (Mt
2.4). Herodes a princípio conteve-se, mostrando interesse em saber do menino
para posterior adoração. Os magos, porem, nada perceberam do doentio ciúme de
Herodes da sua própria governança e de sua real intenção. Certo é que, ao
perceber que os magos não lhe retornaram com as notícias, Herodes ordenou o
infanticídio de todos os meninos de dois anos para baixo em Belém. Ele é um
exemplo de como o ciúme pode chegar a um nível extremo. Devemos evitar este
tipo de sentimento.
Explique para os alunos que Herodes
não era judeu. Ele chegou ao trono com muito esforço e através de inúmeras
manobras junto aos sacerdotes de sua época e com o apoio dos romanos. Merece
ser especialmente enfatizado para os alunos que os judeus intimamente o
desprezavam apesar de suas obras e politica. Dessa maneira, ele tornou-se
ciumento e vingativo até a sua morte. Para quem mandou matar Mariane, sua
esposa, por ciúme; e seus dois filhos por suspeita de conspiração, matar os
infantes de Belém não seria uma tarefa difícil.
3.3. A
fuga e o retorno.
Herodes, homem sanguinário, trazia sobre sí o
sangue de muitos e até da própria família. Isso representava uma séria ameaça à
vida do menino e aos planos de Deus. Mas José foi sobrenaturalmente ordenado
por meio de um anjo a que fugisse para o Egito e levasse consigo a Maria e o
menino. Dessa maneira, Jesus foi protegido da ira de Herodes quando ocorreu o
infanticídio. José só retornou após a morte de Herodes por expressa orientação
divina, indo morar em Nazaré.
Mostre para os alunos que Deus não
teme assumir riscos em Suas atitudes e planos, pois, do contrário, não
permitiria que os magos erroneamente chegassem a Jerusalém, ao palácio de
Herodes. Isso foi o que ocasionou indiretamente o infanticídio em Belém, após a
fuga de José com a família. Por isso devemos confiar sempre na sabedoria
divina.
Conclusão.
O Filho de Deus nasceu de uma virgem núbil.
Ele foi necessitado de proteção como qualquer ser humano. Deus, para
preservá-lo, guardou-o até que chegasse a cruz, cumprindo totalmente o Seu
plano de redenção. Devemos saber e crer sem vacilar que Deus cumprirá tudo
quanto disse e nada frustrará os Seus planos.
Questionário.
1. O que demonstra a genealogia de Jesus?
R: A identidade real de Jesus
(Is 9.6-7).
2. Cite quatro mulheres da genealogia de
Jesus.
R: Tamar Raabe, Rute e
Bate-Seba (Mt 1.3).
3. Maria era uma virgem núbil. O que era isso?
R: Virgem em idade de se casar
(Mt 1.18).
4. Jesus nasceu no tempo de que rei?
R: No tempo do rei Herodes (Mt
2.1).
5. O que fez Herodes ao perceber que os magos
não voltaram?
R: Mandou matar todas as
crianças de dois anos para baixo (Mt 2.16).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do
professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do
Evangelho do Rei.
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