Lição 2 O
contexto da Profecia de Isaías.
10 de julho de 2016
Texto
do dia
(Is 1.17)
"Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido;
fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas."
Síntese
Isaías escreveu seu livro num amplo e complexo contexto histórico,
político, cultural, econômico e religioso, que, ao ser conhecido, torna mais
vívida e compreensível sua mensagem.
Agenda de leitura
SEGUNDA - Is 6.1-13 A chamada do profeta
TERÇA - 2 Cr 26.1-5 O profeta Isaías viu parte do bom reinado de Uzias
QUARTA - 2 Cr 26.16-21A morte de Uzias
QUINTA - 2 Rs 15.5 O reinado de Jotão
SEXTA - 2 Cr 28.1 O reinado de Acaz
SÁBADO - Is 37.1-7 O profeta Isaías e os reis de Judá
Objetivos
ANALISAR o contexto
histórico-político do livro do profeta Isaías;
ENTENDER o contexto
econômico-social do povo de Israel no livro de Isaías;
COMPREENDER o contexto religioso do livro do profeta Isaías.
Interação
Professor, algumas das profecias de Isaías não estão escritas em ordem
cronológica. Assim, a narrativa do chamado do profeta só vai aparecer no
capítulo 6. Seu texto é organizado
dentro de uma lógica temática e não necessariamente cronológica. Podemos
afirmar que existem no livro de Isaías três divisões principais. Sua profecia
abrange um período histórico que vai da morte do rei Uzias até a vinda e o
sacrifício vicário do Messias. Ainda prediz a manifestação final do reino
messiânico no fim dos tempos apocalípticos e escatológicos.
Orientação Pedagógica
Professor, Isaías foi levantado como profeta em um tempo de grande
conturbação social. Invasões, guerras sanguinárias, idolatria, instabilidade
política, econômica e social provocavam grandes temores nos israelitas. Para
facilitar a compreensão do momento histórico-social do livro de Isaías,
sugerimos que você procure, na internet ou em livros, imagens que retratem esse
período. Essas ilustrações podem ser impressas e fixadas em folhas de papel
pardo, formando um painel que será fixado no mural da classe. Você também pode utilizar as imagens para
fazer uma apresentação em PowerPoint. Procure ressaltar a gravidade das questões sociais durante o
ministério do profeta Isaías e a necessidade de o povo ouvir palavras de
esperança. Por isso, o profeta Isaías fala tanto de esperança.
Texto bíblico
Isaías 1.11,12; 15-17; 21- 26
11 De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o
Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais
nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes.
12 Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu isso de
vossas mãos, que viésseis pisar os meus átrios?
15 Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim,
quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão
cheias de sangue.
16 Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante
dos meus olhos e cessai de fazer mal.
17 Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido;
fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.
21 Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de
retidão! A justiça habitava nela, mas, agora, homicidas.
22 A tua prata se tornou em escórias, o teu vinho se misturou com água.
23 Os teus príncipes são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um
deles ama os subornos e corre após salários; não fazem justiça ao órfão, e não
chega perante eles a causa das viúvas.
25 E voltarei contra ti a minha mão e purificarei inteiramente as tuas
escórias; e tirar-te-ei toda a impureza.
26 E te restituirei os teus juízes, como eram dantes, e os teus
conselheiros, como antigamente; e, então, te chamarão cidade de justiça, cidade
fiel.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A profecia de Isaías pode ser dividida em três momentos específicos:
período dos reis de Jerusalém, dentro do contexto em que ele vive (Is 1-39),
com reis que foram tementes a Deus como Ezequias, mas também com reis que
incentivaram a idolatria como Acaz; o segundo momento é quando ele prediz que o
povo irá para o cativeiro babilônico, trazendo-lhes consolo e esperança para
superarem as dificuldades e aguardarem o retorno com confiança em Deus (Is
40-55); e um terceiro momento é quando o povo voltaria do cativeiro para
Jerusalém, predizendo um período de glória para Israel sob o reinado messiânico
(Is 56-66). A mensagem de Isaías diante do contexto histórico e religioso é
difícil, pois apontava para a quase destruição e rejeição do povo, porém,
haveria um remanescente. Portanto, o profeta contrasta tempos de prosperidade
material com muita injustiça bem como períodos de um efervescente culto a Deus
contrastando com idolatria.
I - CONTEXTO HISTÓRICO-POLÍTICO
1. A divisão do reino. Após a morte do rei
Salomão, filho de Davi, aconteceu uma disputa pela sucessão em Israel. As dez
tribos do Norte, lideradas por Jeroboão, solicitaram a Roboão, filho de Salomão
e herdeiro legítimo do trono, que aliviasse a carga tributária imposta por seu
pai, Salomão; diante da negativa de Roboão, as tribos do Norte entronizaram
como rei a Jeroboão. Com isso, Israel se dividiu em duas partes, chamadas de
Reino do Norte, sob a liderança de Jeroboão, e Reino do Sul, sob a liderança de
Roboão. Esse fato aconteceu em 922 a.C. A falta de amor e misericórdia entre as
tribos irmãs foi a causa do cisma de toda uma nação. Quando a arrogância e a
soberba prevalecem sobre o amor e respeito pelo outro, o fim sempre será
trágico.
2. Os reis do profeta Isaías. Adiante segue a relação de reis que governaram Judá (Reino do Sul),
cuja capital era Jerusalém. Veja que pessoas sem a presença e temor de Deus em
posições de liderança trazem ruína para seus liderados. Deus deseja contar com
jovens que desde muito cedo compreendam que seu sucesso em todas as áreas da
vida está na base da fé e na comunhão que cada um desenvolve com Deus.
a) Uzias. Foi rei de Judá de 791 a 740 a.C. e é relatado no capítulo 6
de Isaías. Provavelmente o ministério profético se iniciou na data da morte
deste rei.
b) Jotão. Era filho de Uzias e o sucedeu no trono de 740 até 732 a.C.
Acredita-se que tenha sido corregente com seu pai, após este ter adquirido
lepra (2 Rs 15.5) por ter oferecido sacrifício indevido no altar; no entanto,
foi um bom rei, embora tenha permitido alguns locais de idolatria em Judá.
c) Acaz. Foi filho de Jotão e tornou-se rei logo após o falecimento do
seu pai. Reinou de 735 a 715 a.C.. Foi esse rei que, ao ter seu país invadido
por tropas de Israel e da Síria, fez aliança com a Assíria (2Cr 28.16), o que
denotou falta de confiança em Deus e trouxe sérias consequências para Judá. O
profeta Isaías interferiu diretamente no reinado de Acaz lhe entregando uma
profecia da parte de Deus (Is 7.1). A decisão de confiar na Assíria começou a
enfraquecer o reino de Judá e trouxe consequências econômicas para o povo,
devido ao pagamento de tributos para a Assíria. Foi um rei bastante idólatra
(2Cr 28.19,24), principalmente a Baal, chegando a queimar um de seus filhos em
oferta aos deuses (2Rs 16.3-4; 2Cr 28.2-4), quebrou utensílios do Templo e
fechou locais de adoração a Deus (2Cr 28.23-25).
d) Ezequias. Era filho do rei Acaz e reinou de 715 a 686 a.C., porém,
provavelmente foi corregente com seu pai a partir de 729 a.C.. Foi durante seu
reinado, graças a sua confiança em Deus, que aconteceu o grande livramento de
Judá da invasão Assíria, quando morreram 185 mil soldados (2 Rs 19.35), no ano
de 701 a.C.; embora muitas cidades de Judá (Reino do Sul) terem sido saqueadas
nessa invasão, Jerusalém foi milagrosamente poupada. Isaías animou o rei
Ezequias durante a invasão do exército assírio (Is 37.5-7) e lhe trouxe uma
mensagem de morte e outra de cura diante de seu arrependimento (2 Rs 20) quando
esteve doente. Embora esse rei tenha procurado honrar e adorar a Deus (2 Rs
18.5,6), permitiu também determinados cultos aos deuses dos invasores assírios.
No início de seu reinado, ele fez uma reforma religiosa reinstituindo algumas
celebrações que haviam sido abandonadas (2 Cr 29.2) pelo povo de Deus,
tornando-se assim um dos melhores reis de Judá após a divisão do reino (2Rs 18.5).
e) Manassés. Reinou de 686 a 642 a.C., mas deve ter sido corregente com
seu pai desde 696 a.C. Não há registros de que Isaías tenha profetizado durante
o reinado desse rei, mas provavelmente foi no início desse reinado que o
profeta foi martirizado, sendo serrado ao meio, segundo a tradição, pois esse
rei era perversamente idólatra.
3. A ascensão dos impérios mundiais. Com a subida ao poder de Tiglate-Pileser III ao trono da Assíria
(745-727 a.C.) esta começou a subjugar algumas nações, dentre as quais o Reino
do Sul. A Síria e Israel (Reino do Norte) haviam ameaçado invadir o Reino do
Sul (735-732 a.C.). Com isso, Acaz, que nessa época era o rei, fez uma aliança
com a Assíria, o que ocasionou ao Reino do Sul certa submissão ao Império
Assírio, com pagamento de pesada carga de tributos. Em 722 a.C. o Reino do
Norte foi destruído e levado cativo pela Assíria (2 Rs 17.5) para nunca mais se
restabelecer. Já o Reino do Sul teve uma duração mais longa, embora tenha sido
invadido e ameaçado algumas vezes pela Assíria e outros países vizinhos.
Entretanto, no ano de 586 a.C. foi invadido, após duas outras invasões
babilônicas anteriores, e levado cativo por esta.
Pense
Com o profeta Isaías somos desafiados a pedir que o Espírito Santo nos
capacite cada vez mais para trazer mensagens, profecias e intervenções no
contexto em que estamos inseridos.
Ponto Importante
A profecia israelita não era simplesmente voltada para questões do
Templo e do culto, mas também tinham alcance político.
II - CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL
1. Um período de prosperidade. Durante o
período do reinado de Uzias, o Reino do Sul experimentou um grande desenvolvimento
econômico, tornando-se um dos mais prósperos de Judá desde a divisão do reino,
sendo o luxo abundante. Este foi um dos motivos do afastamento do povo das leis
de Deus, pois, com a ganância da prosperidade, começaram a praticar toda sorte
de injustiças. Essa prosperidade permaneceu até o período dos reis Jotão e
Acaz, vindo a declinar com este último.
2. As injustiças. Este período do
profeta Isaías foi de muita prosperidade entre o povo, mas em vez de fazerem
uma justa distribuição de recursos e ganharem dinheiro de forma justa, passaram
a oprimir e explorar os pobres, as viúvas e os órfãos (Is 1.17,23;3.14;10.2).
Isso demonstra que a ganância leva a sociedade a praticar a injustiça social.
Mas o profeta, discernindo a vontade de Deus, se levantou contra essas ações
perversas.
Pense
A injustiça é a revelação da falta de amor ao próximo. É um pecado que
nos conduz à destruição e prejudica outros que muitas vezes são inocentes.
Ponto Importante
Muitas vezes, a prosperidade sem amor produz ignorância e arrogância
que destroem a vida.
III - CONTEXTO RELIGIOSO
1. A idolatria. Alguns reis desse
período profético foram extremamente idólatras. Isso levou o povo a apostatar
da fé e da confiança em Deus. Duas formas de idolatria são combatidas na Bíblia:
a primeira, de que não se poderia adorar outro Deus a não ser o Senhor Jeová; a
segunda proíbe confecção de qualquer imagem ou ídolo que represente o Deus de
Israel. Nos tempos de Isaías, especialmente no reinado de Jotão e Acaz, a
primeira forma de idolatria foi utilizada pelos judeus, o que agravou a
situação do povo diante de Deus. Além disso, esse ambiente idólatra ajudou a
incrementar as injustiças que eram praticadas na época. Uma das principais
divindades adoradas pelos judeus era Baal, deus da fertilidade e do fogo, e por
algumas vezes até mesmo chegaram a oferecer seus filhos em sacrifício aos
deuses. A Bíblia se refere à idolatria como sendo idêntica ao pecado da
prostituição (Jr 3.2; Ez 23.27; Os 9.1; Mq 1.7), portanto, um ato de traição e
uma abominação diante da bondade, fidelidade e amor de Deus para com seu povo.
Nada pode ocupar o lugar dEle no coração do ser humano, pois isso também se
torna em idolatria.
2. Uma religião de aparência. Com a
mistura praticada pelo povo na adoração a Deus Jeová e aos deuses falsos,
instalou-se uma falsa religiosidade, com alguns pecados bem graves cometidos:
os sacerdotes se uniram aos assaltantes do povo e passaram a roubá-lo; criou-se
uma religiosidade confusa e misturada com a idolatria da influência do culto a
Baal multiplicaram-se os pecados morais e sociais. Entretanto, no reinado de
Ezequias deu-se uma importante reforma religiosa. Servir a Deus é um estilo de
vida, portanto, qualquer aparência pode ser enganosa.
Pense
Quando a fé não é vivida segundo a vontade revelada de Deus mediante a
sua Palavra, ela se torna uma fé de aparências. Deus nos convida a sermos
jovens de fé verdadeira e obediência sincera à sua Palavra.
Ponto Importante
A idolatria acontece quando colocamos outras prioridades antes de Deus.
A ganância leva a sociedade a praticar a injustiça social.
SUBSÍDIO 1
"O ministério profético do Antigo Testamento ajuda-nos a
compreender o do Novo Testamento. A missão principal dos profetas do Antigo
Testamento era transmitir a mensagem divina através do Espírito para encorajar
o povo de Deus a permanecer fiel, conforme os preceitos da Antiga Aliança. Às
vezes, eles também prediziam o futuro, conforme o Espírito lhes revelava.
Cristo e os apóstolos são um exemplo do ideal do Antigo Testamento. A
função do profeta na Igreja incluía o seguinte: a) Proclamava e interpretava,
cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina. Sua mensagem
visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26;
1Co 12.10; 14.3). b) Devia exercer o dom de profecia; c) Ás vezes era vidente
(1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11). d) Era dever do profeta
do Novo Testamento, assim como no Antigo Testamento, desmascarar o pecado,
proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e
frieza espiritual entre o povo de Deus. Por causa de sua mensagem de justiça, o
profeta pode ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e
apostasia" (ARAUJO, Israel de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2007).
SUBSÍDIO 2
"O nome 'Isaías' significa 'o Senhor salva'. Como profeta
designado por Deus, Isaías começou seu ministério em 740 a.C., no ano em que
morreu o rei Uzias. Profetizou por mais
de quarenta anos e morreu provavelmente cerca de 680 a.C..
O longo ministério profético de Isaías teve lugar na época do reino
dividido. O Reino do Norte - chamado pelos diferentes nomes de 'Israel',
'Samaria' e 'Efraim' - abrangia dez tribos de Israel. O Reino do Sul -
comumente chamado de 'Judá', com sua capital em Jerusalém - consistia das
tribos de Judá e de Benjamim. Os dois
reinos, na época de Isaías, estavam desviados de Deus e de sua lei e recorriam
às nações pagãs e seus deuses falsos para livrá-los dos seus inimigos. O Reino
do Norte foi subjugado e destruído pela Assíria em 722 a.C. Isaías advertiu
Judá de que esse reino, também, seria destruído por causa de seu pecado e
apostasia" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.
993).
ESTANTE DO PROFESSOR
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico
Avivamento. 1.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
CONCLUSÃO
Deus sempre terá um porta-voz, e nesta geração Ele conta com a voz de
jovens que se ergam para denunciar, com coragem, o pecado. Mas ao mesmo tempo
que ame o pecador, jovens que se comprometam não com este mundo e tudo que ele
tem para oferecer, mas com Deus e com sua Palavra, que produz vida. Para isso,
é necessário, como Isaías, discernir as estruturas de poder religiosas,
políticas e sociais para agir de forma relevante.
Hora da revisão
Qual o principal motivo de separação do reino de Israel em Norte e Sul?
Porque solicitaram a Roboão, filho de Salomão, que aliviasse a carga
tributária imposta por seu pai Salomão, caso contrário, seguiriam como rei a
Jeroboão.
Qual foi o rei mais idólatra do período de Isaías e o que ele fez nesse
sentido?
Acaz, queimou um de seus filhos em oferta aos deuses e adorou a Baal
(2Re 16.3-4; 2Cr 28.2-4), quebrou utensílios do Templo e fechou locais de
adoração a Deus (2Cr 28.23-25).
Quais foram os dois impérios mundiais que surgiram durante e logo após
o ministério profético de Isaías?
Assíria e Babilônia.
Quais foram os principais pecados cometidos nesse período?
Os sacerdotes se uniram aos assaltantes do povo e passaram a roubá-lo,
criou-se uma religiosidade confusa e misturada com idolatria da influência do
culto a Baal, multiplicaram-se os pecados morais e sociais, e passou-se a
falsificar a Palavra de Deus.
Qual foi considerado um dos maiores reis de Israel após a divisão do
reino e por quê?
Foi Ezequias, porque incrementou uma grande reforma religiosa e
cúltica.
Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens,
Isaías Eis me aqui, envia-me a mim, professor, 3º trimestre 2016.
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