Lição 12
Mansidão: uma nova postura de vida modesta e submissa.
19 de junho de 2016.
Texto
Áureo
Mateus 5.5
“Bem-aventurados os mansos, porque eles
herdarão a terra”.
Verdade
Aplicada
A mansidão nos capacita a ter uma postura
simples e gentil em nossos relacionamentos interpessoais.
Objetivos
da Lição
Ensinar como a mansidão nos molda a ter o caráter de Jesus
Cristo;
Mostrar que a mansidão nos ensina a sermos submissos a Deus;
Revelar que o fruto do Espírito Santo é cultivado no coração.
Glossário
Inescrupuloso: Que não tem
escrúpulos; que não hesita em lançar mão de meios desonestos ou desleais;
Precursor: Que ou aquele que vem adiante de alguém
anunciar a sua chegada;
Primazia: Primeiro lugar; prioridade.
Leituras
complementares
Segunda Nm 12.3
Terça Sl 11.5
Quarta Mt 11.29
Quinta Jo 18.10
Sexta Ef 4.1-3
Sábado Tt 1.8
Textos
de Referência.
2 Timóteo 2.22-26
22 Foge, também, dos desejos da mocidade; e
segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro,
invocam o Senhor.
23 E rejeita as questões loucas e sem
instrução, sabendo que produzem contendas.
24 E ao servo do Senhor não convém contender,
mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;
25 Instruindo com mansidão os que resistem, a
ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade
26 E tornarem a despertar, desprendendo-se
dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.
Hinos
sugeridos.
130, 158, 568
Motivo
de Oração
Peça para que os ensinamentos bíblicos criem
raízes em seu coração.
Esboço
da Lição
Introdução
1. A mansidão e a paciência.
2. A mansidão e a submissão a
Deus.
3. Lições práticas.
Conclusão
Introdução
Nesta lição, estaremos estudando sobre a
mansidão. Esta característica do fruto do Espírito Santo exige que tenhamos um
comportamento modesto para com os homens e de submissão a Deus e à Sua Palavra.
1. A
mansidão e a paciência.
A mansidão capacita o indivíduo a agir com
equidade, não tomando atitudes desordenadamente, sabendo distinguir a hora em
que deve se submeter. Esta
característica do fruto do Espírito Santo transforma o mais irritado dos
homens em alguém pacífico e sereno, com atitudes brandas diante de situações
desagradáveis (Ef 4.2).
1.1. A
mansidão ensina o indivíduo a desviar-se da ira.
Em muitas situações enfrentadas pelo homem,
as quais poderiam produzir irritabilidade e perturbações, o indivíduo que
desenvolve a mansidão consegue contornar, pois esta característica o ensina a
desviar-se da ira (Rm 12.19). Em seus ensinamentos à igreja em Roma, o apóstolo
Paulo apresenta qual deve ser a postura ideal do cristão diante de condições
adversas: nunca partiu para o confronto. O homem manso tem sempre uma saída
para não se deixar tentar pelo inimigo. Uma vida devocional ativa promove um
amadurecimento gradativo do fruto do Espírito, levando o indivíduo a atingir
uma condição ideal aos olhos do Senhor.
Merece ser especialmente explicado
para os alunos que dar lugar à ira é não permitir que ela entre em seu coração
(Ef 4.26). Imagine a seguinte cena: você está caminhando em um corredor
estreito e, repentinamente, surge alguém caminhando no sentido contrário. Em um
ato de educação, você para, vira-se de lado e permite que a pessoa passe. Você
deu lugar para a pessoa passar. Então, não dar lugar à ira é exatamente isso. É
sair da frente para que um sentimento ruim vindo do maligno não atinja a matriz
de seus sentimentos, fazendo-o pecar.
1.2.
Sendo humilde e manso.
Quando o homem começa a experimentar viver em
uma postura de mansidão, ele aprende o verdadeiro sentido de dar lugar à ira.
Não permitir que a ira tome posse dos nossos sentimentos é demonstrar que
aprendemos com Jesus a sermos humildes e mansos (Mt 11.29). Ao agir assim, o
homem está tomando posse da essência da personalidade de Cristo. Durante o Seu
Ministério terreno, Jesus sofreu diversas afrontas por parte dos fariseus.
Entretanto, em nenhum momento Ele se desviou do propósito que lhe fora proposto
pelo Pai. Jesus manteve-se calado até quando foi confrontado por Pôncio
Pilatos, não requerendo para si o trono de Israel (Jo 18.33-37), antes deixando
claro que o Seu Reino não era deste mundo.
Explique para os alunos que uma postura de
mansidão tem o poder de aplacar os ânimos (Pv 15.1). Sempre que nos deparamos
com situações em que estamos prestes a entrar em conflito, temos que demonstrar
que estamos buscando o amadurecimento do fruto do Espírito Santo em nossas
vidas. Segundo um ditado popular. “quando um não quer dois não brigam”. Comente
com os alunos que o servo fiel a Deus deve ter o cuidado para não causar
escândalo através de um mau testemunho. Ser identificado como brigão não é o
ideal para o cristão. Em momentos de confronto, se possível, ofereça a outra
face (Lc 6.29). Uma postura de mansidão não é em nada vergonhosa.
1.3. Jesus,
nosso melhor exemplo.
O exemplo que nos foi deixado por Jesus não
deixa dúvidas de que, se nos propusermos a termos o nosso caráter controlado
pelo Espírito Santo, conseguiremos ser mediadores em tempo de crise. Em um dos
momentos mais terríveis de Sua vida, Jesus nos dá um exemplo magistral a ser
seguido. Mesmo diante daqueles que O vieram prender, não tomou atitude
agressiva e aproveitou o momento para provar a todos a sua postura de homem manso
e amável curando a orelha do servo de Caifás, que havia sido cortada por um de
Seus discípulos (Jo 18.10).
Explique para os alunos que uma
postura agressiva pode e sempre poderá provocar danos irreversíveis. A terceira
lei de Newton afirma que: “toda ação provoca uma reação de igual ou maior
intensidade, mesma direção e de sentido contrário”. Esta lei da física é
comprovadamente indiscutível. Mostre para os alunos que, durante o evento da
Sua prisão, Jesus Cristo mais uma vez nos dá uma grande lição quando adverte a
Pedro dizendo que quem vive pela espada por ela morrerá (Mt 26.52). Atos de
mansidão são respondidos por atos de mansidão.
2. A
mansidão e a submissão a Deus.
A mansidão nos ensina a sermos submissos a
Deus em todos os sentidos, nos tornando amáveis em nossos relacionamentos
interpessoais (Tt 3.2). Quando somos apresentados pela mídia a um
posicionamento agressivo, devemos sempre lembrar que somos servos de Deus e
isso impede que tenhamos atitudes violenta.
2.1. O
cristão deve ser sempre moderado.
Não é difícil vermos hoje através da mídia a
atitude de pseudo-religiosos agindo de forma agressiva em relação à liberdade
de expressão religiosa. O testemunho do cristão deve ser sempre moderado.
Muitos têm hoje pregado um Evangelho de confronto, tentando impor suas opiniões
pessoais em detrimento ao Evangelho verdadeiro, que tem o amor excelente por
essência (Jo 13.34). A pregação do Evangelho genuíno nos fará conhecidos como
discípulos de Jesus (Jo 13.35), provando que aprendemos com o Mestre a ser
humildes e mansos (Mt 11.29). Sempre que estivermos em situação de conflito
devemos demonstrar que não somos contenciosos (1Co 11.16), pois procuramos
seguir o ensinamento do apóstolo Paulo: imitar a Cristo (1Co 11.1).
Explique para os alunos que sempre
que a Igreja é atacada por falsas ideologias surgem paladinos se apresentando
como defensores, como se tivessem sidos escolhidos pela Igreja do Senhor para
falar em nome dela. Destaque para os alunos que a Igreja está acima de
contendas humanas, pois já está justificada por Cristo (Mt 16.18).
2.2.
Sejamos sóbrios e mansos.
Alguns grupos chegam à loucura de atentar
contra a vida e imagem das pessoas que não se curvam diante de seus
ensinamentos. Muitos destes grupos pregam uma palavra que não é verdadeira
Palavra de Deus. É preciso entender que servimos a um Deus que tem por objetivos
claros e que sabe como fazer para atingi-los. Nunca poderemos tomar uma posição
de violência em nome dEle, sugerindo vingança contra os que de alguma maneira
nos atacaram. A vingança pertence a Ele e não a nós (Rm 12.19b). Sejamos
sóbrios como exige a Palavra de Deus, demonstrando sempre a mansidão produzida
pelo amadurecimento do fruto do Espírito Santo (Tt 1.8; 1Pe 1.13).
Explique para os alunos que a
sociedade sempre espera da Igreja de Cristo uma abordagem tranquila, sem
excessos. Sendo assim, posições contraditórias aos ensinamentos de Jesus podem
causar danos ao Corpo de Cristo. Lembremos que sempre que os grupos se
apresentaram com posicionamentos vingativos e violentos em nome de Deus o
resultado não foi dos melhores (Rm 12.19). Informe para os alunos que em todas
as oportunidades que tais grupos partiram para o ataque receberam de volta a
justa paga por sua atitude, isto é, foram atacados com grande pre4juízo (Hb
10.30). Incentive os alunos a fazerem uma pesquisa sobre as Cruzadas realizadas
durante a Idade Média.
2.3. A
mansidão não compactua com a violência.
O servo de Deus nunca irá compactuar com
comportamentos violentos, mesmo que lhe sejam apresentados pela mídia como algo
natural. A Bíblia nos orienta que temos que ter autoridade na Palavra para
encorajar os outros com a sã doutrina e refutar os que se opõem a ela (Tt 1.9).
Deus capacitou a Sua Igreja para apresentar uma mensagem que leve o homem ao
arrependimento, fazendo com que este passe pelo sofrimento do reconhecimento do
seu pecado. A vingança do Senhor é por amor e não por ódio, como é a do homem.
Por esse motivo, devemos nos comportar sempre com mansidão, deixando Deus
tratar com o pecador (Sl 11.5).
Comente com os alunos que quando
Deus trata com o pecador Ele tem a maneira certa de fazê-lo buscar a Cristo. O
Senhor não usa violência para convencer ninguém a segui-Lo. As características
do fruto do Espírito são inerentes ao caráter de Deus, logo Ele faz uso do
poder do Seu Espírito para convencer o indivíduo (Zc 4.6). Destaque para os
alunos que Deus se manifesta com mansidão para fazer com que o homem faça a Sua
vontade assim como fez com Elias no Monte Horebe. Ali Deus não estava no
vendaval, no terremoto nem no fogo, mas estava na voz mansa e delicada (1Rs
19.12). Através do poder do Espírito, Ele traz o homem ao arrependimento sem
violência.
3. Lições
práticas.
A cada dia que passa está cada vez mais
difícil ter uma atitude de mansidão (Mt 10.16). Vários são os acontecimentos
que vivenciamos e isto tem levado muitos a não crerem na possibilidade de
restauração da humanidade, esquecendo-se do poder do Cristo.
3.1. O
fruto é cultivado no coração.
Quando Jesus falou que deveríamos ser humildes
e mansos, Ele falou de onde deveria vir a mansidão. Ela deveria vir do coração,
pois é dele que procedem os maus desígnios do homem (Mt 15.19). Sendo assim,
também é nele que deve ser cultivado o fruto do Espírito Santo em busca do
caráter divino.
Merece ser especialmente explicado
para os alunos que para sermos identificados como filhos de Deus devemos
mortificar os nossos sentimentos maus e fortalecer o desenvolvimento da
característica do fruto do Espírito Santo conhecida como mansidão (1Pe 3.4).
Reforce para os alunos que o nosso Deus é manso (Mt 11.29). Se quiser5mos
chamá-Lo de Pai, teremos que ser mansos.
3.2. Só
o fruto do Espírito pode tornar o homem manso.
Somente o fruto do Espírito Santo pode
promover a mansidão no indivíduo. O Pecado plantou na humanidade um sentimento
de crueldade perversidade (Gn 4.8; 6.5). Logo, nenhum homem pode promover o
desenvolvimento desta característica em outro homem. Uma boa educação, uma boa
escola, nada será capaz de tornar o ser humano manso. Moisés foi muito
bem-criado e educado, mas em um momento de raiva matou um egípcio. Entretanto,
após se encontrar com Deus tornou-se o homem mais manso entre os homens sobre
toda a terra (Nm 12.3). A Igreja de Cristo tem sido educada nos moldes divinos
pelo Espírito Santo, que tem poder para tratar e modificar o homem,
aproximando-o do caráter de Deus (Ef 4.13).
Explique para os alunos que ser manso é
também saber se portar bem em ambientes públicos. É claro que existem muitos
cristãos “sem noção”, que não sabem a hora de calar e nem a hora de entrar em
uma conversa. Enfatize para os alunos que é muito difícil se relacionar com
este tipo de pessoas, pois com suas atitudes descabidas acabam por envergonhar
o Evangelho (2Co 6.3). Este é mais um motivo para se buscar a mansidão do fruto
do Espírito. Deus não se agrada de quem se porta com este comportamento.
3.3. O
fruto amadurece por inteiro.
No capítulo 4 de Efésios, o apóstolo Paulo
nos mostra que as características do fruto do Espírito Santo são interligadas.
Não dá para ser manso sem ser longânime ou amoroso. O fruto deve amadurecer por
inteiro e igualmente (Gl 5.22). Cristão que falta ter alguma característica do
fruto é porque ainda não amadureceu.
Explique para os alunos que o fruto
do Espírito Santo funciona exatamente como um fruto natural. Ele precisa ser
cultivado, regado e podado, e isto depende de nós. Vale a pena ser especialmente
ressaltado para os alunos que o fruto nos é entregue pelo Espírito Santo, mas
quem tem o dever de cuidar para que o seu amadurecimento ocorra a contento do
Criador somos nós. O bom resultado na colheita depende exclusivamente daquilo
que plantamos (Gl 6.7).
Conclusão.
Os apelos midiáticos e tecnológicos tentam de
todas as maneiras nos tornar iracundos. Todavia, o servo fiel conhece as
artimanhas do inimigo e não se deixa enganar, antes se aproxima do caráter
divino, amadurecendo em si a mansidão do fruto do Espírito Santo.
Questionário.
1. Qual a característica ensina o indivíduo a
desviar-se da ira?
R: A mansidão (Rm 12.19).
2. De acordo com a lição, o que o servo de
Deus nunca pode compactuar?
R: O servo de Deus nunca irá
compactuar com comportamentos violento (Tt 1.9).
3. A quem pertence a vingança?
R: A Deus (Rm 12.19b).
4. De onde deve vir a mansidão?
R: Do coração (Mt 15.19).
5. O que o pecado plantou na humanidade.
R: Um sentimento de crueldade e
perversidade (Gn 4.8).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 2º trimestre de 2016, ano 26, Nº 99, Fruto do Espírito,
destacando os aspectos do caráter Cristão na era da pós-modernidade.
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