Lição 12 Cosmovisão
Missionária.
19 de Junho de 2016
TEXTO ÁUREO
(Rm 15.20)
"E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde
Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio."
VERDADE PRÁTICA
Os crentes que foram alcançados pela graça e vivem pela fé, em Jesus
Cristo, precisam ter uma visão missionária amorosa e abrangente.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 28.19 Anunciar o
Evangelho é uma ordenança de Jesus Cristo para a Igreja
Terça - Mt 28.20 A Igreja tem
como missão primordial educar e evangelizar
Quarta - At 1.8 A Igreja deve
alcançar os confins da Terra
Quinta - Jo 3.16 O amor de
Deus pela humanidade é incomensurável
Sexta - Rm 10.14 Como as
pessoas ouvirão o Evangelho se não há quem pregue?
Sábado - Rm 10.15 Como os
anunciadores pregarão se não forem enviados?
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 15.20-29
20 - E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde
Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio;
21 - antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado o
verão, e os que não ouviram o entenderão.
22 - Pelo que também muitas vezes
tenho sido impedido de ir ter convosco.
23 - Mas, agora, que não tenho mais demora nestes sítios, e tendo já há
muitos anos grande desejo de ir ter convosco,
24 - quando partir para a Espanha, irei ter convosco; pois espero que,
de passagem, vos verei e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter
gozado um pouco da vossa companhia.
25 - Mas, agora, vou a Jerusalém para ministrar aos santos.
26 - Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para
os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.
27 - Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles.
Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem
também ministrar-lhes os temporais.
28 - Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto,
de lá, passando por vós, irei à Espanha.
29 - E bem sei que, indo ter convosco, chegarei com a plenitude da
bênção do evangelho de Cristo.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que os crentes que foram alcançados pela graça precisam ter
visão missionária.
HINOS SUGERIDOS: 65,167,395 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os
seus respectivos subtópicos.
Compreender a necessidade de termos
uma cosmovisão missionária;
Apontar a necessidade do planejamento
missionário;
Relacionar as necessidades espirituais da
obra missionária.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Estamos quase concluindo o estudo da Epístola aos Romanos. Na lição de
hoje estudaremos o penúltimo capítulo como continuação do texto anterior, Paulo
prossegue tratando a respeito do amor e do respeito que devemos ter para com
todos os irmãos. Assim, como fomos acolhidos pela misericórdia de Jesus Cristo,
precisamos acolher o próximo. Acolher não somente aqueles que fazem parte do
Corpo de Cristo, mas também os que ainda estão fora e precisam ouvir a mensagem
do Evangelho. Paulo dedicou toda a sua vida à pregação do Evangelho. Ele
procurou anunciar o nome de Cristo e sua graça aos que ainda não tinham ouvido
nada a respeito do Filho de Deus. O apóstolo pede que a igreja em Roma ore por
ele e o ajude na obra missionária, pois, sem a ajuda dos irmãos, ele não teria
como continuar anunciando a Cristo aos que estavam perdidos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Paulo já estava chegando ao final da epístola à igreja de Roma. Um dos
últimos assuntos tratados por ele havia sido acerca da tolerância que os
crentes maduros devem demonstrar para com os imaturos. A solução do problema
estava em saber equilibrar a liberdade com o amor cristão. Agora, o apóstolo
deseja expor o que estava em seu coração - o desejo de levar o evangelho da
graça de Deus a terras ainda não alcançadas. Os crentes de Roma, membros de uma
igreja que fez o mundo inteiro ouvir os ecos de sua fé (Rm 1.8), deveriam
apoiá-lo nesse empreendimento missionário. Todavia, para que seu intento fosse
alcançado, ele sente a necessidade de explicar com maiores detalhes o seu
projeto missionário. É o que vamos estudar nesta lição.
PONTO CENTRAL
O crente precisa ter uma cosmovisão missionária.
I - A NECESSIDADE DE UMA COSMOVISÃO MISSIONÁRIA (Rm
15.14-21)
1. O propósito da missão. O que o
apóstolo tinha em mente quando reservou esse espaço em sua Epístola para tratar
a respeito do seu projeto missionário? Paulo desejava que os crentes romanos
compartilhassem do propósito da sua chamada - a conversão do mundo gentílico ao
Evangelho (Rm 15.16). Algumas observações são importantes para ajudar no
entendimento das palavras do apóstolo. Primeiramente, Paulo quer que a igreja o
veja como alguém que estava prestando um serviço de grande relevância diante de
Deus. Este é o sentido do termo grego leitougeo (ministro), usado por ele aqui.
Em segundo lugar, Paulo desejava também que os crentes tivessem consciência de
que esse serviço é um sacrifício do qual Deus se agrada. Esse é o sentido do
termo grego ierourgounta (servir como sacerdote), usado para se referir às
cerimônias do sacrifício levítico. Paulo era um sacerdote de Deus a serviço da
obra missionária e desejava que os crentes se unissem a ele.
2. O agente da missão. O apóstolo diz que o
seu ministério de evangelismo era instrumentalizado pelo Espírito Santo. O
ministério de Paulo foi marcado pela atuação do Espírito Santo (1 Co 2.1-4).
Não há movimento missionário que se sustente sem a participação efetiva do
Espírito do Senhor. É Ele que traz o poder de convencimento ao mundo perdido e
prova que Jesus Cristo continua vivo. Em palavras mais simples, as credenciais
de um ministério autêntico são dadas pelo Espírito Santo. O Movimento
Pentecostal é uma prova viva de que o Espírito Santo é a mais poderosa força
geradora de missões.
3. A esfera da missão. Paulo informa aos
romanos que pregou o Evangelho desde Jerusalém até ao Ilírico. Um mapa da época
nos permite ver que esses eram os pontos extremos do mundo alcançado por Paulo.
Agora, ele precisava ampliar a esfera do seu projeto missionário, pois não
queria pregar onde outros já tivessem pregado (Rm 15.20,21). Não queria
trabalhar sobre fundamento alheio. O campo era o mundo e este se encontrava
branco para a ceifa. O modelo de Paulo deve ainda ser o nosso modelo.
Infelizmente, o que se observa hoje é que muitos estão edificando sobre
fundamento alheio, invadindo a esfera de
atuação de outros obreiros, coisa que Paulo jamais fez. Estão pregando onde já
existem igrejas estabelecidas, às vezes, da mesma confissão de fé e não onde há
realmente necessidade missionária. Agem movidos pelo espírito de competividade
e não de solidariedade
SÍNTESE DO TÓPICO I
A igreja precisa ter uma cosmovisão missionária abrangente.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Os planos missionários de Paulo (15.22-33)
15.22,23 - Nestes versículos Paulo fala do seu grande desejo de ir a
Roma, e diz que tem sido impedido por circunstâncias várias. Entretanto, ele
sente que suas atividades missionárias nas regiões da Grécia, Macedônia e Ásia
Menor, já foram completadas. Ele dera início à tarefa evangelística e já podia
confiar a obra a outros obreiros, a fim de cumprir o desígnio de seu ministério
apostólico.
15.24 - 'Quando parti para a Espanha'. Está expressa aqui a visão
expansionista missionária do grande apóstolo. A Espanha agora era a sua meta,
e, para tal, passaria antes por Roma.
15.25,26 - Nestes versículos Paulo diz à igreja em Roma que antes terá
de ir a Jerusalém, acompanhado por vários irmãos na fé, das igrejas gentílicas.
A viagem tinha um cunho filantrópico, pois levariam as ofertas das igrejas da
Macedônia e Acaia para os crentes que passavam privações em Jerusalém"
(CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p.146).
CONHEÇA MAIS
* O desejo de Paulo de visitar a Igreja em Roma
"Paulo desejava visitar a igreja em Roma, mas tinha adiado sua
visita por ter ouvido inúmeras notícias sobre os cristãos de lá, pois sabia que
eles estavam agindo bem por conta própria. Para o apóstolo, era mais importante
pregar em regiões onde os habitantes ainda não tinham ouvido as Boas
Novas".
Para conhecer mais leia Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p.
1577.
II - A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO (Rm
15.22-29)
1. Estabelecer bases. Um dos princípios
básicos da implantação de um projeto evangelístico é feito primeiramente com o
estabelecimento de uma base missionária, um ponto de apoio. Paulo sabia que o
seu projeto só teria sucesso se a igreja de Roma se tornasse um ponto de apoio:
"Quando partir para a Espanha, irei ter convosco; pois espero que, de
passagem, vos verei e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter
gozado um pouco da vossa companhia" (Rm 15.24). A expressão "seja
encaminhado por vós" traduz o termo grego propempto, que ocorre nove vezes
no Novo Testamento. Essa palavra segundo o léxico de Bauer significa
"ajudar na jornada de alguém com alimento, dinheiro, companheiros e meios
de viagens." Não se faz missões sem esse tipo de apoio.
2. Estabelecer intercâmbio. Paulo não era
um calouro na obra missionária nem tampouco um aventureiro em busca de glória
humana. Sua vida foi marcada pela entrega aos outros. Em breve ele estaria
abrindo outra frente missionária, mas antes deveria terminar outro
empreendimento missionário já iniciado (Rm 15.26). Paulo já havia estabelecido
parcerias entre as igrejas. Aqui o intercâmbio é feito entre as igrejas da
Macedônia e Acaia e a igreja de Jerusalém. A "igreja mãe" estava
sendo ajudada pelas filhas.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Para que a obra missionária seja realizada com excelência é necessário
que haja planejamento.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Paulo enfatiza que as igrejas gentílicas são devedoras para com a
igreja em Jerusalém, visto que a bênção do Evangelho de Cristo partiu de
Jerusalém. Era justo que, nesses momentos de perseguições e privações aqueles
crentes judeus fossem ajudados. Conforme declara o apóstolo: 'Se os gentios
foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os
temporais' (v. 27).
Terminada a sua missão em
Jerusalém, não lhe resta outro plano, senão ir a Roma e depois à Espanha.
Paulo sabia que havia grande
perseguição contra a igreja de
Jerusalém, e que seu trabalho missionário entre os gentios ainda sofria
resistência de alguns judeus. Mas ele esperava que na sua ida a Jerusalém,
juntamente com irmãos representantes das igrejas gentílicas, levando ofertas
para os santos de Jerusalém, fossem bem
recebidos. Paulo sabia que havia perigo de vida, pois os judeus mais fanáticos
queriam a sua morte (v. 31). Por isso, solicita à igreja que ore por esta
missão em Jerusalém. Entende Paulo que acima de tudo está a soberana vontade de
Deus (v. 32)" (CABRAL, Elienai.
Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005,
p.146).
III - A NECESSIDADE ESPIRITUAL NA OBRA MISSIONÁRIA (Rm
15.30-33)
1. A necessidade da cobertura espiritual. O apóstolo Paulo, ao contrário de muitos que se aventuram na obra
missionária, sabia da necessidade de uma "cobertura espiritual":
"E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito,
que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus" (Rm 15.30). Há
duas coisas que quero destacar aqui. A primeira é que Paulo conta com o apoio
da Trindade no seu projeto missionário. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito
Santo são invocados como suporte para sua missão. A segunda é que Paulo via com
muita seriedade a obra missionária e por isso rogou que os crentes lutassem em
oração com ele. A palavra combatais traduz o grego synagonisasthai, que
significa lutar ou contender junto com alguém. O sentido é de uma luta
espiritual na oração.
2. A necessidade do refrigério espiritual. Missões envolvem conflito espiritual e muitas vezes lágrimas. Todavia,
missões são marcadas também por satisfação espiritual e alegria (Sl 126.5,6).
Sem dúvida o apóstolo tinha isso em mente quando escreveu aos romanos (Rm
15.31,32). O termo grego synanapaufomai, observa o biblista William Sanday, é
usado por Paulo com o sentido de "que eu possa descansar e refrigerar o
meu espírito junto com vocês". Missões, portanto, é refrigério no poder do
Espírito Santo.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Existem inúmeras necessidades espirituais na obra missionária.
SUBSÍDIO SOCIOLÓGICO
Professor, procure enfatizar o quanto Paulo amava a obra missionária e
se dedicou a ela. Ele procurou levar o Evangelho às áreas mais carentes, onde
as pessoas não tinham ouvido nada ou quase nada a respeito de Cristo. Aproveite
a oportunidade e fale com seus alunos a respeito da janela 10x40. Diga que
nesta "janela" estão os países menos alcançados com o Evangelho.
Países onde a perseguição aos cristãos é bem grande. Ore, juntamente com seus
alunos, por estes países. Peça que Deus envie pessoas para irem como
missionários. Rogue também ao Senhor para que pessoas possam ofertar e
sustentar os que já estão no campo missionário. Se desejar, reproduza o quadro
abaixo para os alunos.
Guia Prático de Missões. 1ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.52).
CONCLUSÃO
Nessa lição, vimos uma das razões que levou o apóstolo a visitar a
igreja de Roma. Não era apenas uma visita fortuita, mas algo planejado. O seu
alvo era o estabelecimento de um ponto de apoio para seu empreendimento
missionário. Para isso, Paulo usa esse espaço de sua Epístola para informar aos
crentes em Roma das diretrizes tomadas para essa viagem. A igreja de Roma, que
não tinha Paulo como seu fundador, teria a oportunidade de ver como trabalhava
e apoiar aquele que foi, sem dúvida, o maior missionário da história.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
O que Paulo tinha em mente quando reservou um espaço em sua Epístola
para tratar a respeito do seu projeto missionário?
Paulo desejava que os crentes romanos compartilhassem do propósito da
sua chamada - a conversão do mundo gentílico ao Evangelho (Rm 15.16).
O ministério de evangelismo de Paulo era instrumentalizado por quem?
O apóstolo diz que o seu ministério de evangelismo era
instrumentalizado pelo Espírito Santo.
Quem é que traz o poder de convencimento ao mundo perdido e prova que
Jesus Cristo continua vivo?
O Espírito Santo.
Quem é a mais poderosa força geradora de missões?
O Movimento Pentecostal é uma prova viva de que o Espírito Santo é a
mais poderosa força geradora de missões.
Segundo a lição, cite duas necessidades da obra missionária.
A necessidade da cobertura espiritual e a necessidade do refrigério
espiritual.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 66, p42.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que
buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA
Razões para Crer
A obra aborda vários aspectos da apologia cristã, e está dividida em
quatro assuntos base: O que é
apologética e por que precisamos dela;
Questões culturais e teológicas na apologética; Defendendo o teísmo cristão e Movimentos
religiosos do mundo.
Guia Básico para Interpretação da Bíblia
Entre outros temas, este livro trata de questões como inspiração,
inerrância, revelação contínua e orientação do Espírito Santo de forma
esclarecedora. O guia é facilitado por exercícios e questões para debate, assim
como por um glossário abrangente. Conta ainda com uma estrutura de
interpretação que auxiliará a compreender melhor o significado dos textos
bíblicos e como aplicá-lo às próprias vidas.
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