Lição 7
Paz: o prazer inefável da tranquilidade e serenidade.
15 de maio de 2016.
Texto
Áureo
Filipenses 4.7
“E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo
Jesus”.
Verdade
Aplicada
A verdadeira paz produz uma sensação de
prazer indescritível na vida de quem recebe o fruto do Espírito.
Objetivos
da Lição
Ensinar como encontrar a
verdadeira paz;
Revelar como desfrutar de uma
paz permanente;
Mostrar que a certeza de vida
eterna produz a paz.
Glossário
Âmbito: Circuito, recinto;
campo de ação; esfera;
Fadado: Predestinado;
Infovias: Conjunto de linhas
digitais por onde trafegam os dados das redes eletrônicas.
Leituras
complementares
Segunda Sl 91.10
Terça Is 9.6
Quarta Jo 14.1-2
Quinta Rm 5.1-2
Sexta Cl 3.15
Sábado Hb 12.14
Textos
de Referência.
Romanos 5.1-5
1 Sendo, pois, justificados pela fé, temos
paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;
2 Pelo qual também temos entrada pela fé a
esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de
Deus.
3 E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;
4 E a paciência, a experiência; e a
experiência, a esperança.
5 E a esperança não traz confusão, porquanto
o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos
foi dado.
Hinos
sugeridos.
3, 178, 245.
Motivo
de Oração
Peça a Deus que levante pessoas que busquem a
justiça e a paz, e não os próprios interesses.
Esboço
da Lição
Introdução
1. Em busca da verdadeira paz.
2. Um descanso permanente.
3. Lições práticas.
Conclusão
Introdução
Nesta lição, estudaremos a característica do
fruto do Espírito que produz um efeito profundo na vida do servo de Deus. A paz
mantém o indivíduo sereno e tranquilo mesmo em meio às tribulações da vida.
1. Em
busca da verdadeira paz.
A partir do momento em que começa a
desenvolver o amor e o gozo, o cristão passa a sentir uma imensa sensação de
paz, característica do fruto do Espírito que a humanidade mais tem buscado nos
dias atuais. Porém, só alcança esta paz quem tem a certeza de que desfruta de
um perfeito relacionamento com o seu Criador. Sem esse relacionamento, o
indivíduo anda vagueando pelas infovias em busca de alguma paz (Fp 4.7).
1.1.
Paz além do nosso entendimento.
Em um de Seus diálogos com os discípulos,
Jesus os acalentou acerca da paz que tanto o homem busca. As palavras do Mestre
visavam trazer um sentimento de tranquilidade para aqueles que puderam
experimentar a companhia do próprio Deus durante o Seu ministério terreno (Jo
14.27). Mais adiante, em outro momento especial, Jesus apresenta como essa paz
se faria presente em meio ao Seu povo (Jo 16.7). Em Seu discurso, o Senhor
apresenta o Espírito Santo como agente desta paz. Quando o indivíduo começa a
trabalhar em busca do amadurecimento do fruto do Espírito Santo, ele conhece a
paz que foi apresentada pelo apóstolo Paulo aos filipenses: a paz que excede
todo entendimento (Fp 4.7).
Explique para os alunos que as
infovias são um conjunto de linhas digitais por onde trafegam os dados das
redes eletrônicas, possibilitando através delas o acesso a todo tipo de
informação sem um controle central, ou seja, tudo pode ser acessado por todos
de maneira global (Dn 12.4). Comente com os alunos que a busca descontrolada
por alguma coisa que possa produzir paz acaba por apresentar ao indivíduo um
mundo de informações que podem danificar a sua forma de viver, levando muitos a
perderem a comunhão com Jesus Cristo, o único que fornece a verdadeira paz.
1.2. O
Príncipe da Paz.
No texto bíblico de Isaias 9.6, Jesus Cristo
nos é apresentado como Príncipe da Paz. Este poderia ser encarado como mais um
dos tantos títulos maravilhosos que são devotados ao nosso Deus (Ap 1.8).
Entretanto, neste título existe uma diferença em relação a todos os outros,
pois ele nos mostra que não existe como ser participante da verdadeira paz se
não estivermos em uma comunhão perfeita com o Filho de deus. A paz que nos é
fornecida pelo Príncipe da Paz não está atrelada a acontecimentos externos, mas
vem direto do Pai das luzes na pessoa do Seu Filho.
Explique para os alunos que a
sociedade tem cada vez mais tentado provar que paz é a ausência de guerra. A
cada dia, os governos têm procurado criar meios de se associarem com a criação
de grupos formados por países, buscando um comércio comum e um sistema
financeiro unificado (vide União Europeia e Mercosul). Esclareça para os alunos
que tais organizações buscam promover uma paz entre as nações, buscando a
garantia de que não colocarão o mundo em risco de guerras (Tg 3.18). Mais uma
vez, estamos diante dos apelos midiáticos, que visam colocar a todos em um
lugar comum.
1.3. Vivendo
em paz em um mundo turbulento.
Viver neste mundo é viver em um barril de
pólvora. Por todos os lados ouvimos notícias de guerras e rumores de guerras. A
cada dia surge um novo inimigo público, seja no âmbito das nações, com grupos
terroristas que aterrorizam a todos, ou no âmbito social, com elementos que se
apresentam como paladinos das populações menos favorecidas em prejuízo de todo
o resto da sociedade. Como viver em paz diante de um cenário como este? O passo
a ser dado é ter paz com o Criador (Sl 91.10). Quando temos paz com Ele,
passamos a experimentar, através de Sua infinita graça, este sentimento de
bem-estar e satisfação que só se manifesta na vida de quem está na presença de
Deus (Rm 5.1-2).
Explique para os alunos que quando
o cristão vive uma vida dedicada às coisas concernentes ao Reino de Deus, não
teme nada, pois, ao ter uma caminhada dirigida pelo Espírito, tem as suas
emoções controladas, impedindo que viva uma vida permeada de ansiedade (1Pe
5.7), medo e preocupações, ou seja, este tipo de sentimento não tem como ser
traduzido de forma racional (Fp 4.7). Comente com os alunos que não saber
explicar este sentimento não o torna impossível de ser sentido, mas estar em
comunhão com Deus produz um sentimento de confiança que é desenvolvido pelo
amadurecimento do fruto do Espírito Santo.
2. Um
descanso permanente,
A paz é um sentimento íntimo e profundo de
sossego vivenciado pelo indivíduo, independente dos acontecimentos que o
rodeiam.
2.1. Paz:
serenidade em meio às lutas.
Quando o indivíduo escolhe viver uma vida de
paz com Deus, ele começa a ser presenteado por Ele com uma intensa posição de
serenidade em relação ao que recebe de informações negativas. Mesmo em meio à
tempestade e o medo dos discípulos, Jesus não saiu da Sua posição e, quando
solicitado, forneceu a Sua serenidade a todos (Mt 8.23-27). Paulo, em sua carta
aos Colossenses, disse que fomos chamados por Deus para uma vida de paz, que
será vivida por todos que fizerem parte do Corpo de Cristo. Logo, devemos ser
agradecidos e buscar produzir o amadurecimento do fruto do Espírito, através do
qual dominaremos os mais profundos sentimentos em nossos corações (Cl 3.15).
Comente com os alunos que hoje já
virou um jargão em algumas pregações a seguinte frase: “é muito fácil ser
cristão quando tudo vai bem”. No entanto, esclareça para os alunos que para o
cristão verdadeiro nunca as coisas irão mal, pois, se estiver em Cristo, no
momento da tempestade, basta clamar que Ele irá acalmá-la. Ressalte para os
alunos que o servo fiel deve manter, sempre, uma posição de serenidade, pois
não há mal que poderá se abater sobre a sua vida (Sl 91.10).
2.2. Para
vermos a Deus, temos que ter paz com os homens.
A paz do fruto do Espírito é algo que deve
ser compartilhado com todos aqueles com quem nos relacionamos. Viver em
comunhão é fazer parte de um mesmo corpo e não se pode fazer parte de um corpo
vivendo um ambiente sem paz. Em sua carta aos Romanos, o apóstolo Paulo orienta
que sempre que for possível devemos buscar viver em paz com todos. (Rm 12.18).
Viver em paz na sociedade tem como efeito principal o processo de santificação,
pelo qual todos devem passar se desejarem ver a Deus (Hb 12.14). Se não
buscarmos o amadurecimento da paz do fruto do Espírito Santo em nós, estaremos
fadados a nos afastar cada vez mais do Criador, pois, se não cultivarmos a paz
com o homem, não poderemos ter paz com o Senhor.
Explique para os alunos que a sociedade
atual não tem interesse em promover a paz entre os homens. Quando do nascimento
de Jesus Cristo (Lc 2.11), Deus declarou que o Seu desejo era que houvesse paz
na Terra. Para que isso viesse a se tornar realidade, Ele estaria disposto a
demonstrar boa vontade para com os homens (Lc 2.14). Comente com os alunos que
nesta declaração do Senhor fica claro que se dependesse dEle a paz seria uma
constante no mundo. Entretanto, a sociedade religiosa da época tratou de
interferir nos planos do Senhor, se colocando entre o Cristo e os homens.
2.3. O
homem sem Deus não tem paz.
Os sentimentos de paz, sossego e serenidade
são características que fazem do servo do Senhor um indivíduo diferente. A
Palavra de Deus afirma que os que não servem a Cristo não experimentaram a paz
íntima e verdadeira (Is 48.22). Viver em um mundo onde não se tem certeza de
nada é algo terrível para muitos. Mas, para quem conhece a Jesus de forma
íntima, esta falta de certeza veiculada pela mídia não assusta, pois
experimenta uma paz que firma todas as suas emoções em Cristo. Desfrutar de paz
é descansar nos braços do Senhor e ter a certeza de um sono tranquilo. Nenhuma
ameaça vinda de pessoas será capaz de tirar a paz de um servo fiel (Sl 56.11;
118.6).
Explique para os alunos que a paz
tem sido responsável pela manutenção da esperança entre os servos de Deus,
recebida pela virtude do Espírito Santo (Rm 15.13). Em momentos de tribulação,
sabemos que a paciência se manifesta e com isso um crescimento de nossa
experiência, que irá fortalecer a nossa esperança nas vitórias que virão das
mãos do Senhor (Rm 5.3-4). Comente com os alunos que os momentos de tribulações
são, na sua maioria, momentos que devem ser encarados com serenidade, pois a
serenidade nada mais é do que um posicionamento de quem desfruta da verdadeira
paz do Espírito em Cristo.
3. Lições
práticas.
A primeira seção do fruto do Espírito conta
com três características (amor, gozo e paz) que garantem ao indivíduo o
desfrutar de uma vida equilibrada, pois permitem uma condição de tranquilidade,
onde os sentimentos estão protegidos pela ação do Espírito Santo.
3.1. Certeza
de vida eterna produz paz.
Ao ter a oportunidade de experimentar o amor de Deus e desenvolvê-lo
em relação ao próximo, o indivíduo passa a viver pleno de gozo, isto é, alegre
por poder simplesmente ter a alegria de desfrutar das coisas boas da vida. O
amor aliado à alegria produzirá um sentimento de imensa paz interior, que só
tem aquele que desfruta da certeza de uma vida eterna com Deus (Jo 14.1-2).
Explique para os alunos que, ao
desfrutar deste intenso sentimento de prazer produzido pela paz interior, o
indivíduo passa a ter condições de rejeitar os apelos midiáticos impostos pelos
meios tecnológicos. Enfatize para os alunos que, mesmo em momentos de angústia,
o cristão encontrará socorro naquele que sempre está ao seu lado em todos os
momentos (Sl 46.1).
3.2.
Deus destrói os planos do diabo.
Todos os dias somos atacados com informações.
Muitas vezes não são nem de origens confiáveis, São notícias que ferem os
nossos princípios religiosos, morais e espirituais (Mt 18.7). Parece existir
uma ação orquestrada pelo inimigo visando desestabilizar a todos, mas nenhuma
arma forjada contra o povo de Deus prosperará (Is 54.17a). Nenhuma notícia ou
evento fictício irá tirar o servo do Senhor do centro de suas faculdades
mentais, pois Deus garante uma paz que finaliza toda tentativa projetada pelo
diabo.
Explique para os alunos que o
inimigo de nossas almas não desiste de tentar destruir a tranquilidade da
humanidade. Comente com os alunos que, para desespero do inimigo de nossas
almas, existe no mundo um povo que foi escolhido por Deus para provar que ainda
que Satanás viva se utilizando de todos os meios para influenciar a sociedade
ele não conseguirá dominar a Igreja do Senhor, que permanecerá pregando a
Palavra da verdade provando que se pode, sim, viver uma vida em paz, mesmo em
um mundo inundado pelo mal (1Jo 5.19).
3.3. Cristo
restaura a paz perdida pelo pecado.
Através de uma atitude inadvertida. Adão se deixou
levar pelo apelo de Eva e, não medindo consequências, tomou parte do pecado
proposto por ela. Este ato levou toda criação ao sofrimento (Rm 8.22). Ainda
assim, o Criador providenciou um meio para que o homem pudesse ter resgatada a
paz vivida pelos dois no jardim do Éden. Em Jesus Cristo podemos vivenciar o
mesmo sentimento de paz que Adão experimentou no paraíso (Jo 14.27).
Explique para os alunos que, assim
como o diabo conseguiu fazer com que Eva fosse usada como seu instrumento para
operar a queda de Adão, hoje ele tem se utilizado dos meios de comunicação e da
tecnologia para desviar o homem de sua comunhão com o Criador (1Co 1.9). Merece
ser especialmente destacado para os alunos que é preciso que a Igreja de Cristo
esteja atenta para identificar até onde o uso da tecnologia não é prejudicial e
não visa abalar a paz do indivíduo com notícias devastadoras.
Conclusão.
Ao estudar o amor, o gozo e a paz, percebemos
que elas se referem aos sentimentos do homem consigo próprio, isto é, fazem com
que o indivíduo tenha uma vida melhor. O amadurecimento desta primeira seção do
fruto do Espírito proporcionará um bem-estar indescritível para o homem.
Questionário.
1. Como Jesus é apresentado em Isaias 9.6?
R: Como o Príncipe da Paz (Is
9.6).
2. Qual é o efeito principal de viver em paz
na sociedade?
R: O processo de santificação
(Hb 12.14).
3. O que o amor aliado à alegria produz?
R: Um sentimento de imensa paz
interior (Jo 14.1-2).
4. O que não prosperará?
R: Nenhuma arma forjada contra
o povo de Deus (Is 54.17a).
5. O que podemos vivenciar em Jesus Cristo?
R: O mesmo sentimento de paz
que Adão experimentou no paraíso (Jo 14.27).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 2º trimestre de 2016, ano 26, Nº 99, Fruto do Espírito,
destacando os aspectos do caráter Cristão na era da pós-modernidade.
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