Lição 6
O papel do marido na família.
08 de maio de 2016
Texto
do dia.
(Ef 5.25)
"Marido, ame a sua esposa, assim como
Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela."
Síntese
A justificação por meio da fé é acompanhada
de muitos benefícios, o que motiva o crente a manter sua fidelidade a Deus,
independente das circunstâncias.
Agenda
de leitura
SEGUNDA - Gn 2.19 Criado para ser líder
TERÇA - Êx 20.12 O dever dos filhos
QUARTA - 1 Pe 3.6 Sara aceita a liderança de
Abraão
QUINTA - Gn 22.7-9 Isaque aceita a liderança
de Abraão
SEXTA - Ef 5.23,24 A liderança do marido no
lar
SÁBADO - 1 Tm 3.4,5 O obreiro aprovado
Objetivos
SABER que, por decisão divina, o marido
exerce a função de líder da família, ressaltando a distinção entre submissão e
subserviência;
DISCORRER sobre a liderança do
marido no núcleo familiar, seja ela espiritual, sobre a esposa ou sobre os
filhos;
APRENDER com os exemplos
bíblicos de liderança familiar, sem deixar de refletir sobre as lideranças
ineficazes.
Interação
Professor, vamos tocar hoje em dois pontos
que talvez pareçam irrelevantes, mas que fazem muita diferença na Escola
Dominical: pontualidade e assiduidade. É recomendável que você chegue antes de
seus alunos e prepare o ambiente para a aula, além de recebê-los gentilmente. A
Bíblia diz: "[...] se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7).
Quanto à assiduidade, observe-se que o professor que ama a Escola Dominical é
presença constante nela, mesmo quando não vai ministrar a aula, pois tem prazer
de prestigiar seu colega e aprender com ele. Agindo assim, você estará
demonstrando o valor que dá aos seus alunos, aos seus colegas docentes, bem
como ao ensino bíblico e à tarefa para a qual foi vocacionado. Lembre-se que
você é referência para eles.
Orientação
Pedagógica
Professor, sabemos que, por decisão divina, o
marido exerce a função de líder da família, e que a mulher deve ser submissa a
ele. Contudo, é fácil confundir submissão com subserviência. Por isso, de
início, escreva as duas palavras em tiras de papel ou de cartolina e fixe no
quadro, ou em outro recurso disponível. Cuide para que seus alunos compreendam
a diferença entre os dois termos. No tópico II desta lição, divida a turma em
três equipes. Cada uma delas ficará responsável por estudar o conteúdo de um
ponto do terceiro tópico, a fim de discorrer sobre a liderança do marido no
núcleo familiar, espiritual, sobre a esposa e sobre os filhos. Após, peça que
apresentem à turma suas conclusões sobre a parte do estudo que lhes cabia.
Controle o tempo. Lembre-se que o conteúdo deve ser integralmente ministrado.
Texto
bíblico
Efésios 5.23,24,28-30
23. porque o marido é a cabeça da mulher,
como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
24. De sorte que, assim como a igreja está
sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
28. Assim devem os maridos amar a sua própria
mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29. Porque nunca ninguém aborreceu a sua
própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
30. porque somos membros do seu corpo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O homem foi criado para liderar os seres
vivos. Ele, portanto, é um líder nato. Está escrito em Gênesis 2.19 que, após a
formação de Adão, Deus trouxe todos os animais ao homem para que ele dissesse
como cada um seria chamado. Isso é que é autoridade! Adão tornou-se, assim, o
"primeiro cartório de registro" da Terra. Que memória excepcional! O
Senhor já havia idealizado a criação de uma auxiliadora ao homem (Gn 2.18), que
deveria lhe ser submissa. Após a Queda, Deus determinou que o
"desejo" de Eva seria para o seu marido e que esse a dominaria (Gn
3.16). A vocação de liderança do homem pode ser vista em toda a história da
humanidade. Não obstante, mulheres extraordinárias têm exercido grande
liderança em muitas ocasiões. Tal observação não representa um estereótipo
sexista (usando uma expressão contemporânea), mas é apenas uma constatação de
como funciona a natureza humana.
I -
HIERARQUIZAÇÃO NA FAMÍLIA
1. Uma decisão divina. No seio da primeira
família, bem como em todas as demais, o Senhor estabeleceu uma hierarquia. O
homem é o cabeça do casal e a esposa deve ser-lhe submissa, o que não significa
ser subserviente, que é um tipo de subjugação, de escravidão. Submissão, nos
moldes bíblicos, é uma decisão voluntária e inteligente de obediência,
sobretudo a Deus e à sua Palavra. É renúncia à opinião pessoal, em prol da
família. Inequivocamente, o ato de se submeter ao marido constitui-se em uma
das mais belas características das mulheres cristãs, seguindo o modelo das
santas mulheres do passado (1 Pe 3.5).
2. Benefícios. A hierarquização estabelece
a ordem. Nas sociedades, nas famílias, nas igrejas, se não houver hierarquia,
não haverá crescimento. Sem cadeia de autoridade viveríamos desordenadamente e
o caos se estabeleceria. Dessa forma, o caos culmina quando pessoas se rebelam
contra a ordem hierárquica estabelecida por Deus, em qualquer agrupamento
social.
3. Resistência social. Sabe-se que a
sociedade pós-moderna apresenta forte resistência a esse mandamento bíblico,
talvez, como afirma Stephen Adei na obra Seja o líder que sua família precisa,
o problema seja a discriminação histórica contra as mulheres, o que levou
alguns, no afã de corrigir essa distorção, "ao extremo de negar as
diferenças entre os sexos, e suas funções singularmente complementares".
De um jeito ou de outro, o padrão de comportamento da família cristã deve
seguir os ditames da Palavra de Deus, e não as teorias feministas que não se
sustentam ante os fatos da vida.
Observe-se, ademais, que, no gênero humano
(homem e mulher), não há relação de subordinação, mas apenas entre a esposa e
seu marido. Por isso, Sara chamava Abraão de senhor (1 Pe 3.6), mas não há
registro que ela tratasse assim os escravos ou os amigos. A posição de
submissão da esposa é abundante na Bíblia (Ef 5.22,25; Tt 2.5; 1 Pe 3.1).
Pense
O papel de liderança só pode ser exercido
pelo pai? A mãe, em casos especiais, não poderia trocar de atribuição com o
marido?
Ponto
Importante
O padrão de Deus estabelecido para o governo
da casa pesa sobre os ombros do homem. Eventuais arranjos sociais distintos, sobre
a administração da casa, trarão enormes prejuízos.
II - A
ARTE DA LIDERANÇA
1. Liderança espiritual. O marido tem o
grande desafio de liderar espiritualmente sua família. Isso definirá muitas
coisas no futuro, principalmente no que diz respeito aos filhos. Cabe ao pai,
portanto, não apenas ser um líder espiritual de si mesmo, mas conduzir sua
família aos pés de Cristo. Tal responsabilidade apresenta-se tão relevante que,
caso os filhos sejam rebeldes, inviabilizará sua ordenação ao pastorado. Paulo
recomenda que só seja admitido quem "governe bem a sua própria casa, tendo
seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe
governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?" - 1 Tm
3.4,5). Por isso, o marido deve aprender com Jesus como ser um líder eficaz. A
liderança espiritual do marido é capaz de estabelecer uma família forte que
nunca será derrotada. A liderança espiritual de Anrão foi reconhecida pelo
próprio Deus que, ao falar com Moisés na sarça, disse: "Eu sou o Deus de
teu pai [...]" (Êx 3.6). O ensinamento recebido por Moisés lhe forneceu
subsídios para, no futuro, também "não temer" a ira do rei; porque
ficou firme, como vendo o invisível" (Hb 11.27).
2. Liderando a esposa. A Bíblia diz que o
marido deve exercer autoridade sobre sua mulher, mas também deve amá-la. Assim,
cabe ao marido exercer a liderança em amor, ou seja, com companheirismo e
cumplicidade. O apóstolo Pedro, por seu turno, acrescenta ainda mais a
responsabilidade dos maridos, ao dizer que eles devem honrar a esposa, por ser
"vaso mais fraco", para que suas orações tenham valor para Deus (1 Pe
3.7). A ausência de cuidado do marido,
em relação à sua mulher, pode ensejar o bloqueio de suas orações. Observa-se,
dessa forma, a importância de liderar em amor! A quem muito se dá, muito se
cobrará (Lc 12.48).
3. Liderando os filhos. A Palavra de Deus diz
que o pai deve exercer liderança sobre os filhos (Êx 20.12; Dt 21.18-21; Mt
15.4; 19.19; Mc 7.10; Ef 6.2) e que eles são como flechas nas mãos do valente
(Sl 127.4). Isso conduz a duas conclusões: 1) O pai precisa ser um valente para
exercer a liderança, pois deverá deixar herança para seus filhos (Pv 13.22; 2
Co 12.14) e, principalmente, um bom nome, que é a maior herança (Pv 22.1);
também deverá ser valente para protegê-los (Lc 11.21), para suprir suas
necessidades materiais (Lc 11.11; 15.17), para cuidar nas doenças (2 Sm 13.5),
bem como para interceder por eles e instruí-los no caminho do Senhor (1 Sm
1.27; Jó 1.5; Pv 22.6; Ef 6.4). 2) Em segundo lugar, a liderança do
"valente" deve ser capaz de "lançá-los" bem mais longe do
que os pais foram. Afinal de contas, são como "flechas nas mãos do
valente", que seguem adiante. Isso fala sobre o futuro. Entretanto, é
preciso que os pais não irritem os filhos (Ef 6.4; Cl 3.21), querendo que eles
realizem os projetos nos quais os pais fracassaram em realizar. Cada um deve
seguir o seu próprio caminho.
O pai deve corrigir os filhos (Pv 13.24;
22.15; 23.13,14; 29.15,17; Hb 12.9), mas sem irritá-los, como mencionado antes.
Isso significa que a liderança sobre os filhos também deve ser exercida em
amor, pois onde existe amor existem milagres. Assim, a disciplina deve ser
sentida pelo filho, isto é, ela deve ser suficiente para desestimular novos
erros, mas não pode ferir, nem física nem emocionalmente, pois isso seria uma
agressão e não uma correção (Pv 19.18).
Pense
Caso o pai não seja crente e a mãe o seja,
mesmo assim a liderança deve ser exercida pelo marido? Não seria uma exceção
para a mulher liderar?
Ponto
Importante
Deus não faz distinção entre o pai bom ou
mau, crente ou descrente. A liderança será sempre dele. Essa é a regra
estabelecida na Bíblia e, por isso, não deve ser mudada.
III -
CONTRASTES DE LIDERANÇAS
1.
Ineficaz.
Descumprir um propósito divino gera infelicidade, tanto para si, como para os
que estão ao seu redor. O rico descrito na história de Lázaro certamente teve
uma liderança ineficaz. Lembrou-se da vida espiritual de sua família somente
após a morte (Lc 16.27,28). Ele estava infeliz, e a família também estava. Os
danos decorrentes de uma vida familiar que não cumpre os propósitos de Deus
acarretarão consequências tanto nesta vida quanto na vindoura. Mas os exemplos
ruins não são apenas de ímpios. Veja-se a situação de Davi. Ele procurou
dominar sua família, ao invés de servi-la. Foi muito egoísta, conforme se
observa no episódio do adultério com Bate-Seba (2 Sm 11.1-27). Deu pouca
importância à influência negativa do seu sobrinho Jonadabe, que era um rapaz
maligno, sobre seu filho primogênito Amnom (2 Sm 13.3), o qual planejou o
estupro de Tamar. Depois disso, ele ainda continuou com livre trânsito na casa
do rei (2 Sm 13.35). Davi, em regra, não tinha tempo para falar com seus filhos
e os sofrimentos deles não eram percebidos pelo pai ausente (2 Sm 14.24, 33).
Quando morreu, Davi deixou um legado de mágoas e sangue (1 Rs 2.6,8). Tanto é
assim que Salomão ainda matou um irmão (1 Rs 2.24,25). O lar de Davi, um homem
segundo o coração de Deus, ficou aos pedaços por causa de sua liderança ineficaz.
2.
Eficaz.
A Bíblia não conta a história deles. Podem ter sido trucidados por
Nabucodonosor, ficado em Jerusalém como escravos ou morrido de doenças. Não
importa. Os pais de Daniel, Misael, Azarias e Ananias, os jovens que serviram
ao rei de Babilônia, são pais heróis. Eles conseguiram impregnar na mente
desses moços a fidelidade ao Senhor desde muito cedo. Ao que tudo indica, os
jovens foram transportados para Babilônia com idade inferior a vinte anos, mas
demonstraram grande maturidade espiritual. Não se contaminaram com o pecado e,
por isso, foram grandemente abençoados. Outro caso igualmente notável aconteceu
com certo homem chamado Jonadabe, o qual ensinou a seus filhos como deveriam
viver (Jr 35.1-10) e eles o obedeceram regiamente. Deus ficou tão impressionado
com a fidelidade dos recabitas, que anunciou: "Nunca faltará varão a
Jonadabe, filho de Recabe, que assista perante a minha face todos os dias"
(Jr 35.19). Que coisa extraordinária! Deus destinou um final feliz a um grupo
de nômades, por causa da liderança eficaz exercida por um homem séculos antes.
Pense
A liderança ineficaz do marido no lar produz
sempre danos irreversíveis? Há exceção?
Ponto
Importante
Para Deus não existe ponto final. O maior
caos de todos, Ele pode transformar em harmonia; porém, em regra, os danos da
má liderança são irreversíveis.
SUBSÍDIO
"O fenômeno de pais que não têm tempo
para liderar suas famílias está alcançando proporções alarmantes.
Diferentemente do passado, quando as famílias trabalhavam juntas no campo, as
atividades modernas estão organizadas de tal maneira que, com a exceção do fim
de semana, os pais saem de casa pouco depois do nascer do sol e só retornam à
noite.
O resultado destas tendências sobre a
sociedade e os homens, em particular, é devastador. Na prática, alguns homens
podem soprar e bufar, podem perturbar as crianças e as mulheres, podem recorrer
a um comportamento antissocial. A verdade é que um homem que não consegue
desempenhar a liderança eficaz no lar, na comunidade, na sua igreja e na nação,
é um homem infeliz. Isso porque muitos homens desejam liderar, dar orientação e
um modelo a ser seguido. Se fracassarem, provavelmente exibirão tendências para
mascarar a sua verdadeira condição. É por isso que os homens que são ineficazes
na sua liderança provavelmente manifestarão comportamentos que são
autoritários, machistas, destrutivos e egoístas. Em outras palavras, os sinais
visíveis podem ocultar a insegurança interior, a fraqueza e os temores de
muitos homens, que deixam de desempenhar a liderança eficaz" (ADEI,
Stephen. Seja o Líder que Sua Família Precisa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2010, pp. 17,18).
ESTANTE
DO PROFESSOR
ADEI, Stephen. Seja o Líder que Sua Família
Precisa. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2010.
WRIGHT, H. Norman. Guia de Aconselhamento
Pré-Nupcial. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
CONCLUSÃO
Liderar o lar não é uma tarefa fácil, mas se
reveste de importância capital. É a partir de uma liderança eficaz que Deus
agirá nos membros da família, transformando-os em cidadãos de bem,
equilibrados, cumpridores de seus deveres. Caso contrário, os filhos serão
rebeldes e se comportarão reprovadamente. Está escrito: "A vara e a
repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua
mãe" (Pv 29.15).
Hora da
revisão.
A liderança do pai na família é uma opção ou
obrigação? Justifique.
É um dever, pois foi Deus quem
determinou.
Segundo a lição, como pode ser definida a
submissão da esposa?
Renúncia à opinião pessoal, em prol
da família.
Qual movimento social defende a igualdade
total das funções familiares do pai e da mãe?
O feminismo radical.
Cite dois exemplos de liderança masculina
eficaz.
O rico da história de Lázaro e o
rei Davi.
Segundo a Bíblia (Pv 29.15), o que acontece
ao filho entregue a si mesmo?
Envergonha a sua mãe.
Fonte:
CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, Eu e Minha Casa, professor, 2º trimestre
2016.
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