Lição 2 A terra de
Jesus Hoje
12
de abril de 2015
Texto do dia
"Ora,
o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra e da tua parentela, e da casa de
teu pai, para a terra que eu te mostrarei" (Gn 12.1).
Síntese
A
história e a situação da terra de Jesus hoje testificam o plano de Deus para
a nação de Israel e a veracidade das Escrituras.
Agenda de Leitura
Segunda - Gn 15.18 Promessa
da terra a Abraão
Terça - Gn 26.3-5 Promessa
confirmada a Isaque
Quarta - Gn 35.8-15 Promessa confirmada a Jacó
Quinta - Êx 19.1-8 Promessa
confirmada a Moisés
Sexta - Js 1.1-9 Promessa
confirmada a Josué
Sábado - 2 Sm 5.1-12 Davi
conquista Jerusalém
Texto Bíblico
Gênesis 12.1-4
1. Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua
parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o
teu nome, e tu serás uma bênção.
3. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4. Assim, partiu Abrão, como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com
ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã.
Gênesis 17.5-9
5. E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu
nome; porque por pai da multidão de nações te tenho posto.
6. E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e
reis sairão de ti.
7. E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente
depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por
Deus e à tua semente depois de ti.
8. E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas
peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o
seu Deus.
9. Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás o meu concerto, tu
e a tua semente depois de ti, nas suas gerações.
INTRODUÇÃO
Constantemente, Israel e o Oriente Médio ocupam
lugar de destaque nos noticiários dos principais jornais do mundo. Os fatos
que envolvem o país e aquela região são desproporcionais se considerarmos o
seu tamanho geográfico em comparação a outros povos e nações. Contudo, tal
repercussão não tem natureza geopolítica; ela é de natureza espiritual. Como
veremos nesta aula, o plano divino, mediante a chamada de Abraão e sua
descendência, é o elemento responsável pela história de Israel e pela
situação da terra de Jesus nos dias atuais.
I - A PROMESSA DE UMA
GRANDE NAÇÃO
1. A chamada de Abraão e a Terra Prometida. O capítulo 12
de Gênesis contém a magnífica promessa do nascimento do povo de Israel, pela
qual Deus garante a Abrão (depois chamado de Abraão, Gn 17.5) que engrandeceria o seu nome e
faria dele uma grande nação (vv.1,2). Para tanto, o Senhor estabelece um
concerto perpétuo e lhe promete a posse da terra de Canãa (vv.7,8),
exigindo, em contrapartida, a sua obediência (Gn
17.1; 26.5).
Posteriormente, esse pacto é confirmado aos seus filhos Isaque (Gn 26.3-5), Jacó (Gn 35.8-15) e, também, a Moisés e ao povo de Israel (Êx 19.1-8). Após a morte de Moisés, sob a
liderança de Josué, o povo tomou posse da terra de Canaã (Js 1-12), depois da jornada de 40 anos
peregrinando no deserto. Isso explica o elo inseparável entre o povo de
Israel e a Terra Prometida.
2. Propósito da chamada. Mas, qual foi o propósito da chamada de Abraão? A
bênção destinava-se somente a ele e a sua família? De acordo com a Bíblia de
Estudo Pentecostal, "a intenção de Deus era que houvesse um homem que o
conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos. Dessa família, surgiria
uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias de
outras nações, para fazerem a vontade de Deus. Dessa nação, viria Jesus
Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher". Israel,
portanto, seria um reino sacerdotal, povo santo e canal de bênção para os
demais povos (Êx 19.6). A expressão
"e em ti serão benditas todas as famílias" (Gn 12.3) revela que a promessa divina estava
dentro de um propósito salvífico para a raça humana.
3. O pacto com Israel e o Novo Testamento. Apesar da sua chamada, a nação de Israel foi
incrédula, desobediente e rejeitou o Evangelho. Ainda assim, Deus mantém um
plano especial para o verdadeiro Israel. Nos capítulos
9 a 11 da carta aos
Romanos, o apóstolo Paulo fala sobre o plano divino para o povo escolhido,
sua incredulidade atual e acerca da restauração futura. Ele afirma que a
promessa divina não falhou, porquanto era destinada só para os fiéis da nação
(9.6-8). Com efeito, Deus não
rejeitou a Israel (11.1-6), e a
incredulidade israelita é apenas parcial e temporária, mantendo-se um
remanescente que permanece fiel. Futuramente, todo Israel aceitará a salvação
divina em Cristo (11.26; Ap 7.1-8).
Pense
"Pela fé, Abraão, sendo chamado obedeceu, indo
para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde
ia" (Hb 11.8). Que isso
sirva-nos de exemplo, pois sem fé é impossível agradar a Deus!
Ponto Importante
"A promessa de Deus a Abraão e a sua bênção
sobre ele, estendem-se, não somente aos seus descendentes físicos, como
também a todos aqueles que com fé genuína aceitarem e seguirem a Jesus
Cristo, a verdadeira 'posteridade' de Abraão" (Gl 3.14,16)
(Bíblia de Estudo Pentecostal).
II - A FORMAÇÃO DO ESTADO
DE ISRAEL
1. A proteção divina do povo israelita. A história comprova o propósito especial de Deus
com a nação de Israel. Desde a chamada de Abraão nos tempos do Antigo
Testamento, a conquista da Terra Prometida, passando pelas guerras, a
subjugação sob o domínio de vários impérios, a perseguição sofrida, e a sua
sobrevivência até o tempo presente, revelam o componente sobrenatural e
miraculoso da existência de Israel. Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó
foram escravos no Egito, peregrinaram no deserto e estiveram sob o domínio
dos babilônios, medo-persas, gregos, assírios e romanos.
2. A dispersão pelo mundo. Em virtude da desobediência e da idolatria do povo,
Deus disse que tiraria a nação israelita da sua terra e a espalharia pelo
mundo (Dt 28.63,64; Mt 23.37).
Isso aconteceu várias vezes na história, quando foram levados cativos pelos
assírios (cf. 2 Rs 17.6),
babilônios (cf. 2 Rs 25.21) e pelos
gregos (para Alexandria no século III a.C). Entretanto, a maior dispersão,
chamada diáspora judaica, ocorreu em 70 d.C, quando os romanos invadiram
Jerusalém e destruíram o templo. Com isso, milhares de israelitas foram
dispersos pelo mundo (Lc 21.24),
vivendo exilados de sua pátria. Já no Século XX, Adolf Hitler também empreendeu uma perversa
perseguição contra os judeus, culminando no Holocausto, o genocídio de cerca
de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Nenhum outro povo
sofreu tantos ataques quanto Israel, mas Jeová sempre os protegeu com sua
forte mão, pois Ele é o seu guarda e
Redentor (Sl 121.4; Is 41.14).
3. Retorno à Terra Prometida. Apesar da dispersão, a promessa divina da Terra
Prometida ainda estava de pé (Gn 13.15),
e o retorno do seu povo escolhido era inevitável (Ez
26.24,28; Os 14.7). Aos poucos, os israelitas
começaram a despertar o sentimento de regressar ao lar prometido, o qual
ganhou força com o movimento sionista, iniciado em 1897 por Teodoro Herzl.
Elienai Cabral capta a essência do movimento ao afirmar que "não era um
simples sentimento de um homem ou de um povo, e, sim, um impulso do Espírito
de Deus na mente e no coração de cada judeu disperso, em cumprimento da
Palavra de Deus (Jr 24.6)".
O ponto culminante desse regresso foi em 14 de maio
de 1948, com a criação do Estado de Israel e a sua declaração de
independência, que foi precedida pela aprovação da partilha do território
palestino pela ONU em 1947, cuja sessão foi presidida pelo embaixador
brasileiro Osvaldo Aranha. Nesse dia, então, cumpriu-se Isaías 66.8: "Quem jamais ouviu tal
coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só
dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à
luz seus filhos".
Pense
Nenhum outro povo sofreu tantos ataques quanto
Israel, mas Jeová sempre os protegeu com sua forte mão, pois Ele é o seu
guarda (Sl 121.4) e Redentor (Is 41.14).
Ponto Importante
A criação do Estado moderno de Israel ocorreu em 14
de maio de 1948.
III - ISRAEL NA ATUALIDADE
1. Conflitos com os árabes. Mesmo com a criação do Estado de Israel, as lutas
não cessaram. Assim que declarou sua independência, Israel foi imediatamente
atacado pelo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano,
instaurando-se o conflito entre árabes e judeus. Nessa ofensiva, assim como
em outras que se repetiram nos anos de 1990, Israel saiu-se vitorioso. Um
desses ataques ocorreu em 1973. Aproveitando-se do feriado religioso judaico
do Yom Kipur ("Dia do Perdão") - ocasião em que grande parte dos
soldados israelenses se encontravam de folga - Egito e Síria lançaram um
ataque surpresa contra Israel. Entretanto, foram derrotados novamente.
2. A presença histórica na terra. Depois de várias tentativas de paz, o conflito
ainda persiste na região. Os palestinos não aceitaram a partilha da terra nos
moldes estabelecidos pela ONU em 1947, e mantém uma postura belicosa e
baseada no terror contra o Estado judeu, afirmando que a Terra Santa lhes
pertence. Contudo, uma pesquisa histórica mostra o contrário. Em virtude da
promessa divina a Abraão, o povo de Israel tem estado presente naquela terra
nos últimos 3.700 anos, com maior ou menor intensidade, apesar das invasões e
exílios. Eles colonizaram e desenvolveram aquela região, renovando a terra
assolada e desértica. Segundo Abraão de Almeida, "trabalhando
diuturnamente nas condições mais desfavoráveis possíveis, os novos
colonizadores plantaram dezenas de milhões de árvores e drenaram extensos
pântanos através de um arrojado programa de recuperação do solo, em que parte
do rio Jordão foi desviada, até que o deserto começasse a florescer",
como cumprimento profético (Ez. 36.33-35)
(Israel, Gogue e o Anticristo, p.
53).
3. Situação atual. Nos dias atuais, o Estado de Israel é uma nação próspera e a única
referência democrática do Oriente Médio, que respeita os direitos humanos,
inclusive das mulheres, e permite aos cidadãos de todas as crenças praticarem
sua religião, livre e publicamente. Ainda assim, vive ameaçado pelos
palestinos. Hoje, os cristãos devem orar pela paz na região e interceder pela
nação de Israel, pois eles são o relógio escatológico de Deus referente ao
mundo, principalmente acerca da Grande Tribulação (Ap. 16.12-21). Esse evento escatológico será terrível e
indescritível para o povo de Israel. Ele estará mobilizado para a grande
batalha do Armagedom. Os reis da terra, isto é, os governantes do mundo todo
estarão reunidos com seus exércitos e armas destrutivas para o maior combate
já registrado na história mundial; será no clímax dessa batalha que Jesus, o
Messias, anteriormente rejeitado pelos israelitas, virá e destruirá os
inimigos do seu povo, e implantará o seu reino milenial (Ap 19.11-21).
Pense
"A nação israelita não constitui apenas o
centro geográfico do mundo, mas também o centro nevrálgico da política internacional"
(Abraão de Almeida).
Ponto Importante
O conflito entre Israel e palestinos teve início
após a criação do Estado de Israel.
CONCLUSÃO
Deus ainda mantém um plano especial para Israel,
protegendo aquela nação ao longo dos séculos, sempre livrando-a com mão
forte. Isso prova que o Deus a quem servimos é o Senhor soberano que intervém
no curso da história. Oremos, pois, pela terra de Jesus nos dias atuais, para
que Ele faça cumprir os seus propósitos para o seu povo.
Hora da Revisão
Qual o propósito da
chamada de Abraão?
Cite quatro ocasiões da
história em que os israelitas foram dispersos:
Qual foi o ponto
culminante do regresso dos israelitas para a Terra Prometida?
O que
aconteceu logo após a criação do Estado de Israel?
Qual a atual situação do
Estado de Israel?
Fonte: CPAD, Jovens 2º trimestre 2015, Jesus e o seu tempo, lição 2 A terra de Jesus.
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segunda-feira, 6 de abril de 2015
Lição 2 A terra de Jesus Hoje
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