Lição
05 - A crise de fidelidade na Igreja.
01 de fevereiro de 2015
Texto
Áureo
“Assim como nos escolheu, nele, antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”
Ef 1.4
Verdade
Aplicada
A crise de fidelidade tem afetado vários
setores da Igreja, ocasionando a perda da unidade, dificuldades na adoração e a
perda de sua identidade ética e missionária.
Objetivos
da Lição
1. Apresentar as principais áreas afetadas
pela crise de fidelidade na Igreja;
2. Compreender a dimensão da crise que se
instaurou na tríplice missão da Igreja;
3. Conhecer as três características de uma
Igreja fiel.
Glossário
Vital: essencial,
básico;
Vanglória: vaidade, orgulho, soberba;
Credo:
profissão de fé cristã; doutrina ou programa de princípios.
Textos
de referência
Ef 4.20, 21, 25, 32
20 Mas
não foi assim que aprendestes a Cristo,
21 se é
que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em
Jesus.
25 Por isso, deixando a mentira,
fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.
32 Antes, sede uns para com os
outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em
Cristo vos perdoou.
Leituras
complementares
Segunda 2Sm
4.4
Terça 1Tm
3.5
Quarta At
12.5
Quinta At
20.28
Sexta 3Jo
10
Sábado Mt
16.18
Esboço
da lição:
Introdução
1. As dimensões da crise de fidelidade na
Igreja
2. A crise de fidelidade na missão da Igreja
3. As características de uma Igreja fiel
Conclusão
Introdução
Ultimamente, a Igreja vive dias difíceis,
pois estamos passando por um momento dramático e angustiante. Alguns
acontecimentos se abateram sobre o Corpo de Cristo e alteraram seu conceito
diante da sociedade. Sua visão ficou ofuscada, sua missão comprometida, sua
unidade abalada e sua comunhão fragmentada. É bem certo que enfrentamos crises
em várias dimensões, porém, a área mais atingida é a da fidelidade.
1. As
dimensões da crise de fidelidade na Igreja
Atualmente, percebe-se que a Igreja enfrenta
crise em várias áreas e os princípios mais prejudicados são: a unidade, a
comunhão e a ética.
1.1 A
crise de unidade
De acordo com a mente de Cristo e Seus
ensinos deixados nos evangelhos, a unidade deve ser um fator de identificação
da Igreja (Jo 13.34, 35; 15.12). Entretanto, é exatamente a falta de unidade
que mais ocorre nesses dias. Isso indica que estamos em crise, pois somos um
povo dividido. A igreja de Corinto representa tipicamente o comportamento de
uma igreja sem unidade (1Co 1.10). Eles tinham problemas no culto, nas relações
entre os irmãos, nas relações familiares e a igreja ainda tinha aqueles que se
dividiam em grupos ou partidos (1Co 1.11-13). Em Filipenses 2.1-5, Paulo
escreve sobre a importância vital da unidade cristã. Ele afirma que a unidade
espiritual da Igreja é produzida por Deus. Para a igreja em Éfeso, ele confirma
que a unidade é construída sobre o fundamento da verdade (Ef 4.1-6). Essa
unidade não é externa, mas interna. Não se trata de unidade denominacional, mas
espiritual, pois fazemos parte da família de deus e estamos ligados ao Corpo de
Cristo (1Co 12.27). Ainda exortando os irmãos filipenses, o apóstolo aponta
que, para vencer a crise da unidade, devemos nos afastar do partidarismo e da
vanglória.
1.2 A
crise de comunhão
A palavra grega “Koinonia” significa
comunhão. A ideia básica inserida aqui é compartilhar. As escrituras sempre
enfatizam a necessidade da Igreja ser um espaço de vivência comunitária,
fraterna e amiga. Essa prática foi entendida pelos primeiros cristãos como de
importância tal que faz parte do indispensável Credo apostólico luterano –
“Creio na comunhão dos santos”. Essa comunhão envolve o no Corpo de Cristo os
salvos de todos os lugares e de todas as épocas. O sentido básico de
“Koinonia”é compartilhar alegrias e tristezas (Rm 12.15). Associada a essa
noção está a ideia de responsabilidade, isto é, membros do Corpo de Cristo que
têm compromisso uns para com os outros viverão a comunhão dos santos.
É comum vermos as igrejas serem
marcadas por divisões tolas, quase sempre por motivos fúteis. Muitas sofrem
prejuízos de todos os tipos quando os membros não vivem em harmonia e união.
Precisamos viver intensamente a comunhão, pois ela também faz parte da razão de
ser da Igreja no mundo.
1.3 A
crise ética
Provavelmente é no campo da ética em que
vivemos nossa maior crise. Muitos líderes e crentes em geral estão se
esquecendo que a Igreja é sal da terra e luz do mundo e estão se deixando levar
pelo espírito de corrupção que domina este mundo (Mt 5.13-16). Líderes que se
corrompem, compram e não pagam, envolvem-se em negócios escusos com políticos
desonestos e negociam, inclusive, o próprio rebanho. Seguramente, deriva-se
dessas ações a nossa recente falta de credibilidade. Oque antes era referência
de confiança, hoje é visto com outros olhos. O mundo passou a ver a Igreja como
um lugar de exploradores por causa de uns poucos que nos envergonham. No
entanto, a Igreja de Cristo, salva e remida, é formada de homens honestos.
Será que Deus está satisfeito
com crentes mentirosos e desonestos? Que compram diplomas e títulos? Com servos
que se aproveitam de políticos desonestos para tirarem vantagens pessoais? Com
líderes que contribuem para que a Igreja do Senhor vá para a justiça e até para
a imprensa por negócios escusos? Com pessoas que negociam até os votos da
Igreja em campanha eleitorais? Estará o dono da obra, o Senhor da seara,
satisfeito conosco?
2. A
crise de fidelidade na missão da Igreja
A missão da Igreja é tríplice: ela deve
ministrar a Deus, aos seus membros e ao mundo. Compreendemos então sua missão
para com Deus, sua missão para consigo mesma e sua missão para com o mundo.
2.1 Sua
missão com Deus
A adoração é essencialmente a missão da
Igreja com Deus. Em Colossenses 3.16, Paulo encoraja a Igreja a cantar “salmos,
hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração”. A
adoração na Igreja não é meramente um preparo para outra coisa; ela é em si
mesma o cumprimento de um dos grandes propósitos da Igreja, cujos membros foram
criados para o louvor e glória de deus (Ef 1.20).
2.2 Sua
missão para consigo mesma
O ministério da Igreja a seus membros é
realizado por meio do fortalecimento espiritual e da edificação destes para que
ela possa apresentar “todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28). Em Efésios
4.12, 13, os líderes com dons na igreja foram dados para o aperfeiçoamento dos
santos, para a obra do ministério e para edificação do Corpo de Cristo até que
cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus; ao estado
de homem perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo.
2.3 Sua
missão para com o mundo
A missão da Igreja para com o mundo é
realizada pela pregação do Evangelho a todas as pessoas no mundo, seja por meio
de palavras, seja por meio de atitudes. Em Mateus 28.19, Jesus ordena aos Seus
seguidores que façam discípulos de todas as nações. Para vencer a crise de
fidelidade a essa missão, a Igreja deve envolver não somente no evangelismo,
mas também em assistência aos pobres e oprimidos (Gl 2.10; Tg 1.27), e,
consequentemente, todos os membros devem fazer o bem a todos.
3. As
características de uma Igreja fiel
A Igreja que supera as crises de unidade,
comunhão e ética, e tudo aquilo que compromete sua missão, certamente possui
características de uma Igreja fiel, que vence as influências mundanas.
3.1 Uma
Igreja frutífera
Um exemplo marcante de Igreja frutífera são
os cristãos tessalonicenses (1Ts 1.5-8). Eles levaram a grande comissão de
Cristo a sério (Mt 28.18-20). Serviram de exemplo para outros cristãos, pois
difundiam o Evangelho por onde quer que fossem (1Ts 1.7-8). Levaram o Evangelho
para toda a cidade, e, muito além de suas fronteiras físicas, para a região da
Macedônia até a região da Acaia. Certamente esses cristãos discipulavam outros
crentes e evangelizavam os incrédulos. Sem dúvida, outras igrejas foram
fundadas graças à propagação do Evangelho que brotou daqueles irmãos.
3.2 Uma
Igreja solidária
A Igreja é um enorme celeiro e um grande
depositário de vocações, talentos, recursos e potenciais. Neste sentido, seu papel
deve ser o de orientar os membros para o serviço à sociedade. Refletindo o
nosso chamado para sermos sal e luz. Temos de avançar na questão da
solidariedade através da conscientização. Como no sentido original da palavra
“igreja” (que vem do grego “ekklesía” e significa “assembleia de santos”),
precisamos recuperar a nossa vocação histórica de agentes de transformação e
esperança.
O testemunho social da Igreja
deve invadir as feiras e praças da cidade, o ambiente de trabalho, a escola, a
universidade, entre outros. A fé cristã não cabe entre quatro paredes. Quando
seguimos a Cristo devemos contextualizar a verdade, refletindo a imagem de Deus
no serviço, na proclamação, na compaixão e no amor (Jo 13.15; 1Pe 2.21).
3.3 Uma
Igreja missionária
Segundo o escritor cristão Richard Mayhue,
salvo a igreja de Jerusalém, nenhuma outra igreja esteve tão intimamente ligada
à expansão missionária quanto a de Antioquia (At 13.1-4). Ele aponta alguns
princípios básicos e eternos que contribuíram para o sucesso da referida
igreja. Primeiramente, a partida de Paulo e Barnabé foi motivada e direcionada
pelo espírito Santo (At 13.2), isto é, estava de acordo com o chamado e vontade
de Deus, e não de homens. Em segundo lugar, a igreja confiou os dois obreiros a
Deus e os encarregou de promover a expansão do Evangelho, ou seja, foram
enviados pelo Espírito Santo e pela igreja local. Entendemos aqui que Paulo e
Barnabé estavam debaixo de cobertura espiritual (At 13.3). Outro ponto a ser
observado é que a igreja cedeu de boa vontade seus melhores homens, Paulo e
Barnabé, em obediência à orientação do Senhor (At 13.4). Ela não foi mesquinha
nem individualista em reter ou limitar a obra de Deus na vida dos seus servos e
permitiu que o processo no campo missionário tivesse continuidade. Ela não
tentou, de forma egoísta, segurá-los para si. Sendo assim, é preciso que a
igreja atual reflita e repense sua recente prática missionária. O nosso Mestre
já direcionou o caminho a ser trilhado e não podemos pensar em missões de forma
diferente. Missões, que inclui o evangelismo local e às nações (At 1.8), não é
o título, nem cargo. É trabalho sério. Desse modo, sempre debaixo da orientação
do Espírito Santo, urge para pregarmos a Palavra a todo o mundo (Mc 16.15), a
tempo e fora de tempo (2Tm 4.2).
Temos que conhecer quem é
Jesus. Você tem que conhece-Lo e permitir que Ele perdoe seu pecado e que
derrame amor de deus em seu coração. Então você poderá perguntar a Ele:
“Senhor. O que quer que eu faça?”. Não pense que Cristo imporá uma lista enorme
de coisas que não pode fazer. Quando se caminha com Cristo, você pode fazer o
que quiser, pois Cristo fará você querer a vontade de Deus. E hoje a vontade de
Deus para a Igreja é que estendamos nossa mão para o próximo. A Bíblia nos
ensina que temos de nos tornar pessoas que se importam com os outros. Nossa prioridade
é para com os membros do Corpo de Cristo, particularmente com a Igreja
Perseguida. Quando nos dirigimos a eles, nós os encontramos abertos para
receber o amor de Deus, a única resposta à perseguição. A batalha não será
ganha com tanques ou com armas no campo de batalha. A batalha real será travada
por aqueles que estão cheios do Espírito Santo de Deus. Pessoas que se
disponham a ir e proclamar Jesus Cristo. Que levem a Palavra de Deus. (Irmão André, fundador das Portas Abertas).
Conclusão
Para vencermos a crise de fidelidade
instaurada na Igreja, precisamos repensar nossa espiritualidade, nossa ética e
nossa unidade. Devemos redescobrir a vontade de Deus através de Sua Palavra e
sermos uma Igreja verdadeira, capaz de superar todos os seus desafios e vencer
seus dilemas contemporâneos.
Questionário
1.
Quais
são as três principais crises que prejudicam a Igreja?
R: Unidade, comunhão e ética (1Tm4).
2.
Como
podemos identificar a crise ética na Igreja?
R: Ela é manifesta em toda sorte de ações que não evidenciam a
Igreja como sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16).
3.
Quais
são as três missões da Igreja?
R:
Missão com Deus, missão consigo mesma e missão com o mundo (Ef 1.20).
4.
Quais
são as características de uma Igreja fiel?
R:
Frutífera, solitária e missionária (1Ts 1.5-8).
5.
O
que é preciso para vencermos a crise de fidelidade instaurada na Igreja?
R:
Repensar nossa espiritualidade, nossa ética e nossa unidade (Jo 17.20-23).
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e
Harpa – Editora Betel.
alguém pregou domingo passado que o Crente não tem Crise, no entanto a Igreja está em crise pelka falta de amor, compreensão e ética cristã.
ResponderExcluirConcordo plenamente Irmão, precisamos voltar urgente ao verdadeiro Evangelho, A revista da EBD da Betel traz lições preciosas em 2016 e eu estava vendo esse assunto também, infelizmente muitos irmãos não sentam para aprender e cometem esse e outros erros e vai exatamente na contra-mão do que o Apostolo Paulo e outro texto dizem. Deus te abençoe querido uma ótima semana.
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