Lição 2 A intensidade
das profecias de Jeremias.
9 de abril de 2017
Texto
Áureo
Jeremias 2.5
“Assim diz o Senhor: Que injustiça acharam
vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade e tornando-se
levianos?”
Verdade
Aplicada
Mesmo que os pecados estejam escondidos, trazem
o castigo sobre si.
Objetivos
da Lição
Ensinar que a idolatria
continua sendo um mal para a humanidade;
Revelar que, mesmo advertido, o
povo não se voltou para o Senhor;
Mostrar aos alunos que o
orgulhoso sempre é abatido.
Glossário
Concisa: Breve, resumida,
sucinta, precisa, exata;
Divindade: Pessoa ou coisa
divinizada; qualquer deus ou deusa do paganismo;
Iniquidade: Que ofende a equidade,
a retidão; prática da injustiça; perversidade.
Leituras
complementares
Segunda Jr 2.6
Terça Jr 2.7
Quarta Jr 2.8
Quinta Jr 2.11
Sexta Jr 2.13
Sábado Jr 2.19
Textos de
Referência.
Jeremias 2.1-4
1 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
2 Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém,
dizendo: Assim diz o Senhor: Lembro-me de ti, da beneficência da tua mocidade e
do amor dos teus desposórios, quando andavas após mim no deserto, numa terra
que se não semeava.
3 Então, Israel era santidade para o Senhor, e as
primícias da sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o
mal vinha sobre eles, diz o Senhor.
4 Ouvi a palavra do Senhor, ó casa de Jacó, e
todas as famílias da casa de Israel.
Hinos
sugeridos.
20, 225, 403
Motivo de
Oração
Ore pela proteção de Deus sobre sua vida e
ministério.
Esboço da
Lição
Introdução
1. Um profeta para pregar contra
o pecado.
2. Um homem à frente das
profecias.
3. Deus quer restaurar o Seu
povo.
Conclusão
Introdução
Nesta lição, veremos a atuação e a intensidade
do profeta Jeremias em suas profecias. Ele é um exemplo ao mostrar para nós que
não devemos nos calar diante do pecado.
1. Um
profeta para pregar contra o pecado.
Deus convocou Jeremias num momento muito
complicado da história de Judá. Usou-o para desafiar o povo a ser fiel à
aliança do Senhor (Jr 2.19). Sua mensagem era clara e concisa para um povo
rebelde, que insistiu em marchar rumo à punição divina, não ouvindo a voz do
Senhor (Jr 26.11).
1.1. Israel
no altar da idolatria.
Jeremias percebeu que os castigos que
sobrevieram a Judá não estavam atrelados apenas aos resultados das loucuras
políticas dos líderes de Judá. Os seus pecados de idolatria estavam em
evidência o tempo todo, principalmente o culto à “rainha do céu”. Esta “divindade”
possivelmente é uma referência a deusa Ishtar (Astarte), adorada na
Mesopotâmia, deusa mãe da fertilidade, do amor e da guerra, que teve seu culto
difundido em Judá (Jr 7.18).
A frase “a rainha dos céus” é
mencionado na Bíblia duas vezes, ambas no livro de Jeremias (Jr 7.18; 44.17).
Achava-se que ela era o cônjuge do falso deus Baal, também popularmente
conhecido como Moloque. O comprometimento das mulheres em idolatrar Astarte
procede da sua fama em ser a deusa da fecundidade e, como ter filhos era algo
muito aguardado pelas mulheres do período, a veneração desta “rainha do céu”
era abrasadora entre as civilizações pagãs. Infelizmente, este hábito pagão
tornou-se conhecido entre as mulheres de Judá também.
1.2. As
advertências do profeta.
A Bíblia relata que, em vez de haver comoção e
remorso e voltar-se para Deus, os reis, sacerdotes e o povo endureceram o
coração coma as palavras de Jeremias (2Cr 36.11, 13). Deus estava cumprindo
Suas palavras, profetizadas séculos atrás, de castigar a nação, caso ela
insistisse na rebeldia, principalmente no pecado de idolatria (1Sm 15.23).
Jeremias é um exemplo pela coragem no enfrentamento das situações mais críticas
do povo de Israel. Ele rompeu com as principais instituições judaicas ao
denunciar seus representantes.
A Palavra de Deus nos adverte que não
devemos adorar imagens, pois Ele abomina a idolatria (Êx 20.1, 5). Não é
somente as imagens de deuses, mas todas as coisas que venham ocupar o Seu lugar
em nossas vidas. A idolatria é um dos piores pecados, visto que Jesus afirmou
que o maior de todos os mandamentos é amar a Deus de todo o coração, alma e
mente (Mt 22.37). Se adoramos algo que não seja o Senhor, não O amamos de todo
coração. Em momento algum, Deus divide a Sua glória com alguém (Is 42.8).
1.3.
Obediência: valor para a vida.
O povo de Judá estava esquecendo as ordenanças
do Senhor. Eles estavam mais preocupados com seus negócios pessoais do que com
o seu Deus. As pregações de Jeremias foram rejeitadas por um povo amotinado,
que persistiu em marchar para a punição divina: “Coisa espantosa e horrenda se
anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes
dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; e que fareis no fim
disto?” (Jr 5.30-31).
Deus continua ainda hoje convidando
Seu povo à obediência, que é, na verdade, uma grande prova de amor. Deus deseja
que Seu povo lhe obedeça e abandone os seus pecados e se volte para Ele, em
reverência e obediência sincera. O profeta Miquéias profetizou as seguintes
palavras: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede
de ti, senão que praticas a justiça, e ames a beneficência, e andes
humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8). Que possamos ser obedientes às vontades
do Mestre nas nossas vidas.
2. Um homem
à frente das profecias.
Em seu livro, Jeremias se refere diversas vezes
a uma série de eventos que aconteceria caso o povo não voltasse seu coração
para Deus (Jr 14.12-15). O povo se ajuntava no templo e pensava que sua
segurança estava na religiosidade e não em Deus.
2.1. Maldita
entre as nações.
As profecias de Jeremias falam da urgência de
Juízos que sobreviriam sobre Judá (Jr 25.3, 5). Sofonias, outro profeta, também
repreendeu o povo, chamando ao arrependimento, mas não foi atendido (Sf 1.4).
Jeremias proferiu o juízo de Deus contra eles, dizendo que aquela casa se
tornaria como Siló e que aquela cidade seria maldita entre todas as nações da
Terra (Jr 26.6). Jeremias narrou assim: “Não vos fieis em palavras falsas,
dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este. Eis que
vós confiais em palavras falsas, que para nada são proveitosas. É, pois, esta
casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos?
Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o Senhor.” (Jr 7.4, 8, 11).
O povo de Judá achava que o Senhor
garantiria a proteção contra todas as catástrofes que Jeremias tinha advertido.
Eles se lembravam do fato de que, quando em Samaria foi assolada, Deus tinha
livrado milagrosamente Jerusalém da guerra (2Rs 19.35). Orgulhavam-se do
templo, mas viviam na prática do pecado (Jr 6.14). O profeta Jeremias anuncia
que tal confiança não lhes garantia o livramento (Jr 6.22), mas que eles teriam
que mudar suas práticas diante do Senhor. O Senhor separou a nação de Israel
como povo seleto (Gn 12.1, 3; 17.7-8; Êx 19.5-6; Dt 7.6, 26; Is 43.5, 7; Jr
7.23; 13.11; At 13.17). Jeremias foi claro em suas profecias, devido ao amor
que nutria por seu povo. Ele conhecia o amor de Deus por esta nação e
acreditava que os juízos de Deus poderiam ser retirados, caso a nação se
arrependesse dos seus pecados (Jr 5.30-31).
2.2. Deus
cuida de nós o tempo todo.
Para Jeremias, o pior pecado era abandonar o
Senhor (Jr 2.13). Quando nós nos entregamos de coração ao Senhor, nos sentimos leves.
Ainda que não possamos entender exatamente o que Ele está realizando, podemos
confiar que Ele está agindo a nosso favor (Is 64.4). Jeremias vivia na presença
do Senhor. Ele dizia: “Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me vês e provas o meu
coração para contigo.” (Jr 12.3). Jeremias nos ensina que, se estivermos
acordados ou dormindo, se somos ricos ou pobres, se estamos rindo ou chorando,
Ele, o Senhor está sempre conosco.
É impossível não ser grato a um Deus
tão grande que, pelo Seu infinito amor, a cada dia, cuida, ama, achega, ampara
e modifica. Deus mostra a Sua fidelidade a todo instante para conosco.
2.3. Deus
se importa conosco.
A preocupação de Deus pelo Seu povo não tem
limites. A missão profética do Antigo Testamento tinha como finalidade principal
fazer com que o povo de Israel se arrependesse e, através dele, toda a
humanidade se achegasse a Cristo (Gn 3.15; 17.19; 18.18; 28.14; 49.10; Is 9.7;
Mq 5.2; Dn 9.25; Jr 33.15). Os livros do Antigo Testamento estão cheios de
profecias sobre o Messias. A função das profecias do Antigo Testamento era
aprontar os judeus, e, através deles, toda a humanidade para a vinda do
Salvador do mundo, para que, no tempo de Sua vinda, fosse reconhecido e aceito
por eles.
No Antigo Testamento, a começar pelos
cinco livros de Moisés, também conhecido como Pentateuco, e terminando com os
últimos profetas Zacarias e Malaquias, os que mais falaram sobre a chegada do
Messias foram: Moisés, o rei Davi e os profetas Isaías, Daniel e Zacarias.
3. Deus
quer restaurar o Seu povo.
A Bíblia no Antigo Testamento nos apresenta um
total de 17 livros dos profetas para 16 autores, sendo que Jeremias registrou
dois, o livro que apresenta o seu nome e Lamentações. A mensagem a respeito da
restauração do povo de Deus foi uma tônica dos profetas (Is 61.1-4). Deus
sempre almejou um futuro glorioso para os Seus.
3.1.
Mensagem do pacto violado.
Nos capítulos 11 e 12 de Jeremias, assistimos a
aliança sendo rompida. Esta violação da aliança mosaica condenou Judá à maior
de todas as maldições: o exílio babilônico. A aliança é um acordo solene entre
duas ou mais partes. A Bíblia registra várias alianças estabelecidas por Deus:
com Noé (Gn 9.16-17); com Abraão, o pai de Israel (Gn 17.1, 21); depois, com o
povo de Israel no Sinai (Êx 19.3, 6); depois, com Davi (2Sm 7.12, 16). O Senhor
Jesus Cristo é o mediador da Nova Aliança (Hb 7.22). Assim, a maldição de Deus
recaiu sobre Judá por causa da violação do pacto mosaico (Êx 19.3, 6).
Ao infringir o pacto mosaico, a nação
de Israel abriu passagem para a nova aliança em Cristo Jesus. A Nova Aliança é
uma ideia do próprio Deus e não uma invenção dos homens. Jesus explicou isso
aos Seus discípulos, quando Ele estabeleceu a Ceia do Senhor: “Este é o meu
sangue da nova aliança” (Mc 14.24), isto é: “o sangue da aliança eterna” (Hb
13.20). O profeta Jeremias também disse algo a esse respeito (Jr 31.31-32).
3.2. A
podridão dos pecados do povo.
A mensagem de Deus para a nação de Israel foi
transmitida através da simbologia de um cinto de linho. Deus escolheu o profeta
Jeremias para anunciar a queda de um povo contaminado pelo pecado. Deus usa
esta ação simbólica no capítulo 13 do Livro de Jeremias para mostrar o estado
de altivez em que se encontravam as pessoas da época. O linho era o tecido
usado pelos sacerdotes (Êx 28.39). Deus exige e o enterre numa fenda do rio
Eufrates. Mais tarde, Deus solicita que desenterre o cinto e o mesmo está
apodrecido. Seu estado de apodrecimento simboliza a decomposição do povo. O
orgulho fez separação entre a nação e o Senhor. Eles não estavam mais em
condições apropriadas para se relacionar com o Senhor (Jr 13.7-9). Para Deus,
eles estavam tão podres quanto o cinto, que não prestava para mais nada (Jr
13.10).
Este ato simbólico do cinto esclarece
a aliança do Senhor com todo o Israel, pois assim como se liga o cinto aos
lombos do homem, assim o Senhor ligou a Ele toda a casa de Israel e toda a casa
de Judá.
3.3. Deus
castiga o Seu povo.
O capítulo 14 de Jeremias declara que o povo de
Judá se encontra de tal modo contaminado em seus pecados que Deus se recusou a
responder até mesmo a súplica de Jeremias para que o povo fosse livrado da seca
(Jr 14.11). A iniquidade de Israel é tão grave neste momento que o próprio Deus
diz: “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha
alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam”. (Jr 15.1). Deus
chega ao ponto de pedir a Jeremias que não orasse pelo povo, tamanha sua
situação crítica.
A obediência da autoridade a nossa
comunhão com o Senhor. O sábio rei Salomão deixou registrado o seguinte: “O que
desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável” (Pv
28.9). O profeta Samuel também afirmou: “Tem, porventura, o Senhor, tanto
prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor?
Eis que o obedecer é melhor que o sacrificar; e o atender melhor do que a
gordura de carneiros” (1Sm 15.22). Infelizmente, o povo de Judá não atentou
para a Palavra de Deus e, por isso, caiu em desgraça. Precisamos dar ouvidos à
Palavra de Deus e dizer, continuamente, ao Senhor: “Eis-me aqui, envia-me a
mim”.
Conclusão.
Quando Deus faz uso de um profeta para advertir
Seu povo, não quer dizer que Ele não ama esse povo. A exortação de Deus é para
que o homem se converta e abandone a prática do pecado. O profeta tem a
finalidade de revelar o amor de Deus, a misericórdia, o juízo e o chamado ao
arrependimento.
Questionário.
1. Qual “deusa” o povo de Judá cultuava?
R: A “rainha do céu”, uma
referência à deusa Ishar (Arstarte) (Jr 7.18)..
2. Onde ela era adorada?
R: Na Mesopotâmia (Jr 7.18).
3. Qual era o pior pecado para Jeremias?
R: Abandonar o Senhor (J 2.13).
4. Qual foi a tônica das mensagens dos profetas?
R: A restauração do povo de Deus
(Is 61.1-4).
5. Onde Jeremias enterrou o cinto de linho?
R: Na fenda do rio Eufrates (Jr
13.5).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens
e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103,
publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
Paz do Senhor Jesus aos amdos!
ResponderExcluirGostaria de saber se os irmãos iram postar a revista CONECTAR+ dos jovens da Editora Betel???
E maravilhoso esse ensino traz paz na alma e acalma corações
ResponderExcluirA paz do senhor para todos irmãos em Cristo.
Amém!
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