segunda-feira, 20 de março de 2017

Lição 13 Os últimos dias serão tempos trabalhosos e de apostasia.



Lição 13 Os últimos dias serão tempos trabalhosos e de apostasia.
26 de março de 2017

Texto Áureo
Hebreus 12.1
“Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta”.

Verdade Aplicada
Para vencer nos últimos dias, é necessário permanecer seguindo as Sagradas Escrituras.

Objetivos da Lição
Anunciar o perfil da geração vindoura e sua malignidade;
Expor as três classes mais degradantes da geração dos últimos dias;
Mostrar como a verdade divina prevalecerá sobre as trevas da mentira.

Glossário
Elixir: Bebida deliciosa;
Fanfarrão: Que ou aquele que conta vantagem ou alardeia coragem;
Insípido: Sem sabor; insosso.

Leituras complementares
Segunda Os 4.6
Terça Mt 5.13
Quarta Jo 8.32
Quinta Rm 13.7
Sexta Tg 4.6
Sábado 1Pe 5.5

Textos de Referência.
2 Timóteo 3.1-5
1 Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

Hinos sugeridos.
18, 372, 432.

Motivo de Oração
Clame para que o Senhor inquiete o coração de cada cidadão em busca de riqueza dos céus.

Esboço da Lição
Introdução
1. A malignidade da geração dos últimos dias.
2. A escória de uma geração.
3. Resplandecendo em meio à corrupção.
Conclusão

Introdução
Os sinais da vinda de Jesus estão cada vez mais nítidos em nossa geração e temos a certeza de que brevemente a trombeta estará ressoando (1Co 15.51-52). Portanto, precisamos estar firmes e vigilantes!

1. A malignidade da geração dos últimos dias.
Ao anunciar que os últimos dias da humanidade serão trabalhosos, Paulo descreve a qualidade da geração vigente. Ele fala sobre um terrível reflorescimento do mal, em que todos os fundamentos morais estão abalados (2Tm 3.3).

1.1. Homens amantes de si mesmos.
A primeira característica relatada aqui é a vida centrada em si mesmo. O termo usado é “filautos”, que significa “amante de si mesmo”. O egoísmo é o pecado básico de onde provém os outros pecados. A essência do cristianismo não é entronizar o eu, mas, sim, destrona-lo. Jesus nos ensinou que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos (Mt 22.37-40). Nenhum ensino nas Escrituras nos admoesta a amar a nós mesmos.

Nenhum cristão é admoestado pelas Sagradas Escrituras a amar ou a odiar a si mesmo. Essa partícula do amor já se encontra em cada um de nós. Os tais que se queixam da falta de amor próprio são geralmente pessoas insatisfeitas com seus próprios sentimentos, habilidades e as adversidades das circunstâncias. O cristianismo propaga a morte do “eu” e nunca o amor a si mesmo como alicerce para uma vida melhor (Mt 22.40). Vale a pena ressaltar que a corrupção moral completa tende a ser o resultado quando os homens abandonam a Deus para ficarem ocupados com o próprio eu e a satisfação material.

1.2. Homens presunçosos e soberbos.
Nos últimos dias, os homens serão presunçosos e soberbos (2Tm 3.3; Pv 16.18-19). Um dos sinônimos para presunçoso é jactancioso. Jactância é a atitude de quem se comporta com arrogância e tem alto conceito sobre si mesmo. É a atitude de alguém que se vangloria. Aliado ao presunçoso está o soberbo, aquele que sempre se mostra acima dos outros. Deus resiste aos soberbos, pois são homens que querem a glória para si (Tg 4.6; 1Pe 5.5). As orientações do apóstolo Paulo a Timóteo, seu filho na fé, são perfeitamente aplicáveis ao nosso tempo, isto é, que nos afastemos desses homens (2Tm 3.5).

Em nossos dias, temos visto muitos desses pretenciosos, que estão inseridos em todas as camadas da sociedade, inclusive na igreja, os quais tentam destacar-se com seus mais variados métodos e enganos. Já os soberbos, o segredo está em seus corações. Até podem parecer humildes, calados e inofensivos. Mas, no íntimo de seus corações, está o desprezo por todos os outros. Em seus corações existe um pequeno altar, onde se ajoelham perante si mesmos, e em seus olhos existe algo que olha a todos com um silencioso desprezo. Por isso, Deus os resiste e os abomina (Pv 3.32; 24.1-2).

1.3. Homens desobedientes aos pais.
O mundo vive uma crise generalizada quando o assunto é família. Paulo fala de um tempo de insubmissão à autoridade paterna. Não faz muito tempo que os filhos tinham como de grande valia os deveres com os pais. De repente, uma revolução ocorreu na sociedade e o que mais vemos em nossos dias é o rompimento na comunhão entre pais e filhos. O sinal da suprema decadência de uma civilização se dá quando a juventude perde todo o respeito pelos mais velhos, e se nega a reconhecer essa impagável dívida, juntamente com o básico dever de gratidão para com aqueles que lhe deram a vida (Mt 15.4). Os filhos devem honrar os seus progenitores, esse é o elixir da longevidade, pois, como encontramos nas Escrituras, tal atitude resultará em uma sociedade mais estável e saudável, e em uma vida com mais qualidade (Ef 6.1-3).

Embora os tempos sejam outros, nossa obrigação junto àqueles que nos geraram continua a mesma. Filhos, mais tarde, podem se tornar pais e, da mesma forma com que agem diante de seus pais, seus filhos também agirão diante deles (Gl 6.7-8). O importante é fazer o que é certo e de acordo com o que a Bíblia trata do assunto, quando fala acerca da longevidade e felicidade para os obedientes aos pais (Ef 6.1-3). Uma pessoa de honra se distingue por pagar suas dívidas e todos nós temos uma dívida para com Deus e com nossos pais. Como pessoas de honra, devemos pagar essa dívida para estar em paz com todos (Rm 13.7). 

2. A escória de uma geração.
Vivemos numa sociedade degradada, composta por pessoas sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons (2Tm 3.3). Além desses, ainda temos três grupos que certamente trarão muitos problemas aos moradores da Terra.

2.1. Amigos dos deleites e inimigos de Deus.
O termo usado por Paulo para traidor é “prodotes” (2Tm 3.4), o mesmo usado para definir Judas. Esse livro foi escrito nos dias da perseguição romana. Naquele tempo, para se ganhar o favor de Roma, um amigo traia o próprio amigo. Paulo está retratando aqui a falta de fidelidade na amizade (Pv 25.18). Ele fala de homens impetuosos, que, levados por uma paixão obstinada, tornam-se imprudentes e insensíveis. Também fala de homens envaidecidos por sua própria importância. Paulo não está se dirigindo aos de fora. Ele está traçando um perfil de pessoas aparentemente cristãs (2Tm 3.7-8).

O verdadeiro cristianismo produz um poder dinâmico que muda a vida pessoal do homem. O apóstolo Paulo está falando de pessoas que nunca experimentaram o novo de Deus em suas vidas, mas que estão inseridas dentro do contexto cristão. Esses indivíduos já fazem parte da igreja atual e estão se proliferando. A melhor maneira de identifica-los é observando seus frutos (Mt 7.20). Longe de ficar desanimado, o verdadeiro cristão deve ficar de sobreaviso, pelas evidências ao seu redor da má conduta e da fé religiosa insatisfatória.

2.2. Apenas aparência de piedade.
Devemos ter em mente que aproximar-se de Deus é estar pronto para experimentar uma revolução pessoal através do poder de Jesus Cristo (Hb 4.12). A acusação aqui é que esses homens terão apenas uma forma externa (aparência de bondade). Eles seguirão um ritual com liturgia e adoração, mas nada compreenderão acerca do poder dinâmico que transforma a vida dos homens. Hoje, muitas pessoas apresentam-se como representantes e agentes a serviço do Reino de Deus. Todavia, na prática, são reprovadas por agir em contradição com a verdade que deveriam anunciar (2Tm 3.5).

Nossa geração já tem observado esse escurecimento decadente. Embora tenha progredido e melhorado em vários aspectos, na esfera moral e espiritual as coisas têm se complicado cada vez mais. O apóstolo Paulo nos assegura que esses homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados (2Tm 3.13). Esses homens ímpios se unirão aos santos e isso brotará na Igreja e ao redor dela.

2.3. Que sempre aprendem, mas desconhecem a verdade.
Como é possível aprender a verdade e desconhecê-la? Isso acontece quando uma pessoa passa a viver somente de aparência, pois sabe que será reprovada caso venha para a luz (Jo 3.19.-20). Paulo diz que eles sempre aprendem mas não tem conhecimento (2 Tim 3.7). Existem pessoas que sempre estão desejosas em discutir toda nova teoria, que sempre estão profundamente envoltas no último movimento ou grupo religioso da moda, mas que são totalmente incapazes de aceitar a disciplina diária e até mesmo a tarefa de viver a vida cristã na prática. O resultado de um corpo sem vida é apenas a decomposição. É nossa obrigação purificar e fortalecer nossas vidas na batalha moral para viver a vida cristã (2Tm 2.22-26).

Somos o Corpo de Cristo. Um corpo sem espírito está morto. O que parece ser bom exteriormente, quando está sem vida interior, se decompõe e se torna sujo e intragável. A curiosidade intelectual não pode tomar o lugar da seriedade moral. Mesmo nos tornando intelectuais, nada adianta se não estivermos conectados a à vida de Deus. Os últimos dias serão eclipsados por um gradativo aumento de iniquidade no mundo, haverá um colapso nos padrões morais e a multiplicação de falsos cristãos e falsas igrejas entre nós (Mt 24.11).

3. Resplandecendo em meio a corrupção.
No texto de Filipenses 2.15, Paulo diz que devemos resplandecer como astros no meio de uma geração corrompida. Mesmo que sejamos ostentados a agir de maneira pessimista diante dos desvarios da geração vigente, a verdade divina sempre prevalecerá sobre as trevas da mentira (2Tm 3.8-9).

3.1. Permanecendo na sã doutrina.
O conselho de Paulo é claro: permaneça firmado na Palavra de Deus (2Tm 3.14-15). Ventos fortes não podem abalar os alicerces de um prédio fortificado. Por que o povo de Deus se perde? Por falta de conhecimento (Os 4.6). Como o povo se encontra? Através do conhecimento da verdade (Jo 8.32). A verdade destrói o egocentrismo, destrona todo o “eu” da vida humana, conduzindo o homem tanto a ser salvo, quanto a tornar-se uma ferramenta que conforta a vida de outros (2Tm 3.16-17).

Mais do que nunca, o homem deve estudar as Sagradas Escrituras para fazer-se útil a Deus e a seus semelhantes (2Tm 3.13-14). A orientação sistemática obtida através do estudo bíblico na Escola Dominical capacita o cristão a enfrentar de modo firme suas responsabilidades.

3.2. Fazendo valer a posição para a qual foi chamado.
Pode parecer que o mal esteja prevalecendo, mas jamais devemos esquecer quem escreveu essa história. Ela tem começo e fim, e, ao final, o bem prevalecerá e o Cristo vivo reinará sobre todas as nações da Terra (Sl 22.28). Deus nunca vai deixar de falar. Ele procura homens e mulheres que estejam na brecha (Ez 22.30). Uma pessoa na posição que Deus quer pode salvar uma nação. Nesses dias finais, os homens apostatarão da dé, darão ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Mas precisamos continuar pregando a Palavra de Deus, pura e sem mistura (2Co 2.27; 2Tm 4.2-5).

A grande tragédia de muitos cristãos é não crescer e progredir na fé (Jo 15.4). Muitas vezes, nossa vida leva sempre a marca das mesmas falhas e enganos. Parece que continuamos sendo vítimas dos mesmos hábitos e escravos das mesmas tentações. A verdadeira vida cristã não pode ser estagnada; deve estar em contínuo progresso. A vida cristã é uma viagem rumo a Deus e não pode jamais permanecer num mesmo lugar.

3.3. Não se tornando insípido.
Fomos posto neste mundo sem sabor para temperá-lo (Mt 5.13). É muito ruim uma comida sem sal. Assim também estará o mundo se não tomarmos a consciência do que somos. Jesus nos chamou para viver em meio as diferenças. Fomos colocados num mundo avesso para alterá-lo. Por que o sal? Porque produz sede; o mundo precisa desejar o que temos. O sal conserva. O sal dá sabor; o paladar mais insípido pode ser restaurado com um leve toque desse sal.

O sal perde seu poder de influência quando se torna sem sabor. Espiritualmente falando, o sabor do sal está em sua essência, que é Cristo Jesus e Sua verdade. Vivemos, nesses últimos dias, um tempo em que muitas coisas têm sido adulteradas. Devemos ter o cuidado de jamais ser influenciados pelo mal, mas sempre vencê-lo com o bem (Rm 12.21). Se um discípulo de Cristo perde a virtude do Espírito Santo, ele é como o sal que perde a sua salinidade, tornando-se, assim, uma substância completamente inútil, só servindo para ser jogado fora, nas ruas, onde é pisado pelos caminhantes.

Conclusão.
Nesses últimos dias, precisamos estar atentos aos sinais e sempre prontos a enfrentar os desafios de nossa geração. Devemos estar conscientes de nossa participação no Reino de Deus, fugindo de todo embaraço e do pecado que tão de perto nos rodeia (Hb 12.1).

Questionário.
1. Quem é o soberbo, de acordo com a lição?
R: Aquele que sempre se mostra acima dos outros e o homem a quem Deus resiste(1Pe 5.5).

2. Qual é o termo usado por Paulo para traidor?
R: “Prodotes” (2Tm 3.4).

3. O que Paulo nos diz em Filipenses 2.15?
R: Devemos resplandecer como astros no meio de uma geração corrompida (Fp 2.15).

4. Por que o povo de Deus se perde?
R: Por falta de conhecimento (Os 4.6).

5. O que Deus procura?
R: Homens e mulheres que estejam na brecha (Ez 22.30).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância, responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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