Lição 13 Os últimos
dias serão tempos trabalhosos e de apostasia.
26 de março de 2017
Texto
Áureo
Hebreus 12.1
“Portanto, nós também, pois que estamos
rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o
pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que
nos está proposta”.
Verdade
Aplicada
Para vencer nos últimos dias, é necessário
permanecer seguindo as Sagradas Escrituras.
Objetivos
da Lição
Anunciar o perfil da geração
vindoura e sua malignidade;
Expor as três classes mais
degradantes da geração dos últimos dias;
Mostrar como a verdade divina
prevalecerá sobre as trevas da mentira.
Glossário
Elixir: Bebida deliciosa;
Fanfarrão: Que ou aquele que conta
vantagem ou alardeia coragem;
Insípido: Sem sabor; insosso.
Leituras
complementares
Segunda Os 4.6
Terça Mt 5.13
Quarta Jo 8.32
Quinta Rm 13.7
Sexta Tg 4.6
Sábado 1Pe 5.5
Textos de
Referência.
2 Timóteo 3.1-5
1 Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos;
2 Porque haverá homens amantes de si mesmos,
avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães,
ingratos, profanos,
3 Sem afeto natural, irreconciliáveis,
caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais
amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 Tendo aparência de piedade, mas negando a
eficácia dela. Destes afasta-te.
Hinos
sugeridos.
18, 372, 432.
Motivo de
Oração
Clame para que o Senhor inquiete o coração de
cada cidadão em busca de riqueza dos céus.
Esboço da
Lição
Introdução
1. A malignidade da geração dos
últimos dias.
2. A escória de uma geração.
3. Resplandecendo em meio à
corrupção.
Conclusão
Introdução
Os sinais da vinda de Jesus estão cada vez mais
nítidos em nossa geração e temos a certeza de que brevemente a trombeta estará
ressoando (1Co 15.51-52). Portanto, precisamos estar firmes e vigilantes!
1. A
malignidade da geração dos últimos dias.
Ao anunciar que os últimos dias da humanidade
serão trabalhosos, Paulo descreve a qualidade da geração vigente. Ele fala
sobre um terrível reflorescimento do mal, em que todos os fundamentos morais
estão abalados (2Tm 3.3).
1.1. Homens
amantes de si mesmos.
A primeira característica relatada aqui é a
vida centrada em si mesmo. O termo usado é “filautos”, que significa “amante de
si mesmo”. O egoísmo é o pecado básico de onde provém os outros pecados. A
essência do cristianismo não é entronizar o eu, mas, sim, destrona-lo. Jesus
nos ensinou que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a
nós mesmos (Mt 22.37-40). Nenhum ensino nas Escrituras nos admoesta a amar a
nós mesmos.
Nenhum cristão é admoestado pelas
Sagradas Escrituras a amar ou a odiar a si mesmo. Essa partícula do amor já se
encontra em cada um de nós. Os tais que se queixam da falta de amor próprio são
geralmente pessoas insatisfeitas com seus próprios sentimentos, habilidades e
as adversidades das circunstâncias. O cristianismo propaga a morte do “eu” e
nunca o amor a si mesmo como alicerce para uma vida melhor (Mt 22.40). Vale a
pena ressaltar que a corrupção moral completa tende a ser o resultado quando os
homens abandonam a Deus para ficarem ocupados com o próprio eu e a satisfação
material.
1.2. Homens
presunçosos e soberbos.
Nos últimos dias, os homens serão presunçosos e
soberbos (2Tm 3.3; Pv 16.18-19). Um dos sinônimos para presunçoso é
jactancioso. Jactância é a atitude de quem se comporta com arrogância e tem
alto conceito sobre si mesmo. É a atitude de alguém que se vangloria. Aliado ao
presunçoso está o soberbo, aquele que sempre se mostra acima dos outros. Deus
resiste aos soberbos, pois são homens que querem a glória para si (Tg 4.6; 1Pe
5.5). As orientações do apóstolo Paulo a Timóteo, seu filho na fé, são
perfeitamente aplicáveis ao nosso tempo, isto é, que nos afastemos desses
homens (2Tm 3.5).
Em nossos dias, temos visto muitos
desses pretenciosos, que estão inseridos em todas as camadas da sociedade,
inclusive na igreja, os quais tentam destacar-se com seus mais variados métodos
e enganos. Já os soberbos, o segredo está em seus corações. Até podem parecer
humildes, calados e inofensivos. Mas, no íntimo de seus corações, está o
desprezo por todos os outros. Em seus corações existe um pequeno altar, onde se
ajoelham perante si mesmos, e em seus olhos existe algo que olha a todos com um
silencioso desprezo. Por isso, Deus os resiste e os abomina (Pv 3.32; 24.1-2).
1.3.
Homens desobedientes aos pais.
O mundo vive uma crise generalizada quando o
assunto é família. Paulo fala de um tempo de insubmissão à autoridade paterna.
Não faz muito tempo que os filhos tinham como de grande valia os deveres com os
pais. De repente, uma revolução ocorreu na sociedade e o que mais vemos em
nossos dias é o rompimento na comunhão entre pais e filhos. O sinal da suprema
decadência de uma civilização se dá quando a juventude perde todo o respeito
pelos mais velhos, e se nega a reconhecer essa impagável dívida, juntamente com
o básico dever de gratidão para com aqueles que lhe deram a vida (Mt 15.4). Os
filhos devem honrar os seus progenitores, esse é o elixir da longevidade, pois,
como encontramos nas Escrituras, tal atitude resultará em uma sociedade mais
estável e saudável, e em uma vida com mais qualidade (Ef 6.1-3).
Embora os tempos sejam outros, nossa
obrigação junto àqueles que nos geraram continua a mesma. Filhos, mais tarde,
podem se tornar pais e, da mesma forma com que agem diante de seus pais, seus
filhos também agirão diante deles (Gl 6.7-8). O importante é fazer o que é
certo e de acordo com o que a Bíblia trata do assunto, quando fala acerca da
longevidade e felicidade para os obedientes aos pais (Ef 6.1-3). Uma pessoa de
honra se distingue por pagar suas dívidas e todos nós temos uma dívida para com
Deus e com nossos pais. Como pessoas de honra, devemos pagar essa dívida para
estar em paz com todos (Rm 13.7).
2. A
escória de uma geração.
Vivemos numa sociedade degradada, composta por
pessoas sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes,
cruéis, sem amor para com os bons (2Tm 3.3). Além desses, ainda temos três
grupos que certamente trarão muitos problemas aos moradores da Terra.
2.1. Amigos
dos deleites e inimigos de Deus.
O termo usado por Paulo para traidor é
“prodotes” (2Tm 3.4), o mesmo usado para definir Judas. Esse livro foi escrito
nos dias da perseguição romana. Naquele tempo, para se ganhar o favor de Roma,
um amigo traia o próprio amigo. Paulo está retratando aqui a falta de
fidelidade na amizade (Pv 25.18). Ele fala de homens impetuosos, que, levados
por uma paixão obstinada, tornam-se imprudentes e insensíveis. Também fala de
homens envaidecidos por sua própria importância. Paulo não está se dirigindo
aos de fora. Ele está traçando um perfil de pessoas aparentemente cristãs (2Tm
3.7-8).
O verdadeiro cristianismo produz um
poder dinâmico que muda a vida pessoal do homem. O apóstolo Paulo está falando
de pessoas que nunca experimentaram o novo de Deus em suas vidas, mas que estão
inseridas dentro do contexto cristão. Esses indivíduos já fazem parte da igreja
atual e estão se proliferando. A melhor maneira de identifica-los é observando
seus frutos (Mt 7.20). Longe de ficar desanimado, o verdadeiro cristão deve
ficar de sobreaviso, pelas evidências ao seu redor da má conduta e da fé
religiosa insatisfatória.
2.2. Apenas
aparência de piedade.
Devemos ter em mente que aproximar-se de Deus é
estar pronto para experimentar uma revolução pessoal através do poder de Jesus
Cristo (Hb 4.12). A acusação aqui é que esses homens terão apenas uma forma
externa (aparência de bondade). Eles seguirão um ritual com liturgia e
adoração, mas nada compreenderão acerca do poder dinâmico que transforma a vida
dos homens. Hoje, muitas pessoas apresentam-se como representantes e agentes a
serviço do Reino de Deus. Todavia, na prática, são reprovadas por agir em
contradição com a verdade que deveriam anunciar (2Tm 3.5).
Nossa geração já tem observado esse
escurecimento decadente. Embora tenha progredido e melhorado em vários
aspectos, na esfera moral e espiritual as coisas têm se complicado cada vez
mais. O apóstolo Paulo nos assegura que esses homens maus e enganadores irão de
mal para pior, enganando e sendo enganados (2Tm 3.13). Esses homens ímpios se
unirão aos santos e isso brotará na Igreja e ao redor dela.
2.3. Que
sempre aprendem, mas desconhecem a verdade.
Como é possível aprender a verdade e
desconhecê-la? Isso acontece quando uma pessoa passa a viver somente de
aparência, pois sabe que será reprovada caso venha para a luz (Jo 3.19.-20).
Paulo diz que eles sempre aprendem mas não tem conhecimento (2 Tim 3.7).
Existem pessoas que sempre estão desejosas em discutir toda nova teoria, que
sempre estão profundamente envoltas no último movimento ou grupo religioso da
moda, mas que são totalmente incapazes de aceitar a disciplina diária e até
mesmo a tarefa de viver a vida cristã na prática. O resultado de um corpo sem
vida é apenas a decomposição. É nossa obrigação purificar e fortalecer nossas
vidas na batalha moral para viver a vida cristã (2Tm 2.22-26).
Somos o Corpo de Cristo. Um corpo sem
espírito está morto. O que parece ser bom exteriormente, quando está sem vida
interior, se decompõe e se torna sujo e intragável. A curiosidade intelectual
não pode tomar o lugar da seriedade moral. Mesmo nos tornando intelectuais,
nada adianta se não estivermos conectados a à vida de Deus. Os últimos dias
serão eclipsados por um gradativo aumento de iniquidade no mundo, haverá um
colapso nos padrões morais e a multiplicação de falsos cristãos e falsas
igrejas entre nós (Mt 24.11).
3.
Resplandecendo em meio a corrupção.
No texto de Filipenses 2.15, Paulo diz que
devemos resplandecer como astros no meio de uma geração corrompida. Mesmo que
sejamos ostentados a agir de maneira pessimista diante dos desvarios da geração
vigente, a verdade divina sempre prevalecerá sobre as trevas da mentira (2Tm
3.8-9).
3.1.
Permanecendo na sã doutrina.
O conselho de Paulo é claro: permaneça firmado
na Palavra de Deus (2Tm 3.14-15). Ventos fortes não podem abalar os alicerces
de um prédio fortificado. Por que o povo de Deus se perde? Por falta de
conhecimento (Os 4.6). Como o povo se encontra? Através do conhecimento da
verdade (Jo 8.32). A verdade destrói o egocentrismo, destrona todo o “eu” da
vida humana, conduzindo o homem tanto a ser salvo, quanto a tornar-se uma
ferramenta que conforta a vida de outros (2Tm 3.16-17).
Mais do que nunca, o homem deve
estudar as Sagradas Escrituras para fazer-se útil a Deus e a seus semelhantes
(2Tm 3.13-14). A orientação sistemática obtida através do estudo bíblico na
Escola Dominical capacita o cristão a enfrentar de modo firme suas responsabilidades.
3.2.
Fazendo valer a posição para a qual foi chamado.
Pode parecer que o mal esteja prevalecendo, mas
jamais devemos esquecer quem escreveu essa história. Ela tem começo e fim, e,
ao final, o bem prevalecerá e o Cristo vivo reinará sobre todas as nações da
Terra (Sl 22.28). Deus nunca vai deixar de falar. Ele procura homens e mulheres
que estejam na brecha (Ez 22.30). Uma pessoa na posição que Deus quer pode
salvar uma nação. Nesses dias finais, os homens apostatarão da dé, darão
ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Mas precisamos
continuar pregando a Palavra de Deus, pura e sem mistura (2Co 2.27; 2Tm 4.2-5).
A grande tragédia de muitos cristãos
é não crescer e progredir na fé (Jo 15.4). Muitas vezes, nossa vida leva sempre
a marca das mesmas falhas e enganos. Parece que continuamos sendo vítimas dos
mesmos hábitos e escravos das mesmas tentações. A verdadeira vida cristã não
pode ser estagnada; deve estar em contínuo progresso. A vida cristã é uma
viagem rumo a Deus e não pode jamais permanecer num mesmo lugar.
3.3. Não
se tornando insípido.
Fomos posto neste mundo sem sabor para
temperá-lo (Mt 5.13). É muito ruim uma comida sem sal. Assim também estará o
mundo se não tomarmos a consciência do que somos. Jesus nos chamou para viver
em meio as diferenças. Fomos colocados num mundo avesso para alterá-lo. Por que
o sal? Porque produz sede; o mundo precisa desejar o que temos. O sal conserva.
O sal dá sabor; o paladar mais insípido pode ser restaurado com um leve toque
desse sal.
O sal perde seu poder de influência
quando se torna sem sabor. Espiritualmente falando, o sabor do sal está em sua
essência, que é Cristo Jesus e Sua verdade. Vivemos, nesses últimos dias, um
tempo em que muitas coisas têm sido adulteradas. Devemos ter o cuidado de
jamais ser influenciados pelo mal, mas sempre vencê-lo com o bem (Rm 12.21). Se
um discípulo de Cristo perde a virtude do Espírito Santo, ele é como o sal que
perde a sua salinidade, tornando-se, assim, uma substância completamente
inútil, só servindo para ser jogado fora, nas ruas, onde é pisado pelos
caminhantes.
Conclusão.
Nesses últimos dias, precisamos estar atentos
aos sinais e sempre prontos a enfrentar os desafios de nossa geração. Devemos
estar conscientes de nossa participação no Reino de Deus, fugindo de todo
embaraço e do pecado que tão de perto nos rodeia (Hb 12.1).
Questionário.
1. Quem é o soberbo, de acordo com a lição?
R: Aquele que sempre se mostra
acima dos outros e o homem a quem Deus resiste(1Pe 5.5).
2. Qual é o termo usado por Paulo para traidor?
R: “Prodotes” (2Tm 3.4).
3. O que Paulo nos diz em Filipenses 2.15?
R: Devemos resplandecer como
astros no meio de uma geração corrompida (Fp 2.15).
4. Por que o povo de Deus se perde?
R: Por falta de conhecimento (Os
4.6).
5. O que Deus procura?
R: Homens e mulheres que estejam
na brecha (Ez 22.30).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância,
responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as
complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do
professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN
2448-184X.
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