segunda-feira, 13 de março de 2017

Lição 12 Os antepassados de Jesus Cristo revelam a presença da Graça de Deus.



Lição 12 Os antepassados de Jesus Cristo revelam a presença da Graça de Deus.
19 de Março de 2017

Texto Áureo
Salmos 100.5
“Porque o Senhor é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração”.

Verdade Aplicada
Uma vez salvos e iluminados pela verdade da cruz, as cargas hereditárias não nos impedem de sermos novas criaturas em Cristo.

Objetivos da Lição
Ensinar a importância da genealogia e as teorias do comportamento humano;
Apresentar o perfil dos antepassados de Jesus e como a graça de Deus se manifesta;
Mostrar que nenhuma genealogia é fatos determinante para nosso futuro.

Glossário
Ancestral: Relativo ou próprio dos antepassados ou antecessores;
Genealogia: Origem de um indivíduo, ou de uma família;
Incesto: Relação sexual entre parentes, condenada pela moral, pela lei e pela religião.

Leituras complementares
Segunda Dt 29.29
Terça Sl 23.7
Quarta Sl 73.26
Quinta Mc 9.23
Sexta Jo 14.17
Sábado 1Co 15.48-49

Textos de Referência.
Mateus 1.1-6
1 Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
2 Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos;
3 E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá, e Perez gerou a Esrom, e Esrom gerou a Arão.
4 E Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom;
5 E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou, de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé;
6 E Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias.

Hinos sugeridos.
44, 88, 400

Motivo de Oração
Ore para que as famílias experimentem o conforto do Senhor e Sua presença.

Esboço da Lição
Introdução
1. A importância da genealogia.
2. Deus gerou graça em meio a desgraça.
3. A vontade soberana de Deus.
Conclusão

Introdução
Através da genealogia de Jesus Cristo, dúvidas e problemas acerca de nossa natureza humana podem ser claramente explicados, bem como também vemos a manifestação da graça do Eterno Deus.

1. A importância da genealogia.
A genealogia para um judeu sempre foi considerada de vital importância, porque sem uma árvore genealógica eles não poderiam provar que faziam parte de determinada tribo e não teriam direito de possuir qualquer herança. Mateus apresenta tanto a linhagem humana de Jesus (Mt 1.1-17), quanto a divina (Mt 1.18-25).

1.1. Jesus na genealogia de Mateus.
A intenção de Mateus era comprovar que Jesus pertencia à linhagem de Davi e Abraão, portanto, era o Messias predito nas Escrituras. Outro fato importante é que Mateus apresenta a singularidade do nascimento de Jesus Cristo, isto é, a forma como foi gerado pelo Espírito Santo (Mt 1.18). Ele deixa claro que José não “gerou” Jesus, foi apenas o marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo (Mt 1.16). A genealogia apresentada por Mateus é um documento que atesta a veracidade de Cristo como Messias. Através dela, Mateus revela a origem de Cristo dentro da história de Israel: Jesus, filho de Davi (Mt 1.1).

Não era fácil apenas dizer que se pertencia a alguma linbhagem em particular, era necessário provar. Em Sua soberana providência, o nosso Deus tanto governou, quanto prevaleceu sobre os acontecimentos históricos, e os fez tudo isso a fim de realizar Seu grande propósito: cumprir Sua Palavra, apresentando para a humanidade um salvador, Seu Filho Jesus Cristo: “E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados” (Mt 1.21). É importante observar que Mateus está interessado, primeiro e principalmente, em mostrar que Jesus Cristo era o Messias, descendente direto da casa real de Davi e da posteridade do patriarca Abraão, a quem as promessas divinas foram primeiro dadas.

1.2. A genealogia e seus personagens.
Os personagens escolhidos pelo Espírito Santo para compor a lista dos familiares de Jesus Cristo são sem dúvida, muito intrigantes (Mt 1.1-17). A lista apresenta vários tipos de casos e, de forma detalhada, Mateus vai relatando, com riqueza, seus nomes e seus feitos. A Bíblia nada omite acerca de falhas ou deslizes, mesmo sendo eles pertencentes à família do Ungido. Todos os personagens aparecem nessa tão importante genealogia unicamente pela graça de Deus.

Ao olhar para a genealogia de jesus Cristo, a primeira coisa que poderíamos imaginar é que a lista não seria de pessoas tão pecadora como as encontradas aqui. É importante fazer uma comparação com os familiares que também temos, porque o Eterno Deus não se envergonhou de apresentar os descendentes do grande Rei. Por que temos o receio de apresentar certas pessoas de nossas famílias? (Sl 86.5).

1.3. Algumas teorias.
Para entender melhor a questão genealógica, vejamos algumas teorias que buscam explicar os desvarios do coração humano (Pv 4.23). A teoria geneticista diz que herdamos de nossos pais vívios, doenças, loucuras, e a qualquer hora isso se manifestará porque está no nosso sangue. A psicologia afirma que as relações domésticas são essenciais na configuração das personalidades e desenvolvimento de cada indivíduo. Já a sociologia afirma que por ser o homem um ser social, seu comportamento é influenciado pelas relações. Essas teorias possuem suas fundamentações, mas, de fato, nenhuma delas pode entender o que se passa no coração humano (Sl 73.26). Somente Deus conhece o interior do homem.

Ao ler uma genealogia, precisamos sempre nos perguntar a razão de tais nomesestarem ali registrados. Deus tem propósitos e sempre está querendo nos ensinar algo nesses casos (Dt 29.29). Não estamos falando da família de uma pessoa comum, estamos falando de Jesus Cristo, o Salvador da humanidade. Nessa lista, foram colocados todos os tipos de pessoas, para nos mostrar que a graça de Deus se estende a todos.

2. Deus gerou graça em meio a desgraça.
As teorias expostas no tópico anterior tentam explicar como os seres humanos são influenciados, se transformam e agem. Porém, o controle de todas as coisas está nas mãos de Deus.

2.1. Os patriarcas e a cultura da mentira.
A genealogia começa com Abraão, o pai da fé, que mentiu a Faraó, rei do Egito, para não morrer por causa da beleza de Sarai, sua esposa, quando descia ao Egito (Gn 12.11-13). Anos mais tarde, numa situação parecida, Isaque, seu filho, mente do mesmo jeito, dizendo que Rebeca é sua irmã (Gn 26.6-9). Nessa família estabelece uma cultura de mentira, que se perpetua na casa de Jacó, que enganou seu pai pela bênção da primogenitura (Gn 27.18-20). Os filhos de Jacó, movidos pela inveja, vendem seu irmão José como escravo e mentem, dizendo que havia sido comido por um animal selvagem (Gn 37.31-33).

Uma cultura de mentira e de engano se perpetuou nas relações familiares daquelas pessoas, gerando crise, separações, desenganos e muitas amarguras. Jesus Cristo nunca mentiu. Ele sempre foi e será verdadeiro. Ele é a Verdade. Esse tipo de influência, Jesus jamais herdou de Seus antepassados. Assim como nosso Senhor Jesus Cristo, nós também podemos quebrar os padrões comportamentos ruins de nossos antepassados (Sl 91.10).

2.2. O poder de uma decisão.
A genealogia de Jesus Cristo apresenta o perfil de várias famílias (Gn 38.15-19; Mt 1.5a). No episódio de Judá e Tamar, poderíamos pensar no relato de um casal feliz. Mas se trata de um caso incestuoso entre um sogro e uma nora. Temos também a história de Raabe, uma prostituta que habitava em Jericó, a cidade vencida por Josué. Ela fez uma aliança com Deus e casou com Salmom. Dessa relação nasce Boaz (Mt 1.5), que é o pai de Jesse, que é o pai do Rei Davi. Do qual Jesus é descendente direto. No caso de Tamar, a decisão foi vergonhosa: na de Raabe, transformadora. Na ênfase descrita por Mateus, observamos que nossas escolhas determinam nosso amanhã (Dt 30.19-20).

Tamar foi enganada por Judá seu sogro, e armou um esquema para garantir descendência, o que resultava em posses, porque, sendo viúva e sem filhos, não tinha direito a herança. Tamar errou por praticar incestoe Judá por prostituir-se (Gn 38.13-26). Essa genealogia está repleta de graça, onde faz refulgir com maior força a pessoa perfeita de Jesus, nosso Senhor e Cristo. Como nomes de mulheres normalmente não apareciam em genealogias judaicas. Mateus quis desarmar os críticos judeus sobre o nascimento de Jesus. Rute era moabita, Raabe, prostituta, e Tamar praticou incesto.

2.3. Raizes de problemas.
O relato da genealogia de Jesus apresenta alguns reis que cometeram atos abomináveis na história do povo hebreu. Até mesmo o rei Davi, homem segundo o coração de Deus, adulterou e, para omitir seu pecado com Bate-Seba, ordenou que Urias (marido de Bate-Seba) fosse colocado à frente da batalha, precipitando, assim, sua morte (2Sm 11.15-18). Dessa relação, nasce um filho e Mateus enfatiza: “e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias” (Mt 1.6b).Embora sendo o rei mais sábio entre os homens, Salomão deixou-se enredar por suas muitas alianças e casamentos. Suas mulheres infectaram a nação com seus ídolos (1Rs 11.1-5).

Não são poucas as vezes que reclamamos de nossos familiares e que não os aceitamos por seus deslizes de caráter. A genealogia do Filho de Deus nos ensina a compreender a graça e que podemos ser diferentes de nossos ancestrais, assim como Jesus Cristo o foi. De Salomão nasceu Roboão, que, levado pela influência de seus amigos, corrompeu a nação e dividiu o reino (Mt 1.7; 2Cr 12.1-16).

3. A vontade soberana de Deus.
Como em todas as famílias, encontramos na família de Jesus gente de todo o tipo, e com os mais variados problemas. Cuidado com a idéia de que existam famílias perfeitas, isso pode nos levar a desvalorizar nossos familiares.

3.1. Um projeto mais excelente.
A visita do anjo Gabriel modificou todos os projetos humanos de Maria. Mesmo assim, ela confiou que os planos do Senhor eram mais excelentes que os seus (Is 55.8-9; Ef 3.20). Crer e aceitar isso desencadeou e ativou em sua vida o projeto para qual o Senhor a criou. Maria, em total respeito e obediência, simplesmente se submeteu: “Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo se ausentou dela” (Lc 1.38). Assim como Maria, devemos confiar nosplanos que o Senhor designou para as nossas vidas.

Embora muitos dos antepassados de Jesus Cristo fossem problemáticos, Maria não se deixou impregnar pelo pessimismo nem pelas sombras de uma possível hereditariedade. Existem pessoas que se esquecem de serem felizes porque receiam acontecer em suas vidas o mesmo que aconteceu com seus pais. Maria não olhou para os fantasmas do passado. Ela apenas abraçou a oportunidade de um futuromaravilhoso (Lc 1.38). Vale ressaltar que a graça de Deus não é hereditária. É preciso algo mais do que apenas bom exemploe bons conselhos para que alguém se torne filho de Deus. Aqueles que nascem do Alto não nascem do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus (Jo 1.13). Os pais tementes ao Senhor devem orar, dia e noite, e apresentar o plano de salvação para que os seus filhos nasçam do Espírito.

3.2. Uma atitude obediente.
Quando o Senhor Deus nos escolhe, Ele espera que tenhamos a mesma atitude de Maria. Se em nossos vínculos familiares existem pessoas praticantes de ocultismo, práticas malignas e condenáveis e que eventualmente possam ter lançado palavras de maldição contra nós, isso deve ser motivo de oração, não de preocupação. Isso não nos impede de vencer e seguir adiante. Não interessa as relações interpessoais que se estabeleceram em nossas famílias no passado. Elas não podem anular a promessa para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1). SE Jesus venceu, nós também podemos vencer (Jo 16.33). Quem está em Cristo é nova criatura (2Co 5.17).

Em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, todas as barreiras foram derrubadas. Em Sua infinita sabedoria, o Eterno Deus inclui em Seus propósitos, e incorpora em Seu plano para a história, pessoas imperfeitas e cheias de pecado (Mt 9.13). A genealogia do nosso Mestre nos mostra a amplitude universal do amor de Deus (Jo 3.16).

3.3. Quebrando os paradigmas.
Somos seres humanos imperfeitos, mas contamos com o Espírito Santo para nos ensinartodas as coisas e nos lembrar tudo aquilo que Jesus Cristo nos admoestou (Jo 14.26). Tudo se fez novo em nós a partir do momento em que recebemos o Senhorem nossas vidas (2Co 5.17). Não podemos permitir que influências externas sejam mais poderosas que as internas, afinal, Deus habita em nós através do Espírito Santo (Jo 14.17). Nascemos à semelhança de Adão, mas fomos resgatados por Jesus Cristo. Sendo assim, o que deve sempre prevalecer nos regenerados é a semelhança com aquele que os gerou (1Co 15.48-49; 2Pe 1.3-4).

Sendo filhos de Deus, devemos crescer à sua semelhança. Esse é o projeto final da nossa salvação: tornarmo-nos semelhantes àquele que nos gerou (1Jo 3.1-3). Entendendo essas coisas, não devemos nos importar com quem foram os nossos antepassados.

Conclusão.
As teorias que tratam acerca da vida humana e seus mais variados problemas de existência, não passam de meras teorias. Embora possuam suas fundamentações, o fator determinante para a transformação de uma vida está em Jesus Cristo. NEle tudo converge, nEle tudo é possível.

Questionário.
1. Por que a genealogia é de vital importância para um judeu?
R: Porque sem ela não há direito à herança (Mt 1.1-17).

2. O que a genealogia apresentada por Mateus atesta?
R: A veracidade de Cristo como Messias.

3. O que nossas escolhas determinam?
R: Nosso amanhã (Dt 30.19-20).

4. O que Maria disse ao anjo?
R: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38).

5. O que deve sempre prevalecer nos regenerados?
R: A semelhança com aquele que o gerou (1Co 15-48-49).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância, responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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