segunda-feira, 6 de março de 2017

Lição 11 A Igreja Primitiva foi uma geração movida pela oração.



Lição 11 A Igreja Primitiva foi uma geração movida pela oração.
12 de Março de 2017

Texto Áureo
Mateus 21.22
“E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis”.

Verdade Aplicada
A oração é o nosso veículo de comunicação com Deus. Orar é convidá-Lo a fazer parte de nossa vida, guia-la, revelar-se a nós e nos proteger.

Objetivos da Lição
Ensinar que a oração era uma prática comum da geração apostólica;
Mostrar os efeitos poderosos de uma oração eficaz;
Expor o que pode ocorrer quando oramos por algo impossível e não nos preparamos para o milagre.

Glossário
Atônito: Assombrado, espantado, perplexo;
Bélico: Relativo a guerra;
Motriz: Algo ou força que move ou provê de movimento.

Leituras complementares
Segunda Is 43.13
Terça Mc 1.35
Quarta Mc 9.23
Quinta Ef 3.14-19
Sexta 1Ts 5.17
Sábado 2Pe 3.9

Textos de Referência.
Atos 12.1-5
1 E, por aquele mesmo tempo, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
2 E matou à espada Tiago, irmão de João.
3 E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos.
4 E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da Páscoa.
5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.

Hinos sugeridos.
325, 365, 535

Motivo de Oração
Interceda pelos cristãos que são presos por conta da sua fé.

Esboço da Lição
Introdução
1. A geração que sabia dobrar os joelhos.
2. Os efeitos de uma oração eficaz.
3. Os impactos positivos da oração.
Conclusão

Introdução
A força motriz da geração apostólica estava alicerçada numa vida de oração. Duas palavras faziam toda a diferença naquele período: unidade e perseverança (At 2.42).

1. A geração que sabia dobrar os joelhos.
Era um tempo de perseguição à Igreja. Herodes já havia mandado matar a Tiago, Irmão de João (At 12.2). Agora atinge o líder Pedro, que, encarcerado, nada lhe restava, a não ser um milagre. A Igreja entrou em ação e usou sua artilharia mais pesada: a oração.

1.1. Jesus deixou para Seus liderados um modelo de oração.
A geração apostólica teve como modelo de oração o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele sempre manteve diante de seus discípulos o hábito de orar. Aquela igreja formada pelos apóstolos não poderia ser diferente, pois herdou do Mestre o acesso à comunhão junto ao Pai (Mt 6.6-10). Curiosamente, a maioria dos milagres realizados por Jesus Cristo aconteceu apenas com o poder de Sua Palavra. Enquanto todos dormiam, Jesus passava noites em oração (Mc 1.35; Lc 5.16). Durante a noite, Ele entregava todo Seu caminho e direção ao Pai e, durante o dia, apenas colhia o fruto de Seu diálogo noturno (Hb 5.7).

A vida vitoriosa de Jesus Cristo influenciou Seus discípulos a orar (Lc 11.1). Em resposta a essa influência. Ele ofereceu o modelo universal da oração dominical e discorreu sobre a perseverança na oração e como o Pai tem a boa vontade de nos ouvir e responder às nossas petições (Lc 11.2-13). Não era muito comum Jesus orar nos horários rígidos, como manhã, ao meio dia e à tarde (Sl 55.17; Dn 6.10). Ele costumava orar sozinho, ia para as montanhas e não era rotineiro, com orações cheias de vãs repetições.

1.2. A oração era uma prática indispensável àquela geração.
A geração apostólica possuía um eixo fundamental: eles não questionavam a vontade de Deus. Eles eram fervorosos e acreditavam que para Deus todas as coisas são possíveis (Mc 11.23-24). Seu recurso era poderosíssimo: a oração (At 2.42). Para Pedro, não existia alternativa a não ser acreditar no impossível. Esse recurso também precisa ser utilizado em nossa geração. Estamos muito acomodados com tudo. Estamos passivos e não estamos usando essa tão poderosa arma (2Co 10.4).

Os cristãos daquela geração conheciam muito bem a qualidade da batalha espiritual que enfrentavam. Eles sabiam que a luta que estavam travando não era contra Herodes, mas, sim, contra o que influenciava sua mente (Ef 6.10-12). O rei Herodes já havia começado a desmontar a organização matando Tiago, e, acabando com Pedro, os discípulos certamente dispersariam. Porém, a Igreja, a Noiva de Cristo, conhecia sua força e sabia muito bem acioná-la. O céu se moveu porque a Igreja clamou. A libertação do apóstolo Pedro foi resposta de oração. Existem coisas que só acontecerão quando clamarmos ao Senhor com toda a intensidade.

1.3. A persistência na oração.
Jesus não somente orou, mas também nos deixou o caminho pelo qual alcançamos espantosas vitórias em Deus (Lc 11.5-8). A persistência na oração alcança objetivos magníficos. A oração nunca tem resposta inútil ou prejudicial (Lc 11.11). O relato da libertação de Pedro deixa claro que fopi exatamente isso que aconteceu. Enquanto Pedro estava preso, “muitos estavam reunidos e oravam” (At 12.12), e o socorro veio da parte do Senhor (At 12.7-10). Devemos orar sem cessar (1Ts 5.17).

Muitos cristãos fracassam por exercer uma fé desassociada de uma revelação. A fé vai além do natural e vê concreto o que ainda não se materializou (Is 46.9-10). Somente através de uma comunicação íntima com Deus, através da oração, podemos entender o tempo, quando e como, o que e o porquê. Jesus Cristo atuava grandemente durante o dia, e, à noite, buscava o Pai em oração, onde a Sua vontade lhe era revelada.

2. Os efeitos de uma oração eficaz.
Enquanto Herodes tentava alcançar prestígio entre os judeus e destruir os cristãos e líderes pela opressão, a Igreja adia de outra forma, através da oração. Pedro estava preso e marcado para morrer, humanamente não havia saída. Então, a arma foi acionada, o alvo atingido e o Senhor enviou um poderoso anjo (At 12.7).

2.1. Resplandeceu a luz na prisão.
A geração de cristãos da era apostólica experimentou feitos grandiosos da parte de Deus. Pedro estava terrivelmente cercado. Havia soldados por fora e por dentro da prisão. Dali, ele seguiria para a morte e sua única esperança era um milagre. Pedro não sabia se o que estava acontecendo com ele era real. Ele acreditava ser uma visão (At 12.9). Mesmo assim, fez conforme as palavras do anjo e o seguiu (At 12.8). Após ver a porta abrir-se automaticamente, e estar fora de perigo, Pedro entendeu que Deus o havia livrado (At 12.10-11). Duas coisas devemos aqui destacar: a entrada sobrenatural do anjo e a tranquilidade de Pedro, que dormia sabendo que seria executado ao amanhecer (At 12.6).

Nem sempre Deus liberta de modo sobrenatural os que estão na prisão por amor a Ele. Naquele momento, a vida do apóstolo Pedro era de vital importância para a existência da Igreja. Ele ainda seria bênção para muitas pessoas, inclusive para as gerações futuras (mediante as epístolas, por exemplo). A atuação do anjo demonstra como nosso Eterno e Todo-Poderoso Deus tem o controle de todas as coisas (Cl 1.17).

2.2. Compreendendo o efeito da oração.
Aquele grupo de cristãos comparados ao poder de Herodes parecia não possuir força alguma. Seu poderio bélico poderia massacrá-los após exterminar suas lideranças. Pedro estava preso por duas correntes, três portas com sentinelas, havia soldados a seu lado para o guardarem e mais dezesseis do lado de fora (At 12.4). Lá fora, estavam os inimigos, que esperavam sua execução. O que fazer quando tudo parece perdido? A resposta é orar (At 12.5). A situação pode ser desesperadora, a causa, perdida, mas sempre podemos orar! E foi isso que aconteceu (1Ts 5.17; Tg 5.16).

Muito de nós estamos buscando solução em todos os recursos e estamos nos esquecendo do principal: aplicar em nossas vidas oração, o que deveria ser a nossa prioridade (1Ts 5.17). A nossa força vem do Senhor. É nEle que devemos buscar auxílio, direção e compreensão para seguir nossa jornada com êxito. Nascemos do sobrenatural e da fé. Não podemos viver distantes dessa base (Hb 11.6).

2.3. A experiência de Pedro.
Pero dormia e foi despertado pelo toque do anjo (At 12.8-9). Pode ser que, ainda meio sonolento, pensasse estar tendo uma visão, e, por isso ficou atônito com a espantosa intervenção divina. As algemas caíram, ele teve tempo de se vestir, nenhum soldado o abordou. É assim o agir de Deus em nos libertar das algemas que nos prendem. Para muitos, parece demorar, mas o Senhor age, no tempo certo e ninguém pode impedir o Seu agir (Is 43.13).

O apóstolo Pedro era um homem de muitas experiências, já havia até caminhado sobre as águas (Mt 14.29). Mesmo assim, ele ficou atônito com o que viveu. Era algo além do normal, inesperado. É interessante notar que ele só veio a compreender que era real quando se viu do lado de fora da prisão. O mesmo Deus que livrou Pedro e que operava naquela geração ainda é o mesmo da nossa! O Eterno não mudou (Êx 3.14; Hb 13.8). Precisamos voltar a orar e a buscar em Deus experiências que nos firmem e ajudem a crescer na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).

3. Os impactos positivos da oração.
Após a libertação de Pedro, algo interessante aconteceu. Pedro resolve dirigir-se à casa de Maria, onde o povo se reunia para orar, e, ao bater à porta, teve uma incrível descoberta. A menina ouviu sua voz, mas não abriu a porta. Ao anunciar que era Pedro, começou o alvoroço (At 12.12-16).

3.1. Pedro bate à porta.
Ao ouvir a batida na porta (At 12.13a), a menina Rode reconhece a voz de Pedro. Eufórica, ela não abre a porta e corre para anunciar que Pedro estava lá. Eles não creram e disseram que Rode estava fora de si, e argumentaram que era o anjo de Pedro (At 12.15). Até pessoas de profunda espiritualidade às vezes ficam “tardos de coração para crer” (Lc 24.25). Após insistir em bater, abriram a porta, ao abrir, Pedro teve que silenciá-los para poder testemunhar, porque estavam espantados (At 12.16-17a).

Será que estamos prontos para ver a resposta de nossas orações? Eles oraram, pediram, e, curiosamente, ficaram assustados ao ver Pedro livre e batendo à porta. Essa geração presenciou muitos sinais e esse foi, sem dúvida, um grande milagre, porque era impossível Pedro sair de onde estava. A maneira como o apóstolo Pedro foi resgatado comprova como o Senhor Deus domina todas as coisas. Mais do que nunca, nossa geração precisa testemunhar respostas de oração.

3.2. Quando a resposta está a porta.
Quando souberam da informação acerca de Pedro, todos se espantaram (At 12.16). Mas, afinal, eles não estavam orando para que Deus interviesse na situação e libertasse Pedro da prisão? Eles eram cristãos de grandes experiências com Deus, diferentes de nossa geração, e, mesmo assim, ficaram assustados ao ponto de Pedro ter que silenciá-los para poder contar o que aconteceu (At 12.17). Quantas vezes a resposta já bateu à nossa porta? Quantas vezes ela insistiu em bater? Quantas vezes não fomos capazes de abrir a porta para que o milagre entrasse em nossa casa? A resposta de Deus pegou eles de surpresa. Foi além de suas expectativas.

É melhor estar pronto e não ter uma oportunidade do que ter uma oportunidade e não estar pronto. Foi exatamente isso que aconteceu com essa geração de cristãos. Eles ficaram espantados pela maneira como Deus é um Deus de coisas impossíveis e é isso o que devemos estar preparados para viver.

3.3. Vem e segue-me.
A atuação do anjo da libertação milagrosa de Pedro está recheada de preciosas lições para nossa geração (At 12.10). Com apenas um toque, Pedro foi despertado e liberto das algemas. Quantos não estão precisando desse toque hoje? Após ser despertado e liberto, o segredo era segui-lo. Seguindo-o, as portas se abriam por si mesmas. O Senhor nos tira de um cárcere de trevas. Nos liberta das correntes do pecado e nos convida a seguir Seus passos. Com Ele à nossa frente, as portas se abrem naturalmente. Por fim, o anjo fez o que era impossível: livrá-lo do perigo. Andar e testemunhar seriam os efeitos do sobrenatural em sua vida (Mt 28.18-20).

Um milagre foi necessário para tirar o apóstolo Pedro do cárcere. Agora, ele andava pelas ruas da cidade sem depender de milagre algum. É necessário entender que Deus distribui as intervenções sobrenaturais conforme a necessidade e a Sua vontade. O Eterno não faz o que Ele nos capacitou a fazer. Essa história Bíblica, que sublinha o relacionamento entre a oração e atuação de Deus, também revela que o Eterno Deus age para trazer retribuição sobre aqueles que se opõem a Sua obra e se exaltam a si mesmos. Aqueles que se levantam contra Deus perecem (At 12.21-24). O rei Herodes procurou cair nas boas graças dos judeus por meio de executar Tiago e de procurar executar a Pedro. O plano do monarca foi inutilizado pela intervenção direta de Deus. O Eterno agiu, porém, como resposta às orações da Igreja. Enquanto a Noiva do Cordeiro de Deus orar, a obra do Senhor avançará.

Conclusão.
O Senhor não estacionou em Sua arte de fazer milagres. Ele ainda é o mesmo (Hb 13.8). Talvez o que falte para a nossa geração seja cultivar esse hábito de ficar a sós e permitir que o Senhor intervenha de forma total em nossas vidas. A administração do Reino de Deus sempre começa de joelhos (Ef 3.14-19).

Questionário.
1. O que a Igreja herdou do Mestre?
R: O acesso à comunhão junto ao Pai (Mt 6.6-10).

2. No que a geração apostólica acreditava?
R: Que para Deus todas as coisas são possíveis (Mc 11.23-24).

3. Qual era o recurso poderosíssimo da Igreja?
R: A oração (At 2.42).

4. O que fazer quando tudo parece perdido?
R: Orar (At 12.5).

5. Como o povo reagiu ao deparar-se com Pedro?
R: Ficaram espantados (At 12.16).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância, responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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