Lição 11
A Igreja Primitiva foi uma geração movida pela oração.
12 de Março de 2017
Texto
Áureo
Mateus 21.22
“E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o
recebereis”.
Verdade
Aplicada
A oração é o nosso veículo de comunicação com
Deus. Orar é convidá-Lo a fazer parte de nossa vida, guia-la, revelar-se a nós
e nos proteger.
Objetivos
da Lição
Ensinar que a oração era uma
prática comum da geração apostólica;
Mostrar os efeitos poderosos de
uma oração eficaz;
Expor o que pode ocorrer
quando oramos por algo impossível e não nos preparamos para o milagre.
Glossário
Atônito: Assombrado, espantado,
perplexo;
Bélico: Relativo a guerra;
Motriz: Algo ou força que move
ou provê de movimento.
Leituras
complementares
Segunda Is 43.13
Terça Mc 1.35
Quarta Mc 9.23
Quinta Ef 3.14-19
Sexta 1Ts 5.17
Sábado 2Pe 3.9
Textos de
Referência.
Atos 12.1-5
1 E, por aquele mesmo tempo, o rei Herodes
estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
2 E matou à espada Tiago, irmão de João.
3 E, vendo que isso agradara aos judeus,
continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos.
4 E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão,
entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo
apresentá-lo ao povo depois da Páscoa.
5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a
igreja fazia contínua oração por ele a Deus.
Hinos
sugeridos.
325, 365, 535
Motivo de
Oração
Interceda pelos cristãos que são presos por
conta da sua fé.
Esboço da
Lição
Introdução
1. A geração que sabia dobrar os
joelhos.
2. Os efeitos de uma oração
eficaz.
3. Os impactos positivos da
oração.
Conclusão
Introdução
A força motriz da geração apostólica estava
alicerçada numa vida de oração. Duas palavras faziam toda a diferença naquele
período: unidade e perseverança (At 2.42).
1. A
geração que sabia dobrar os joelhos.
Era um tempo de perseguição à Igreja. Herodes
já havia mandado matar a Tiago, Irmão de João (At 12.2). Agora atinge o líder
Pedro, que, encarcerado, nada lhe restava, a não ser um milagre. A Igreja
entrou em ação e usou sua artilharia mais pesada: a oração.
1.1.
Jesus deixou para Seus liderados um modelo de oração.
A geração apostólica teve como modelo de oração
o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele sempre manteve diante de seus discípulos o
hábito de orar. Aquela igreja formada pelos apóstolos não poderia ser
diferente, pois herdou do Mestre o acesso à comunhão junto ao Pai (Mt 6.6-10).
Curiosamente, a maioria dos milagres realizados por Jesus Cristo aconteceu
apenas com o poder de Sua Palavra. Enquanto todos dormiam, Jesus passava noites
em oração (Mc 1.35; Lc 5.16). Durante a noite, Ele entregava todo Seu caminho e
direção ao Pai e, durante o dia, apenas colhia o fruto de Seu diálogo noturno
(Hb 5.7).
A vida vitoriosa de Jesus Cristo
influenciou Seus discípulos a orar (Lc 11.1). Em resposta a essa influência.
Ele ofereceu o modelo universal da oração dominical e discorreu sobre a
perseverança na oração e como o Pai tem a boa vontade de nos ouvir e responder
às nossas petições (Lc 11.2-13). Não era muito comum Jesus orar nos horários
rígidos, como manhã, ao meio dia e à tarde (Sl 55.17; Dn 6.10). Ele costumava
orar sozinho, ia para as montanhas e não era rotineiro, com orações cheias de vãs
repetições.
1.2. A
oração era uma prática indispensável àquela geração.
A geração apostólica possuía um eixo
fundamental: eles não questionavam a vontade de Deus. Eles eram fervorosos e
acreditavam que para Deus todas as coisas são possíveis (Mc 11.23-24). Seu
recurso era poderosíssimo: a oração (At 2.42). Para Pedro, não existia alternativa
a não ser acreditar no impossível. Esse recurso também precisa ser utilizado em
nossa geração. Estamos muito acomodados com tudo. Estamos passivos e não
estamos usando essa tão poderosa arma (2Co 10.4).
Os cristãos daquela geração conheciam
muito bem a qualidade da batalha espiritual que enfrentavam. Eles sabiam que a
luta que estavam travando não era contra Herodes, mas, sim, contra o que
influenciava sua mente (Ef 6.10-12). O rei Herodes já havia começado a
desmontar a organização matando Tiago, e, acabando com Pedro, os discípulos
certamente dispersariam. Porém, a Igreja, a Noiva de Cristo, conhecia sua força
e sabia muito bem acioná-la. O céu se moveu porque a Igreja clamou. A
libertação do apóstolo Pedro foi resposta de oração. Existem coisas que só
acontecerão quando clamarmos ao Senhor com toda a intensidade.
1.3. A
persistência na oração.
Jesus não somente orou, mas também nos deixou o
caminho pelo qual alcançamos espantosas vitórias em Deus (Lc 11.5-8). A
persistência na oração alcança objetivos magníficos. A oração nunca tem
resposta inútil ou prejudicial (Lc 11.11). O relato da libertação de Pedro
deixa claro que fopi exatamente isso que aconteceu. Enquanto Pedro estava
preso, “muitos estavam reunidos e oravam” (At 12.12), e o socorro veio da parte
do Senhor (At 12.7-10). Devemos orar sem cessar (1Ts 5.17).
Muitos cristãos fracassam por exercer
uma fé desassociada de uma revelação. A fé vai além do natural e vê concreto o
que ainda não se materializou (Is 46.9-10). Somente através de uma comunicação
íntima com Deus, através da oração, podemos entender o tempo, quando e como, o
que e o porquê. Jesus Cristo atuava grandemente durante o dia, e, à noite,
buscava o Pai em oração, onde a Sua vontade lhe era revelada.
2. Os
efeitos de uma oração eficaz.
Enquanto Herodes tentava alcançar prestígio
entre os judeus e destruir os cristãos e líderes pela opressão, a Igreja adia
de outra forma, através da oração. Pedro estava preso e marcado para morrer, humanamente
não havia saída. Então, a arma foi acionada, o alvo atingido e o Senhor enviou
um poderoso anjo (At 12.7).
2.1. Resplandeceu
a luz na prisão.
A geração de cristãos da era apostólica
experimentou feitos grandiosos da parte de Deus. Pedro estava terrivelmente
cercado. Havia soldados por fora e por dentro da prisão. Dali, ele seguiria
para a morte e sua única esperança era um milagre. Pedro não sabia se o que
estava acontecendo com ele era real. Ele acreditava ser uma visão (At 12.9).
Mesmo assim, fez conforme as palavras do anjo e o seguiu (At 12.8). Após ver a
porta abrir-se automaticamente, e estar fora de perigo, Pedro entendeu que Deus
o havia livrado (At 12.10-11). Duas coisas devemos aqui destacar: a entrada
sobrenatural do anjo e a tranquilidade de Pedro, que dormia sabendo que seria
executado ao amanhecer (At 12.6).
Nem sempre Deus liberta de modo
sobrenatural os que estão na prisão por amor a Ele. Naquele momento, a vida do
apóstolo Pedro era de vital importância para a existência da Igreja. Ele ainda
seria bênção para muitas pessoas, inclusive para as gerações futuras (mediante
as epístolas, por exemplo). A atuação do anjo demonstra como nosso Eterno e
Todo-Poderoso Deus tem o controle de todas as coisas (Cl 1.17).
2.2.
Compreendendo o efeito da oração.
Aquele grupo de cristãos comparados ao poder de
Herodes parecia não possuir força alguma. Seu poderio bélico poderia
massacrá-los após exterminar suas lideranças. Pedro estava preso por duas
correntes, três portas com sentinelas, havia soldados a seu lado para o
guardarem e mais dezesseis do lado de fora (At 12.4). Lá fora, estavam os
inimigos, que esperavam sua execução. O que fazer quando tudo parece perdido? A
resposta é orar (At 12.5). A situação pode ser desesperadora, a causa, perdida,
mas sempre podemos orar! E foi isso que aconteceu (1Ts 5.17; Tg 5.16).
Muito de nós estamos buscando solução
em todos os recursos e estamos nos esquecendo do principal: aplicar em nossas
vidas oração, o que deveria ser a nossa prioridade (1Ts 5.17). A nossa força
vem do Senhor. É nEle que devemos buscar auxílio, direção e compreensão para
seguir nossa jornada com êxito. Nascemos do sobrenatural e da fé. Não podemos
viver distantes dessa base (Hb 11.6).
2.3. A
experiência de Pedro.
Pero dormia e foi despertado pelo toque do anjo
(At 12.8-9). Pode ser que, ainda meio sonolento, pensasse estar tendo uma
visão, e, por isso ficou atônito com a espantosa intervenção divina. As algemas
caíram, ele teve tempo de se vestir, nenhum soldado o abordou. É assim o agir
de Deus em nos libertar das algemas que nos prendem. Para muitos, parece
demorar, mas o Senhor age, no tempo certo e ninguém pode impedir o Seu agir (Is
43.13).
O apóstolo Pedro era um homem de
muitas experiências, já havia até caminhado sobre as águas (Mt 14.29). Mesmo
assim, ele ficou atônito com o que viveu. Era algo além do normal, inesperado.
É interessante notar que ele só veio a compreender que era real quando se viu
do lado de fora da prisão. O mesmo Deus que livrou Pedro e que operava naquela
geração ainda é o mesmo da nossa! O Eterno não mudou (Êx 3.14; Hb 13.8).
Precisamos voltar a orar e a buscar em Deus experiências que nos firmem e
ajudem a crescer na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).
3. Os
impactos positivos da oração.
Após a libertação de Pedro, algo interessante
aconteceu. Pedro resolve dirigir-se à casa de Maria, onde o povo se reunia para
orar, e, ao bater à porta, teve uma incrível descoberta. A menina ouviu sua
voz, mas não abriu a porta. Ao anunciar que era Pedro, começou o alvoroço (At
12.12-16).
3.1.
Pedro bate à porta.
Ao ouvir a batida na porta (At 12.13a), a
menina Rode reconhece a voz de Pedro. Eufórica, ela não abre a porta e corre
para anunciar que Pedro estava lá. Eles não creram e disseram que Rode estava
fora de si, e argumentaram que era o anjo de Pedro (At 12.15). Até pessoas de
profunda espiritualidade às vezes ficam “tardos de coração para crer” (Lc
24.25). Após insistir em bater, abriram a porta, ao abrir, Pedro teve que
silenciá-los para poder testemunhar, porque estavam espantados (At 12.16-17a).
Será que estamos prontos para ver a
resposta de nossas orações? Eles oraram, pediram, e, curiosamente, ficaram
assustados ao ver Pedro livre e batendo à porta. Essa geração presenciou muitos
sinais e esse foi, sem dúvida, um grande milagre, porque era impossível Pedro
sair de onde estava. A maneira como o apóstolo Pedro foi resgatado comprova
como o Senhor Deus domina todas as coisas. Mais do que nunca, nossa geração
precisa testemunhar respostas de oração.
3.2. Quando
a resposta está a porta.
Quando souberam da informação acerca de Pedro,
todos se espantaram (At 12.16). Mas, afinal, eles não estavam orando para que
Deus interviesse na situação e libertasse Pedro da prisão? Eles eram cristãos
de grandes experiências com Deus, diferentes de nossa geração, e, mesmo assim,
ficaram assustados ao ponto de Pedro ter que silenciá-los para poder contar o
que aconteceu (At 12.17). Quantas vezes a resposta já bateu à nossa porta?
Quantas vezes ela insistiu em bater? Quantas vezes não fomos capazes de abrir a
porta para que o milagre entrasse em nossa casa? A resposta de Deus pegou eles
de surpresa. Foi além de suas expectativas.
É melhor estar pronto e não ter uma
oportunidade do que ter uma oportunidade e não estar pronto. Foi exatamente
isso que aconteceu com essa geração de cristãos. Eles ficaram espantados pela
maneira como Deus é um Deus de coisas impossíveis e é isso o que devemos estar
preparados para viver.
3.3. Vem
e segue-me.
A atuação do anjo da libertação milagrosa de Pedro
está recheada de preciosas lições para nossa geração (At 12.10). Com apenas um
toque, Pedro foi despertado e liberto das algemas. Quantos não estão precisando
desse toque hoje? Após ser despertado e liberto, o segredo era segui-lo.
Seguindo-o, as portas se abriam por si mesmas. O Senhor nos tira de um cárcere
de trevas. Nos liberta das correntes do pecado e nos convida a seguir Seus
passos. Com Ele à nossa frente, as portas se abrem naturalmente. Por fim, o
anjo fez o que era impossível: livrá-lo do perigo. Andar e testemunhar seriam
os efeitos do sobrenatural em sua vida (Mt 28.18-20).
Um milagre foi necessário para tirar
o apóstolo Pedro do cárcere. Agora, ele andava pelas ruas da cidade sem
depender de milagre algum. É necessário entender que Deus distribui as
intervenções sobrenaturais conforme a necessidade e a Sua vontade. O Eterno não
faz o que Ele nos capacitou a fazer. Essa história Bíblica, que sublinha o
relacionamento entre a oração e atuação de Deus, também revela que o Eterno
Deus age para trazer retribuição sobre aqueles que se opõem a Sua obra e se
exaltam a si mesmos. Aqueles que se levantam contra Deus perecem (At 12.21-24).
O rei Herodes procurou cair nas boas graças dos judeus por meio de executar
Tiago e de procurar executar a Pedro. O plano do monarca foi inutilizado pela
intervenção direta de Deus. O Eterno agiu, porém, como resposta às orações da
Igreja. Enquanto a Noiva do Cordeiro de Deus orar, a obra do Senhor avançará.
Conclusão.
O Senhor não estacionou em Sua arte de fazer milagres.
Ele ainda é o mesmo (Hb 13.8). Talvez o que falte para a nossa geração seja
cultivar esse hábito de ficar a sós e permitir que o Senhor intervenha de forma
total em nossas vidas. A administração do Reino de Deus sempre começa de
joelhos (Ef 3.14-19).
Questionário.
1. O que a Igreja herdou do Mestre?
R: O acesso à comunhão junto ao
Pai (Mt 6.6-10).
2. No que a geração apostólica acreditava?
R: Que para Deus todas as coisas
são possíveis (Mc 11.23-24).
3. Qual era o recurso poderosíssimo da Igreja?
R: A oração (At 2.42).
4. O que fazer quando tudo parece perdido?
R: Orar (At 12.5).
5. Como o povo reagiu ao deparar-se com Pedro?
R: Ficaram espantados (At 12.16).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância,
responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as
complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do
professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN
2448-184X.
Nenhum comentário:
Postar um comentário