segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Lição 8 Josué lidera uma geração conquistadora e cheia de fé.



Lição 8 Josué lidera uma geração conquistadora e cheia de fé.
19 de fevereiro de 2017.

Texto Áureo
Hebreus 11.30
“Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias”.

Verdade Aplicada
Viver pela fé, além de desfrutar do sobrenatural, é adquirir respeito e honra diante daqueles que nos assistem.

Objetivos da Lição
Estudaremos acerca da transição da nova geração e de como o Senhor era com eles;
Veremos como Josué liderou o cerco e como foi obediente à estratégia divina;
Aprenderemos acerca da veracidade da Palavra e os efeitos advindos do milagre.

Glossário
Anátema: Admoestação ou repreensão enfática; condenação;
Insano: Que ou aquele que se comporta como louco; insensato;
Intransponível: Que não se pode transpor, ultrapassar.


Leituras complementares
Segunda Jo 5.4
Terça Rm 8.24-25
Quarta 2Co 3.18
Quinta Hb 11.1-6
Sexta Hb 11.30
Sábado Tg 1.3

Textos de Referência.
Josué 6.10; 16; 20.
10 Porém ao povo Josué tinha dado ordem, dizendo: Não gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da vossa boca, até ao dia em que eu vos diga: Gritai. Então gritareis.

16 E sucedeu que, tocando os sacerdotes a sétima vez as buzinas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o Senhor vos tem dado a cidade.

20 Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade.

Hinos sugeridos.
126, 186, 459

Motivo de Oração
Ore para que os jovens não desistam nem desanimem na fé.

Esboço da Lição
Introdução
1. Uma geração orientada pelo Senhor.
2. O preparo sempre vem antes da vitória.
3. Lições práticas acerca da fé.
Conclusão

Introdução
A geração liderada por Josué era guerreira, conquistadora e cheia de fé. A tomada de Jericó apresenta aquele momento em que nossas vidas alcançam o nível exigido por Deus para as grandes realizações.

1. Uma geração orientada pelo Senhor.
Ainda hoje, arqueólogos e cientistas tentam, sem sucesso, desvendar o mistério da queda dos muros de Jericó. Porém, a Bíblia responde: “Pela fé” (Hb 11.30).

1.1. Influenciados pela fé.
Após atravessar milagrosamente o Jordão, Josué tem uma nova missão: conquistar a fortificada Jericó, uma cidade de importante comércio. Jericó era humanamente intransponível. Seus habitantes tinham a sensação de segurança: ninguém poderia conquistá-la. Mas algumas coisas fizeram a diferença para que Israel a conquistasse. Josué tinha uma promessa, acreditava nela e conduzia sua geração a crer (1Tm 1.19; Tg 2.22).

A fé nos possibilita a conquistar o inimigo inimaginável (Mc 9.23). A fé transcende a razão humana. Ela não trabalha com alógica. Para os moradores de Jericó, aquela multidão era apenas mais um exército, que fatalmente seria vencido. Tão importante quanto saber da existência de uma promessa em nossas vidas, ou que Deus é conosco, é estar disposto a acreditar e viver o que nos foi dito. Os muros foram abaixo e isso é o que importa. Quando estamos vivendo uma relação correta e íntima com o Senhor, o impossível se torna possível. Essa é a lógica da fé. 

1.2. O general e suas estratégias.
Josué se tornou um grande guerreiro e estrategista, e, como todo guerreiro bem-sucedido, ele poderia confiar em suas experiências de guerra. Porém, antes da peleja contra Jericó, ele recebe a visita de um homem que tinha na mão uma espada nua e se apresenta como o príncipe do exército do Senhor. Após certificar-se e saber que o próprio Senhor estava na peleja, ele o reverencia e diz: “Que diz meu Senhor ao seu servo?”  (Js 5.14). A estratégia divina era: rodear a cidade, tocar as trombetas (sacerdotes) e gritar. Josué abandona suas estratégias humanas e, mesmo parecendo absurdas, não hesita em seguir as ordens divinas. Deus estava na frente de tudo e isso era o suficiente para Josué (Js 1.9).

Existe uma enorme diferença entre amaneira de Deus agir e o modo de agir do homem. Uma mente militar consideraria loucura atacar uma cidade dessa maneira. Por mia absurdas que pareçam ser as ordens de Deus, não devemos questioná-las, porque Deus sabe o que faz. Devemos ter fé suficiente para fazer o que o Eterno nos diz e esperar, porque o Seu modo de agir sempre alcançara o sucesso desejado. Uma coisa é certa: os caminhos do Eterno Deus sempre são caminhos seguros (Sl 18.30).

1.3. De glória em glória.
A nova geração liderada por Josué passou por uma transição. Eles deixaram de conviver com a provisão de Deus no deserto, saem da posição de receber provisão e passam a conquista da Terra Prometida. Do mesmo modo acontece na vida cristã. Devemos viver as etapas necessárias e conquistar os novos desafios que o Senhor coloca diante de nós (2Co 3.18). O nosso Deus requer de Seu exército obediência, sensibilidade à Sua voz, firmeza e santidade. É por esse motivo que se apresentou com uma espada desembainhada (Js 5.13). Ele ordena que Josué tire os calçados porque ali é terra santa. Mas como uma terra pagã pode ser santa? (Js 5.15). A resposta é simples: onde o Senhor coloca Seus pés e manifesta a Sua glória, o lugar torna-se santificado pela presença do Santo Deus.

A atitude do Senhor em ordenar que Josué tirasse o calçado de seus pés em Sua presença simboliza o nosso caminhar diante de Deus. É importante lembrar aqui da passagem em que o Mestre Jesus Cristo lavou os pés de Seus discípulos (Jo 13). Mesmo seguindo a Jesus, nossos pés se sujam durante a peregrinação nessa terra. Pés limpos significam santidade e perdão concedidos pelo Senhor. Devemos sempre ir à Sua presença, para que Ele nos limpe e assim prossigamos pelo caminho da Sua Palavra e em santidade. É extremamente necessário entender que a santificação abre a porta para que o Senhor Deus peleje ao nosso lado e nos dê vitórias (Js 3.5).

2. O preparo sempre vem antes da vitória.
Josué teve a fé na estratégia que havia recebido do Senhor e seus liderados também não deixaram a desejar quando acataram suas ordens e visão.

2.1. As sábias orientações de Deus.
Eles deveriam rodear a cidade uma vez durante seis dias e sete sacerdote, levando sete buzinas de carneiro, deveriam seguir adiante da arca, isso durante seis dias. No sétimo dia, a cidade seria rodeada sete vezes e depois os sacerdotes tocariam. Quando a tocassem (somente nesse dia), o povo daria um grande grito. Era esse grito, juntamente com o sonido da buzina de carneiro, que faria com que os muros viessem abaixo (Js 6.1-5). O que parecia loucura se tornou realidade e, sem qualquer tipo de explosivo, os muros implodiram (1Co 1.25a; 2.14).

Deus nos impõe viver pela fé (Hb 10.38). O Eterno Deus é sobrenatural e caminhar com Ele é submeter-se as mais incríveis situações. Somente acreditar que Ele existe já transcende o conhecimento humano, por esse motivo, precisamos viver acima da média e isso exige que exercitemos a cada instante a nossa fé.

2.2. Tempo de andar calado.
Caminhar em círculo não era novidade para essa geração. Só que agora é diferente. Deus disse que lhes daria aquela terra (Js 6.2). O caminho da conquista exigia paciência, disciplina e silêncio. A ordem do Senhor era para rodearem, um ato insano na visão dos habitantes de Jericó. Mas andar com Deus é assim, é estar disposto a seguir Suas instruções em nome da fé (Hb 11.6). Por que Deus pede silêncio? Às vezes, o segredo de grandes vitórias é não anunciar em público aquilo que Deus nos revela no oculto. Se Sansão atentasse para esse detalhe, jamais teria perdido sua força. Ele só foi derrotado porque falou o que não devia (Jz 16.15-20).

A regra seguida por Josué também serve para todos nós. Existe o tempo em que rodeamos a bênção, mas não podemos tocá-la e, para isso, precisamos ter bastante paciência, porque esse é, o tempo de ficar calado. Josué disse que haveria um momento em que deveria gritar. Existem segredos entre nós e Deus que não podemos revelar, precisamos ser maduros e, quando chegar a hora certa, aí sim testemunharemos com toda a alegria (Lc 1.20).

2.3. Tempo de gritar.
Josué foi sábio e instruiu seu povo a gritar no tempo certo (Js 6.10). Existe o tempo de rodear, o tempo de calar e o tempo de gritar (Ec 3.7). O estopim da derrota de muitos homens foi falar antes do tempo. Existem estratégias que são pessoais e não podem servir de modelo para outras pessoas. Deus é pessoal e para cada evento Ele atua de maneira diferente. Ele disse que seria com Josué como foi com Moisés, mas o milagre do Jordão, por exemplo, foi diferente do milagre do Mar Vermelho. Com Jericó, Deus usou uma estratégia diferente porque desejava testar a paciência e a fé do povo. Josué sabia que chegaria o dia da vitória e incentivou o povo a esperar o momento certo da comemoração. A nossa hora também vai chegar. É só esperar com fé (Rm 8.24-25).

Se observarmos a escala da fé, veremos que ela principia com a tribulação; produz a paciência, a paciência vai produzir a experiência e a experiência produzira a esperança. Mais à frente, aprenderemos que a esperança não traz confusão, porque se alguém espera, espera o que não vê, e isso é fé. Fé é acreditar naquilo que é invisível (Rm 5.3-5a; 8.24b, 25). Aquela ordem, aparentemente absurda, além de produzir um grande milagre, gerou no povo uma fé capaz de alcançar o impossível. Por mais absurda que pareça ser a ordem divina, nunca duvide de seu Deus.

3. Lições práticas acerca da fé.
A ciência e a arqueologia relutam em fornecer uma resposta plausível para a queda das muralhas de Jericó, a Bíblia é muito clara: “Pela fé caíram os muros de Jericó” (Hb 11.30). A fé nos faz ver o invisível, crer no incrível e realizar o impossível.

3.1. O poder da Palavra.
Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía nem entrava (Js 6.1). Mas dentro dos muros até o próprio inimigo já sabia que a derrota era certa (Js 2.9-11). Quando Deus nos dá uma missão, jamais devemos ter medo de avançar. Quando Deus diz que vai nos dar vitória, devemos crer em Sua Palavra, porque Ele Nunca falha naquilo que prometeu. Antes de Josué avançar, o Senhor já havia posto o terror no coração dos inimigos. Ele já havia preparado a vitória. Era somente crer em Sua Palavra e conquistar o que parecia impossível.

A declaração de Raabe deixa bem claro como o Senhor preparou a vitória antecipada de Seu povo. Ele não somente deu ao povo uma estratégia de vitória. Deus foi à frente da batalha e levou pavor e desânimo ao coração do exército inimigo. “E disse aos homens Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor de vós caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiado diante de vós” (Js 2.9). É maravilhoso ver como Deus anunciou ao povo de Israel que já havia dado o inimigo em suas mãos e depois mostrou ao povo que o próprio inimigo já se dava por vencido.

3.2. A obediência à Palavra.
A vitória deveria ser precedida de um ritual em forma de culto e havia um conjunto de obrigações que incluía o número sete, símbolo da perfeição de Deus. Deveriam ser sete sacerdotes, estes deveriam conduzir sete buzinas de chifres de carneiro. Ao sétimo dia, eles rodeariam a cidade sete vezes e, após tocar as buzinas, o grito e a vitória. O que seria mais difícil para aquele povo? Ficar calado e esperar o tempo de gritar ou manter a fé para cumprir esse ritual, acreditando que tudo aquilo tinha um propósito? Eles cumpriram cabalmente as instruções divinas, o muro caiu e eles tomaram a cidade (Js 6.20). O segredo foi a obediência.

Tudo o que Deus falou a Josué, ele comunicou aos sacerdotes e guerreiros. No sétimo dia, Josué proíbe os israelitas de falarem ou gritarem até que ele lhes faça sinal. A despeito de qualquer outro significado que esse silêncio possa ter tido, ele é ilustração de uma excelente disciplina. Temos que ser corajosos e não podemos relaxar. Outro fator imprescindível para a vitória é a santidade. Um povo com brechas sempre será frustrado (Js 7.10-12).

3.3. Os efeitos de um grande milagre.
Com a queda de Jericó, os pequenos reinos vizinhos ficaram muito atemorizados. Israel se tornou uma ameaça que procedia do deserto. A fama de Josué como chefe de exército cada vez mais aumentava, não apenas pelas suas qualificações militares, mas, sobretudo, porque Deus era com ele por onde andava (Js 6.27). O que diferenciava, por exemplo, Jesus dentre todos os homens? Em primeiro lugar, era a confiança que as pessoas tinham em saber que Deus era com Ele e, depois, a veracidade de Sua Palavra, acrescida de milagres (Jo 3.2). Josué avançou e Israel foi temido por essas qualidades. Se a nossa geração deseja alcançar grandes feitos e avançar, deve então trilhar por esse mesmo caminho.

É válido ressaltar a importância dos milagres em nossos dias. Os sinais fazem parte da grande comissão estabelecida por Jesus Cristo (Mc 16.17-20). Quando a operação de milagres é atuante em um determinado ministério, pessoas de todas as partes são atraídas, há um reconhecimento de que Deus está agindo naquele lugar e, através da constante exposição da Palavra de Deus, muitas vidas se rendem aos pés do Senhor Jesus Cristo. Os milagres têm uma finalidade: reconhecer a atuação divina. O objetivo do milagre é, antes de tudo, revelar o amor e a misericórdia de Deus. O milagre revela a ação ininterrupta do Pai.

Conclusão.
A geração de Josué não foi vencedora em tudo. A santidade lhes abriu a porta das grandes conquistas. Enquanto seguiam pela fé, tudo dava certo, até que o pecado entrou no arraial. Eles sucumbiram diante de Ai por causa do anátema. Não seria essa a causa de tantos fracassos em nossa geração?

Questionário.
1. Como a Bíblia responde o mistério da queda dos muros de Jericó?
R: “Pela fé” (Hb 11.30).

2. No que os moradores de Jericó acreditavam?
R: Que ninguém poderia penetrá-la (Js 6.1-2).

3. Por que Sansão foi derrotado?
R: Porque falou quando não devia (Jz 16.15-20).

4. De acordo com a lição, quais são os tempos que existem?
R: O tempo de rodear, o tempo de calar e o tempo de gritar (Js 6.10).

5. Por que a fama de Josué como chefe de exército cada vez mais aumentava?
R: Porque Deus era com ele por onde andava (Js 6.27).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância, responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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