segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Lição 7 Deus convoca todos à santificação para a travessia do Jordão.



Lição 7 Deus convoca todos à santificação para a travessia do Jordão.
12 de fevereiro de 2017

Texto Áureo
Josué 3.5
“Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós”.

Verdade Aplicada
Para desvendar o futuro, é preciso estar disposto a atravessar os desafios que surgem à nossa frente.

Objetivos da Lição
Mostrar aos alunos que a santificação deve ser um estilo de vida;
Ensinar que quem gasta tempo pensando antes das decisões não perde a paz após elas;
Iluminar o entendimento dos alunos acerca da importante guerra espiritual dessa passagem bíblica.

Glossário
Altivez: Atitude arrogante;
Fardo: Carga; aquilo que causa sofrimento difícil de suportar;
Misto: Mistura de elementos de natureza diversa.

Leituras complementares
Segunda Is 1.16-19
Terça Jr 1.12
Quarta Mc 7.21-23
Quinta Hb 4.16
Sexta Hb 9.1-28
Sábado 2Pe 3.9

Textos de Referência.
Josué 4.4-7
4 Chamou, pois, Josué os doze homens, que escolhera dos filhos de Israel, de cada tribo um homem,
5 E disse-lhes Josué: Passai diante da arca do Senhor, vosso Deus, ao meio do Jordão; e levante cada um uma pedra sobre o seu ombro, segundo o número das tribos dos filhos de Israel,
6 Para que isto seja por sinal entre vós; e, quando vossos filhos no futuro perguntarem, dizendo: Que vos significam estas pedras?,
7 Então lhes direis que as águas do Jordão se separaram diante da arca do concerto do Senhor; passando ela pelo Jordão, separaram-se as águas do Jordão; assim que estas pedras serão para sempre por memorial aos filhos de Israel.

Hinos sugeridos.
3, 18, 126

Motivo de Oração
Ore para que a fé dos novos convertidos cresça mais e forte.

Esboço da Lição
Introdução
1. O caminho exige santificação.
2. Antes de passar o Jordão.
3. Passando o Jordão.
Conclusão

Introdução
Santificação é uma ordem divina (1Pe 1.15-16), não um modelo que se usa para obter determinado favor. Seu sentido literal é de prática continua e não temporária. É uma maneira diferenciada de viver.

1. O caminho exige santificação
Sob uma nova liderança, o povo deveria marchar e tomar posse da promessa. Um novo ciclo havia começado e o primeiro desafio era atravessar o Jordão. O Senhor fez algumas exigências e Josué era a peça chave para conduzir o povo à Terra Prometida.

1.1. A santificação.
As maravilhas de Deus para um amanhã diferente descansavam numa vida de consagração (Js 3.5). Algumas traduções empregam a palavra “consagrar”, que significa: “pertencer a Deus”. Alguns eruditos afirmam que significa: “lapidar”, e outros sugerem: “ficar alegres”. A base latina de ambas (consagração e santificação) traz implícito o significado de “santo”. O povo de Israel devia lapidar-se a si mesmo do passado e de qualquer coisa que impedisse a sua absoluta devoção (Is 1.16-19). Deviam “alegrar-se” ao perceber que outra vez pertenciam a Deus e que estes os levaria à Terra Prometida.

O terceiro e o quarto capítulo do livro de Josué nos falam: das promessas de Deus e de como devemos responder a elas; do que Deus nos manda fazer e como fazê-lo; e de como Deus usa a nossa cooperação e como devemos louvá-Lo. Essa geração guiada por Josué era uma geração guerreira. Como líder, Josué se dispôs inteiramente a seguir as estratégias divinas, mesmo sendo um homem de grandes qualificações e experiência. A santidade é um atributo natural de Deus. Santificar a vida é tentar melhorar nosso nível e assim poder estar mais sensível à voz do Senhor (Is 1.19).

1.2. A santificação faz abrir o Jordão.
O Senhor estava prestes a realizar algo maravilhoso no meio do Seu povo (Js 3.5). Para isso, era necessária a santificação pessoal de cada um. Deus faria o milagre, mas exigia do povo cooperação, confiança e coragem. Josué compartilhou com o povo a estratégia que o Senhor lhe deu. Os sacerdotes deveriam levantar a Arca da Aliança adiante do povo. A promessa era que, quando as solas dos pés dos sacerdotes tocassem o Jordão, a maravilha da separação das águas se desencadearia. O leito do rio se secaria e todo o Israel atravessaria a pé enxuto (Js 3.7-13).

É lamentável como esquecemos coisas tão simples ao longo de nossa caminhada. A santificação e separação pessoal ressoam muito bem quando estamos à beira de um congresso ou festa anual. Não poderíamos viver esse clima continuamente, independente de comemorações? As águas do Jordão eram particularmente altas na época da colheita, quando o fluxo regular do rio (cerca de quinze metros de largura) transbordava, alagando até a área mais ampla ao longo das margens. Era uma enorme alegria verem com seus próprios olhos a promessa sendo cumprida, isto é, o ímpeto das águas do Jordão sendo refreado (Js 3.13). 

1.3. Sacerdotes na água, povo na terra.
A arca, que representava a presença do Senhor, deveria ser levada pelos sacerdotes. Quando seus pés se molhassem, as enchentes de águas cessariam e o povo passaria a pé enxuto. Porém, os sacerdotes deveriam ficar parados, no meio do Jordão, até que todo o povo estivesse salvo. Havia um misto de pânico e promessa no coração de cada sacerdote ao aproximar-se o momento da decisão. Os sacerdotes, carregando a Arca do Concerto do Senhor, eram os primeiros a se aproximarem do rio. Seus pés repousariam nas águas e somente depois elas parariam. Que Deus levante homens assim em nossos dias, dispostos a, em obediência ao Senhor, “molhar os pés” e, depois, aguardar que todo o povo chegue ao outro lado (Js 3.15-17).

Existem hoje muitas pessoas sedentas e com fome de Deus. Elas devem passar do deserto de seus muitos fracassos à abundância da boa terra que é Cristo, com todas as Suas riquezas insondáveis. Porém, é necessário que haja homens e mulheres firmes no meio do Jordão, suportando os vitupérios da cruz de Cristo e sustentando com o poder do Espírito Santo o testemunho do Senhor (Js 4.11). Pensemos nos sacerdotes segurando a arca no meio do rio. Porém, o esforço desses poucos trouxe uma grande bênção para todo o povo do Senhor (Js 4.21-24).

2. Antes de passar o Jordão.
A passagem pelas águas do Jordão nos ensina que a cada geração Deus se manifesta de acordo com o Seu propósito para a mesma.

2.1. Não se alcança perfeição agindo com emoção.
As inúmeras vezes que falhamos são reflexo das decisões que tomamos com base nas emoções antes de agir com a razão. Os grandes erros surgem quando nos apressamos a decidir sem tomar o tempo suficiente para avaliar o que vamos fazer. Tranquilidade antes de agir é o que fora experimentado pelos israelitas. Josué descansou no Senhor antes de tomar uma decisão. Este é um princípio de mudança que influencia tanto nossas vidas quanto nossos ministérios. Será que já pensamos sobre quão eficaz seria analisar responsavelmente todas as decisões que adotaremos em nossas vidas? Não consultar a Deus antes das ações pode nos acarretar danos irreparáveis: “Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou”. (Hb 12.17).

Às vezes tentamos copiar meios pelos quais algumas pessoas obtiveram sucesso, mas precisamos ter a consciência de que para cada caso Deus tem uma maneira de se manifestar. Ele foi com Josué, mas agiu diferente de como agiu com Moisés. Nosso maior obstáculo na vida não é somente a série decorrente do caos provocado pelas decisões erradas, mas o fato de não poder mais retroagir diante das decisões já tomadas. Por isso, é de grande importância pensar antes de tomar decisões (Lc 14.28-30).

2.2. A maravilha de amanhã depende do preparo de hoje.
A santificação de hoje garante a maravilha de amanhã (Js 3.5). A confiança em Deus reflete em grandes obras do Criador em resposta a fé (Pv 24.10). Como Cristãos, nos encontramos constantemente enfrentando desafios para os quais fomos chamados a superar. É um princípio que deve prevalecer em tudo o que fazemos. A nossa fé deve procurar crescer e ver a glória de Deus. Se em algum momento temos preocupações sobre o que pode acontecer amanhã, devemos ter a claridade de que fomos chamados para ter um melhor porvir, porque o Senhor está batalhando ao nosso lado (Dt 1.30).

Devemos ter sempre em mente que essa palavra também se aplica a todos nós. Fomos constituídos sacerdotes e isso implica em responsabilidade. “em carregar a arca”, em estar disposto a “molhar os pés” (1Pe 2.9). Nossa consagração abrange tanto nossos sucessos, quanto os daqueles a quem lideramos.

2.3. Quem gasta tempo sabe por onde deve seguir.
O fator tempo é um princípio que devemos examinar bem todos os passos que daremos (Js 3.2). Quando invocamos a Deus em tudo quanto pretendemos realizar, temos assegurada a nossa vitória. Esse é um princípio que não nos trará ilusões e que terá cumprimento em toda nossa existência, se aplicarmos no cotidiano. Se Deus vê o que está adiante de nós, então a vitória é garantida (Js 3.3-4). Após três dias, Josué enviou seus oficiais com uma estratégia para seguir o caminho. Andar com Deus é sempre estar informado do caminho pelo qual devemos seguir.

Após falar, Deus sempre materializa o que sai de Seus lábios, porque vela por Sua Palavra para cumprir (Jr 1.12). Como ver convertidas em realidade as promessas de Deus? Acreditando e permanecendo firme na esperança, porque Deus não retarda Sua promessa (2Pe 3.9).

3. Passando o Jordão.
Para alcançar a terra de Canaã, os filhos de Israel tiveram que descer até às margens do Jordão. Descer tem um significado diante de Deus. É estar disposto a se humilhar e, se necessário, abrir mão de posturas, posições, projetos pessoais e toda altivez da vida.

3.1. A travessia do Jordão.
Quando Israel chegou ao Jordão, o povo já não era guiado pela nuvem durante o dia nem tampouco pela coluna de fogo à anoite (ÊX 13.21). Agora era a arca da aliança, uma figura simbólica do próprio Jesus Cristo, descendo ao Jordão, imergindo-se na morte, e dizendo: “Sigam-me”. É Jesus nos convidando a sermos batizados nEle. Ele nos chama para começar uma nova vida e romper com o passado (Hb 9.1-28). A travessia do Jordão é um símbolo da entrada para a liberdade em Cristo.

O Senhor não nos chamou apenas para descer o Jordão, arriscar a vida e enfrentar perigos. Ele nos chamou para subir em direção a Jerusalém, onde está Seu governo é para sempre (1Ts 4.13-17). O Senhor sempre nos tira de alguma situação a fim de nos levar a Ele mesmo. Não basta simplesmente escapar do poder de Satanás, do cárcere da escravidão. Devemos, também, entrar na vida espiritual que Ele nos propôs, a terra onde quer que desfrutemos da excelência de Sua vitória. Ao sair do Jordão, os filhos de Israel entraram na Terra Prometida, que simboliza a permanência em Cristo. Para cada humilhação de nossas vidas, Deus tem uma recompensa de exaltação.

3.2. Gilgal, o lugar da circuncisão.
Quando parecia que tudo estava bem, e que o povo estava totalmente protegido, coberto pela presença de Deus, o senhor manda Josué circuncidar todo o povo que nasceu no deserto (Js 5.2-5). Em Gilgal, aprendemos que Deus dispõe a nos fazer livres dos fardos pesados do Egito, do sofrimento humilhante do deserto e do desnível acentuado do Jordão. Aquele dia foi de grande dor para os Israelitas. Se o Jordão aponta para uma nova vida, Gilgal assinala que não existe nova vida sem sangue – uma figura simbólica da cruz. Os Israelitas deveriam remover o prepúcio com uma faca de pedra como sinal de que eles pertenciam a uma aliança fiel com Deus!

Todas as pessoas que nasceram no deserto não haviam sido circuncidadas. Entrar na faca aqui lembra a submissão ao agudo corte produzido pela Palavra de Deus (Hb 4.12). Simbolicamente, a faca representa uma profunda purificação. O desejo divino é que venhamos a produzir espiritualmente uma geração santa, mas isso principia em nós. Devido a natureza adâmica, cada um de nós porta dentro de si o “opróbrio do Egito”(Mc 7.21-23), que deve ser removido por uma operação na qual o Espírito do Senhor corta fora todas essas paixões e domínios do mal.

3.3. De Moisés a Josué.
A travessia do Jordão é uma das passagens mais profundas do livro de Josué. Ela nos ensina o que Israel teve que fazer para possuir a terra por herança. O capítulo começa dizendo: “Moisés, meu servo, é morto” (Js 1.1-2). Uma representação da Lei, a qual era incapaz de conduzir o povo a salvação (Hb 9.11, 15). Josué foi aquele que Deus escolheu para passar o Jordão e conduzir o povo até a Terra Prometida. Seu nome significa: “Jeová salva”, e tem o mesmo significado do nome Jesus. O povo deveria aceitar a Josué como nós devemos aceitar a Jesus como nosso Salvador e Senhor.

Se o povo de Israel seguisse a Josué, passaria o Jordão e conheceria a Terra Prometida. Para alcançar a vida abundante (a Terra Prometida que nos espera), temos que lutar. Porém, guiados por Josué (Jesus), a vitória estará assegurada. Para seguir as ordens dadas por Josué, é preciso realmente estar disposto a deixar o Egito para trás emolhar os pés para cruzar o Jordão. O Jordão transbordava, aparentava grande perigo e quem seguisse a Josué (Jesus) deveria arriscar-se a confiarem em sua palavra (Hb 4.16). Quando o Senhor diz “siga-me”. Ele não desvenda o que existe após a passagem do Jordão. Lutas virão, inimigos se levantarão. Mas, até mesmo as muralhas intransponíveis, ruirão diante daqueles que creem.

Conclusão.
A geração de Josué tornou-se um exemplo de conquista e vitórias para todas as outras. Sua geração era santificada, circuncidada, obediente e guerreira. A santificação faz parte de uma cartilha vencedora que não podemos deixar de praticar.

Questionário.
1. Qual foi o primeiro desafio da geração liderada por Josué?
R: Atravessar o Jordão (Js 1.2).

2. Qual a preparação feita pelo povo antes do milagre do Jordão?
R: A santificação (Js 3.5).

3. O que garante a santificação de hoje?
R: O milagre de amanhã (Js 3.5b).

4. O que o Senhor mandou Josué fazer em Gilgal?
R: Circuncidar todo o povo (Js 4.19; 5.2-5).

5. Do que a Lei era incapaz?
R: De conduzir o povo à salvação (Hb 9.11, 15).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância, responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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