segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Lição 9 Cristãos firmados na Rocha.



Lição 9 Cristãos firmados na Rocha.
28 de agosto de 2016

Texto Áureo
(1Co 16.13)
13 Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos”.

Verdade Aplicada
Ouvir e praticar as palavras do Senhor Jesus Cristo são os dois pilares de um cristão autêntico.

Objetivos da Lição
Apresentar a maneira correta de cultivar relacionamentos;
Falar da necessidade de identificar e evitar os falsos mestres;
Ensinar acerca de como ser firme espiritualmente.

Glossário
Assenhorar: Tomar posse; apossar-se;
Negligência: Falta de diligência; descuido, desleixo; preguiça; desatenção, menosprezo;
Pagão: Diz-se de toda religião ou pessoa que não seja cristã nem judaica.

Leituras complementares
Segunda Mt 7.13
Terça Mt 7.21
Quarta Mt 7.22
Quinta Mt 7.23
Sexta Mt 7.28
Sábado Mt 7.29

Textos de Referência.
Mateus 7.24-27
24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
25  E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
26  E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
27  E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

Hinos sugeridos.
242, 258, 447

Motivo de Oração
Ore para que a sua fé permaneça forte naquele que é fiel, mesmo em circunstâncias difíceis.

Esboço da Lição
Introdução
1. O cristão e seus relacionamentos.
2. O cristão e os falsos profetas.
3. O cristão e a firmeza espiritual.
Conclusão

Introdução
Cristãos firmados na rocha são aqueles que ouvem e praticam as palavras de Jesus. Muitos podem se declarar cristãos, porém é a prática das palavras de Jesus que representará uma concreta obediência a Deus.

1. O cristão e seus relacionamentos.
Se quisermos impactar a sociedade, que vive na contramão da vontade de Deus, temos que viver as palavras de Jesus Cristo. Deus quer levantar um grande exército de salvos, mas precisamos viver em união e amor verdadeiro.

1.1. O dever de aplicar a regra de ouro.
Para se ter uma sociedade e família melhor, faz-se necessário que os indivíduos que nela vivem compreendam e apliquem a si a regra de ouro. Mas o que vem a ser isso? Observemos as palavras do Senhor Jesus: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12). Na verdade, esta regra já existia e os rabinos a empregavam, porém negativamente: “Não faça a outros o que você não gostaria que fizessem a você; esta é toda a Lei, veja bem e continue aprendendo-a”. Em geral, todos os homens amam a si mesmos e procuram o próprio bem. Assim como fazem o bem a si mesmos devem fazer ao semelhante.

Ensine para os alunos o que é a regra ou lei de ouro. É muito provável que todos já tenham ouvido falar dela, porém não com essa definição, que é mais enfática. Reforce para os alunos que tal procedimento cristão pode ser resumido em se ter empatia, ou seja, colocar-se no lugar do próximo, visando colher o bem ao longo da vida. Contudo, isso não significa que colheremos diretamente de uma pessoa, mas ao longo de toda a vida.

1.2. O resumo da Lei e dos Profetas.
A Le os Profetas representam toda a Escritura divinamente inspirada. É notável que tudo isso possa resumir num só princípio: a regra de ouro. Ao enunciar tal coisa, Jesus chegou ao suprassumo de Seus ensinos. Certa feita, um pagão foi ao sacerdote e lhe disse: “ Estou disposto a me converter ao judaísmo caso seja capaz de me ensinar toda a Lei, enquanto eu me mantiver em um pé apenas”. O sacerdote o expulsou de sua casa. A seguir, o pagão foi a um sábio e lhe fez o mesmo desafio. Então ele lhe disse: “Não faça a outros o que você não gostaria que fizessem a você; esta é toda a Lei, veja bem e continue aprendendo-a”.

Explique para os alunos que a regra de ouro é o resumo de toda a Escritura Sagrada do Antigo Testamento. Esta regra era citada como um provérbio em que se resume a Lei. Jesus, porém, deu a ela um sentido positivo. Ensine para os alunos que o Senhor Jesus Cristo reconhece o amor próprio como base para se fazer uma semeadura do bem. Ninguém é ensinado a amar os outros e a odiar a si mesmo. Ressalte para os alunos que, por outro lado, não significa que a prática desse mandamento seja fácil, todavia representa o que deve ser feito.

1.3. O dever de escolher o que é bom.
Todos nós estamos diante de sérias escolhas ao longo de nossas vidas. Há opção de facilidades que se frustram com o tempo e não correspondem a expectativa que Deus tem de nós. Existe, contudo, outro caminho, que é difícil no começo por exigir maior atenção e energia, e, pelo fato de ser estreito, este não frustra, mas corresponde a expectativa que Deus tem de nós. A porta e o caminho sempre serão estreitos, mas conduzem à vida eterna, mesmo que poucos passem por ele. Devemos escolher o que é bom, o que é moralmente correto, desprezando toda a crítica à nossa volta (Dt 30.15-16).

Explique para os alunos como é esse caminho na prática. Pergunte aos alunos, por exemplo, se, ao recebermos um troco a mais no mercado ou no ônibus, o devolveríamos ao caixa ou ficaríamos com ele? O que fazemos quando nos vêm à mente pensamentos com uma pessoa que não é o nosso cônjuge? Reprimimos ou damos-lhe vazão? Quando alguém nos pede desculpas, aceitamos ou não? Questione os alunos sobre como tem sido o nosso comportamento na prática da vida cristã.

2. O cristão e os falsos profetas.
Além de fazermos boas escolhas, precisamos estar cuidadosos quanto a quem irá influenciar nossas vidas. Os falsos profetas sempre existiram. Eles são grandes atores com alguma liderança religiosa, mas como evitá-los?

2.1. Os falsos profetas e seus propósitos.
Os falsos profetas são pessoas que se declaram profetas, mas que a sua conduta, intenções e o que produzem são capazes de destruir o rebanho de Deus. Um pseudoprofeta é esperto e faz de tudo para não ser descoberto. Jesus nos adverte que tais pseudoprofetas têm visão ótima para identificar rebanhos e se dirigirem a eles. Não são os rebanhos que buscam, mas eles buscam os rebanhos e se assenhoreiam deles ilegitimamente, com base no engano, nos disfarces e com alianças depravadas. Devemos diferenciar entre um falso obreiro e outro que está passando por alguma queda. O falso não aceita tratamento e o outro é humilde e se submete à disciplina.

Lembre aos alunos que tudo o que tem valor tende a ser falsificado e isso se aplica a qualquer tipo de liderança na igreja ou fora dela. Comente com os alunos que há também casos de líderes que se revelam depois de assumir determinado poder (Ez 22.27). E aí começam com o seu trabalho de destruição, tornando o rebanho algo para si mesmo (2Pe 2.3; At 20.29).

2.2. Como discernir um falso profeta?
Os falsos profetas sabem o que estão fazendo e por isso eles usam disfarces. Eles se fantasiam de piedade aparente para parecerem ovelhas, mas intimamente são lobos vorazes. Jesus disse que pelos frutos os conheceríamos, ou seja, por meio de virtudes. A vida cristã e sua liderança estão dia após dia demonstrando a sua originalidade, mas quem é falso profeta, pastor ou mestre não conseguirá esconder-se por muito tempo. Por isso é muito importante o que o Senhor Jesus disse: “acautelai-vos”, significa ser cuidadoso, prevenido. No grego, o termo é “prosecho”, que significa “trazer para perto”, como quem traz um navio à terra para o atracar, acompanhar com atenção.

Mostre para os alunos a necessidade de discernir um falso obreiro, que pode ser profeta, pastor ou mestre. Ensine para os alunos que o termo “prosecho” é muito enfático, pois demonstra a necessidade de uma atenção especial. Comente com os alunos que o contrário disso é estar dormindo, quando então acontece a infiltração e se instala trazendo grandes estragos. É extremamente importante frisar para os alunos que a melhor salvaguarda contra os falsos ensinamentos, sem sombra de dúvida, é o estudo regular da Palavra de Deus, sempre acompanhado de uma oração que rogue a iluminação do Espírito Santo. Reforce para os alunos que as Sagradas Escrituras nos foi outorgada para ser uma lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119.105).

2.3. O argumento dos falsos profetas.
Os falsos profetas, pastores e mestres costumam usar de vários artifícios para chegarem a liderar um rebanho de Cristo. Eles usam do engano, às vezes da força, mas também dos milagres para firmarem a sua autoridade sobre a congregação. Podem também usar uma combinação de tudo o que foi dito para atingirem o seu objetivo. Eles costumam perseguir os verdadeiros obreiros e humilhá-los, a fim de esconderem seus erros. Algumas pessoas que andam atrás do novo e desprezam suas congregações e pastores são presas fáceis. Os que procuram milagres, curas, libertações e profecias facilmente são apanhadas na rede deles. A atitude para com eles a fim de proteger o rebanho é confrontá-los e cortá-los como árvores inúteis (Mt 7.19).

Enfatize para os alunos que os milagres não são formas de legitimar nenhuma liderança. Basta olharmos para os ensinos do Senhor Jesus e do apóstolo Paulo e veremos que para a legitimação uma liderança é extremamente importante que haja um cuidadoso exame das virtudes e conhecimento teológico. O falso profeta fará de tudo para não ser achado. Usará do engano, presentes, bajulação, dos dons espirituais e da intimidação em alguns casos. Frise para os alunos que, uma vez detectado, o elemento sofra um procedimento cirúrgico, caso esteja diante de um rebanho do Senhor, como quem corta uma árvore (Mt 7.19). Comente com os alunos que tal caso é muito sério, pois eles vêm para matar, roubar e destruir. Explique para os alunos que era deles, os falsos líderes e profetas, que Jesus falava e não de Satanás (Jo 10.10a).

3. O cristão e a firmeza espiritual.
A firmeza espiritual é imprescindível para atravessar toda a sorte de adversidade. Por isso, é necessário desenvolvê-la dia após dia em nossa caminhada espiritual. Mas como poderá um cristão sincero desenvolver firmeza espiritual?

3.1. Os momentos de provação virão.
As provações serão inevitáveis (Mt 7.27). A diferença reside no fato de como nos preparamos para quando elas chegarem. Jesus compara a firmeza de um fiel a Deus com a construção de uma casa. Qualquer pessoa que pretende se estabelecer definitivamente num lugar precisa trabalhar com todo o cuidado na construção de uma casa, para que ela resista às intempéries. Frise para os alunos que a hora da provação vem. Jesus Cristo comparou esse momento com as grandes tempestades daquela região, com ventos, chuvas e rios que se precipitavam (Mt 7.27). Comente com os alunos que o apóstolo Paulo chama esse momento de grande provação de o “dia mal”, para o qual todo cristão precisa estar devidamente preparado, utilizando toda a armadura de Deus (Ef 6.13).

3.2. Como age o homem prudente.
O homem prudente sabe que não tem controle sobre o tempo e então se prepara para as tempestades (Mt 7.24-25) Na construção de sua casa espiritual, ele constrói sobre a rocha um sólido alicerce e suas paredes de modo firme. Há coisas que só aprenderemos na prática, com persistência, erros e acertos, até, finalmente, tornamo-nos experientes como um sábio construtor. A graça de Deus nos impulsiona ao aperfeiçoamento de nossa santificação, mas nós temos que nos esforçar através da submissão prática, da meditação nas Escrituras, da oração perseverante e da vigilância constante.

Destaque para os alunos que não há outra maneira de aprender os segredos da fé senão pela prática da vida cristã. Nesse campo não há espaço para aqueles que querem apenas a teoria. Comente com os alunos que não existe esse argumento de “sou cristão convicto, mas não praticante”. Ressalte para os alunos que, embora tal posicionamento demonstre simpatia, não causa qualquer efeito para si mesmo e para os outros dentro do Reino de Deus. Portanto, temos que agir com prudência quanto à nossa casa espiritual.

3.3. Como age o homem insensato.
O homem insensato faz o contrário do homem prudente. Ele também sabe que não tem controle sobre o tempo, porém não se prepara para as adversidades que vêm com o mau tempo (Mt 7.26-27). Na construção de sua casa espiritual, ele a edifica como algo transitório. A preguiça lhe impede de avaliar o lugar correto de construir a sua casa. Ele também emprega os piores materiais possíveis, não pensando nas provações que poderão vir sobre si. Quando chega a tempestade, com seus ventos fortes, chuvas torrenciais e rios que se formam em consequência dela mesma, tal casa espiritual não resiste. Assim, perde-se tudo o que foi empregado. Ou seja, quando há negligência em praticar os mandamentos do Senhor Jesus, com a vigilância, com a oração e meditação na Palavra, não há vida espiritual que suporte. Muitos se afastam dos caminhos do Senhor porque não querem pagar o preço da renuncia.

Os alunos devem ser conscientizados quanto a firmeza espiritual que precisam desenvolver em sua caminhada cristã. Insista com os alunos que não há espaço para teóricos ou não praticantes, melhor lhes era que nem se envolvam com o Evangelho, do que, iniciando, irem à ruína de sua casa espiritual e os seus estados se tornarem pior do que antes.

Conclusão.
Mesmo que seja apertado e estreito, é extremamente importante compreender que, se quisermos vitória eterna, precisamos andar nesse caminho preparado desde a fundação do mundo, isto é, Jesus Cristo, a esperança da glória.

Questionário.
1. O que é estar firmado na rocha?
R: É ouvir e praticar as palavras de Jesus.

2. Qual é a regra de ouro?
R: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12).

3. O que é inevitável?
R: As provações (Mt 7.12).

4. Como age o homem prudente?
R: Sabe que não tem controle sobre o tempo, e, por isso, se prepara para as tempestades (Mt 7.24-25).

5.  Como age o homem insensato?
R: Não se prepara para as adversidades que vêm com o mau tempo (Mt 7.26-27).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do Evangelho do Rei.

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