Lição 9
Cristãos firmados na Rocha.
28 de agosto de 2016
Texto
Áureo
(1Co 16.13)
“13 Vigiai, estai
firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos”.
Verdade
Aplicada
Ouvir e praticar as palavras do Senhor Jesus
Cristo são os dois pilares de um cristão autêntico.
Objetivos
da Lição
Apresentar a maneira correta de
cultivar relacionamentos;
Falar da necessidade de
identificar e evitar os falsos mestres;
Ensinar acerca de como ser
firme espiritualmente.
Glossário
Assenhorar: Tomar posse;
apossar-se;
Negligência: Falta de diligência;
descuido, desleixo; preguiça; desatenção, menosprezo;
Pagão: Diz-se de toda
religião ou pessoa que não seja cristã nem judaica.
Leituras
complementares
Segunda Mt 7.13
Terça Mt 7.21
Quarta Mt 7.22
Quinta Mt 7.23
Sexta Mt 7.28
Sábado Mt 7.29
Textos
de Referência.
Mateus 7.24-27
24 Todo aquele, pois, que
escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente,
que edificou a sua casa sobre a rocha.
25 E desceu a chuva, e correram rios, e
assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava
edificada sobre a rocha.
26 E aquele que ouve estas minhas palavras e as
não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a
areia.
27 E desceu a chuva, e correram rios, e
assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
Hinos
sugeridos.
242, 258, 447
Motivo
de Oração
Ore para que a sua fé permaneça forte naquele
que é fiel, mesmo em circunstâncias difíceis.
Esboço
da Lição
Introdução
1. O cristão e seus
relacionamentos.
2. O cristão e os falsos
profetas.
3. O cristão e a firmeza
espiritual.
Conclusão
Introdução
Cristãos firmados na rocha são aqueles que
ouvem e praticam as palavras de Jesus. Muitos podem se declarar cristãos, porém
é a prática das palavras de Jesus que representará uma concreta obediência a
Deus.
1. O
cristão e seus relacionamentos.
Se quisermos impactar a sociedade, que vive
na contramão da vontade de Deus, temos que viver as palavras de Jesus Cristo.
Deus quer levantar um grande exército de salvos, mas precisamos viver em união
e amor verdadeiro.
1.1. O
dever de aplicar a regra de ouro.
Para se ter uma sociedade e família melhor,
faz-se necessário que os indivíduos que nela vivem compreendam e apliquem a si
a regra de ouro. Mas o que vem a ser isso? Observemos as palavras do Senhor
Jesus: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho
também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12). Na verdade, esta
regra já existia e os rabinos a empregavam, porém negativamente: “Não faça a
outros o que você não gostaria que fizessem a você; esta é toda a Lei, veja bem
e continue aprendendo-a”. Em geral, todos os homens amam a si mesmos e procuram
o próprio bem. Assim como fazem o bem a si mesmos devem fazer ao semelhante.
Ensine para os alunos o que é a
regra ou lei de ouro. É muito provável que todos já tenham ouvido falar dela,
porém não com essa definição, que é mais enfática. Reforce para os alunos que
tal procedimento cristão pode ser resumido em se ter empatia, ou seja,
colocar-se no lugar do próximo, visando colher o bem ao longo da vida. Contudo,
isso não significa que colheremos diretamente de uma pessoa, mas ao longo de
toda a vida.
1.2. O
resumo da Lei e dos Profetas.
A Le os Profetas representam toda a Escritura
divinamente inspirada. É notável que tudo isso possa resumir num só princípio:
a regra de ouro. Ao enunciar tal coisa, Jesus chegou ao suprassumo de Seus
ensinos. Certa feita, um pagão foi ao sacerdote e lhe disse: “ Estou disposto a
me converter ao judaísmo caso seja capaz de me ensinar toda a Lei, enquanto eu
me mantiver em um pé apenas”. O sacerdote o expulsou de sua casa. A seguir, o
pagão foi a um sábio e lhe fez o mesmo desafio. Então ele lhe disse: “Não faça
a outros o que você não gostaria que fizessem a você; esta é toda a Lei, veja
bem e continue aprendendo-a”.
Explique para os alunos que a regra
de ouro é o resumo de toda a Escritura Sagrada do Antigo Testamento. Esta regra
era citada como um provérbio em que se resume a Lei. Jesus, porém, deu a ela um
sentido positivo. Ensine para os alunos que o Senhor Jesus Cristo reconhece o
amor próprio como base para se fazer uma semeadura do bem. Ninguém é ensinado a
amar os outros e a odiar a si mesmo. Ressalte para os alunos que, por outro
lado, não significa que a prática desse mandamento seja fácil, todavia
representa o que deve ser feito.
1.3. O
dever de escolher o que é bom.
Todos nós estamos diante de sérias escolhas
ao longo de nossas vidas. Há opção de facilidades que se frustram com o tempo e
não correspondem a expectativa que Deus tem de nós. Existe, contudo, outro
caminho, que é difícil no começo por exigir maior atenção e energia, e, pelo
fato de ser estreito, este não frustra, mas corresponde a expectativa que Deus
tem de nós. A porta e o caminho sempre serão estreitos, mas conduzem à vida
eterna, mesmo que poucos passem por ele. Devemos escolher o que é bom, o que é
moralmente correto, desprezando toda a crítica à nossa volta (Dt 30.15-16).
Explique para os alunos como é esse
caminho na prática. Pergunte aos alunos, por exemplo, se, ao recebermos um
troco a mais no mercado ou no ônibus, o devolveríamos ao caixa ou ficaríamos
com ele? O que fazemos quando nos vêm à mente pensamentos com uma pessoa que
não é o nosso cônjuge? Reprimimos ou damos-lhe vazão? Quando alguém nos pede
desculpas, aceitamos ou não? Questione os alunos sobre como tem sido o nosso
comportamento na prática da vida cristã.
2. O
cristão e os falsos profetas.
Além de fazermos boas escolhas, precisamos
estar cuidadosos quanto a quem irá influenciar nossas vidas. Os falsos profetas
sempre existiram. Eles são grandes atores com alguma liderança religiosa, mas
como evitá-los?
2.1. Os
falsos profetas e seus propósitos.
Os falsos profetas são pessoas que se
declaram profetas, mas que a sua conduta, intenções e o que produzem são
capazes de destruir o rebanho de Deus. Um pseudoprofeta é esperto e faz de tudo
para não ser descoberto. Jesus nos adverte que tais pseudoprofetas têm visão
ótima para identificar rebanhos e se dirigirem a eles. Não são os rebanhos que
buscam, mas eles buscam os rebanhos e se assenhoreiam deles ilegitimamente, com
base no engano, nos disfarces e com alianças depravadas. Devemos diferenciar
entre um falso obreiro e outro que está passando por alguma queda. O falso não
aceita tratamento e o outro é humilde e se submete à disciplina.
Lembre aos alunos que tudo o que
tem valor tende a ser falsificado e isso se aplica a qualquer tipo de liderança
na igreja ou fora dela. Comente com os alunos que há também casos de líderes
que se revelam depois de assumir determinado poder (Ez 22.27). E aí começam com
o seu trabalho de destruição, tornando o rebanho algo para si mesmo (2Pe 2.3;
At 20.29).
2.2. Como
discernir um falso profeta?
Os falsos profetas sabem o que estão fazendo
e por isso eles usam disfarces. Eles se fantasiam de piedade aparente para
parecerem ovelhas, mas intimamente são lobos vorazes. Jesus disse que pelos
frutos os conheceríamos, ou seja, por meio de virtudes. A vida cristã e sua
liderança estão dia após dia demonstrando a sua originalidade, mas quem é falso
profeta, pastor ou mestre não conseguirá esconder-se por muito tempo. Por isso
é muito importante o que o Senhor Jesus disse: “acautelai-vos”, significa ser
cuidadoso, prevenido. No grego, o termo é “prosecho”, que significa “trazer
para perto”, como quem traz um navio à terra para o atracar, acompanhar com
atenção.
Mostre para os alunos a necessidade
de discernir um falso obreiro, que pode ser profeta, pastor ou mestre. Ensine
para os alunos que o termo “prosecho” é muito enfático, pois demonstra a
necessidade de uma atenção especial. Comente com os alunos que o contrário
disso é estar dormindo, quando então acontece a infiltração e se instala
trazendo grandes estragos. É extremamente importante frisar para os alunos que
a melhor salvaguarda contra os falsos ensinamentos, sem sombra de dúvida, é o
estudo regular da Palavra de Deus, sempre acompanhado de uma oração que rogue a
iluminação do Espírito Santo. Reforce para os alunos que as Sagradas Escrituras
nos foi outorgada para ser uma lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos
caminhos (Sl 119.105).
2.3. O
argumento dos falsos profetas.
Os falsos profetas, pastores e mestres
costumam usar de vários artifícios para chegarem a liderar um rebanho de
Cristo. Eles usam do engano, às vezes da força, mas também dos milagres para
firmarem a sua autoridade sobre a congregação. Podem também usar uma combinação
de tudo o que foi dito para atingirem o seu objetivo. Eles costumam perseguir
os verdadeiros obreiros e humilhá-los, a fim de esconderem seus erros. Algumas
pessoas que andam atrás do novo e desprezam suas congregações e pastores são
presas fáceis. Os que procuram milagres, curas, libertações e profecias
facilmente são apanhadas na rede deles. A atitude para com eles a fim de
proteger o rebanho é confrontá-los e cortá-los como árvores inúteis (Mt 7.19).
Enfatize para os alunos que os
milagres não são formas de legitimar nenhuma liderança. Basta olharmos para os
ensinos do Senhor Jesus e do apóstolo Paulo e veremos que para a legitimação
uma liderança é extremamente importante que haja um cuidadoso exame das
virtudes e conhecimento teológico. O falso profeta fará de tudo para não ser
achado. Usará do engano, presentes, bajulação, dos dons espirituais e da
intimidação em alguns casos. Frise para os alunos que, uma vez detectado, o
elemento sofra um procedimento cirúrgico, caso esteja diante de um rebanho do
Senhor, como quem corta uma árvore (Mt 7.19). Comente com os alunos que tal
caso é muito sério, pois eles vêm para matar, roubar e destruir. Explique para
os alunos que era deles, os falsos líderes e profetas, que Jesus falava e não
de Satanás (Jo 10.10a).
3. O
cristão e a firmeza espiritual.
A firmeza espiritual é imprescindível para
atravessar toda a sorte de adversidade. Por isso, é necessário desenvolvê-la
dia após dia em nossa caminhada espiritual. Mas como poderá um cristão sincero
desenvolver firmeza espiritual?
3.1. Os
momentos de provação virão.
As provações serão inevitáveis (Mt 7.27). A
diferença reside no fato de como nos preparamos para quando elas chegarem.
Jesus compara a firmeza de um fiel a Deus com a construção de uma casa.
Qualquer pessoa que pretende se estabelecer definitivamente num lugar precisa
trabalhar com todo o cuidado na construção de uma casa, para que ela resista às
intempéries. Frise para os alunos que a hora da provação vem. Jesus Cristo
comparou esse momento com as grandes tempestades daquela região, com ventos,
chuvas e rios que se precipitavam (Mt 7.27). Comente com os alunos que o
apóstolo Paulo chama esse momento de grande provação de o “dia mal”, para o
qual todo cristão precisa estar devidamente preparado, utilizando toda a
armadura de Deus (Ef 6.13).
3.2. Como
age o homem prudente.
O homem prudente sabe que não tem controle
sobre o tempo e então se prepara para as tempestades (Mt 7.24-25) Na construção
de sua casa espiritual, ele constrói sobre a rocha um sólido alicerce e suas
paredes de modo firme. Há coisas que só aprenderemos na prática, com
persistência, erros e acertos, até, finalmente, tornamo-nos experientes como um
sábio construtor. A graça de Deus nos impulsiona ao aperfeiçoamento de nossa
santificação, mas nós temos que nos esforçar através da submissão prática, da
meditação nas Escrituras, da oração perseverante e da vigilância constante.
Destaque para os alunos que não há
outra maneira de aprender os segredos da fé senão pela prática da vida cristã.
Nesse campo não há espaço para aqueles que querem apenas a teoria. Comente com
os alunos que não existe esse argumento de “sou cristão convicto, mas não
praticante”. Ressalte para os alunos que, embora tal posicionamento demonstre
simpatia, não causa qualquer efeito para si mesmo e para os outros dentro do
Reino de Deus. Portanto, temos que agir com prudência quanto à nossa casa
espiritual.
3.3. Como
age o homem insensato.
O homem insensato faz o contrário do homem
prudente. Ele também sabe que não tem controle sobre o tempo, porém não se
prepara para as adversidades que vêm com o mau tempo (Mt 7.26-27). Na
construção de sua casa espiritual, ele a edifica como algo transitório. A
preguiça lhe impede de avaliar o lugar correto de construir a sua casa. Ele
também emprega os piores materiais possíveis, não pensando nas provações que
poderão vir sobre si. Quando chega a tempestade, com seus ventos fortes, chuvas
torrenciais e rios que se formam em consequência dela mesma, tal casa
espiritual não resiste. Assim, perde-se tudo o que foi empregado. Ou seja,
quando há negligência em praticar os mandamentos do Senhor Jesus, com a
vigilância, com a oração e meditação na Palavra, não há vida espiritual que
suporte. Muitos se afastam dos caminhos do Senhor porque não querem pagar o
preço da renuncia.
Os alunos devem ser conscientizados
quanto a firmeza espiritual que precisam desenvolver em sua caminhada cristã.
Insista com os alunos que não há espaço para teóricos ou não praticantes,
melhor lhes era que nem se envolvam com o Evangelho, do que, iniciando, irem à
ruína de sua casa espiritual e os seus estados se tornarem pior do que antes.
Conclusão.
Mesmo que seja apertado e estreito, é
extremamente importante compreender que, se quisermos vitória eterna,
precisamos andar nesse caminho preparado desde a fundação do mundo, isto é,
Jesus Cristo, a esperança da glória.
Questionário.
1. O que é estar firmado na rocha?
R: É ouvir e praticar as
palavras de Jesus.
2. Qual é a regra de ouro?
R: “Portanto, tudo o que vós
quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os
profetas” (Mt 7.12).
3. O que é inevitável?
R: As provações (Mt 7.12).
4. Como age o homem prudente?
R: Sabe que não tem controle
sobre o tempo, e, por isso, se prepara para as tempestades (Mt 7.24-25).
5. Como
age o homem insensato?
R: Não se prepara para as
adversidades que vêm com o mau tempo (Mt 7.26-27).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do
professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do
Evangelho do Rei.
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