Lição 7
Jesus incentiva a prática da vida devocional.
14 de agosto de 2016.
Texto
Áureo
Hebreus 12.11
E, na verdade, toda correção, ao presente,
não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto
pacífico de justiça nos exercitados por ela.
Verdade
Aplicada
A prática dos exercícios espirituais tem uma
recompensa, desde que não sejam para sermos vistos pelos homens.
Objetivos
da Lição
Ensinar a necessidade da
prática dos exercícios espirituais de modo discreto;
Apresentar que não devemos ser
como pagãos na oração;
Mostrar que a prática dos
exercícios espirituais tem recompensa.
Glossário
Algoz: Carrasco, pessoa
desumana, perseguidor, torturador;
Jubiloso: Cheio de júbilo,
festivo;
Pagão: Relativo ao paganismo
ou politeísmo. Diz-se de toda pessoa que não seja cristã nem judaica.
Leituras
complementares
Segunda Mt 6.1
Terça Mt 6.3
Quarta Mt 6.4
Quinta Mt 6.7
Sexta Mt 6.16
Sábado Mt 6.17
Textos
de Referência.
Mateus 6.2; 5; 6
2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar
trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para
serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu
galardão.
5 E, quando orares, não sejas como os
hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das
ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o
seu galardão.
6 Mas
tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a porta, ora a teu Pai,
que está em secreto; e teu Pai, oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te
recompensará.
Hinos
sugeridos.
5, 296, 432
Motivo
de Oração
Pedir a Deus para que a oração se torne um
hábito diário.
Esboço
da Lição
Introdução
1. A respeito do dar esmolas.
2. A respeito da oração.
3. A respeito do perdão e do
jejum.
Conclusão
Introdução
As práticas devocionais devem ser exercidas
de modo a serem aceitas por Deus. Tanto faz que seja esmola dada ao próximo, ou
a atitude de orar a Deus ou de jejuar. A validade destes exercícios está na
maneira correta de fazê-los.
1. A
respeito do dar esmolas.
Acerca do exercício de dar esmolas, embora seja
uma prática que se destina ao próximo, ela deve ser endereçada a Deus. Qualquer
pessoa que parte deste princípio espiritual terá galardão junto ao Pai
Celestial. Ao contrário do que alguns
pensam, quanto à recompensa vinda do Autor da vida, esta deve ser estimulada,
buscada e cultivada sempre (Fp 3.14).
1.1. Um
ato feito ocultamente.
A prática de dar esmolas é considerada a
primeira prática da piedade judaica. Naqueles tempos não havia aposentadoria ou
plano assistencial às viúvas e pessoas com deficiência física. Então, vários
pedintes se encontravam nas ruas e na porta do templo de Jerusalém em busca de
esmolas para a sua sobrevivência. Para alguns que tinham uma condição financeira
melhor, era uma enorme tentação, através do esmolar, “ser visto pelos homens”.
Hoje, ainda que estejamos em tempos diferentes, nós devemos aliviar a dor e a
fome alheia como recomenda o Senhor.
Ensine para os alunos que, ainda
que tenhamos em nossos dias muitos projetos de ação social, devemos ajudar a
quem precisa. Enfatize para os alunos que as autoridades governamentais têm
procurado desestimular o dar esmolas, alegando que eles já cuidam desses
necessitados. Isso não deveria ser algo de fórum íntimo? Claro que sim. Mas se
tais autoridades assistenciais dizem cuidar, porque eles ainda pedem? Na sua
maioria pedem porque tais ajudas não os satisfazem. Comente com os alunos que
devemos ajudar de modo discreto, visando receber uma recompensa celestial.
Ressalte para os alunos que tal atitude deve ser motivado por caridade íntima,
visando diminuir a dor alheia, de modo a agradar a Deus.
1.2. O
ato de “ser visto pelos homens”.
A piedade deve ser praticada para Deus e não
para nós. O “ser visto pelos homens” significa que alguém que dá esmolas, ou
ora a Deus ou jejua, pratica tais exercícios espirituais visando glorificação
humana. Se recebermos o louvor por aqui, então já teremos recebido a recompensa
e não a teremos no Reino dos céus. O súdito do reino tem uma conta bancária em
que ajunta os seus tesouros de boas obras, aliás, fomos criados em Cristo para
as boas obras (Ef 2.10). Toda vez que as fazemos com a motivação correta e de
modo discreto para Deus ver, o nosso saldo aumenta (Lc 12.21).
Desafie os alunos a praticarem a
piedade que para tudo é proveitosa (1Tm 4.8). Porém devem saber que na condição
de servos de Deus a sua obra tem uma recompensa, caso operem de acordo com as
regras de Cristo. Quantos procuram aumentar a sua conta bancária e tesouros
terrenos, mas são miseráveis diante de Deus. Paulo recomenda que “enriqueçam em
boas obras” (1Tm 6.18). Ressalte para os alunos que o enriquecimento para com
Deus só será possível se vencermos a tentação de não sermos vistos pelos
homens.
1.3. Como
dar esmolas.
Dar esmolas é um dever sagrado. A certeza
disso é que o Senhor Jesus regulamentou como fazê-lo. Quando Ele disse: “Não
saiba a tua mão esquerda o que faz a direita”, para um entendimento prático,
façamos uma paráfrase: “Quando você der esmola com a mão direita, não procure
recebe-la tão depressa com a mão esquerda, dê a sua esmola de modo sigiloso e
teu Pai celestial te recompensará publicamente”. O contrário disso é ser como
hipócritas, ou seja, menos atores que com máscara de religiosidade querem ser
vistos por todos. Tais atores já receberam a sua recompensa. Porém, ao fazer da
maneira e com a motivação correta, tem uma recompensa pública certa.
Desperte os alunos para que vejam
que o Senhor Jesus Cristo ensina por meio de contrastes. Ele apresenta o modo
incorreto e o correto de se dar esmolas. Por exemplo, “ser vistos por eles [os
homens]” – incorreto, “tua esmola seja dada em secreto” – correto; “não
saiba a tua mão esquerda” – modo
incorreto, “o que faz a direita” – modo correto.
2. A
respeito da oração.
A oração foi o segundo exercício devocional
digno de atenção dentro dos ensinos do Senhor Jesus. Era necessário que a
oração dos judeus fosse orientada em vários detalhes para que ela fosse aceita
por Deus. Caso contrário, ela ficaria sem efeito, como um sacrifício no templo
quando rejeitado por Deus.
2.1. Orar
a Deus e para Deus.
Acerca da oração e jejum, assim como o
esmolar, Jesus não permite que tais exercícios espirituais sejam como
representações teatrais. Ou seja, como fazem os hipócritas. Se a motivação é
persistente em ser reconhecido pelos homens, tal oração não terá efeito junto a
Deus, não promoverá transformações nos homens e será destituída de galardão nos
céus. Quando alguém faz a sua oração de modo a ser notado, para que os outros
saibam, este já recebeu seu galardão. Devemos orar a Deus e para Deus, isto é,
devemos evitar qualquer tipo de publicidade de um momento que é nosso com Deus.
Assim, devemos entrar no nosso aposento e ali derramarmos nossas súplicas
diante de Deus.
Os alunos devem ser instruídos não
só quanto à prática da oração, mas também a sua motivação correta. Explique
para os alunos que devemos orar para Deus ver e receber como se fôssemos
ofertas vivas e aprovadas no altar divino. Comente com os alunos que, caso
contrário, todo o nosso exercício espiritual será vão, por não ser feito à
maneira de Deus.
2.2. Orar
a Deus sem vãs repetições.
A oração deve ser uma expressão clara da lama
para com Deus. Os pagãos presumiam que pelo repetirem muito as preces e
tagarelarem com palavras inúteis convenceriam a divindade de que seriam
ouvidos. Jesus estava familiarizado com esse tipo de prática de muitos galileus
pagãos e que os judeus dali passaram a imitar. E eram essas rezas repetitivas e
sem entendimento que Ele censurou. Por outro lado, algo deve ficar bem claro:
nada impede que se ore e se repita um mesmo assunto. Lembremo-nos que o próprio
Senhor Jesus lançou mão disso (Mt 26.44; Lc 6.12).
Mostre para os alunos que as vãs
repetições são coisas daquele tempo e do nosso também. Explique para os alunos
que são murmúrios incompreensíveis e rezas que tentam convencer a Deus do que
se quer pelo cansaço saliente para os alunos que é claro que aqui também está
se falando da intencionalidade gentílica em alcançar suas vaidades, seus mais
variados desejos e cobiças através de preces assim.
2.3. Como
orar eficazmente.
A oração do “Pai nosso” é esboço do conteúdo
daquilo que devemos orar. Vejamos então como é orar de modo eficaz. “Pai nosso,
que estás nos céus” fala de comunhão nossa com o Pai celestial. “Santificado
seja o teu nome” mostra que devemos chegar à presença de Deus com adoração.
“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”
orienta a pedir a vontade de Deus para a nossa vida, família, igreja e nação.
“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” é uma petição pela alimentação.
“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim...” fala que devemos pedir perdão a Deus,
assim como perdoamos os nossos semelhantes. “E não nos induzas a tentação, mas
livra-nos...” é um pedido de proteção a Deus. “Porque teu é o reino, e o poder,
e a glória” é o término com adoração.
Explique para os alunos que a
oração do Pai nosso não se trata de uma reza que deva ser repetida certo número
de vezes, Porém, ela foi dada pelo Senhor Jesus Cristo como um roteiro que se
ajusta perfeitamente à adoração e petições de cada um. Apresente para os alunos
uma tabela, numa cartolina ou folha de papel, para todos verem o esboço acima
da oração eficaz, tornando assim de mais fácil compreensão. Mostre para os
alunos de um lado a oração dominical e do outro os assuntos relacionados a cada
expressão como está acima. Por exemplo: o pão nosso de cada dia – petição pela
alimentação.
3. A
respeito do perdão e do jejum.
Ainda ligado à oração, temos duas práticas
imprescindíveis: o perdão e o jejum. O perdão e o jejum. O perdão e o jejum
como exercícios espirituais, quando praticados com discernimento, ajudam o
crente a alcançar grandes experiências na vida cristã.
3.1. A
importância do perdão na oração.
O pecado separa o homem de Deus. Mesmo que
este homem seja servo de Deus, ele precisará do perdão do seu próximo. Porém é
necessário que este homem se arrependa e peça perdão a Deus para estar com Ele
reconciliado. Como servos de Cristo só alcançaremos o perdão divino caso
perdoemos do íntimo o nosso ofensor (Mt 18.35). Não temos permissão para
caminharmos magoados com o nosso próximo. Mesmo que ele não peça a nós perdão,
nós devemos perdoá-lo.
Frise para os alunos a importância
de liberar o perdão para que eles sejam perdoados. Reforce para os alunos que,
ainda que a ofensa seja considerada dolorosa, o ofendido deve oferecer o
perdão, assim como Jesus Cristo fez na cruz do Calvário aos Seus algozes.
Comente com os alunos que não devemos esperar receber o perdão, quando oramos,
se o fizermos sem malícia ou rancor no coração, para com os outros. Orar com
tal atitude mental é mero formalismo e hipocrisia. É ainda pior do que
hipocrisia. É como dizer: “Não me perdoe”. Reforce para os alunos que nossa
oração nada vale sem amor. Não devemos esperar ser perdoados, se nós não
conseguirmos perdoar.
3.2. O
que evitar no jejum.
Evitar a aparência de que jejua. O jejum deve
ser um exercício espiritual direcionado a Deus, mas secreto em relação aos
homens. Logo, deixar de lavar o rosto, deixar o cabelo desalinhado e mostrar o
semblante abatido e triste é algo próprio dos hipócritas. Ou seja, daqueles que
se apresentam com máscaras, mostrando uma coisa que de verdade não são. Aqueles
atores buscam palmas, o serem vistos pelos homens com justiça, mas o jejum, bem
como os outros exercícios espirituais, não deve ser assim.
Mostre para os alunos que o que se
vê é a repetição intencional do Senhor Jesus Cristo no tocante aos exercícios
espirituais. A Ele não agrada “o ser visto pelos homens”. Por isso, jesus
insiste para que “Não sejais como os hipócritas” três vezes: sobre o dever de
dar esmolas (Mt 6.2), sobre a oração (Mt 6.5), e, por fim, sobre o jejum (Mt
6.16). Comente com os alunos que esta ênfase não é acidental, mas trata-se de
um apelo e mandamento para que tal exercício espiritual seja aceito por Deus.
3.3. O
jejum eficaz.
A maneira correta de se jejuar trará ao servo
de Jesus Cristo uma recompensa. Todavia, para que isso suceda, precisamos
entender que o jejum é uma arma secreta, que, se usada ocasionalmente, assim
como o esmolar, deve ser um ato alegre. Uma vez definido o alvo do jejum, que
pode ser mostrar a Deus tristeza pelo pecado, ou preparo para maiores desafios
espirituais, etc., devemos fugir de todo orgulho espiritual. A maneira de se
jejuar ensinada pelo Senhor Jesus é procedermos como se fôssemos a uma festa,
ou seja, “unge a tua cabeça e lava o teu rosto”. Para fraseando o que foi dito:
“tome um bom banho e passe um bom perfume, como se você fosse a uma festa”.
Informe aos alunos que o jejum é
uma prática frequentemente mencionada na Bíblia e geralmente vinculada à
oração. Davi jejuou quando seu filho recém-nascido adoeceu gravemente (2Sm
12,16). Daniel jejuava quando buscava uma orientação especial da parte de Deus
(Dn 10.3). A igreja estava jejuando quando enviou Paulo e Barnabé para o campo
missionário (At 13.2-3). Ensine para os alunos que todos os exercícios
espirituais só terão, de fato, algum valor para Deus quando forem exercitados à
maneira de Jesus Cristo. Merece ser especialmente ressaltado para os alunos que
Ele é o nosso padrão excelente e o único capaz de, pelo Seu ensino e exemplo,
no levar a patamares de satisfação espiritual nunca antes experimentados.
Conclusão.
Vimos ao longo desta lição que o senhor Jesus
Cristo nos ensina usando contrastes. Ele mostra a forma errada e a certa de
realizarmos as práticas devocionais. Sendo assim, somos desafiados a vivermos
um cristianismo disciplinado, porém jubiloso.
Questionário.
1. Segundo a lição, qual era a primeira
prática da piedade judaica?
R: Dar esmolas (Mt 6.1).
2. O que significa “ser vistos pelos homens”?
R: A prática de exercícios
espirituais visando glorificação humana (Mt 6.2).
3. O que presumiam os pagãos com as vãs
repetições?
R: Presumiam que seriam ouvidos
(Mt 6.7).
4. O “Pai nosso” é um esboço de quê?
R: Do conteúdo daquilo que
devemos orar (Mt 6.9-13).
5. O que se deve evitar no jejum?
R: Evitar a aparência de que se
jejua (Mt 6.17).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do
professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do
Evangelho do Rei.
muito bom parabéns tirei como esboço pois fui chamada para ler do 1 aõ 2.3
ResponderExcluirVARAO MUITO OBRIGADO POR ESTA LIÇAÕ ISTO ME AJUDOU MUITO VC NÃO TEM NOÇÃO
ResponderExcluir