Lição 5
29 de abril de 2012
29 de abril de 2012
Pérgamo, a Igreja Casada Com o
Mundo
TEXTO ÁUREO
"Não ameis o mundo, nem o que no mundo
há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no
mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não é do Pai, mas do mundo" ?
(1 Jo 2.15,16).
VERDADE PRÁTICA
Só há um modo de a Igreja de Cristo destronar a Satanás: manter a Deus
no trono e combater a apostasia com a espada do Espírito.
HINOS SUGERIDOS 20, 48, 71
LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - Ef 6.11
Os ardis de
Satanás
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S
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Terça - Nm 24
As
consequências da doutrina de Balaão
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T
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Quarta - 2 Tm 4
Os falsos
mestres e doutores
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Q
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Quinta - Hb 13
A santidade na
vida cristã
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Q
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Sexta - Êx 28.36
Santidade ao
Senhor
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S
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Sábado - Lv 20.26
Ser-me-eis
santos
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S
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Apocalipse 2.12-17
INTERAÇÃO
Professor,
nesta lição estudaremos a respeito da terceira carta de Jesus enviada ao
pastor da igreja de Pérgamo. Esta
encontrava-se inserida numa cidade marcada pela idolatria, onde o trono de
Satanás estava estabelecido (Ap 2.12).
Manter-se santo e fiel ao Senhor em meio aquela sociedade idólatra não era
nada fácil. Porém, os crentes de Pérgamo eram fiéis e não negaram a fé em
Jesus. Mesmo passando por muitas perseguições. Os crentes tinham fé, mas parece
que lhes faltavam o discernimento
bíblico e espiritual para combater os falsos ensinos. Havia um grupo de
pessoas que tolerava os pseudomestres e práticas contrárias à Palavra de
Deus. O povo do Senhor corrompia-se ao aceitar as doutrinas de Balaão. A
Igreja do Altíssimo deve conhecer mais a Palavra de Deus a fim de que ensine
a sã doutrina.
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Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o contexto geográfico e histórico da cidade de Pérgamo.
Elencar as principais características da igreja de Pérgamo.
Explicar quais eram as heresias encontradas em Pérgamo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
para introduzir o tópico IV da lição, providencie cópias do quadro da página
seguinte para os alunos. Distribua as cópias e explique à classe que na
igreja de Pérgamo havia um grupo de pessoas que ensinava heresias e tolerava
a doutrina de Balaão. Em seguida pergunte à turma: "Quem foi
Balaão?" "Qual era a sua doutrina?" Ouça com atenção os alunos
e responda as questões lendo o quadro abaixo.
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QUEM
FOI BALAÃO
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A
DOUTRINA DE BALAÃO
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Falso profeta
gentio, filho de Beor, que vendeu seus serviços a um rei pagão, e que o
aconselhou a seduzir Israel a comprometer sua fé por meio da idolatria e
imoralidade (Nm 22-24).
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A doutrina de Balaão refere-se, a mestres e pregadores corruptos que,
em Pérgamo, que levavam suas congregações à transigência fatal com a imoralidade,
o mundanismo e as falsas ideologias.
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Primeiro, vieram os discípulos de Balaão que, sob o manto de uma
espiritualidade afetada e exótica, logo acharam guarida na igreja em Pérgamo.
Depois, chegaram os nicolaítas que, embora atrevidos e afoitos, também não
encontraram dificuldades para se acomodar entre as pobres e desprotegidas
ovelhas. Quando o ministério local deu por si, já não havia mais nada a fazer:
o terreno já estava tomado pelo inimigo. E o pastor da igreja? Ele sabia que a
situação era grave, mas não ignorava o que acontecera ao seu antecessor. Ao
reagir, o destemido Antipas foi assassinado pelo grupo que sustentava o trono
de Satanás naquela igreja.
As coisas, porém, não haveriam de continuar daquele jeito. Já enojado,
Jesus, através de João, envia uma carta ao anjo de Pérgamo, urgindo-o a retomar
o cajado e apascentar o rebanho de conformidade com a sã doutrina. Caso
contrário, o próprio Senhor batalharia contra aqueles iníquos com a espada que
sai de sua boca.
Como estão nossas igrejas? Será que, de alguma forma, não permitimos
que o Diabo se entronizasse entre nós e não o percebemos? É hora de reagir
contra o império das trevas.
1. Pérgamo, a cidade dos livros e da
ignorância espiritual. Situada às margens do Caíco e distante trinta quilômetros do Mar Egeu,
Pérgamo era a mais importante metrópole da Mísia. Cidade antiga e rica,
fizera-se afamada por sua biblioteca, cujo acervo chegou a ser estimado em
duzentos mil volumes. De tal forma ela se achava ligada aos livros, que o seu
nome tornou-se sinônimo destes: pergaminho. Seus operários sabiam como
industriar a pele animal como suporte à escrita.
Como uma cidade tão rica em livros podia ser
tão pobre quanto ao conhecimento do verdadeiro Deus? Faltava-lhe a sabedoria do
Livro dos livros (Pv 1.7).
2. A Igreja em Pérgamo. Pérgamo, em grego,
significa casado. É bem provável que a Igreja de Cristo haja sido implantada em
Pérgamo quando da estadia de Paulo em Éfeso (At
20.31). Apesar de a cidade ser a guardiã do trono do próprio
demônio, o Reino de Deus prevaleceu em seus termos. Se o trono era do Diabo, o
cetro estava nas mãos de Cristo (Is 9.6).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Pérgamo era uma cidade
onde o mal reinava, porém o Reino de Deus, manifestado por intermédio da
igreja, prevaleceu em seus termos.
1. A espada afiada de dois gumes. A uma igreja casada com
o mundo e que já se havia acomodado a duas ardilosas heresias, apresenta-se
Jesus como "aquele que tem a espada aguda de dois fios" (Ap 2.12). Sim, contra as apostasias, só existe
uma arma realmente poderosa: a Bíblia Sagrada - a espada do Espírito Santo (Ef 6.17; Hb
4.12).
2. Manejando bem a espada do Espírito. Se temos semelhante
arma, combatamos as mentiras que nos chegam aos arraiais como verdades.
Cortemos pela raiz as heresias, misticismos e modismos que teimam brotar em
nossos campos. Nessa luta, porém, saibamos como manejar a Palavra de Deus:
"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Tm 2.15).
Guerreemos contra as inverdades doutrinárias
que o Diabo, velada e abertamente, vem semeando na seara do Mestre (2 Pe 2.1).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
A Bíblia Sagrada é uma arma poderosa no combate a apostasia
1. Um anjo numa cidade infernal. Não era nada fácil ao
anjo de Pérgamo habitar nessa cidade. Se por um lado, era coagido pelos pagãos
a incensar o altar no qual César era divinizado; por outro, era constrangido a
conviver com o paganismo que, a princípio sutil, ameaçava agora o remanescente
fiel da igreja. Mas o Senhor Jesus estava de tudo ciente: "Eu sei as tuas
obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás" (Ap 2.13). Denota-se, pois, que os crentes
infiéis e casados com o mundo, haviam entronizado Satanás na casa de Deus.
Pérgamo era uma cidade infernal, mas o Senhor queria o seu anjo ali,
para que ali fosse manifestado o Reino dos Céus.
O paganismo não ficou restrito a Pérgamo.
Nestes últimos dias, o Diabo vem repaganizando o mundo através dos meios de
comunicação. Há um panteão em cada praça.
2. O testemunho e a perseverança de um anjo. Embora habitasse num
lugar espiritual e moralmente hostil, o anjo da igreja em Pérgamo porfiava em
manter o seu testemunho, como realça o próprio Senhor: "[...] reténs o meu
nome e não negaste a minha fé" (Ap 2.13).
Ele mantinha uma postura impecável como servo de Deus. Se parte de sua igreja
achava-se casada com o mundo, ele e o remanescente fiel encontravam-se
aliançados com o Cordeiro de Deus.
3. Antipas, a fiel testemunha. Mui provavelmente,
Antipas havia precedido o destinatário da carta no pastorado de Pérgamo. E pelo
que depreendemos das palavras do Senhor, o fiel Antipas, cujo nome em grego
significa "contra todos", levantara-se para combater os apóstatas que
haviam entronizado o ?Diabo naquela igreja. Por isso, ajuntaram-se todos para
tirar-lhe a vida, conforme denuncia Jesus: "o qual foi morto entre vós,
onde Satanás habita" (Ap 2.13).
Sim, Antipas não foi morto pelas autoridades
romanas. Ele foi morto pelos que se diziam irmãos. Por conseguinte, caberia ao
atual anjo de Pérgamo continuar a luta de Antipas. Levantar-se-ia ele contra os
que detinham a doutrina de Balaão e sustentavam o ensino dos nicolaítas.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
O pastor da igreja em Pérgamo manteve uma postura impecável como servo de Deus, mesmo vivendo em uma cidade idólatra e maligna.
1. Doutrina de Balaão. Ensino pseudobíblico
que, torcendo as Sagradas Escrituras através de artifícios teológicos e
hermenêuticos, corrompia a graça de Deus, apresentando aos santos uma teologia
permissiva e eticamente tolerante (Jd 4).
O objetivo dessa doutrina era levar o povo de Deus à prostituição e à
idolatria, a fim de, enfraquecendo-os moral e espiritualmente, extorquir-lhes
os bens materiais. Era a teologia dos ladrões.
O patrono desta doutrina era Balaão, filho de
Beor que, embora profeta e teólogo, utilizou-se da profecia e da teologia para
levar a maldição ao arraial hebreu (Nm 25).
Subornado por Balaque, rei de Moabe, ensinou-lhe como levar a maldição às tendas
hebreias. Por isso, o apóstolo Pedro taxa-o de louco (2 Pe 2.15,16).
E Judas acusa-o de venalidade (Jd 11).
Balaão tinha os seus discípulos em Pérgamo.
Estimulados pela ganância, utilizavam-se de sua influência teológica sobre a
igreja, a fim de levá-la a noivar-se com o mundo.
2. A doutrina dos nicolaítas. Não sabemos muita coisa
acerca dos nicolaítas. O que sabemos é que a sua doutrina não destoava quase
nada do ensino de Balaão. Pelo menos quanto ao conteúdo.
Se Balaão era dissimulado, sutil e teológico,
os nicolaítas, fazendo abertamente comércio dos santos, publicamente apregoavam
a repaganização da igreja, afirmando ser possível servir a Deus e aos ídolos.
Utilizando-se de um linguajar bem elaborado, levaram muitos fiéis a se
desviarem pelos caminhos da fornicação, do adultério e da idolatria.
Na igreja de Pérgamo havia falsos mestres que seguiam e ensinavam a doutrina de Balaão, cujo objetivo era levar o povo de Deus à prostituição e à idolatria.
Escrevendo aos filipenses, o apóstolo Paulo afirmou: "Mas a nossa
cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo" (Fp 3.20). Embora o
cristão não tenha como evitar o lado "temporal" da vida, seu olhar deve
fixar-se em sua redenção eterna. Jesus sabia da sedução que os bens terrenos
podem exercer sobre nós e por isso advertiu: "Porque onde estiver o vosso
tesouro, aí estará também o vosso coração" (Mt
6.21). Por esse motivo, coloquemos o Senhor Jesus sempre em primeiro
lugar.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
"Pérgamo é chamada ao arrependimento
Apesar de a igreja em Pérgamo, como um todo, ser
fiel a Cristo e às verdades do Evangelho, alguns dentre eles faziam-se
passíveis da repreensão do Senhor. Os tais estavam comprometendo sua fé com
os baixos padrões morais e costumes pagãos daqueles dias. Tinham um
comportamento idêntico aos dos israelitas nos dias de Moisés. Seguindo os
conselhos de Balaão, um vidente e falso profeta, Balaque, rei de Moabe, usou
belas jovens de seu reino para seduzir os israelitas, e induzi-los a
participarem de suas festas idólatras, nas quais a imoralidade era praticada
em nome da religião (ver Número 25.1-5;
31.15,16).
Jesus chama a isto de prostituição (Ap 2.14).
Deus não aceita ritos e cerimônias como desculpa para se quebrar os seus
mandamentos. (Ver 2 Pedro 2.15,16, onde por dinheiro, Balaão tenta
manipular Deus para que amaldiçoasse a Israel.)
Alguns estudiosos veem no nome hebreu de Balaão (Ap 2.14) um equivalente no grego Nikolaos,
identificando os balaamitas como os nicolaítas do versículo 15. Entretanto, pelo contexto parecem ser
dois grupos diferentes. Pode ser que os nicolaítas encorajassem o mesmo tipo
de desregramento desenfreado que os balaamitas, mas sem envolver idolatria. É
claro que ambos os grupos possuíam perspectivas erradas acerca do amor e da
liberdade do cristão" (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As
coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
pp. 35,36).
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VOCABULÁRIO
Propositura: Ato ou efeito de propor;
proposição.
Afetada: Exagerada, aparente.
Panteão: Conjunto de deuses de um
povo.
Venalidade: Condição ou qualidade do
que pode ser vendido. No caso de Balaão, tal postura é inaceitável, pois ele
negociava "profecias".
Brandi-la: Empunhá-la (a arma);
prepará-la para o disparo.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAWSON, Steven J. As
Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para o seu Povo.
5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador
Cristão
CPAD, nº 50, p.38.
EXERCÍCIOS
1. Qual era a situação
espiritual da igreja em Pérgamo?
R. Uma igreja
casada com o mundo e que já se havia acomodado a duas ardilosas heresias.
2. O que
representa a espada do Espírito?
R. A Bíblia
Sagrada.
3. Quem foi
Antipas de acordo com a lição?
R. Fiel
testemunha. Mui provavelmente, havia precedido o destinatário da carta no
pastorado de Pérgamo. E pelo que depreendemos das palavras do Senhor, o fiel
Antipas, cujo nome em grego significa "contra todos", levantara-se
para combater os apóstatas.
4. O que era a doutrina de Balaão?
R. Ensino
pseudobíblico que, torcendo as Sagradas Escrituras através de artifícios
teológicos e hermenêuticos, corrompia a graça de Deus, apresentando aos
santos uma teologia permissiva e eticamente tolerante.
5.. Como devemos portar-nos diante de uma
sociedade pagã e permissiva?
R. Resposta
pessoal.
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