segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Lição 5 - Pérgamo, a Igreja casada com o Mundo



Lição 5
29 de abril de 2012

Pérgamo, a Igreja Casada Com o Mundo

TEXTO ÁUREO


"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" ?
(1 Jo 2.15,16).

VERDADE PRÁTICA


Só há um modo de a Igreja de Cristo destronar a Satanás: manter a Deus no trono e combater a apostasia com a espada do Espírito.

HINOS SUGERIDOS 20, 48, 71

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Ef 6.11
Os ardis de Satanás
S
Terça - Nm 24
As consequências da doutrina de Balaão
T
Quarta - 2 Tm 4
Os falsos mestres e doutores
Q
Quinta - Hb 13
A santidade na vida cristã
Q
Sexta - Êx 28.36
Santidade ao Senhor
S
Sábado - Lv 20.26
Ser-me-eis santos
S

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



Apocalipse 2.12-17

INTERAÇÃO


Professor, nesta lição estudaremos a respeito da terceira carta de Jesus enviada ao pastor da igreja de Pérgamo.  Esta encontrava-se inserida numa cidade marcada pela idolatria, onde o trono de Satanás estava estabelecido (Ap 2.12). Manter-se santo e fiel ao Senhor em meio aquela sociedade idólatra não era nada fácil. Porém, os crentes de Pérgamo eram fiéis e não negaram a fé em Jesus. Mesmo passando por muitas perseguições. Os crentes tinham fé, mas parece que  lhes faltavam o discernimento bíblico e espiritual para combater os falsos ensinos. Havia um grupo de pessoas que tolerava os pseudomestres e práticas contrárias à Palavra de Deus. O povo do Senhor corrompia-se ao aceitar as doutrinas de Balaão. A Igreja do Altíssimo deve conhecer mais a Palavra de Deus a fim de que ensine a sã doutrina.

OBJETIVOS



Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o contexto geográfico e histórico da cidade de Pérgamo.


Elencar as principais características da igreja de Pérgamo.


Explicar quais eram as heresias encontradas em Pérgamo.



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, para introduzir o tópico IV da lição, providencie cópias do quadro da página seguinte para os alunos. Distribua as cópias e explique à classe que na igreja de Pérgamo havia um grupo de pessoas que ensinava heresias e tolerava a doutrina de Balaão. Em seguida pergunte à turma: "Quem foi Balaão?" "Qual era a sua doutrina?" Ouça com atenção os alunos e responda as questões lendo o quadro abaixo. 


QUEM FOI BALAÃO
A DOUTRINA DE BALAÃO
Falso profeta gentio, filho de Beor, que vendeu seus serviços a um rei pagão, e que o aconselhou a seduzir Israel a comprometer sua fé por meio da idolatria e imoralidade (Nm 22-24).
A doutrina de Balaão refere-se, a mestres e pregadores corruptos que, em Pérgamo, que levavam suas congregações à transigência fatal com a imoralidade, o mundanismo e as falsas ideologias.

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Primeiro, vieram os discípulos de Balaão que, sob o manto de uma espiritualidade afetada e exótica, logo acharam guarida na igreja em Pérgamo. Depois, chegaram os nicolaítas que, embora atrevidos e afoitos, também não encontraram dificuldades para se acomodar entre as pobres e desprotegidas ovelhas. Quando o ministério local deu por si, já não havia mais nada a fazer: o terreno já estava tomado pelo inimigo. E o pastor da igreja? Ele sabia que a situação era grave, mas não ignorava o que acontecera ao seu antecessor. Ao reagir, o destemido Antipas foi assassinado pelo grupo que sustentava o trono de Satanás naquela igreja.
As coisas, porém, não haveriam de continuar daquele jeito. Já enojado, Jesus, através de João, envia uma carta ao anjo de Pérgamo, urgindo-o a retomar o cajado e apascentar o rebanho de conformidade com a sã doutrina. Caso contrário, o próprio Senhor batalharia contra aqueles iníquos com a espada que sai de sua boca.
Como estão nossas igrejas? Será que, de alguma forma, não permitimos que o Diabo se entronizasse entre nós e não o percebemos? É hora de reagir contra o império das trevas.

I. PÉRGAMO, O TRONO DE SATANÁS

1. Pérgamo, a cidade dos livros e da ignorância espiritual. Situada às margens do Caíco e distante trinta quilômetros do Mar Egeu, Pérgamo era a mais importante metrópole da Mísia. Cidade antiga e rica, fizera-se afamada por sua biblioteca, cujo acervo chegou a ser estimado em duzentos mil volumes. De tal forma ela se achava ligada aos livros, que o seu nome tornou-se sinônimo destes: pergaminho. Seus operários sabiam como industriar a pele animal como suporte à escrita.
Como uma cidade tão rica em livros podia ser tão pobre quanto ao conhecimento do verdadeiro Deus? Faltava-lhe a sabedoria do Livro dos livros (Pv 1.7).
2. A Igreja em Pérgamo. Pérgamo, em grego, significa casado. É bem provável que a Igreja de Cristo haja sido implantada em Pérgamo quando da estadia de Paulo em Éfeso (At 20.31). Apesar de a cidade ser a guardiã do trono do próprio demônio, o Reino de Deus prevaleceu em seus termos. Se o trono era do Diabo, o cetro estava nas mãos de Cristo (Is 9.6).

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

Pérgamo era uma cidade onde o mal reinava, porém o Reino de Deus, manifestado por intermédio da igreja, prevaleceu em seus termos.

II. A ESPADA DE DOIS GUMES

1. A espada afiada de dois gumes. A uma igreja casada com o mundo e que já se havia acomodado a duas ardilosas heresias, apresenta-se Jesus como "aquele que tem a espada aguda de dois fios" (Ap 2.12). Sim, contra as apostasias, só existe uma arma realmente poderosa: a Bíblia Sagrada - a espada do Espírito Santo (Ef 6.17; Hb 4.12).
2. Manejando bem a espada do Espírito. Se temos semelhante arma, combatamos as mentiras que nos chegam aos arraiais como verdades. Cortemos pela raiz as heresias, misticismos e modismos que teimam brotar em nossos campos. Nessa luta, porém, saibamos como manejar a Palavra de Deus: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Tm 2.15).
Guerreemos contra as inverdades doutrinárias que o Diabo, velada e abertamente, vem semeando na seara do Mestre (2 Pe 2.1).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A Bíblia Sagrada é uma arma poderosa no combate a apostasia

III.  O DESTINATÁRIO

1. Um anjo numa cidade infernal. Não era nada fácil ao anjo de Pérgamo habitar nessa cidade. Se por um lado, era coagido pelos pagãos a incensar o altar no qual César era divinizado; por outro, era constrangido a conviver com o paganismo que, a princípio sutil, ameaçava agora o remanescente fiel da igreja. Mas o Senhor Jesus estava de tudo ciente: "Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás" (Ap 2.13). Denota-se, pois, que os crentes infiéis e casados com o mundo, haviam entronizado Satanás na casa de Deus.
Pérgamo era uma cidade infernal, mas o Senhor queria o seu anjo ali, para que ali fosse manifestado o Reino dos Céus.
O paganismo não ficou restrito a Pérgamo. Nestes últimos dias, o Diabo vem repaganizando o mundo através dos meios de comunicação. Há um panteão em cada praça.
2. O testemunho e a perseverança de um anjo. Embora habitasse num lugar espiritual e moralmente hostil, o anjo da igreja em Pérgamo porfiava em manter o seu testemunho, como realça o próprio Senhor: "[...] reténs o meu nome e não negaste a minha fé" (Ap 2.13). Ele mantinha uma postura impecável como servo de Deus. Se parte de sua igreja achava-se casada com o mundo, ele e o remanescente fiel encontravam-se aliançados com o Cordeiro de Deus.
3. Antipas, a fiel testemunha. Mui provavelmente, Antipas havia precedido o destinatário da carta no pastorado de Pérgamo. E pelo que depreendemos das palavras do Senhor, o fiel Antipas, cujo nome em grego significa "contra todos", levantara-se para combater os apóstatas que haviam entronizado o ?Diabo naquela igreja. Por isso, ajuntaram-se todos para tirar-lhe a vida, conforme denuncia Jesus: "o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita" (Ap 2.13).
Sim, Antipas não foi morto pelas autoridades romanas. Ele foi morto pelos que se diziam irmãos. Por conseguinte, caberia ao atual anjo de Pérgamo continuar a luta de Antipas. Levantar-se-ia ele contra os que detinham a doutrina de Balaão e sustentavam o ensino dos nicolaítas.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

O pastor da igreja em Pérgamo manteve uma postura impecável como servo de Deus, mesmo vivendo em uma cidade idólatra e maligna.

IV. AS HERESIAS DE PÉRGAMO

1. Doutrina de Balaão. Ensino pseudobíblico que, torcendo as Sagradas Escrituras através de artifícios teológicos e hermenêuticos, corrompia a graça de Deus, apresentando aos santos uma teologia permissiva e eticamente tolerante (Jd 4). O objetivo dessa doutrina era levar o povo de Deus à prostituição e à idolatria, a fim de, enfraquecendo-os moral e espiritualmente, extorquir-lhes os bens materiais. Era a teologia dos ladrões.
O patrono desta doutrina era Balaão, filho de Beor que, embora profeta e teólogo, utilizou-se da profecia e da teologia para levar a maldição ao arraial hebreu (Nm 25). Subornado por Balaque, rei de Moabe, ensinou-lhe como levar a maldição às tendas hebreias. Por isso, o apóstolo Pedro taxa-o de louco (2 Pe 2.15,16). E Judas acusa-o de venalidade (Jd 11).
Balaão tinha os seus discípulos em Pérgamo. Estimulados pela ganância, utilizavam-se de sua influência teológica sobre a igreja, a fim de levá-la a noivar-se com o mundo. 
2. A doutrina dos nicolaítas. Não sabemos muita coisa acerca dos nicolaítas. O que sabemos é que a sua doutrina não destoava quase nada do ensino de Balaão. Pelo menos quanto ao conteúdo.
Se Balaão era dissimulado, sutil e teológico, os nicolaítas, fazendo abertamente comércio dos santos, publicamente apregoavam a repaganização da igreja, afirmando ser possível servir a Deus e aos ídolos. Utilizando-se de um linguajar bem elaborado, levaram muitos fiéis a se desviarem pelos caminhos da fornicação, do adultério e da idolatria.

SINÓPSE DO TÓPICO (4)

Na igreja de Pérgamo havia falsos mestres que seguiam e ensinavam a doutrina de Balaão, cujo objetivo era levar o povo de Deus à prostituição e à idolatria.

CONCLUSÃO

Escrevendo aos filipenses, o apóstolo Paulo afirmou: "Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Fp 3.20). Embora o cristão não tenha como evitar o lado "temporal" da vida, seu olhar deve fixar-se em sua redenção eterna. Jesus sabia da sedução que os bens terrenos podem exercer sobre nós e por isso advertiu: "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Mt 6.21). Por esse motivo, coloquemos o Senhor Jesus sempre em primeiro lugar.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Teológico
"Pérgamo é chamada ao arrependimento
Apesar de a igreja em Pérgamo, como um todo, ser fiel a Cristo e às verdades do Evangelho, alguns dentre eles faziam-se passíveis da repreensão do Senhor. Os tais estavam comprometendo sua fé com os baixos padrões morais e costumes pagãos daqueles dias. Tinham um comportamento idêntico aos dos israelitas nos dias de Moisés. Seguindo os conselhos de Balaão, um vidente e falso profeta, Balaque, rei de Moabe, usou belas jovens de seu reino para seduzir os israelitas, e induzi-los a participarem de suas festas idólatras, nas quais a imoralidade era praticada em nome da religião (ver Número 25.1-5; 31.15,16). Jesus chama a isto de prostituição (Ap 2.14). Deus não aceita ritos e cerimônias como desculpa para se quebrar os seus mandamentos. (Ver 2 Pedro 2.15,16, onde por dinheiro, Balaão tenta manipular Deus para que amaldiçoasse a Israel.)
Alguns estudiosos veem no nome hebreu de Balaão (Ap 2.14) um equivalente no grego Nikolaos, identificando os balaamitas como os nicolaítas do versículo 15. Entretanto, pelo contexto parecem ser dois grupos diferentes. Pode ser que os nicolaítas encorajassem o mesmo tipo de desregramento desenfreado que os balaamitas, mas sem envolver idolatria. É claro que ambos os grupos possuíam perspectivas erradas acerca do amor e da liberdade do cristão" (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001. pp. 35,36).

VOCABULÁRIO


Propositura: Ato ou efeito de propor; proposição.
Afetada: Exagerada, aparente.
Panteão: Conjunto de deuses de um povo.
Venalidade: Condição ou qualidade do que pode ser vendido. No caso de Balaão, tal postura é inaceitável, pois ele negociava "profecias".
Brandi-la: Empunhá-la (a arma); prepará-la para o disparo.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


LAWSON, Steven J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para o seu Povo. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 50, p.38.

EXERCÍCIOS


1. Qual era a situação espiritual da igreja em Pérgamo?
R. Uma igreja casada com o mundo e que já se havia acomodado a duas ardilosas heresias.

2. O que representa a espada do Espírito?
R. A Bíblia Sagrada.

3. Quem foi Antipas de acordo com a lição?
R. Fiel testemunha. Mui provavelmente, havia precedido o destinatário da carta no pastorado de Pérgamo. E pelo que depreendemos das palavras do Senhor, o fiel Antipas, cujo nome em grego significa "contra todos", levantara-se para combater os apóstatas.

4. O que era a doutrina de Balaão?
R. Ensino pseudobíblico que, torcendo as Sagradas Escrituras através de artifícios teológicos e hermenêuticos, corrompia a graça de Deus, apresentando aos santos uma teologia permissiva e eticamente tolerante.

5.. Como devemos portar-nos diante de uma sociedade pagã e permissiva?
R. Resposta pessoal.

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