Irmãos e Alunos queridos da EBD, Imagine você hoje recebendo uma carta de Cristo com qual Igreja você se identificaria? Pois bem assim como não existe duas pessoas iguais, também não temos duas Igrejas iguais, isso ocasiona diversos problemas em defesa do que fazemos, pensamos e queremos, portanto a necessidade de estudar e entender a Bíblia nos auxilia a enxergar problemas atuais, enfrentados no passado e parece ser tão atual hoje, principalmente quando falamos de avivamento, estaremos neste domingo vendo o que é avivamento a luz da Bíblia, a disciplina e ainda a obediência aos nossos líderes. Com a visão das lições anteriores estaremos agregando valores, que além do entendimento nos ensinará com outros ensinamentos doutrinários que dividem opiniões e acabam criando conflito entre o Reino de Deus, Lembre-se o Amor é fundamental para que haja entendimento, respeito, obediência a Cristo.
A Paz do Senhor Jesus seja contigo.
15 de abril de 2012
Éfeso, a Igreja do Amor
Esquecido
TEXTO ÁUREO
"Lembra-te, pois, de onde caíste, e
arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e
tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres"
(Ap 2.5).
VERDADE PRÁTICA
Se não voltarmos urgentemente ao primeiro amor, jamais viveremos o
refrigério de um grande e poderoso avivamento.
HINOS SUGERIDOS 156, 363, 552
LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - 1 Jo 4.8
Deus é amor
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S
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Terça - Gl 5.22
O amor é fruto
do Espírito
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T
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Quarta - Ef 6.23
O amor
acompanhado da fé
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Q
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Quinta - Fp 2.1
O amor consola
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Q
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Sexta - Cl 2.2
O amor
conforta
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S
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Sábado - 1 Co 13
O hino do amor
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S
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Apocalipse 2.1-7
INTERAÇÃO
Uma
característica marcante da igreja de Éfeso era a sua intolerância à heresia.
Quanto à doutrina, era ortodoxa e implacável. Mas quanto à prática do amor,
tornara-se heterodoxa, fria e seca. A carta à igreja dos efésios nos ensina
que a ortodoxia uma vez praticada sem amor, esfria e mata a verdadeira
espiritualidade. Não podemos, a pretexto de "zelar" pela verdade,
desconsiderar o cultivo de uma profunda espiritualidade banhada em amor. A
nossa mensagem deve tocar mentes e corações. Assim, como o Senhor requereu da
igreja de Éfeso, devemos voltar ao primeiro amor e encharcarmo-nos do
Evangelho da Graça de Deus.
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Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Identificar a singularidade da igreja de Éfeso.
Compreender seu grave problema.
Conscientizar-se que devemos voltar ao primeiro amor.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Caro
professor, todo ensino sistemático da Bíblia (ortodoxia) requer de seus
leitores uma ação concreta no caminho existencial da vida (ortopraxia). A
igreja de Éfeso era poderosa nas Escrituras, mas atrofiada na prática do amor
cristão. Jesus de Nazaré ensinou-nos que devemos ouvir e praticar a sua
palavra. Então, seremos comparados ao homem que edificou a sua casa na rocha
(Mt 7.24). Eis o nosso grande
desafio: ouvir, aprender e agir segundo as Escrituras. Conclua a aula dizendo
que "ortodoxia sem ortopraxia" é incompatível com o ensinamento das
Escrituras. Use o esquema abaixo para lhe auxiliar nessa afirmação.
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ORTODOXIA
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ORTOPRAXIA
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Do gr. orthodoxos.
Qualidade de uma declaração doutrinária que se acha de acordo com o ensino no
Antigo e no Novo Testamentos. Ortodoxia é, também, o conjunto de doutrinas
provindas da Bíblia, e tidas como verdadeiras de conformidade com os credos,
concílios e convenções da Igreja.
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Do gr. orthopraxia.
É o exercício prático, a partir de uma profunda reflexão teórica. É a ação
feita após a apreensão de um conceito. No caso da fé cristã, é a ação
executada segundo a doutrina bíblica (ou Ortodoxia) ensinada por Jesus de
Nazaré.
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Em toda a Ásia Menor, não havia igreja mais obreira, dinâmica e ortodoxa
do que a de Éfeso. O seu preparo teológico era tão sólido, que o seu pastor
capacitara-se, inclusive, a confrontar os que se diziam apóstolos (Ap 2.2). Éfeso era a igreja apologética por
excelência. Ela destacava-se também por seu testemunho, esforço e extenuante
labor pela expansão do Reino de Deus.
Até o próprio Cristo elogiou os efésios. Eles
eram uma referência em toda aquela região. Apesar de todas as suas inegáveis
virtudes e qualidades, havia um sério problema com Éfeso. Se ela, porém, se
dispusesse a resolvê-lo seria uma igreja perfeita.
1. Paulo em Éfeso. O Evangelho chegou a
Éfeso, a mais notável metrópole da Ásia Menor, durante a segunda viagem
missionária de Paulo (At 18.19). Mas
a igreja só viria a florescer entre os efésios a partir da terceira viagem do
apóstolo. A chegada do Reino de Deus à cidade foi acompanhada por um grande
avivamento. Houve batismos com o Espírito Santo, curas divinas e não poucas
conversões (At 19).
2. A solidez doutrinária de Éfeso. O preparo bíblico e
teológico de Éfeso era singular. Afinal, tivera o privilégio de ter como pastor,
durante três anos, o maior teólogo do Cristianismo (At
20.31). Durante esse tempo, Paulo lhe expôs todo o conselho de Deus
(At 20.27). Pode haver um curso
bíblico mais completo? E a epístola que o apóstolo lhes enviou? (Ef 1.1-5). Aqueles cristãos doutoraram-se na
Palavra de Deus.
3. Uma igreja de ministros excelentes. Além de Paulo, a igreja
em Éfeso foi pastoreada, também, por Timóteo e Tíquico. Dizem alguns estudiosos
que o seu púlpito teria sido ocupado, ainda, por João, o discípulo amado. Os
obreiros que por lá passaram eram de comprovada excelência. Que outra igreja,
excetuada a de Jerusalém, desfrutou de mais privilégios? No entanto, conforme
já dissemos, havia um sério problema com Éfeso.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A solidez doutrinária denotava a singularidade da igreja de Éfeso.
1. Um grave problema. Sim, havia um sério
problema com a igreja em Éfeso. A sua lua de mel com o Senhor Jesus havia
chegado ao fim. E ela não o percebera. Já não se lembrava do amor - primeiro e
belo - que dedicara ao Cordeiro de Deus. Não agira assim Israel em relação a
Jeová? (Jr 2.1-13). No entanto, não
podemos evitar a pergunta: Se ela foi, de fato, pastoreada pelo discípulo do amor,
como veio a esquecer-se, justamente, do primeiro amor?
2. O primeiro amor. Não sei como definir o
primeiro amor, mas posso senti-lo. Para mim, é a alegria da salvação que o
salmista temia perder (Sl 51.12).
Sim, uma alegria que nos impulsiona a declarar toda a nossa afeição a Deus:
"Amo o Senhor" (Sl 116.1).
O primeiro amor é o enlevo que, no início, fez com que os efésios vivessem nas
regiões celestiais em Cristo Jesus (Ef 1.3).
É também a disposição que leva o obreiro a semear, num misto de lágrimas e
júbilo, a preciosa semente do Evangelho (Sl
126.5).
3. Amnésia do amor. Sendo o primeiro amor
tão sublime e inefável, pode alguém vir a esquecê-lo? Apesar de Éfeso ainda
entregar-se denodadamente à obra de Deus, não mais se entregava amorosamente ao
Deus da obra. Embora teológica e biblicamente ortodoxa, já não conservava o
ardor daquele sentimento que, um dia, fez a Sulamita palpitar pelo esposo:
"Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele se alimenta entre os
lírios" (Ct 6.3). Era-lhe,
urgente, pois, voltar ao primeiro amor.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O grave problema de Éfeso era a amnésia do primeiro amor.
Esquecer o primeiro amor não é incidente
teológico, é queda espiritual. Semelhante pecado demanda contrição e
arrependimento. Por isso, o Senhor Jesus insta, junto ao pastor em Éfeso, a que
volte de imediato ao primeiro amor.
1. Rica em obras, pobre em amor. Apesar de já não se
lembrar do primeiro amor, Éfeso ainda era rica em obras. Aliás, o próprio
Cristo realçou-lhe esta característica (Ap 2.2).
No entanto, já não praticava as obras que a haviam distinguido no início da fé:
o amor que santificara ao Senhor Jesus. Sim, a igreja em Éfeso era rica em
obras e paupérrima em amor.
Se as obras sem a fé nada são, o que delas
resta sem o amor? Até mesmo o auto-sacrifício sem amor nada é, conforme destaca
o apóstolo Paulo: "E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para
sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e
não tivesse amor, nada disso me aproveitaria" (1
Co 13.3).
2. Amar é a mais elevada das obras. Não há obra tão elevada
como amar a Deus: "Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder." (Dt 6.5). Há crentes que se limitam a amar as
bênçãos. Há outros que, mesmo sem as bênçãos, amam o abençoador. Que belo
exemplo temos em Habacuque (Hc 3.17,18).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Embora rica em obras, a igreja de Éfeso se
esqueceu de que amar é a mais elevada das obras
Como voltar ao primeiro amor? A resposta vem
do próprio Cristo: "Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e
pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu
lugar o teu castiçal, se não te arrependeres" (Ap
2.5).
1. Lembrar-se de onde caiu. A Bíblia exorta-nos a
lembrar-nos de Deus, porque Ele jamais se esquece de nós (Ec 12.1; Is
44.21; 49.15). O cristão,
infelizmente, corre o risco de esquecer-se daquEle que se esquece somente de
nossos pecados (Hb 8.12). Não é
constrangedor esquecer o nome de um amigo? No entanto, se não formos
diligentes, corremos o risco de não mais lembrarmos daquele amigo que é mais
chegado que um irmão (Pv 18.24).
2. Voltar à prática das primeiras obras. Se Éfeso já era rica
nas segundas obras, por que voltar à prática das primeiras? Nenhuma obra é
completa e perfeita sem o amor. É o que poetiza o apóstolo Paulo no décimo
terceiro capítulo de sua Primeira Epístola aos Coríntios. Leia atentamente esta
passagem; medite nela e, através dela, afira o seu amor. Veja se você ainda ama
o Cristo como Ele tem de ser amado. Ou será necessário que o próprio Senhor
pergunte-lhe: "Amas-me mais do que estes?" (Jo 21.15).
Se não devotarmos a Cristo o primeiro amor,
como haveremos de ansiar por sua volta? Talvez, o anjo de Éfeso já não
almejasse o retorno do Senhor. O ativismo acabara por matar-lhe o primeiro amor
e o segundo também. Era-lhe urgente e necessário, pois, não somente amar a
Cristo como antes, como também amar-lhe a vinda como nunca.
3. Amar a vinda de Cristo. Assim como o Cristo
ama a Noiva e suspira por sua chegada aos céus, também devemos nós, como o seu
corpo místico, almejar por sua vinda: "Desde agora, a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente
a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda" (2 Tm 4.8). Você realmente ama a vinda de
Cristo? Em breve Ele voltará. Amém. Ora vem Senhor Jesus!
Lembrar-se de onde caiu é o primeiro passo
para se voltar ao primeiro amor.
Sem amor não pode haver Cristianismo. Sua base é o amor primeiro e belo
do início de nossa fé. Um amor que jamais deve morrer, mas renovar-se a cada
manhã. Se você já não ama a Cristo como antes, arrependa-se desse pecado grave
e evite que as consequências se agravem. Voltar ao primeiro amor não significa
voltar à imaturidade espiritual, mas ao ardor do início de nossa fé.
Lembre-se de onde caiu. Volte imediatamente ao primeiro amor. Rogue ao
Pai que o reconduza à sala do banquete, onde o Noivo está à nossa espera:
"Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte em mim era o amor" (Ct 2.4).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
"Introdução às Sete Cartas
Igrejas são como pessoas. Não há duas iguais. Cada
uma tem sua própria personalidade, forma e tamanho. Possuem suas próprias
forças e fraquezas, vivendo também em lugares diferentes.
Isto acontecia no primeiro século. Jesus
endereçou-se às igrejas de Apocalipse 2
e 3, porque elas não eram iguais.
Cada uma tinha sua identidade e personalidade.
Consequentemente, o que Jesus tem a dizer a cada
igreja é algo singular. Cada carta é feita sob medida; leva em conta as
necessidades específicas, forças e fraquezas de cada congregação.
Cada carta segue um padrão comum.
I. O cenário. Em primeiro lugar,
Jesus identifica cada igreja pela cidade em que se localiza.
II. O remetente. Cada carta tem uma
descrição única de Jesus Cristo, o remetente. Cada uma ajusta-se
apropriadamente às necessidades de cada igreja.
III. As virtudes. O Senhor elogia cada
igreja - exceto Laodiceia - pelo serviço particular que lhe presta.
IV. O pecado. Cada igreja é
admoestada, algumas vezes severamente, por causa de seu compromisso com o
mundo. Há duas exceções, Esmirna e Filadélfia, as mais perseguidas"
(LAWSON, Steven J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final
para o seu povo. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.73,74).
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Sociocultural
"O Cenário [da igreja de Éfeso]
Uma viagem à velha Éfeso era como ir hoje a Nova
Iorque ou Los Angeles. Era uma próspera metrópole, a mais proeminente cidade
da Ásia Menor. Localizada no Rio Caster, a três milhas do Mar Egeu, Éfeso era
o maior centro comercial da Ásia. Aí, embarcavam-se as mercadorias através do
Mediterrâneo, subindo o Caster, onde eram distribuídas ao mundo todo.
Éfeso ficava na encruzilhada do mundo. Aqui,
entrelaçavam-se quatro grandes estradas, trazendo negociantes e mercadores
das mais importantes províncias romanas. Os efésios, por isso, eram mui
avançados culturalmente. Eram cosmopolitas nas artes, dramas e urbanização.
Éfeso era uma cidade livre. Por sua lealdade a
Roma, estava autorizada a ter governo próprio. Nela, não havia guarnição
romana. Nenhuma opressão pairava sobre a cidade. Era imune à influência e à
tirania romanas.
Éfeso era também o centro do paganismo. Uma das
sete maravilhas do velho mundo está ali - o templo de Diana. Lugar de intensa
idolatria, o templo era tão extenso quanto dois campos de futebol. Nele,
floresciam a prostituição, as bebedeiras e as orgias. Não admira que tantos
negócios viessem ao templo de Diana.
No templo, criminosos achavam asilo. Era um céu
para o perverso. Com suas prostitutas, eunucos, dançarinas e cantores, era o
esgoto da iniquidade. Mas no meio dessa cidade, Deus plantara uma próspera
igreja. É melhor desempenhar uma missão nas portas do inferno do que pregar
ao coral dos anjos. Deus sempre constrói sua Igreja onde as circunstâncias
parecem menos favoráveis. Esta é a graça de Deus.
O Remetente
Para esta igreja, localizada em meio à tamanha
idolatria e imoralidade, Jesus identifica-se da seguinte maneira:
Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto
diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete
castiçais de ouro:... (Ap 2.1)
O Remetente não é nominado. Mas, obviamente,
trata-se de Jesus Cristo. Ele é o mesmo que se revelara a João na estrondosa
visão de Patmos. É o próprio Senhor ditando e elaborando a carta.
Jesus dirige a carta ao anjo da igreja. A palavra
anjo significa mensageiro. Refere-se ao que tem como ministério primordial
levar a mensagem à congregação. Hoje, o chamaríamos de pastor ou ancião. É
através dele que esta mensagem é trazida à igreja" (LAWSON, Steven J. As
Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.79,80).
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VOCABULÁRIO
Amnésia: Perda parcial ou total
da memória.
Denodadamente: Corajosamente,
atrevidamente, valentemente.
Extenuante: Que extenua, exaure,
debilita.
Enlevo: Sensação de arroubo,
deleite.
Insta: Relativo a instar; pedir
com insistência.
Afira: Relativo a aferir;
examinar, avaliar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINGTON, French L.;
STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador
Cristão
CPAD, nº 50, p.37.
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