Lição 4
22 de abril de 2012
22 de abril de 2012
Esmirna, a Igreja Confessante e Mártir
TEXTO ÁUREO
"Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da
vida" ?
(Ap 2.10c).
VERDADE PRÁTICA
Nada poderá calar a Igreja de
Cristo, nem a própria morte.
HINOS
SUGERIDOS 48, 170, 607
LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Êx 1.1-22
A perseguição de Israel no Egito
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S
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Terça - Êx 17.8-16
A perseguição de Israel no deserto
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T
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Quarta - Et 3.1-15
A perseguição de Israel no Império Persa
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Q
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Quinta - At 8.1-3
A Igreja é perseguida em Jerusalém
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Q
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Sexta - Ap 2.8-11
A Igreja é perseguida no mundo romano
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S
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Sábado - Ap 7.9-17
A Igreja será perseguida no final dos tempos
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S
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Apocalipse 2.8-11
A Igreja de
Cristo está sendo impiedosamente perseguida. Embora localmente pareça
tranquila, universalmente está sob fogo cerrado. A perseguição não é apenas
física. Os santos são pressionados tanto pela cultura, quanto pelas
instituições de um século que, por jazer no maligno, repudia e odeia os que são
luz do mundo e sal da terra.
Esmirna é o emblema da igreja
mártir. Se Laodiceia é a cara do mundo, Esmirna é o rosto do Cristo humilhado e
ferido de Deus. Por isso, devota-lhe o mundo uma aversão insana e inexplicável.
Mas como calar a voz daqueles, cujo sangue continua a clamar ao Juiz de toda a
terra? Seu testemunho não será silenciado. Haverá de erguer-se tanto dos
túmulos como dos lábios que se abrem com mansidão, para mostrar as razões da
esperança cristã.
Compartilhemos o testemunho de
Esmirna. Mesmo pressionada pelo inferno, soube como manter-se nas regiões
celestiais em Cristo Jesus.
1. Esmirna, uma cidade soberba. A cidade de Esmirna, apesar de inferior a Éfeso e de
não possuir os atrativos de Laodiceia, ufanava-se de ser a mais importante da
região. Afinal, tinha lá as suas vantagens. Localizada na região sudoeste da
Ásia Menor, era também afamada por seu porto e pela mirra que produzia.
Utilizada na conservação de cadáveres, a essência era obtida espremendo-se a
madeira da commiphora myrrha. Não é uma figura perfeita para uma igreja
confessante e mártir?
2. A igreja em Esmirna. Informa Lucas que, durante a estadia de Paulo em
Éfeso, toda a Ásia Menor foi alcançada pelo Evangelho: "E durou isto por
espaço de dois anos, de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram
a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos" (At 19.10). Infere-se, pois, tenha sido a
igreja em Esmirna estabelecida nesse período. Conquanto plantada numa cidade
opulenta, ela era pobre, mas ricamente florescia em Deus (Ap 2.9).
Um dos mais notáveis bispos de Esmirna foi Policarpo
(69-155 d.C.). Diante do carrasco romano, não negou a fé em Cristo.
3. Esmirna, confessante e mártir. A igreja em Esmirna era confessional e mártir.
Professando a Cristo, demonstrava estar disposta a sustentar-lhe o testemunho
até o fim; sua fidelidade ao Senhor era inegociável (Ap 2.10). Como está a nossa confissão nestes tempos
difíceis e trabalhosos?
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A natureza da igreja de Esmirna era ser confessante e
mártir. Professando Cristo, estava disposta a testemunhá-lo até a morte.
A uma igreja ameaçada no tempo, apresenta-se Jesus
como a própria eternidade: "Isto diz o Primeiro e o Último, que foi morto
e reviveu" (Ap 2.8). Nem a morte
pode separar-nos do amor de Deus (Rm 8.35).
1. O Primeiro e o Último. Sendo Jesus o Primeiro, todas as coisas foram criadas
por seu intermédio. Sem Ele nada existiria, porque Ele é antes de todas as
coisas (Jo 1.1-3). Por isso, o Senhor
lembra ao anjo da Igreja em Esmirna que tudo estava sob o seu controle. Até
mesmo os que lhe moviam aquela perseguição achavam-se-lhe sujeitos; tudo era
criação sua. Aliás, o próprio Diabo estava sob a sua soberania, pois também era
criatura sua, apesar de reivindicar privilégios de criador (Ez 28.14,15).
Sendo também o Último, Jesus estará na consumação de
todas as coisas como o Supremo Juiz (Jo 5.27;
Rm 2.16; 2
Tm 4.1). Portanto, os que se levantavam contra Esmirna já estavam
julgados e condenados, a menos que se arrependessem de suas más obras.
2. Esteve morto e tornou a viver (Ap 2.8). Conforme Jesus antecipara ao pastor de Esmirna, o
Diabo estava para lançar algumas de suas ovelhas na prisão, onde seriam postas
à prova (Ap 2.10). Todavia, nada
deveriam temer, pois ao seu lado estaria Aquele que é a ressurreição e a vida (Jo 11.25). Somente Jesus tem autoridade para
fazer-nos semelhante exortação, pois somente Ele venceu a morte e o inferno.
Não desejava o Senhor Jesus que o anjo de Esmirna
temesse aqueles, cujo poder limita-se a tirar-nos a vida física, mas aquele
que, além de nos ceifar a vida terrena, tem suficiente autoridade para
lançar-nos no lago de fogo (Mt 10.28).
Por conseguinte, o martírio daqueles santos iria tão-somente antecipar-lhes a
glorificação ao lado de Cristo.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Jesus Cristo apresentou-se à igreja de Esmirna como o Primeiro e o
Último; o que esteve Morto e Reviveu.
1. Tribulação (Ap 2.9). O anjo da igreja em Esmirna sabia perfeitamente que
a tribulação é um legado que recebemos do Senhor Jesus: "Tenho-vos dito
isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo" (Jo 16.33). Tranquilizado por essa promessa, o
pastor de Esmirna refugiava-se na paz que excede todo o entendimento (Fp 4.7).
Roguemos, pois, ao Senhor que console os que, neste momento de suprema
provação, estão selando a fé com o próprio sangue. Oremos pelos mártires do
século XXI.
2. Pobreza. Se Laodiceia de nada tinha falta, Esmirna carecia de
tudo. O próprio Senhor reconhece-lhe a extrema pobreza: "Conheço a tua
(...) pobreza" (Ap 2.9). Essa
pobreza, todavia, era rica. Complementa o Cristo: "Mas tu és rico". Sim,
ela era rica, pois fora comprada por um elevadíssimo preço: o sangue de Jesus (1 Pe 1.18,19).
3. Ataques dos falsos crentes. Além dos ataques externos, internamente a igreja em
Esmirna era perseguida por falsos crentes a quem o Senhor Jesus desmascara:
"Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a
blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de
Satanás." (Ap 2.9). O que
buscava essa gente? Corromper a graça de Cristo através de artifícios humanos.
Eles eram tão afoitos na disseminação de suas heresias e modismos, que se
desfaziam em blasfêmias contra o pastor e a sua igreja. Mas na verdade estavam
blasfemando de Cristo. Todavia, não haviam de ir adiante, pois em breve seriam
julgados por aquele que sonda mentes e corações (Ap
2.23).
A Igreja de Cristo, nestes últimos dias, vem sendo
atacada por falsos mestres e doutores. Disseminando heresias e modismos em
nossos redis, fazem comércio dos santos. E abertamente blasfemam o nosso bom
nome. Não irão, porém, adiante; sobre os tais paira o juízo de Deus.
4. Os crentes em prisão. Além dessas contrariedades, alguns membros da igreja
em Esmirna (talvez os integrantes do ministério) seriam lançados na prisão,
onde uma tribulação de dez dias aguardava-os (Ap
2.10). Foram eles executados? O que sabemos é que perseveraram até o
fim, pois almejavam receber a coroa da vida.
Não são poucos os crentes que, neste momento,
acham-se presos pelo único crime de professar a fé em Cristo (Mt 24.9). Nossos irmãos são torturados e executados.
Em nossas orações, não nos esqueçamos dos mártires.
Oremos para que o nosso país jamais caia sob
ideologias totalitárias e tirânicas como o nazismo e o comunismo.
As condições humanas da igreja
de Esmirna eram de tribulação, pobreza material e ataques caluniosos de falsos
crentes.
Somente os que conhecem a
natureza da segunda morte não temem as angústias da primeira. Esta, posto que é
morte física, termina uma jornada temporal; aquela, ainda que morte, não morre:
inicia um suplício eterno. Eis porque Esmirna sujeitava-se à primeira, porque
temia o dano da segunda. Mas a sua principal motivação não era o medo da
segunda morte e, sim, o amor que tinha por aquele que é a ressurreição e a
vida.
Oremos pela igreja perseguida e
mártir! As catacumbas de Roma não ficaram no passado. Num século que se diz
tolerante e democrático, acham-se catacumbas e covas tanto nas metrópoles do
Oriente quanto nas megalópoles do Ocidente.
VOCABULÁRIO
Jazer: Estar
dominado, sepultado.
Ufanava-se: Relativo a ufanar, sentir-se orgulhoso.
Commiphora Myrrha: Do Lat. Planta nativa do nordeste da África, também conhecida por Mirra
arábica.
Missivista: Autor de uma missiva ou carta.
Redis: Fonte aberta,
armazenamento de algo.
Megalópoles: Grandes e importantes cidades.
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