segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Lição 3 O PROBLEMA DA FOME NO MUNDO CONTEMPORÂNEO



Lição 3 O PROBLEMA DA FOME NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
15/10/2017

Texto do dia
(At 2.46)
"E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração."

Síntese
Os crentes expressam a graça e o amor divino na sociedade quando partilham o alimento com os famintos.

Agenda de leitura
Segunda - Gn 43.1
Fome na terra
Terça - Am 8.11
Fome, mas não de pão
Quarta - Mt 4.2
Jesus teve fome
Quinta - Rm 12.20
Comida para o inimigo
Sexta - Mc 8.1,2
Compaixão de Jesus para com os famintos
Sábado - Lc 9.13
"Dai-lhes vós de comer"

Objetivos
Conhecer, à luz das Escrituras, a origem da fome;
Identificar a fome como um sinal dos últimos dias;
Compreender a importância do testemunho da Igreja por meio do partir do pão

Interação

A falta de acesso à alimentação básica ainda é um grave problema social na sociedade contemporânea. As estatísticas são tristes: 30 mil crianças morrem de fome a cada dia, e um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresentam atraso no crescimento físico e intelectual. Uma pessoa, a cada sete, padece fome no mundo. Nesta lição, analisaremos esse tema à luz das Escrituras e realçaremos aos nossos alunos, primordialmente, que a escassez e a má divisão de comida são decorrentes da Queda do primeiro casal. Assim o pecado - em suas várias faces - é o responsável por essa mazela. Não obstante, tendo como exemplo a vida do jovem José e da Igreja Primitiva, os cristãos da atualidade podem contribuir para minimizar esse problema social, com sabedoria divina, no poder do Espírito Santo.

Orientação Pedagógica
Professor(a), para enriquecer o conteúdo de sua aula, utilize os recursos pedagógicos que a CPAD dispõe no site www.licoesbiblicas.com.br. Este é um espaço voltado exclusivamente para a área de Educação Cristã, criado não só para divulgar as revistas Lições Bíblicas, mas para dar suporte às necessidades dos educadores e alunos da Escola Dominical. A página contém rico material de apoio ao professor, englobando subsídio da lição, ilustrações, slides para apresentação e vídeo-aula com o comentarista. Lembre-se que o educador dedicado complementa seu ensino com material de qualidade!

Texto bíblico
Lucas 9.12-17
12 E já o dia começava a declinar; então, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multidão, para que, indo aos campos e aldeias ao redor, se agasalhem e achem o que comer, porque aqui estamos em lugar deserto.
13  Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo.
14 Porquanto estavam ali quase cinco mil homens. Disse, então, aos seus discípulos: Fazei-os assentar, em grupos de cinquenta em cinquenta.
15  E assim o fizeram, fazendo-os assentar a todos.
16  E, tomando os cinco pães e os dois peixes e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os porem diante da multidão.
17 E comeram todos e saciaram-se; e levantaram, do que lhes sobejou, doze cestos de pedaços.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Todos nós sentimos fome, aquele desejo normal por alimento e certamente, esta não é uma sensação agradável, não acha? Agora imagine aquelas pessoas que passam fome por não terem condições de adquirir o sustento básico. No mundo atual, milhares de pessoas encontram-se nessa situação.
Nesta lição, veremos que no Gênesis está a origem da fome e da escassez de alimentos. A Queda do homem afetou toda a ordem do universo, e provocou esse problema que persiste até hoje, e que será um dos sinais dos últimos dias. Mas a Igreja de Cristo tem exemplos bíblicos suficientes para saber como enfrentar a crise de alimentos.

I - A FOME NAS ESCRITURAS SAGRADAS

1. Origem da fome. Deus criou a Terra com fartura, produzindo mantimento suficiente para a sobrevivência do homem (Gn 1.11,12,28,29). Antes da Queda havia abundância, pois até então o pecado não tinha sido introduzido no mundo.  Além de afastar o homem de Deus, a desobediência do primeiro casal afetou toda a criação, provocando desordem no Universo. Disse Deus: [...] "maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida" (Gn 3.17). Desse momento em diante o trabalho passou a ser realizado com mais dificuldade, em virtude dos "cardos" e "espinhos" que vieram a existir (Gn 3.18).

2. A fome e o pecado. Os efeitos da Queda sobrepujam a escassez e as dificuldades naturais. O pecado acarretou ainda consequências danosas na natureza humana, gerando condições sociais e comportamentos responsáveis pelo aumento da fome, guerras, governos injustos, egoísmo, ociosidade (Pv 19.15), corrupção e consumo descontrolado (Lc 15.14). As Escrituras relatam vários casos de fome durante os dias de Abraão (Gn 12.10), Isaque (Gn 26.1), José (Gn 41.56,57), Elimeleque e Noemi (Rt 1.1), Davi (2 Sm 21.1), Elias (1 Rs 18.2), Eliseu (2 Rs 6.25) e do cerco final de Jerusalém (2 Rs 25.3). Isso nos leva a compreender que os problemas sociais, incluindo a falta de comida, começam quando os homens desobedecem a Deus!

Pense
O propósito original de Deus é fartura e abundância para a humanidade.

Ponto Importante
A Queda ocasionou condições sociais e comportamentos responsáveis pelo aumento da fome, guerras, governos injustos, egoísmo, ociosidade, corrupção e consumo descontrolado.

II - A FOME COMO SINAL DA VINDA DE JESUS

1. Profecia escatológica. No sermão proferido no Monte das Oliveiras, Jesus predisse que a fome seria um dos sinais do tempo da sua volta (Mt 24.7). Isso porque os últimos dias serão caracterizados pelo aumento da iniquidade (Mt 24.12), o colapso dos padrões morais (2 Tm 3.1-5) e a operação da injustiça (2 Ts 2.7), formando assim, juntamente com as guerras e os terremotos, um contexto propício para a proliferação da miséria em todo o mundo.

2. O esfriamento do amor. O esfriamento do amor (Mt 24.12) será, igualmente, um dos principais fatores responsáveis pela pobreza extrema que assolará a Terra nos tempos do fim. Não havendo compaixão e sentimento de solidariedade, o contingente de pessoas sem acesso à alimentação básica, em situação de miséria, será enorme.

3. A fome e o amor de Deus. A Bíblia também preconiza que haverá um tempo de fome; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. As pessoas irão errantes de um lado para outro, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, mas não a acharão (Am 8.11,12). Você tem aproveitado o seu tempo para se alimentar espiritualmente da Palavra de Deus?

Pense
O principal motivo da fome dos últimos dias não será a falta de comida, mas a ausência de amor.

Ponto Importante
No sermão proferido no Monte das Oliveiras Jesus predisse que a fome seria um dos sinais do tempo da sua volta

III - A FOME NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

1. Má distribuição e desperdício. Existem hoje cerca de 800 milhões de pessoas que passam fome no mundo, e pelo menos 2 milhões sofrem de deficiências nutritivas graves. Outro levantamento indica que cerca de 3,5 milhões de crianças morrem anualmente pela falta de refeição básica e doenças relacionadas com a desnutrição. Apesar dos avanços científicos da civilização e do aumento da produção de alimentos, as altas cifras de pessoas famintas comprovam a má distribuição e o desperdício de alimentos no mundo todo. O Brasil está entre os dez países mais impactados pela fome. Mais de 7 milhões de brasileiros convivem com esse problema e 15 milhões de crianças são consideradas desnutridas. Não sejamos indiferentes a essa situação, ouçamos o clamor dos famintos!

2. Dando de comer aos famintos. Diante desse cenário, aos servos de Deus cabe testemunhar do amor cristão para com aqueles que passam fome, pois a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma (Tg 2.17). Dar pão ao faminto é, também, uma forma de fazer a vontade de Deus (Mt 25.40). Lembremo-nos dos milagres de multiplicação dos pães e peixes operados por Jesus que se compadeceu da multidão faminta (Mc 6.30-44; 8.1-10; Lc 9.12-17). A ordem do Mestre aos discípulos em relação ao povo é significativa e continua a reverberar: "Dai-lhes vós de comer" (Lc 9.13).

3. Pentecostalismo solidário. A Igreja Primitiva, como vemos em Atos dos Apóstolos, expandiu-se de uma forma extraordinária. Após o recebimento da virtude do Espírito, os discípulos saíram a influenciar a sociedade, pois em todos eles havia "abundante graça" (At 4.33). Ao anunciarem com ousadia a Palavra de Deus, não olvidaram de ajudar os necessitados (At 4.34). A Bíblia retrata isso com fidelidade ao dizer que eles "perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações" (At 2.42). A partilha do alimento, portanto, não foi algo ignorado pelo pentecostalismo primitivo, especialmente com os domésticos da fé. Os primeiros crentes viviam um pentecostalismo solidário. Será que é isso que temos visto em nossas igrejas? Estamos igualmente preocupados com a fome das pessoas necessitadas? Clamemos a Deus por um despertamento integral, que envolva tanto o mover do Espírito quanto o partir do pão.

Pense
Antes de desperdiçar alimentos, lembre-se daqueles que passam fome.

Ponto Importante
A partilha do alimento, portanto, não foi algo ignorado pelo pentecostalismo primitivo, especialmente com os domésticos da fé. Os primeiros crentes viviam um pentecostalismo solidário.

SUBSÍDIO
"Fome
Uma condição de extrema escassez de comida. Durante uma extrema fome em terra distante, o filho pródigo foi trazido de volta à razão (Lc 15.14). Uma grande fome ocorreu nos dias do imperador romano Cláudio (At 11.28). Em seu sermão no monte das Oliveiras, o Senhor Jesus predisse que haverá fome durante o período da tribulação no final dos tempos (Mt 24.7), e o Apocalipse faz alusão à fome que virá sobre a Grande Babilônia (Ap 18.8). Uma das bênçãos para o Israel restaurado é que não haverá mais fome (Ez 36.29,30). Há uma referência a pessoas, durante períodos de fome, pagando altos preços por alimentos intragáveis como cabeças de jumento e esterco de pombas (2 Rs 6.25), e até mesmo praticando o tipo mais horrendo de canibalismo (Dt 28.53-57; 2 Rs 6.28,29). Evidentemente, nos dias bíblicos as causas naturais responsáveis pela fome eram principalmente a seca (1 Rs 18.1,2) e a guerra em seus vários aspectos (Ez 6.11; 2 Rs 25.2,3). No entanto, ela é muitas vezes retratada como um juízo divino pelo pecado (2 Sm 21.1; 24.13; 1 Rs 8.37; 2 Rs 8.1; ls 51.19; Jr 14.12-18; Ez 5,12). Neste sentido, ela é citada como os 'quatro maus juízos' de Deus (Ez 14.21)" (Dicionário Bíblico Wyclife. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 815).

ESTANTE DO PROFESSOR
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

CONCLUSÃO
A fome continua a ser um grave problema social dos tempos atuais. Em virtude da Queda, a escassez de alimentos e a sua má distribuição são resultado direto do pecado do homem. Não obstante, o cristão não pode viver indiferente diante da existência de milhares de famintos pelo mundo, pois, ao olharmos para o livro de Atos encontramos o exemplo de solidariedade daqueles cristãos que, no poder do Espírito, impactaram o mundo pela pregação da Palavra e serviço. Sigamos esse modelo!

Hora da revisão.

Em relação aos alimentos, como era o mundo quando Deus o criou?
Deus criou a Terra com fartura, produzindo mantimento suficiente para a sobrevivência do homem (Gn 1.11,12; 28,29).

O que provocou a fome?
A Queda do homem no pecado.

Por que a fome será um dos sinais dos últimos dias?
Porque os últimos dias serão caracterizados pelo aumento da iniquidade, o colapso dos padrões morais e a operação da injustiça, formando assim, juntamente com as guerras e os terremotos, um contexto propício para a proliferação da miséria em todo o mundo.

Por que podemos dizer que o pentecostalismo primitivo era solidário?
Porque, além de anunciarem com ousadia a Palavra de Deus, eles não se esqueceram de ajudar os necessitados.

Em sua opinião, quais estratégias a Igreja pode adotar para diminuir o problema da fome?
Resposta pessoal.

Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, professor, Seguidores de Cristo – Testemunhando numa Sociedade em Ruinas, Comentarista Valmir Nascimento, 4º trimestre 2017.

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