segunda-feira, 14 de março de 2016

Lição 12 As demandas da juventude.



Lição 12 As demandas da juventude.
20 de março de 2016.

Texto Áureo
1 Pedro 5.7
“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.

Verdade Aplicada
Nosso Deus é poderosamente capaz de cuidar de cada um de nós, mesmo diante de nossas maiores preocupações.

Objetivos da Lição
Enfatizar o perfil do jovem cristão e mostrar os desafios atuais da juventude cristã no mundo contemporâneo;
Mostrar como um jovem pode edificar e abençoar sua família;
Ensinar como deve ser a preparação de um jovem para construir uma nova família.

Glossário
Abdicar: abrir mão, desistir, resignar;
Esfera: espaço ou área de atividade;
Faceta: cada um dos aspectos particulares de uma pessoa ou coisa.

Leituras complementares
Segunda Gn 42.41-44
Terça Pv 10.1-5
Quarta Dn 1.8
Quinta Jo 8.32
Sexta 1Ts 4.7
Sábado 1Jo 2.17

Textos de Referência.
1 João 2.13-16
13 Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Mancebos, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
14 Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.

Hinos sugeridos.
124, 224, 324

Motivo de Oração
Ore para que os jovens cresçam no Evangelho com coragem para enfrentar oposições.

Esboço da Lição
Introdução
1. Crises e desafios.
2. O papel do jovem cristão na família.
3. O preparo para construir uma família.
Conclusão

Introdução
O jovem faz parte do projeto de Deus chamado família. Por isso, abordaremos as demandas da juventude no contexto pessoal, espiritual e familiar no mundo contemporâneo, tendo como base os princípios da Palavra de Deus.

1. Crises e desafios.
A vida é repleta de oportunidades, dramas e desafios, mas é na juventude que essas facetas da existência se apresentam de forma mais intens. Nessa fase é preciso sabedoria. A sociedade e até mesmo a família cobram do Jovem uma definição em diversas áreas da vida. Essa pressão por todos os lados pode resultar em crises prejudiciais ao desenvolvimento saudável do indivíduo.

1.1. Crise de identidade.
Uma das muitas crises que podem atingir o jovem cristão é a crise de identidade. O filho pródigo da parábola contada por Jesus é um exemplo disso (Lc 15.11-31). Motivado pela curiosidade e insatisfação com sua realidade, o filho mais novo busca numa terra distante a mudança que deseja, para perceber, depois de algum tempo e de algumas perdas, que o melhor lugar para estar era de onde nunca deveria ter saído, isto é, a casa do pai. A crise de identidade é vencida através da aceitação de si mesmo e da própria realidade. A rebeldia e a revolta devem ser substituídas pela fé, que nos faz crer que quem somos e onde estamos hoje não determina quem seremos e onde estaremos amanhã (Fp 4.13).

Comente com os alunos que José no Egito é um exemplo de jovem que não perdeu a identidade, mesmo longe da sua família. Apesar de ter sido vendido como escravo e depois ir parar na prisão, José não perdeu a sua essência, não se esqueceu de quem era. Mesmo na adversidade, ele não se revoltou, mas confiou que Deus poderia mudar a sua sorte como, de fato, aconteceu (Gn 42.41-44).

1.2. Baixa autoestima.
Autoestima é o conceito que a pessoa tem de si mesma. È como ela se vê. Uma pessoa com autoestima saudável se ama, se respeita, se aceita, se valoriza, se acha digna. A baixa estima é o sentimento oposto. Quem possui baixa autoestima está sempre pra baixo. Tem problemas com a própria aparência, se acha incapaz de tudo e por isso não tenta nada e perde oportunidades incríveis. Uma pessoa assim vive insegura, tem dificuldades de se relacionar e fazer amigos porque acha que não será aceita. Muitas vezes a baixa autoestima evolui para um quadro depressivo. Não se esqueça que Satanás usa esses equipamentos para impedir seu crescimento. Somos aquilo que pensamos (Pv 23.7). Por isso, proteja seus pensamentos (Cl 3.1).

Diga para os alunos que a baixa autoestima é um problema mais comum do que parece. O físico Maxwell Maltz calculou que 95% de todas as pessoas de nossa sociedade sentem-se inferiores. Mostre para eles que não é saudável nos compararmos com os outros e lembre que a mídia desse mundo quer ditar os padrões de sucesso e beleza, que não podem ser alcançados por todos. Oriente as pessoas que sofrem desse mal a procurarem aconselhamento e, Ressalte que a verdade bíblica é poderosa para nos libertar dos pensamentos mentirosos (Jo 8.32).

1.3. Desafios do cristão contemporâneo.
Existem três grandes desafios que o jovem cristão deve aceitar para que possa glorificar a Cristo de maneira plena em sua vida. Primeiro, o desafio moral. Em um mundo de verdades relativas e valores invertidos, fazer a coisa certa, na hora certa e de maneira certa, conforme a Palavra de Deus, é um grande desafio. Segundo, o desafio intelectual. Ainda existe muita gente que pensa que o Evangelho é para gente ignorante, sem estudo e desprovida de informação. Essa nova geração de cristãos deve mostrar ao mundo que eles estão enganados. Deus precisa de jovens capacitados, qualificados e íntegros em todas as esferas da sociedade. Por último, o desafio espiritual. O jovem deve ter caráter, ser estudioso, “antenado”, mas não pode abdicar da sua comunhão com Deus. Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2.52). Ele é nosso modelo de crescimento integral.
Cite para os alunos três exemplos bíblicos de jovens que se destacaram e fizeram a diferença em seu tempo, aceitando os três maiores desafios para os jovens cristãos no mundo atual. Primeiro, José, que resistiu às investidas da mulher de Potifar. Venceu o desafio moral, segundo Daniel e seus amigos. Jovens inteligentes e capazes para viverem na corte babilônica. Venceram o desafio intelectual. Por último, a jovem Ester, que não abriu mão da sua identidade mesmo com risco de morte. Venceu o desafio espiritual.

2. O papel do jovem cristão na família.
Enquanto não forma seu próprio lar, a grande maioria dos jovens mora com os pais e isso implica em assumir algumas responsabilidades dentro de casa.

2.1. Honrar aos pais.
Este princípio deve ser preservado do nascimento até o fim da vida. Honrar aos pais é o primeiro mandamento com promessa (Êx 20.12). O mandamento não foi “Honra a teu pai e tua mãe se eles forem legais com você”, ou ainda, “honra a teu pai e tua mãe quando eles estiverem com a razão”. O mandamento foi: “Honra a teu pai e tua mãe”. Honrar e muito mais do que obedecer. É apoiar, proteger cuidar, não criticar e nutrir um profundo respeito por aqueles a quem Deus conferiu a autoridade sagrada de pai e mãe. Se alguém não sabe como honrar seus pais, então deve colocar-se no lugar deles e pensar que deve trata-los da mesma forma que gostaria de ser tratado e cuidado quando tiver seus próprios filhos.

Faça com que os alunos reconheçam a bênção de possuir uma família, principalmente pai e mãe. Muitos tratam mal seus pais, são indiferentes, mas, na hora que eles faltam, são tomados por um profundo remorso por acharem que poderiam ter feito mais por eles e não fizeram. Os filhos sábios produzem alegria na família (Pv 10.1-5).

2.2. Contribuir para manutenção do lar.
Existem algumas contribuições que o jovem cristão pode praticar dentro de casa para que o lar seja o mais abençoado e agradável. São elas: contribuição espiritual através da oração, intercessão e compartilhamento das coisas espirituais com os membros da família; contribuição financeira, ajudando no orçamento familiar; contribuição emocional, mantendo abertos os canais de comunicação.

Ressalte para os alunos que isso não é fácil, mas contamos com o Espírito Santo como nosso ajudador. Enfatize para eles, principalmente para aqueles que planejam construir seus próprios lares, que a convivência familiar é um treinamento e um exercício constante que deverá ser praticado o resto da vida. Os membros da família são diferentes, assim como serão diferentes os futuros cônjuges e os futuros filhos. Essa é uma ótima oportunidade para observar como pode ou deve ser o ambiente familiar. Quem tem dificuldade de conviver em família, enquanto filho e irmão, pode levar essa deficiência para sua futura família.

2.3. Ganhar a família não crente.
Seria maravilhoso se todos pudessem dizer como Josué “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”; mas nem todos possuem essa felicidade. Muitos jovens fazem parte de uma família onde um ou mais membros não conhecem a Cristo; e quantos sofrem perseguição, afronta e escárnio por causa da sua fé! O que fazer quando a família não é crente? Primeiro, os pais devem ser honrados e amados mesmo que eles não compreendam seu estilo de vida. Além disso, toda família deve ser alvo de oração e intercessão (Tg 5.16). Por último, tenha um bom testemunho.

Mostre aos alunos que a família não cristã, ainda que seja contrária à fé, não deve ser vista como inimiga ou instrumento do diabo. Se alguém é perseguido dentro do seu lar, isso acontece por causa da ignorância espiritual que cegou entendimento dos incrédulos (2Co 4.4). Não há garantia bíblica de que toda uma família irá se converter a Cristo. A única certeza que um jovem cristão deve possuir é que a sua conduta cristã na família não será uma pedra de tropeço e escândalo a ser usada como desculpa por algum membro da família para não entregar ao Senhor. Afora isso, os pais não crentes devem ser obedecidos, desde que não firamos princípios estabelecidos na Palavra de Deus. Reforce para eles que, assim como a mulher cristã conquista o marido não crente com seu testemunho, o jovem crente poderá ganhar sua família com sua conduta cristã.

3. O preparo para construir uma família.
O casamento não é uma obrigação, é uma opção. Pode ser que alguém queira optar por viver solteiro, mas tanto os que desejam se casar quanto os que desejam permanecer solteiros precisam ter a motivação e a preparação adequada (1Co 7.7-40).

3.1. Motivações erradas para casar.
Para que seja bem-sucedido, o casamento necessita de motivações corretas. Citemos alguns motivos pelos quais as pessoas não devem se casar. 1) para sair da casa dos pais, pois querem liberdade. 2) para serem felizes. O casamento só acrescenta felicidade para quem já é feliz antes de se casar. 3) para poderem fazer sexo sem pecar. O casamento é muito mais que sexo. 4) por causa da pressão da sociedade e da família: por interesses materiais e egoístas. 5) por achar que está passando da idade e bate aquela aflição. 6) porque está todo mundo casando. 7) por causa de “visões, revelações e profecias”.

Existem algumas razões pelas quais as pessoas escolhem não casar. Primeiro, comodidade. Muitos não têm vontade de casar porque não querem deixar o conforto da casa dos pais. Segundo, medo. Há aqueles que não querem se casar por medo de não dar certo. Terceiro, dedicar-se a Deus. Os outros não querem se casar porque desejam se entregar totalmente a Deus sem as preocupações que o casamento exige. Por último, pecado. Há quem não queira se casar porque não quer compromisso e prefere viver uma vida de pecado. Essa não é uma postura cristã, pois Deus nos chamou para a santificação (1Ts 4.7).

3.2. Motivações corretas para casar.
Se há motivações erradas para casar, também existem as razões corretas para isso. Primeiro, quero casar, pois amo essa pessoa. Lembrando que amor é muito mais que sentimento. É comportamento, comprometimento, atitude e ação. A paixão passa; o amor fica. Segundo, quero casar para fazer o outro feliz. Ao contrário da motivação egoísta, deve-se pensar na pessoa amada em primeiro lugar. Por último, “quero casar com o(a) meu(minha) melhor amigo(a) para o resto da vida”.

Comente com os alunos que a amizade deve existir antes de tudo. Você já deve ter conhecido várias pessoas que casaram achando que a pessoa era de um jeito, mas ela era de outro, pois não existiu a amizade. Na amizade você conhece verdadeiramente o(a) outro(a)e qier ficar com  ele(a) assim mesmo. Lembre aos alunos que o casamento cristão é para o resto da vida (Mc 10.8-9).

3.3. Preparando-se para o casamento.
O que um jovem cristão deve fazer com sua vida enquanto se casa? Simples; viva sua vida na presença de Deus, seja feliz e se prepare. Quantos se ocupam em encontrar a pessoa certa ao invés de buscarem ser a pessoa certa. Procure conhecer a si mesmo. Existem bagagens que são levadas para o casamento, mas quanto menos melhor. Muitos traumas e complexos são adquiridos ao longo da nossa história, a maioria no seio familiar. Esses problemas, se não forem tratados, serão levados para o futuro casamento. Além disso, lembre-se: “Quem casa quer casa”. Então, estude, tenha uma profissão, busque uma boa colocação no mercado de trabalho, não se esqueça de servir a igreja e, o mais importante: priorize Jesus em sua vida (Mt 6.33).

Incentive os solteiros e os jovens casados a buscarem conselhos com os casais mais experientes, os anciãos. Quantas vezes estes são esquecidos e deixados de lado? Porém, seus cabelos brancos representam a experiência de vida que possuem. Diga-lhes como é interessante ouvir suas histórias e descobrir os segredos para encontrar um bom marido e uma boa esposa, e como  manter um casamento feliz e duradouro para o resto da vida.
Conclusão.
Apesar de todas as demandas que os jovens possuem, cremos que na Palavra de Deus encontramos orientação, resposta e direção para tudo o que precisam. Além disso, nosso Deus não está distante (Sl 37.17-18). Ele está bem perto para falar e revelar a Sua vontade (Sl 25.12).

Questionário.
1. Qual o personagem bíblico teve uma crise de identidade?
R: O filho pródigo (Lc 15.11-31).

2. Como posso ganhar minha família não crente?
R: Com testemunho cristão (Js 24.15).

3. O que é autoestima?
R: É o conceito que a pessoa tem de si mesma (Pv 23.7).

4. Qual o primeiro mandamento com promessa?
R:  Honrar pai e mãe (Ef 6.1-3).

5. Qual o nosso maior modelo de crescimento integral?
R: Jesus Cristo (Lc 2.52).


Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.

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