Lição 12
As demandas da juventude.
20 de março de 2016.
Texto
Áureo
1 Pedro 5.7
“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade,
porque ele tem cuidado de vós”.
Verdade
Aplicada
Nosso Deus é poderosamente capaz de cuidar de
cada um de nós, mesmo diante de nossas maiores preocupações.
Objetivos
da Lição
Enfatizar o perfil do jovem
cristão e mostrar os desafios atuais da juventude cristã no mundo
contemporâneo;
Mostrar como um jovem pode
edificar e abençoar sua família;
Ensinar como deve ser a
preparação de um jovem para construir uma nova família.
Glossário
Abdicar: abrir mão, desistir,
resignar;
Esfera: espaço ou área de
atividade;
Faceta: cada um dos aspectos
particulares de uma pessoa ou coisa.
Leituras
complementares
Segunda Gn 42.41-44
Terça Pv 10.1-5
Quarta Dn 1.8
Quinta Jo 8.32
Sexta 1Ts 4.7
Sábado 1Jo 2.17
Textos
de Referência.
1 João 2.13-16
13 Pais, escrevo-vos, porque conhecestes
aquele que é desde o princípio. Mancebos, escrevo-vos, porque vencestes o
maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
14 Eu vos escrevi, pais, porque já
conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois
fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há.
Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Porque tudo o que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é
do Pai, mas do mundo.
Hinos
sugeridos.
124, 224, 324
Motivo
de Oração
Ore para que os jovens cresçam no Evangelho
com coragem para enfrentar oposições.
Esboço
da Lição
Introdução
1. Crises e desafios.
2. O papel do jovem cristão na
família.
3. O preparo para construir uma
família.
Conclusão
Introdução
O jovem faz parte do projeto de Deus chamado
família. Por isso, abordaremos as demandas da juventude no contexto pessoal,
espiritual e familiar no mundo contemporâneo, tendo como base os princípios da
Palavra de Deus.
1. Crises
e desafios.
A vida é repleta de oportunidades, dramas e desafios,
mas é na juventude que essas facetas da existência se apresentam de forma mais
intens. Nessa fase é preciso sabedoria. A sociedade e até mesmo a família
cobram do Jovem uma definição em diversas áreas da vida. Essa pressão por todos
os lados pode resultar em crises prejudiciais ao desenvolvimento saudável do
indivíduo.
1.1. Crise
de identidade.
Uma das muitas crises que podem atingir o
jovem cristão é a crise de identidade. O filho pródigo da parábola contada por
Jesus é um exemplo disso (Lc 15.11-31). Motivado pela curiosidade e
insatisfação com sua realidade, o filho mais novo busca numa terra distante a
mudança que deseja, para perceber, depois de algum tempo e de algumas perdas,
que o melhor lugar para estar era de onde nunca deveria ter saído, isto é, a
casa do pai. A crise de identidade é vencida através da aceitação de si mesmo e
da própria realidade. A rebeldia e a revolta devem ser substituídas pela fé,
que nos faz crer que quem somos e onde estamos hoje não determina quem seremos
e onde estaremos amanhã (Fp 4.13).
Comente com os alunos que José no
Egito é um exemplo de jovem que não perdeu a identidade, mesmo longe da sua
família. Apesar de ter sido vendido como escravo e depois ir parar na prisão,
José não perdeu a sua essência, não se esqueceu de quem era. Mesmo na
adversidade, ele não se revoltou, mas confiou que Deus poderia mudar a sua
sorte como, de fato, aconteceu (Gn 42.41-44).
1.2.
Baixa autoestima.
Autoestima é o conceito que a pessoa tem de
si mesma. È como ela se vê. Uma pessoa com autoestima saudável se ama, se
respeita, se aceita, se valoriza, se acha digna. A baixa estima é o sentimento
oposto. Quem possui baixa autoestima está sempre pra baixo. Tem problemas com a
própria aparência, se acha incapaz de tudo e por isso não tenta nada e perde
oportunidades incríveis. Uma pessoa assim vive insegura, tem dificuldades de se
relacionar e fazer amigos porque acha que não será aceita. Muitas vezes a baixa
autoestima evolui para um quadro depressivo. Não se esqueça que Satanás usa
esses equipamentos para impedir seu crescimento. Somos aquilo que pensamos (Pv
23.7). Por isso, proteja seus pensamentos (Cl 3.1).
Diga para os alunos que a baixa
autoestima é um problema mais comum do que parece. O físico Maxwell Maltz
calculou que 95% de todas as pessoas de nossa sociedade sentem-se inferiores.
Mostre para eles que não é saudável nos compararmos com os outros e lembre que
a mídia desse mundo quer ditar os padrões de sucesso e beleza, que não podem
ser alcançados por todos. Oriente as pessoas que sofrem desse mal a procurarem
aconselhamento e, Ressalte que a verdade bíblica é poderosa para nos libertar
dos pensamentos mentirosos (Jo 8.32).
1.3. Desafios
do cristão contemporâneo.
Existem três grandes desafios que o jovem
cristão deve aceitar para que possa glorificar a Cristo de maneira plena em sua
vida. Primeiro, o desafio moral. Em um mundo de verdades relativas e valores
invertidos, fazer a coisa certa, na hora certa e de maneira certa, conforme a
Palavra de Deus, é um grande desafio. Segundo, o desafio intelectual. Ainda
existe muita gente que pensa que o Evangelho é para gente ignorante, sem estudo
e desprovida de informação. Essa nova geração de cristãos deve mostrar ao mundo
que eles estão enganados. Deus precisa de jovens capacitados, qualificados e
íntegros em todas as esferas da sociedade. Por último, o desafio espiritual. O
jovem deve ter caráter, ser estudioso, “antenado”, mas não pode abdicar da sua
comunhão com Deus. Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus
e dos homens (Lc 2.52). Ele é nosso modelo de crescimento integral.
Cite para os alunos três exemplos
bíblicos de jovens que se destacaram e fizeram a diferença em seu tempo, aceitando
os três maiores desafios para os jovens cristãos no mundo atual. Primeiro,
José, que resistiu às investidas da mulher de Potifar. Venceu o desafio moral,
segundo Daniel e seus amigos. Jovens inteligentes e capazes para viverem na
corte babilônica. Venceram o desafio intelectual. Por último, a jovem Ester, que
não abriu mão da sua identidade mesmo com risco de morte. Venceu o desafio
espiritual.
2. O
papel do jovem cristão na família.
Enquanto não forma seu próprio lar, a grande
maioria dos jovens mora com os pais e isso implica em assumir algumas
responsabilidades dentro de casa.
2.1.
Honrar aos pais.
Este princípio deve ser preservado do
nascimento até o fim da vida. Honrar aos pais é o primeiro mandamento com
promessa (Êx 20.12). O mandamento não foi “Honra a teu pai e tua mãe se eles
forem legais com você”, ou ainda, “honra a teu pai e tua mãe quando eles
estiverem com a razão”. O mandamento foi: “Honra a teu pai e tua mãe”. Honrar e
muito mais do que obedecer. É apoiar, proteger cuidar, não criticar e nutrir um
profundo respeito por aqueles a quem Deus conferiu a autoridade sagrada de pai
e mãe. Se alguém não sabe como honrar seus pais, então deve colocar-se no lugar
deles e pensar que deve trata-los da mesma forma que gostaria de ser tratado e
cuidado quando tiver seus próprios filhos.
Faça com que os alunos reconheçam a bênção de
possuir uma família, principalmente pai e mãe. Muitos tratam mal seus pais, são
indiferentes, mas, na hora que eles faltam, são tomados por um profundo remorso
por acharem que poderiam ter feito mais por eles e não fizeram. Os filhos
sábios produzem alegria na família (Pv 10.1-5).
2.2.
Contribuir para manutenção do lar.
Existem algumas contribuições que o jovem
cristão pode praticar dentro de casa para que o lar seja o mais abençoado e
agradável. São elas: contribuição espiritual através da oração, intercessão e
compartilhamento das coisas espirituais com os membros da família; contribuição
financeira, ajudando no orçamento familiar; contribuição emocional, mantendo
abertos os canais de comunicação.
Ressalte para os alunos que isso
não é fácil, mas contamos com o Espírito Santo como nosso ajudador. Enfatize
para eles, principalmente para aqueles que planejam construir seus próprios
lares, que a convivência familiar é um treinamento e um exercício constante que
deverá ser praticado o resto da vida. Os membros da família são diferentes,
assim como serão diferentes os futuros cônjuges e os futuros filhos. Essa é uma
ótima oportunidade para observar como pode ou deve ser o ambiente familiar.
Quem tem dificuldade de conviver em família, enquanto filho e irmão, pode levar
essa deficiência para sua futura família.
2.3. Ganhar
a família não crente.
Seria maravilhoso se todos pudessem dizer
como Josué “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”; mas nem todos possuem essa
felicidade. Muitos jovens fazem parte de uma família onde um ou mais membros
não conhecem a Cristo; e quantos sofrem perseguição, afronta e escárnio por
causa da sua fé! O que fazer quando a família não é crente? Primeiro, os pais
devem ser honrados e amados mesmo que eles não compreendam seu estilo de vida.
Além disso, toda família deve ser alvo de oração e intercessão (Tg 5.16). Por
último, tenha um bom testemunho.
Mostre aos alunos que a família não
cristã, ainda que seja contrária à fé, não deve ser vista como inimiga ou
instrumento do diabo. Se alguém é perseguido dentro do seu lar, isso acontece
por causa da ignorância espiritual que cegou entendimento dos incrédulos (2Co
4.4). Não há garantia bíblica de que toda uma família irá se converter a
Cristo. A única certeza que um jovem cristão deve possuir é que a sua conduta
cristã na família não será uma pedra de tropeço e escândalo a ser usada como
desculpa por algum membro da família para não entregar ao Senhor. Afora isso,
os pais não crentes devem ser obedecidos, desde que não firamos princípios
estabelecidos na Palavra de Deus. Reforce para eles que, assim como a mulher
cristã conquista o marido não crente com seu testemunho, o jovem crente poderá
ganhar sua família com sua conduta cristã.
3. O
preparo para construir uma família.
O casamento não é uma obrigação, é uma opção.
Pode ser que alguém queira optar por viver solteiro, mas tanto os que desejam
se casar quanto os que desejam permanecer solteiros precisam ter a motivação e
a preparação adequada (1Co 7.7-40).
3.1. Motivações
erradas para casar.
Para que seja bem-sucedido, o casamento
necessita de motivações corretas. Citemos alguns motivos pelos quais as pessoas
não devem se casar. 1) para sair da casa dos pais, pois querem liberdade. 2)
para serem felizes. O casamento só acrescenta felicidade para quem já é feliz
antes de se casar. 3) para poderem fazer sexo sem pecar. O casamento é muito
mais que sexo. 4) por causa da pressão da sociedade e da família: por interesses
materiais e egoístas. 5) por achar que está passando da idade e bate aquela
aflição. 6) porque está todo mundo casando. 7) por causa de “visões, revelações
e profecias”.
Existem algumas razões pelas quais
as pessoas escolhem não casar. Primeiro, comodidade. Muitos não têm vontade de
casar porque não querem deixar o conforto da casa dos pais. Segundo, medo. Há
aqueles que não querem se casar por medo de não dar certo. Terceiro, dedicar-se
a Deus. Os outros não querem se casar porque desejam se entregar totalmente a
Deus sem as preocupações que o casamento exige. Por último, pecado. Há quem não
queira se casar porque não quer compromisso e prefere viver uma vida de pecado.
Essa não é uma postura cristã, pois Deus nos chamou para a santificação (1Ts 4.7).
3.2.
Motivações corretas para casar.
Se há motivações erradas para casar, também
existem as razões corretas para isso. Primeiro, quero casar, pois amo essa
pessoa. Lembrando que amor é muito mais que sentimento. É comportamento,
comprometimento, atitude e ação. A paixão passa; o amor fica. Segundo, quero
casar para fazer o outro feliz. Ao contrário da motivação egoísta, deve-se
pensar na pessoa amada em primeiro lugar. Por último, “quero casar com o(a)
meu(minha) melhor amigo(a) para o resto da vida”.
Comente com os alunos que a amizade
deve existir antes de tudo. Você já deve ter conhecido várias pessoas que
casaram achando que a pessoa era de um jeito, mas ela era de outro, pois não
existiu a amizade. Na amizade você conhece verdadeiramente o(a) outro(a)e qier
ficar com ele(a) assim mesmo. Lembre aos
alunos que o casamento cristão é para o resto da vida (Mc 10.8-9).
3.3.
Preparando-se para o casamento.
O que um jovem cristão deve fazer com sua
vida enquanto se casa? Simples; viva sua vida na presença de Deus, seja feliz e
se prepare. Quantos se ocupam em encontrar a pessoa certa ao invés de buscarem
ser a pessoa certa. Procure conhecer a si mesmo. Existem bagagens que são
levadas para o casamento, mas quanto menos melhor. Muitos traumas e complexos
são adquiridos ao longo da nossa história, a maioria no seio familiar. Esses
problemas, se não forem tratados, serão levados para o futuro casamento. Além
disso, lembre-se: “Quem casa quer casa”. Então, estude, tenha uma profissão,
busque uma boa colocação no mercado de trabalho, não se esqueça de servir a
igreja e, o mais importante: priorize Jesus em sua vida (Mt 6.33).
Incentive os solteiros e os jovens
casados a buscarem conselhos com os casais mais experientes, os anciãos.
Quantas vezes estes são esquecidos e deixados de lado? Porém, seus cabelos
brancos representam a experiência de vida que possuem. Diga-lhes como é
interessante ouvir suas histórias e descobrir os segredos para encontrar um bom
marido e uma boa esposa, e como manter um
casamento feliz e duradouro para o resto da vida.
Conclusão.
Apesar de todas as demandas que os jovens
possuem, cremos que na Palavra de Deus encontramos orientação, resposta e
direção para tudo o que precisam. Além disso, nosso Deus não está distante (Sl
37.17-18). Ele está bem perto para falar e revelar a Sua vontade (Sl 25.12).
Questionário.
1. Qual o personagem bíblico teve uma crise
de identidade?
R: O filho pródigo (Lc
15.11-31).
2. Como posso ganhar minha família não crente?
R: Com testemunho cristão (Js
24.15).
3. O que é autoestima?
R: É o conceito que a pessoa
tem de si mesma (Pv 23.7).
4. Qual o primeiro mandamento com promessa?
R: Honrar pai e mãe (Ef 6.1-3).
5. Qual o nosso maior modelo de crescimento
integral?
R: Jesus Cristo (Lc 2.52).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.
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