domingo, 14 de fevereiro de 2016

Lição 8 Preservando a ética no matrimônio.



Lição 8 Preservando a ética no matrimônio.
21 de fevereiro de 2016.

Texto Áureo
1Coríntios 10.23
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”.

Verdade Aplicada
Não devemos expor o cônjuge quando estivermos enfrentando uma situação desconfortante e conflitante do nosso relacionamento conjugal.

Objetivos da Lição
Abordar sobre os segredos do casamento;
Salientar que a ética evita constrangimentos futuros;
Ressaltar que o casamento é uma benção, desde que haja respeito e que cada um cumpra a sua responsabilidade.

Glossário
Denegrir: macular, manchar, infamar;
Divergência: desacordo, discordância;
Ética: ciência que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana.

Leituras complementares
Segunda Pv 5.17-18
Terça Pv 31.28-29
Quarta 1Co 6.12
Quinta 1Tm 2.9-15
Sexta 1Tm 3.4-12
Sábado 1Tm 5.1-2

Textos de Referência.
Tito 2.2-6
2  Os velhos que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, na caridade e na paciência.
3  As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem;
4  Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos,
5  A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.
6  Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados.

Hinos sugeridos.
33, 396, 523

Motivo de Oração
Peça a proteção de Deus sobre as famílias.

Esboço da Lição
Introdução
1. Não divulgar os segredos do casamento.
2. Não falar mal do seu cônjuge.
3. Não desqualificar o casamento.
Conclusão

Introdução
Preservar a ética no casamento leva o casal a viver em harmonia, sem desrespeitar um ao outro, guardando somente para os sois aquilo que não deve ser divulgado.

1. Não divulgar os segredos do casamento.
Ao contar os segredos do casamento para alguém, logo poderá se arrumar ou conseguir alguém que “resolva” o problema. Porém, correrá o risco de se envolver em relações extraconjugais. O que se passa dentro do lar, só os cônjuges e Deus deverão saber. Não exponha sua vida conjugal a terceiros, parentes, irmãos de igreja e colegas.

1.1. Os segredos do quarto.
Não divulgue nada da sua intimidade. O que se passa é assunto seu e do seu cônjuge. Devem ser evitados comentários sobre as intimidades do casal, pois as pessoas não esquecerão o problema, mesmo depois de resolvido. Se tiver algum problema, procure um especialista. Hoje em dia existem soluções para quase todos os tipos de problemas íntimos. Evite também fazer elogios na intimidade, pois é perigoso. Preserve os princípios bíblicos com relação ao sexo (Rm 1.26-27; Hb 13.4). Cuidado! Cada membro do corpo tem a sua função (Rm 12.4; 1Co 12.17-18). Que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra (1Ts 4.4).

Aconselhe os alunos a resolver sempre os problemas em família, sem expor os seus componentes, praticando boas maneiras e tomando decisões coerentes. Relembre a eles que as intimidades não devem ser divulgadas! Explique para os alunos que, sendo templo do Espírito Santo (1Co 6.19), devemos ter a pureza sexual. Em outras palavras, pecar na área sexual (ver as obras da carne em Gálatas 5.19-21) é rejeitar a santificação que o Espírito Santo nos dá (1Ts 4.7-8).
 
1.2. Os segredos da cozinha.
As necessidades cotidianas não devem ser expostas. Não conte a sua vida financeira para ninguém. As dívidas são assunto particular do casal. Os problemas financeiros passam, não os publique. A falta de alimentos é circunstancial, não fale aos outros. Não exponha as suas necessidades como a falta de azeite na botija, de farinha na panela, de roupa, de uma conta vencida, a não ser para uma pessoa que irá ajudar o casal, mesmo assim faça com reservas. A nossa escassez contamos para Deus.

Nesse momento da aula, peça a um dos alunos para fazer uma breve oração. Utilize o “motivo de oração” descrito na primeira página desta lição, que só está na revistado professor. Diga para aquele que vai orar pedir também a Deus que dê sabedoria aos cônjuges. Sabedoria para falar, sabedoria para ficar calado. Sabedoria para contar a Deus todos os seus problemas. Que todos os alunos venham depositar totalmente a sua confiança em Jeová Jiré, o Deus que provê, guarda e sustenta as famílias. Louvando e exaltado seja sempre o nosso Senhor!

1.3. Os segredos das divergências.
As discussões não devem ser publicadas. Se o casal não divulgar as suas divergências, passará despercebido. Casal é assim mesmo, hoje está inflamado um contra o outro, amanhã tudo estará bem. Se tiver contado a alguém, as pessoas sempre vão nos ver de acordo com as nossas divergências publicadas e saberão sempre da nossa vida particular. Os assuntos tratados de forma calorosa devem ficar entre o casal. Precisamos ter sabedoria para não expor ninguém. Devemos guardar e não divulgar para quem quer que seja.

Merece ser esclarecido para os alunos que segredo é coisa que não se deve dizer ou não deve ser do conhecimento de outrem. Segredo é coisa que não se divulga e que se mantém em sigilo, coisa confidencial. Reforce para eles que o casal deve guardar o segredo do seu leito, da sua despensa, das suas divergências. Nunca divulgar os seus atritos ou crises. Nunca expor um ao outro. A exceção se dá para pedir socorro e, mesmo assim, a solicitação deve ser feita profissionalmente e, de preferência, espiritualmente, a pessoas gabaritadas para aconselhar. Jamais deve se pedir conselhos a leigos e neófitos.

2. Não falar mal do seu cônjuge.
É falta de ética falar do cônjuge para outras pessoas, dizer suas fraquezas ou mazelas. Não fira a alma do seu cônjuge dizendo que ele (a) está velho (a), que não tem gosto para se vestir, etc.

2.1. Não divulgue coisas negativas do seu cônjuge.
Não faça nada para macular a imagem da pessoa amada. Quando você ofende ou maltrata uma pessoa, fica difícil de resolver, pois é mais difícil de resolver, pois é mais fácil conquistar uma cidade fortificada do que um irmão ofendido (Pv 18.19). Não censure as roupas do seu cônjuge perto  dos outros. Se estiver incompatível, chame-o em lugar reservado. Fale com respeito e com carinho. Se há coisas a corrigir, fale ao próprio cônjuge, com amor e respeito. Não conte seus defeitos a ninguém. Não jogue na cara coisas do passado, já resolvidas. Não use dos erros do cônjuge para errar também. Não menospreze o seu cônjuge pelo pouco estudo que tem ou porque ganha menos do que você. Agradeça a Deus pelo seu salário. Falar mal do cônjuge é uma grande falta de ética.

Frise para os alunos que eles não devem contar os defeitos do cônjuge para ninguém. Nem para pai, mãe, irmãos da igreja, colegas de trabalho, vizinhos, entre outros. Reforce para eles que devemos abolir do nosso vocabulário palavras negativas, como: burro(a), analfabeto(a), porco(a), bola, besta, idiota, palhaço(a), etc.

2.2. Não discuta com seu cônjuge na frente de outras pessoas.
Não repreenda o seu cônjuge na frente de outras pessoas. Não trate asperamente (Cl 3.19). Não elogie outros cônjuges na frente de seu cônjuge. Não critique o seu cônjuge em momento nenhum. São ridículas as brigas na rua ou dentro de estabelecimentos. Evite discussões perto das crianças. Não xingue o seu cônjuge. Não o chame com nomes depreciativos. Espere chegar em casa para tratar de assuntos que requerem reflexão. Discutir na frente dos outros é feio e nos torna sem educação. Discutir na frente dos outros é uma tremenda falta de ética.

Vale a pena ser destacado para os alunos que, na passagem bíblica de Colossenses 3.19, o apóstolo Paulo lembra aos maridos da responsabilidade que lhes convém: A advertência “não as trateis com amargura” é uma lembrança bastante saudável de que o amor de Cristo deve ser exercido de modo realista e que deve ter uma influência controladora sobre o nosso caráter e a nossa vida durante todos os dias. Ressalte para os alunos que, por uma artimanha estranha do comportamento humano, podemos frequentemente ferir impensadamente as pessoas que mais amamos. Portanto, a recomendação do apóstolo Paulo é bastante plausível para todas as épocas, pois os maridos devem seguir piamente o exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo, isto é, amar suas esposas como Ele amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5.25).

2.3. Não fale mal da família do cônjuge.
Evite piadas maldosas, pois ofendem e causam ódio e mágoa. Não faça nada para macular a imagem de uma pessoa da família. Se há divergências, fique calado. Quanto ao que incomoda muito, converse amigavelmente. Veja o exemplo de convivência harmoniosa de Rute e a sogra de Noemi (Rt 1.16-17); Pedro chamando Jesus para curar a sua sogra (Mc 1.29-31). Não deixe também os parentes interferirem no seu casamento. Tente se relacionar com os parentes sem afetar o casamento. Falar mal da família do cônjuge é uma notável falta de ética.

Comente com os alunos que há cônjuges que tem prazer em fazer piadas maldosas sobre os parentes, inclusive as sogras, alvos prediletos deste tipo de pessoa. Aconselhe aos alunos que fazem uso dessa prática s pedir perdão e a não praticar mais isso. Não acrescenta nem edifica. Lembre a eles que ainda correm o risco de causar um tremendo mal-estar no meio da família, principalmente se o parente não for cristão.

3. Não desqualifique o casamento.
Muitas atitudes dos cônjuges são incompatíveis com o casamento e desgastam o casal, além de serem falta de ética.

3.1. Não é ético afetar o lado pessoal do cônjuge.
Normalmente, quando se tem um assunto polêmico para tratar, os cônjuges usam o ataque pessoal, ferindo muitas vezes a moral do cônjuge, xingando a pessoa amada e até sobrando para quem não tem nada a ver com isso. Precisamos aprender a separar a pessoa de suas atitudes, porque ela pode estar sendo usada pelo inimigo. Uma atitude errada ou equivocada não pode desqualificar o outro. É necessário evitar descontrole emocional ao tratar de assuntos que envolvam sentimentos, gostos e apegos. Não devemos levar para o lado pessoal e nunca atacar a integridade física, ética e moral da pessoa amada. Em situações conflituosas, há a necessidade de civilização, de tratar dos problemas com os pés no chão, sem ofender ou ferir. Tente sempre separar as atitudes da pessoa, pois ela é a imagem e semelhança de Deus.

Comente com os alunos que devemos sempre separar o lado pessoal das atitudes. Eu posso não gostar de frequentar uma igreja, mas sou amigo do pastor. Você pode até não ser amigo de uma determinada pessoa, mas precisa aprender a respeitá-la como filho(a) de Deus. Merece ser especialmente ressaltado para eles que o sábio, independente das concepções alheias, sempre acha espaço para viver bem com todos.

3.2. Não é ético tratar com o cônjuge usando regimes alheios ao casamento.
Muitos regimes usados nos casamentos não são compatíveis. Por exemplo, o regime de independência não é para casados, mas sim para solteiros, viúvos, separados ou divorciados, pois o casamento é um relacionamento de cooperação, unidade, mutualidade. Agora, são dois em uma só carne. O regime militar é para quartel, para tropas, onde se presta continências, onde há rigidez, posições radicais. O regime de hostilidade é para inimigos, violências domésticas, agressões, xingamentos, grosserias, entre outros. O regime de competição é para disputas entre os cônjuges, cada um por si, medindo forças físicas e habilidades, rendimentos, fama e poder, etc. Todos estes regimes nada têm a ver com o casamento.

Complemente o conteúdo deste tópico, mostrando para os alunos os seguintes regimes: o regime circense é para circo, palco, teatro, encenação, brincadeira, picadeiro, para quem leva a vida sem muita responsabilidade; o regime de escravidão é para trabalho forçado, chibatada, medo, subserviência, a Lei Áurea (decretada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888, foi a lei que aboliu a escravatura em nosso país) ainda não chegou nestes casamentos.

3.3. A inversão de papéis causa prejuízos e instabilidade.
Quando o homem toma o espaço da mulher ou a mulher o espaço do homem, há uma inversão de valores. Biblicamente falando, cada cônjuge tem a sua função, devendo ocupar o seu espaço e desenvolver as suas responsabilidades. Quando os papéis se invertem, há prejuízo e instabilidade no casamento.

Comente com os alunos que há casos (infelizmente, cada vez mais comuns) em que falta o cabeça do casal no lar. Nessas situações, a mulher, como sempre guerreira poderá também assumir este papel. No entanto, se o marido estiver dentro de casa e com saúde, não é nem um pouco ético deixar toda a responsabilidade por conta da mulher.

Conclusão.
A ética é uma aliada de muito destaque no casamento. Mantê-la é uma boa recomendação para que a convivência se fortaleça e ganhe harmonia. Preservar a ética é não deixar brecha para o inimigo entrar. Quer ser considerado um bom cônjuge? Siga a ética no matrimônio!

Questionário.
1. O que não podemos divulgar?
R: Os segredos do casamento (Hb 13.4).

2. De acordo com a lição, quais são os segredos do casamento?
R: Os segredos do quarto, da cozinha e das divergências (1Ts 4.4).

3. O que precisamos evitar para preservar a ética?
R: Não falar mal do nosso cônjuge (Pv 18.19).

4. O que nos ensina Colossenses 3.19?
R: A não tratar asperamente o cônjuge (Cl 3.19).

5. Cite um exemplo bíblico de bom relacionamento entre parentes?
R: Noemi e Rute (Rt 1.16-17).

Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.

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