Lição 8
Preservando a ética no matrimônio.
21 de fevereiro de 2016.
Texto
Áureo
1Coríntios 10.23
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem
todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas
edificam”.
Verdade
Aplicada
Não devemos expor o cônjuge quando estivermos
enfrentando uma situação desconfortante e conflitante do nosso relacionamento
conjugal.
Objetivos
da Lição
Abordar sobre os segredos do
casamento;
Salientar que a ética evita
constrangimentos futuros;
Ressaltar que o casamento é
uma benção, desde que haja respeito e que cada um cumpra a sua
responsabilidade.
Glossário
Denegrir: macular, manchar,
infamar;
Divergência: desacordo,
discordância;
Ética: ciência que estuda os
valores morais e os princípios ideais da conduta humana.
Leituras
complementares
Segunda Pv 5.17-18
Terça Pv 31.28-29
Quarta 1Co 6.12
Quinta 1Tm 2.9-15
Sexta 1Tm 3.4-12
Sábado 1Tm 5.1-2
Textos
de Referência.
Tito 2.2-6
2 Os
velhos que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, na caridade e na
paciência.
3 As
mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a
santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem;
4 Para
que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a
amarem seus filhos,
5 A
serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de
que a palavra de Deus não seja blasfemada.
6
Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados.
Hinos
sugeridos.
33, 396, 523
Motivo
de Oração
Peça a proteção de Deus sobre as famílias.
Esboço
da Lição
Introdução
1. Não divulgar os segredos do
casamento.
2. Não falar mal do seu
cônjuge.
3. Não desqualificar o
casamento.
Conclusão
Introdução
Preservar a ética no casamento leva o casal a
viver em harmonia, sem desrespeitar um ao outro, guardando somente para os sois
aquilo que não deve ser divulgado.
1. Não
divulgar os segredos do casamento.
Ao contar os segredos do casamento para
alguém, logo poderá se arrumar ou conseguir alguém que “resolva” o problema.
Porém, correrá o risco de se envolver em relações extraconjugais. O que se passa
dentro do lar, só os cônjuges e Deus deverão saber. Não exponha sua vida
conjugal a terceiros, parentes, irmãos de igreja e colegas.
1.1. Os
segredos do quarto.
Não divulgue nada da sua intimidade. O que se
passa é assunto seu e do seu cônjuge. Devem ser evitados comentários sobre as
intimidades do casal, pois as pessoas não esquecerão o problema, mesmo depois
de resolvido. Se tiver algum problema, procure um especialista. Hoje em dia
existem soluções para quase todos os tipos de problemas íntimos. Evite também
fazer elogios na intimidade, pois é perigoso. Preserve os princípios bíblicos
com relação ao sexo (Rm 1.26-27; Hb 13.4). Cuidado! Cada membro do corpo tem a
sua função (Rm 12.4; 1Co 12.17-18). Que cada um de vós saiba possuir o próprio
corpo em santificação e honra (1Ts 4.4).
Aconselhe os alunos a resolver
sempre os problemas em família, sem expor os seus componentes, praticando boas
maneiras e tomando decisões coerentes. Relembre a eles que as intimidades não
devem ser divulgadas! Explique para os alunos que, sendo templo do Espírito
Santo (1Co 6.19), devemos ter a pureza sexual. Em outras palavras, pecar na
área sexual (ver as obras da carne em Gálatas 5.19-21) é rejeitar a
santificação que o Espírito Santo nos dá (1Ts 4.7-8).
1.2. Os
segredos da cozinha.
As necessidades cotidianas não devem ser
expostas. Não conte a sua vida financeira para ninguém. As dívidas são assunto
particular do casal. Os problemas financeiros passam, não os publique. A falta
de alimentos é circunstancial, não fale aos outros. Não exponha as suas
necessidades como a falta de azeite na botija, de farinha na panela, de roupa,
de uma conta vencida, a não ser para uma pessoa que irá ajudar o casal, mesmo
assim faça com reservas. A nossa escassez contamos para Deus.
Nesse momento da aula, peça a um
dos alunos para fazer uma breve oração. Utilize o “motivo de oração” descrito
na primeira página desta lição, que só está na revistado professor. Diga para
aquele que vai orar pedir também a Deus que dê sabedoria aos cônjuges.
Sabedoria para falar, sabedoria para ficar calado. Sabedoria para contar a Deus
todos os seus problemas. Que todos os alunos venham depositar totalmente a sua
confiança em Jeová Jiré, o Deus que provê, guarda e sustenta as famílias.
Louvando e exaltado seja sempre o nosso Senhor!
1.3. Os
segredos das divergências.
As discussões não devem ser publicadas. Se o
casal não divulgar as suas divergências, passará despercebido. Casal é assim
mesmo, hoje está inflamado um contra o outro, amanhã tudo estará bem. Se tiver
contado a alguém, as pessoas sempre vão nos ver de acordo com as nossas
divergências publicadas e saberão sempre da nossa vida particular. Os assuntos
tratados de forma calorosa devem ficar entre o casal. Precisamos ter sabedoria
para não expor ninguém. Devemos guardar e não divulgar para quem quer que seja.
Merece ser esclarecido para os
alunos que segredo é coisa que não se deve dizer ou não deve ser do
conhecimento de outrem. Segredo é coisa que não se divulga e que se mantém em
sigilo, coisa confidencial. Reforce para eles que o casal deve guardar o
segredo do seu leito, da sua despensa, das suas divergências. Nunca divulgar os
seus atritos ou crises. Nunca expor um ao outro. A exceção se dá para pedir
socorro e, mesmo assim, a solicitação deve ser feita profissionalmente e, de
preferência, espiritualmente, a pessoas gabaritadas para aconselhar. Jamais
deve se pedir conselhos a leigos e neófitos.
2. Não
falar mal do seu cônjuge.
É falta de ética falar do cônjuge para outras
pessoas, dizer suas fraquezas ou mazelas. Não fira a alma do seu cônjuge
dizendo que ele (a) está velho (a), que não tem gosto para se vestir, etc.
2.1.
Não divulgue coisas negativas do seu cônjuge.
Não faça nada para macular a imagem da pessoa
amada. Quando você ofende ou maltrata uma pessoa, fica difícil de resolver,
pois é mais difícil de resolver, pois é mais fácil conquistar uma cidade
fortificada do que um irmão ofendido (Pv 18.19). Não censure as roupas do seu
cônjuge perto dos outros. Se estiver
incompatível, chame-o em lugar reservado. Fale com respeito e com carinho. Se
há coisas a corrigir, fale ao próprio cônjuge, com amor e respeito. Não conte
seus defeitos a ninguém. Não jogue na cara coisas do passado, já resolvidas.
Não use dos erros do cônjuge para errar também. Não menospreze o seu cônjuge
pelo pouco estudo que tem ou porque ganha menos do que você. Agradeça a Deus
pelo seu salário. Falar mal do cônjuge é uma grande falta de ética.
Frise para os alunos que eles não
devem contar os defeitos do cônjuge para ninguém. Nem para pai, mãe, irmãos da
igreja, colegas de trabalho, vizinhos, entre outros. Reforce para eles que
devemos abolir do nosso vocabulário palavras negativas, como: burro(a),
analfabeto(a), porco(a), bola, besta, idiota, palhaço(a), etc.
2.2.
Não discuta com seu cônjuge na frente de outras pessoas.
Não repreenda o seu cônjuge na frente de
outras pessoas. Não trate asperamente (Cl 3.19). Não elogie outros cônjuges na
frente de seu cônjuge. Não critique o seu cônjuge em momento nenhum. São
ridículas as brigas na rua ou dentro de estabelecimentos. Evite discussões
perto das crianças. Não xingue o seu cônjuge. Não o chame com nomes
depreciativos. Espere chegar em casa para tratar de assuntos que requerem
reflexão. Discutir na frente dos outros é feio e nos torna sem educação.
Discutir na frente dos outros é uma tremenda falta de ética.
Vale a pena ser destacado para os
alunos que, na passagem bíblica de Colossenses 3.19, o apóstolo Paulo lembra
aos maridos da responsabilidade que lhes convém: A advertência “não as trateis
com amargura” é uma lembrança bastante saudável de que o amor de Cristo deve
ser exercido de modo realista e que deve ter uma influência controladora sobre
o nosso caráter e a nossa vida durante todos os dias. Ressalte para os alunos
que, por uma artimanha estranha do comportamento humano, podemos frequentemente
ferir impensadamente as pessoas que mais amamos. Portanto, a recomendação do
apóstolo Paulo é bastante plausível para todas as épocas, pois os maridos devem
seguir piamente o exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo, isto é, amar suas
esposas como Ele amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5.25).
2.3.
Não fale mal da família do cônjuge.
Evite piadas maldosas, pois ofendem e causam
ódio e mágoa. Não faça nada para macular a imagem de uma pessoa da família. Se
há divergências, fique calado. Quanto ao que incomoda muito, converse
amigavelmente. Veja o exemplo de convivência harmoniosa de Rute e a sogra de
Noemi (Rt 1.16-17); Pedro chamando Jesus para curar a sua sogra (Mc 1.29-31). Não
deixe também os parentes interferirem no seu casamento. Tente se relacionar com
os parentes sem afetar o casamento. Falar mal da família do cônjuge é uma
notável falta de ética.
Comente com os alunos que há
cônjuges que tem prazer em fazer piadas maldosas sobre os parentes, inclusive
as sogras, alvos prediletos deste tipo de pessoa. Aconselhe aos alunos que
fazem uso dessa prática s pedir perdão e a não praticar mais isso. Não
acrescenta nem edifica. Lembre a eles que ainda correm o risco de causar um tremendo
mal-estar no meio da família, principalmente se o parente não for cristão.
3. Não
desqualifique o casamento.
Muitas atitudes dos cônjuges são
incompatíveis com o casamento e desgastam o casal, além de serem falta de
ética.
3.1. Não
é ético afetar o lado pessoal do cônjuge.
Normalmente, quando se tem um assunto
polêmico para tratar, os cônjuges usam o ataque pessoal, ferindo muitas vezes a
moral do cônjuge, xingando a pessoa amada e até sobrando para quem não tem nada
a ver com isso. Precisamos aprender a separar a pessoa de suas atitudes, porque
ela pode estar sendo usada pelo inimigo. Uma atitude errada ou equivocada não
pode desqualificar o outro. É necessário evitar descontrole emocional ao tratar
de assuntos que envolvam sentimentos, gostos e apegos. Não devemos levar para o
lado pessoal e nunca atacar a integridade física, ética e moral da pessoa
amada. Em situações conflituosas, há a necessidade de civilização, de tratar
dos problemas com os pés no chão, sem ofender ou ferir. Tente sempre separar as
atitudes da pessoa, pois ela é a imagem e semelhança de Deus.
Comente com os alunos que devemos
sempre separar o lado pessoal das atitudes. Eu posso não gostar de frequentar
uma igreja, mas sou amigo do pastor. Você pode até não ser amigo de uma determinada
pessoa, mas precisa aprender a respeitá-la como filho(a) de Deus. Merece ser
especialmente ressaltado para eles que o sábio, independente das concepções
alheias, sempre acha espaço para viver bem com todos.
3.2.
Não é ético tratar com o cônjuge usando regimes alheios ao casamento.
Muitos regimes usados nos casamentos não são
compatíveis. Por exemplo, o regime de independência não é para casados, mas sim
para solteiros, viúvos, separados ou divorciados, pois o casamento é um
relacionamento de cooperação, unidade, mutualidade. Agora, são dois em uma só
carne. O regime militar é para quartel, para tropas, onde se presta
continências, onde há rigidez, posições radicais. O regime de hostilidade é
para inimigos, violências domésticas, agressões, xingamentos, grosserias, entre
outros. O regime de competição é para disputas entre os cônjuges, cada um por
si, medindo forças físicas e habilidades, rendimentos, fama e poder, etc. Todos
estes regimes nada têm a ver com o casamento.
Complemente o conteúdo deste
tópico, mostrando para os alunos os seguintes regimes: o regime circense é para
circo, palco, teatro, encenação, brincadeira, picadeiro, para quem leva a vida
sem muita responsabilidade; o regime de escravidão é para trabalho forçado,
chibatada, medo, subserviência, a Lei Áurea (decretada pela princesa Isabel em
13 de maio de 1888, foi a lei que aboliu a escravatura em nosso país) ainda não
chegou nestes casamentos.
3.3. A
inversão de papéis causa prejuízos e instabilidade.
Quando o homem toma o espaço da mulher ou a
mulher o espaço do homem, há uma inversão de valores. Biblicamente falando,
cada cônjuge tem a sua função, devendo ocupar o seu espaço e desenvolver as
suas responsabilidades. Quando os papéis se invertem, há prejuízo e
instabilidade no casamento.
Comente com os alunos que há casos
(infelizmente, cada vez mais comuns) em que falta o cabeça do casal no lar.
Nessas situações, a mulher, como sempre guerreira poderá também assumir este
papel. No entanto, se o marido estiver dentro de casa e com saúde, não é nem um
pouco ético deixar toda a responsabilidade por conta da mulher.
Conclusão.
A ética é uma aliada de muito destaque no
casamento. Mantê-la é uma boa recomendação para que a convivência se fortaleça
e ganhe harmonia. Preservar a ética é não deixar brecha para o inimigo entrar.
Quer ser considerado um bom cônjuge? Siga a ética no matrimônio!
Questionário.
1. O que não podemos divulgar?
R: Os segredos do casamento (Hb
13.4).
2. De acordo com a lição, quais são os segredos
do casamento?
R: Os segredos do quarto, da
cozinha e das divergências (1Ts 4.4).
3. O que precisamos evitar para preservar a
ética?
R: Não falar mal do nosso
cônjuge (Pv 18.19).
4. O que nos ensina Colossenses 3.19?
R: A não tratar asperamente o
cônjuge (Cl 3.19).
5. Cite um exemplo bíblico de bom
relacionamento entre parentes?
R: Noemi e Rute (Rt 1.16-17).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.
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