segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Lição 10 Superando os conflitos no lar.



Lição 10 Superando os conflitos no lar.
6 de março de 2016.

Texto Áureo
Cantares 8.7
“As muitas águas não poderiam apagar este amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda afazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam”.

Verdade Aplicada
Quando as crises no casamento são identificadas e não há omissão para trata-las nem para deixar que se acumulem, fica mais fácil superá-las.

Objetivos da Lição
Explicar que não existe casamento perfeito;
Ressaltar a necessidade de compreender as imperfeições do cônjuge;
Mostrar que casamento bem sucedido é o que resolve os problemas na medida que eles aparecem.

Glossário
Avolumar: Aumentar em volume;
Capacidade: Poder receber, conter ou acomodar;
Limite: Extremo, fim, termo.

Leituras complementares
Segunda Pv 14.1
Terça Rm 15.1-2
Quarta 1Co 13.1-7
Quinta Ef 4.29
Sexta Cl 3.18-19
Sábado 1Pe 3.7

Textos de Referência.
Efésios 5.24-25; 28; 33
24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
25 Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,

28 Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.

33 Assim, também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

Hinos sugeridos.
372, 515. 545

Motivo de Oração
Ore pela salvação de sua família.

Esboço da Lição
Introdução
1. Não existe casamento perfeito.
2. É preciso aceitar os limites do cônjuge.
3. Os problemas não podem se avolumar.
Conclusão
Introdução
Os obstáculos que se opõem ao casamento são vencidos quando o casal se une e entrega nas mãos do Senhor Deus todas as preocupações, confiando na Sua poderosa e maravilhosa intervenção.

1. Não existe casamento perfeito.
Em todas as parcerias, sociedades e associações existem conflitos. Onde se reúnem no mínimo duas pessoas já existem problemas de relacionamento. O importante é adquirir a capacidade de resolver as situações conflitantes para apaziguar e amenizar um desfecho que poderia ser traumático. O casamento não é diferente. Muitas situações surgem e precisamos aprender a lidar com todas elas, sob pena de perder o nosso convívio familiar. Por isso, o casamento não é perfeito, porque somos seres humanos sujeitos a falhas. No entanto, não podemos desistir de caminhar rumo à perfeição.

1.1. O diálogo é vital
O que mantém o casamento não é capacidade de não brigar. O sustento de um matrimônio honroso é a capacidade do casal dialogar e chegar a um acordo. É a capacidade do casal se arrepender de uma coisa feita de forma errada. É a capacidade do casal se reconciliar. É a capacidade do casal se perdoar. Os conflitos entre os cônjuges existem normalmente. Imaginamos que no casamento não há lugar para discórdia, discussões, mas só mar de rosas, lua de mel, alegria e harmonia. Porém, infelizmente, a realidade é outra, pois são pessoas de diferentes personalidades buscando objetivos comuns. São características individuais de personalidade, pontos de vistas diferentes, valores de referência. O que é essencial para um cônjuge pode ser supérfluo para outro.

Explique para os alunos que conflitos todos nós passamos, mas identificar e tratar os conflitos nem todos têm habilidades. Comente com eles que esta lição tem por objetivo ajudar os cônjuges a superar as dificuldades e as tempestades que se levantam contra o casamento. Com inteligência e sabedoria tudo pode ser solucionado, sem desestruturar o casamento. Destaque para os alunos que achar a solução dos conflitos de forma civilizada, procurando conservar o casamento e zelando pela continuidade da família, é o nosso permanente dever e o nosso grande desafio. Reforce para os alunos que sempre existe a capacidade de tornar o nosso casamento bem-sucedido. Precisamos ter apenas o desejo de procurar constantemente o seu aperfeiçoamento.
 
1.2. É preciso superar os conflitos.
O que mantém o casamento não é a capacidade de resolver todos os problemas. É a capacidade de superar os conflitos, mesmo que não chegue a um acordo satisfatório. É a capacidade de conviver com os problemas, mesmo com aqueles que aparentemente não tenham solução. É a capacidade de aceitar as imperfeições um do outro. É a capacidade de aceitar o cônjuge sem remodela-lo, sem querer modificá-lo. É a capacidade de entender que errar é humano. Conflitos existem desde que o mundo é mundo, desde o Jardim do Éden, desde a primeira família criada por Deus, com um jogando a culpa no outro. Achar a solução e conservar firme, zelando pela preservação da harmonia no casamento, é o nosso dever e o nosso grande desafio, pois é uma instituição de Deus.

Explane para os alunos que os conflitos existem também entre os irmãos. Cite as seguintes situações encontradas na Palavra de Deus: a inveja de Caim, lavrador da terra, contra a oferta de Abel, pastor de ovelhas (Gn 4.1-8); a incompreensão do irmão mais velho com o filho pródigo (Lc 15.25-32); a vingança de Absalão contra Amnom por causa de sua irmã Tamar (2Sm 13.23-33). Ressalte para eles que também precisamos adquirir a capacidade de resolver os problemas conflitais entre os filhos.

1.3. É preciso se esforçar para ter harmonia.
O que mantém o casamento não é a capacidade de satisfazer todos os desejos do cônjuge,. É a capacidade de diagnosticar as prioridades buscando solução. É a capacidade de mostrar que nem tudo é possível. É a capacidade de se fazer entender diante do sim e do não.

Destaque para os alunos que um casamento abençoado não aparece do nada. Ele é construído passo a passo com a graça de Deus. O casamento feliz é resultado de renúncias e concessões de ambas as partes. O casamento consolidado é aquele que os cônjuges evitam atitudes que possam abalar a sua estrutura, principalmente palavras ofensivas e críticas negativas (Pv 15.1; 18.21).

2. É preciso aceitar os limites do cônjuge.
Todas as pessoas possuem limites físicos, intelectuais, emocionais e psicológicos. Limites são linhas demarcatórias que dizem até onde podemos avançar. É o fim das nossas capacidades, quando não temos forças suficientes para seguir em frente. Entenda que isto é normal no ser humano. Exigir mais do que a pessoa possa oferecer é uma insensatez.

2.1. Elogie e reconheça o valor do cônjuge.
É a capacidade de elogiar cada progresso conquistado pelo cônjuge. É a capacidade de reconhecer todos os dotes da pessoa amada. É a capacidade de não criticar pelo progresso em que demora a chegar. É a capacidade de esperar pelo desenvolvimento do cônjuge, e compreender que às vezes nunca chegará, pois na vida algumas coisas mudam, outras não.

Explane para os alunos que a Palavra de Deus ensina que o elogio edifica o casamento, mas a crítica (a negativa e não a construtiva) destrói (Pv 31.30; Ct 4.7, 10). Infelizmente, muitos cônjuges só sabem reclamar. Para eles, nada está bom ou do jeito que gostam, É preciso ter em mente que gostam. É preciso ter em mente que isso frustra o parceiro, pois, por melhor que seja realização de algo, nunca estará à altura do que o outro espera. Enfatize para eles que o hábito de elogiar certamente mudará a rotina do casal para melhor. Não deve ser algo superficial ou artificial, puramente porque tem que fazer, mas com sinceridade e verdade, como uma maneira de incentivar e mostrar para o outro que você acredita em seu potencial.

2.2. Aprecie a qualidade do relacionamento.
É a capacidade de atender às necessidades íntimas do cônjuge dentro de um padrão aceitável por ambos. É a capacidade de entender que não é a quantidade, mas a qualidade do relacionamento que se torna mais importante e saudável É a capacidade de compreender quando o cônjuge não está bem e precisa de um tempo.

Comente com os alunos que podem surgir ocasiões em que os parceiros conjugais concordem em abster-se por algum tempo das relações normais a fim de se entregarem mais devotamente à oração e o jejum (1Co 7.5). No entanto isso é patentemente excepcional. Normalmente, cada um pertence ao outro de modo tão completo que o apóstolo Paulo chamou essa negação do corpo de um ato de “fraude”. Reforce para os alunos que, para os casados, a interrupção das relações íntimas, mesmo com santo propósito, só pode ser feita com mútuo consentimento.

2.3. O que mantém o casamento não é a capacidade de subjugar o cônjuge.
É a capacidade de entender que não se amarra uma pessoa com cadeados, correntes, trancasse algemas. No entanto, se mantém com amor e carinho. É a capacidade de compreender que a pessoa amada é um ser humano, que vive de emoções, tem carências afetivas, precisa de atenção e destaque. É a capacidade de saber que a grosseria é o câncer que devora o amor. É a capacidade de não praticar o ciúme doentio que apaga a felicidade. É a capacidade de confiar na pessoa amada e não suspeitar mal.

Comente com os alunos que, para solucionar os conflitos familiares, há a necessidade de se admitir a culpa quando houver o erro. Aceitar a flexibilidade, sempre ceder e não ser rígido demais, renunciar posições radicais. Evitar as críticas, pois, infelizmente, os elogios se esquecem, mas as críticas acabam sendo levadas para o resto da vida. Reforce para os alunos que eles devem evitar exageros, não dar valor ao problema além da sua magnitude ou “fazer tempestade em copo d’água”. Exercer o perdão, não só de boca, mas mostrando as atitudes de uma pessoa que perdoou e que não joga na cara, nem fala mal.

3. Os problemas não podem se avolumar.
É preciso conscientizar-se da necessidade de não deixar os problemas se acumularem no casamento, a ponto de se tornarem maiores do que o marido e a mulher. É preciso resolver os conflitos e as crises enquanto elas são poucas, pequenas e recentes.

3.1. Personalidade versus individualidade.
O que mantém o casamento não é a capacidade de apagar a própria personalidade. É a capacidade de renunciar por livre e espontânea vontade a alguma posição radical e egoísta. É a capacidade de repensar coisas que eram feitas individualmente e passar a fazê-las a dois sempre com um objetivo comum. É a capacidade de aceitar acordo para harmonia e sucesso, pois não andarão dois juntos se não estiverem de acordo (Am 3.3). É a capacidade de compreender que o pessoal continua existindo, mas nunca ao ponto de atrapalhar o mútuo.

Encoraje os alunos a estabelecerem acordos dentro do relacionamento matrimonial, respeitando a individualidade de cada um, mas sempre visando o bem coletivo. Separe um momento da aula para orar pelas famílias. Utilize como base para isso o “motivo de oração” descrito no início dessa lição.

3.2. Equilíbrio versus confronto.
O que mantém o casamento é a capacidade de manter a família e o cônjuge debaixo dos princípios da Palavra de deus, É a capacidade de transformar o lar num cantinho do céu. É a capacidade de conduzir a família à igreja e mantê-la congregando. Os conflitos entre pais e filhos devem ser vistos como choque de gerações. Aliás, o que para os pais, às vezes, era um absurdo, impraticável e, às vezes era tido como pecado, hoje, após uma compreensão melhor das Sagradas Escrituras, é uma atitude normal entre os filhos. A adaptação é racional, o equilíbrio e o discernimento devem ser vistos com “bons olhos”.

Comente com os alunos que o entendimento espiritual dos filhos tem outra postura com respeito à igreja. Atualmente, eles não aceitam receber goela abaixo as questões dos costumes sem as devidas explicações. “O não pode” não é aceito mais sem se explicar “o porquê?”. Ressalte para eles que estamos vivendo uma geração de filhos que procuram respostas para tudo.

3.3. Beleza física versus beleza interior.
O que mantém o casamento não é a capacidade de manter a beleza física o tempo todo. É a capacidade de entender que os anos passam e a nossa beleza física diminui consideravelmente (1Pe 1.24). É a capacidade de compreender que o corpo esbelto e escultural da época de namoro, noivado e recém-casado, não dura para sempre. É a capacidade de cuidar do corpo da melhor forma possível e não relaxar, como muitos, infelizmente, fazem. É a capacidade de se produzir dentro de sua faixa etária e ficar atraente para o seu cônjuge. É a capacidade de fazer com que a beleza interior, que é a mais importante, se sobressaia (1Pe 3.3-3).

Comunique aos alunos que, para superar as crises no casamento a oração é a chave para estancar, a Palavra de Deus é a bússola para direcionar, a igreja é o refúgio para estar e o pastor é o conselheiro espiritual e matrimonial para ajudar.

Conclusão.
Precisamos refletir sobre o nosso casamento antes que ele venha a naufragar. O casamento não é uma simples experiência nem tem prazo de validade. É uma aliança entre duas pessoas para o resto da vida. Qualquer fama ou sucesso que venha colocar em risco o casamento deve ser repensado pelos cônjuges.

Questionário.
1. Por que não existe casamento perfeito?
R: Porque somos seres humanos sujeitos a falhas (Ef 5.25).

2. O que são limites?
R: São linhas demarcatórias que dizem até onde podemos avançar (Pv 31.30; 1Co 7.5).

3. O que é necessário para duas pessoas andarem juntas?
R: Acordo (Am3.3).

4. O que diminui consideravelmente com o passar dos anos?
R: A nossa beleza física (1Pe 1.24).

5. Qual a beleza mais importante?
R: A beleza interior (1Pe 3.3-4).

Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.

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