Lição 10
Superando os conflitos no lar.
6 de março de 2016.
Texto
Áureo
Cantares 8.7
“As muitas águas não poderiam apagar este
amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda afazenda de sua casa por
este amor, certamente a desprezariam”.
Verdade
Aplicada
Quando as crises no casamento são
identificadas e não há omissão para trata-las nem para deixar que se acumulem,
fica mais fácil superá-las.
Objetivos
da Lição
Explicar que não existe
casamento perfeito;
Ressaltar a necessidade de
compreender as imperfeições do cônjuge;
Mostrar que casamento bem
sucedido é o que resolve os problemas na medida que eles aparecem.
Glossário
Avolumar: Aumentar em volume;
Capacidade: Poder receber, conter
ou acomodar;
Limite: Extremo, fim, termo.
Leituras
complementares
Segunda Pv 14.1
Terça Rm 15.1-2
Quarta 1Co 13.1-7
Quinta Ef 4.29
Sexta Cl 3.18-19
Sábado 1Pe 3.7
Textos
de Referência.
Efésios 5.24-25; 28; 33
24 De sorte que, assim como a igreja está
sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
25 Vós, maridos, amai vossas mulheres, como
também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
28 Assim devem os maridos amar as suas
próprias mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a
si mesmo.
33 Assim, também vós, cada um em particular,
ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
Hinos
sugeridos.
372, 515. 545
Motivo
de Oração
Ore pela salvação de sua família.
Esboço
da Lição
Introdução
1. Não existe casamento
perfeito.
2. É preciso aceitar os limites
do cônjuge.
3. Os problemas não podem se
avolumar.
Conclusão
Introdução
Os obstáculos que se opõem ao casamento são
vencidos quando o casal se une e entrega nas mãos do Senhor Deus todas as preocupações,
confiando na Sua poderosa e maravilhosa intervenção.
1. Não
existe casamento perfeito.
Em todas as parcerias, sociedades e
associações existem conflitos. Onde se reúnem no mínimo duas pessoas já existem
problemas de relacionamento. O importante é adquirir a capacidade de resolver
as situações conflitantes para apaziguar e amenizar um desfecho que poderia ser
traumático. O casamento não é diferente. Muitas situações surgem e precisamos
aprender a lidar com todas elas, sob pena de perder o nosso convívio familiar.
Por isso, o casamento não é perfeito, porque somos seres humanos sujeitos a
falhas. No entanto, não podemos desistir de caminhar rumo à perfeição.
1.1. O
diálogo é vital
O que mantém o casamento não é capacidade de
não brigar. O sustento de um matrimônio honroso é a capacidade do casal
dialogar e chegar a um acordo. É a capacidade do casal se arrepender de uma
coisa feita de forma errada. É a capacidade do casal se reconciliar. É a
capacidade do casal se perdoar. Os conflitos entre os cônjuges existem
normalmente. Imaginamos que no casamento não há lugar para discórdia,
discussões, mas só mar de rosas, lua de mel, alegria e harmonia. Porém,
infelizmente, a realidade é outra, pois são pessoas de diferentes
personalidades buscando objetivos comuns. São características individuais de
personalidade, pontos de vistas diferentes, valores de referência. O que é
essencial para um cônjuge pode ser supérfluo para outro.
Explique para os alunos que
conflitos todos nós passamos, mas identificar e tratar os conflitos nem todos
têm habilidades. Comente com eles que esta lição tem por objetivo ajudar os
cônjuges a superar as dificuldades e as tempestades que se levantam contra o
casamento. Com inteligência e sabedoria tudo pode ser solucionado, sem
desestruturar o casamento. Destaque para os alunos que achar a solução dos
conflitos de forma civilizada, procurando conservar o casamento e zelando pela
continuidade da família, é o nosso permanente dever e o nosso grande desafio.
Reforce para os alunos que sempre existe a capacidade de tornar o nosso
casamento bem-sucedido. Precisamos ter apenas o desejo de procurar
constantemente o seu aperfeiçoamento.
1.2. É
preciso superar os conflitos.
O que mantém o casamento não é a capacidade
de resolver todos os problemas. É a capacidade de superar os conflitos, mesmo
que não chegue a um acordo satisfatório. É a capacidade de conviver com os
problemas, mesmo com aqueles que aparentemente não tenham solução. É a
capacidade de aceitar as imperfeições um do outro. É a capacidade de aceitar o
cônjuge sem remodela-lo, sem querer modificá-lo. É a capacidade de entender que
errar é humano. Conflitos existem desde que o mundo é mundo, desde o Jardim do
Éden, desde a primeira família criada por Deus, com um jogando a culpa no
outro. Achar a solução e conservar firme, zelando pela preservação da harmonia
no casamento, é o nosso dever e o nosso grande desafio, pois é uma instituição
de Deus.
Explane para os alunos que os conflitos
existem também entre os irmãos. Cite as seguintes situações encontradas na
Palavra de Deus: a inveja de Caim, lavrador da terra, contra a oferta de Abel,
pastor de ovelhas (Gn 4.1-8); a incompreensão do irmão mais velho com o filho
pródigo (Lc 15.25-32); a vingança de Absalão contra Amnom por causa de sua irmã
Tamar (2Sm 13.23-33). Ressalte para eles que também precisamos adquirir a
capacidade de resolver os problemas conflitais entre os filhos.
1.3. É
preciso se esforçar para ter harmonia.
O que mantém o casamento não é a capacidade
de satisfazer todos os desejos do cônjuge,. É a capacidade de diagnosticar as
prioridades buscando solução. É a capacidade de mostrar que nem tudo é
possível. É a capacidade de se fazer entender diante do sim e do não.
Destaque para os alunos que um
casamento abençoado não aparece do nada. Ele é construído passo a passo com a
graça de Deus. O casamento feliz é resultado de renúncias e concessões de ambas
as partes. O casamento consolidado é aquele que os cônjuges evitam atitudes que
possam abalar a sua estrutura, principalmente palavras ofensivas e críticas
negativas (Pv 15.1; 18.21).
2. É
preciso aceitar os limites do cônjuge.
Todas as pessoas possuem limites físicos,
intelectuais, emocionais e psicológicos. Limites são linhas demarcatórias que
dizem até onde podemos avançar. É o fim das nossas capacidades, quando não
temos forças suficientes para seguir em frente. Entenda que isto é normal no
ser humano. Exigir mais do que a pessoa possa oferecer é uma insensatez.
2.1.
Elogie e reconheça o valor do cônjuge.
É a capacidade de elogiar cada progresso
conquistado pelo cônjuge. É a capacidade de reconhecer todos os dotes da pessoa
amada. É a capacidade de não criticar pelo progresso em que demora a chegar. É
a capacidade de esperar pelo desenvolvimento do cônjuge, e compreender que às
vezes nunca chegará, pois na vida algumas coisas mudam, outras não.
Explane para os alunos que a
Palavra de Deus ensina que o elogio edifica o casamento, mas a crítica (a
negativa e não a construtiva) destrói (Pv 31.30; Ct 4.7, 10). Infelizmente,
muitos cônjuges só sabem reclamar. Para eles, nada está bom ou do jeito que
gostam, É preciso ter em mente que gostam. É preciso ter em mente que isso
frustra o parceiro, pois, por melhor que seja realização de algo, nunca estará
à altura do que o outro espera. Enfatize para eles que o hábito de elogiar
certamente mudará a rotina do casal para melhor. Não deve ser algo superficial
ou artificial, puramente porque tem que fazer, mas com sinceridade e verdade,
como uma maneira de incentivar e mostrar para o outro que você acredita em seu
potencial.
2.2.
Aprecie a qualidade do relacionamento.
É a capacidade de atender às necessidades
íntimas do cônjuge dentro de um padrão aceitável por ambos. É a capacidade de
entender que não é a quantidade, mas a qualidade do relacionamento que se torna
mais importante e saudável É a capacidade de compreender quando o cônjuge não
está bem e precisa de um tempo.
Comente com os alunos que podem
surgir ocasiões em que os parceiros conjugais concordem em abster-se por algum
tempo das relações normais a fim de se entregarem mais devotamente à oração e o
jejum (1Co 7.5). No entanto isso é patentemente excepcional. Normalmente, cada
um pertence ao outro de modo tão completo que o apóstolo Paulo chamou essa negação
do corpo de um ato de “fraude”. Reforce para os alunos que, para os casados, a
interrupção das relações íntimas, mesmo com santo propósito, só pode ser feita
com mútuo consentimento.
2.3. O
que mantém o casamento não é a capacidade de subjugar o cônjuge.
É a capacidade de entender que não se amarra
uma pessoa com cadeados, correntes, trancasse algemas. No entanto, se mantém
com amor e carinho. É a capacidade de compreender que a pessoa amada é um ser
humano, que vive de emoções, tem carências afetivas, precisa de atenção e
destaque. É a capacidade de saber que a grosseria é o câncer que devora o amor.
É a capacidade de não praticar o ciúme doentio que apaga a felicidade. É a
capacidade de confiar na pessoa amada e não suspeitar mal.
Comente com os alunos que, para
solucionar os conflitos familiares, há a necessidade de se admitir a culpa
quando houver o erro. Aceitar a flexibilidade, sempre ceder e não ser rígido
demais, renunciar posições radicais. Evitar as críticas, pois, infelizmente, os
elogios se esquecem, mas as críticas acabam sendo levadas para o resto da vida.
Reforce para os alunos que eles devem evitar exageros, não dar valor ao
problema além da sua magnitude ou “fazer tempestade em copo d’água”. Exercer o
perdão, não só de boca, mas mostrando as atitudes de uma pessoa que perdoou e
que não joga na cara, nem fala mal.
3. Os
problemas não podem se avolumar.
É preciso conscientizar-se da necessidade de
não deixar os problemas se acumularem no casamento, a ponto de se tornarem
maiores do que o marido e a mulher. É preciso resolver os conflitos e as crises
enquanto elas são poucas, pequenas e recentes.
3.1.
Personalidade versus individualidade.
O que mantém o casamento não é a capacidade
de apagar a própria personalidade. É a capacidade de renunciar por livre e
espontânea vontade a alguma posição radical e egoísta. É a capacidade de
repensar coisas que eram feitas individualmente e passar a fazê-las a dois
sempre com um objetivo comum. É a capacidade de aceitar acordo para harmonia e
sucesso, pois não andarão dois juntos se não estiverem de acordo (Am 3.3). É a
capacidade de compreender que o pessoal continua existindo, mas nunca ao ponto
de atrapalhar o mútuo.
Encoraje os alunos a estabelecerem
acordos dentro do relacionamento matrimonial, respeitando a individualidade de
cada um, mas sempre visando o bem coletivo. Separe um momento da aula para orar
pelas famílias. Utilize como base para isso o “motivo de oração” descrito no
início dessa lição.
3.2.
Equilíbrio versus confronto.
O que mantém o casamento é a capacidade de
manter a família e o cônjuge debaixo dos princípios da Palavra de deus, É a
capacidade de transformar o lar num cantinho do céu. É a capacidade de conduzir
a família à igreja e mantê-la congregando. Os conflitos entre pais e filhos
devem ser vistos como choque de gerações. Aliás, o que para os pais, às vezes,
era um absurdo, impraticável e, às vezes era tido como pecado, hoje, após uma
compreensão melhor das Sagradas Escrituras, é uma atitude normal entre os
filhos. A adaptação é racional, o equilíbrio e o discernimento devem ser vistos
com “bons olhos”.
Comente com os alunos que o
entendimento espiritual dos filhos tem outra postura com respeito à igreja.
Atualmente, eles não aceitam receber goela abaixo as questões dos costumes sem
as devidas explicações. “O não pode” não é aceito mais sem se explicar “o
porquê?”. Ressalte para eles que estamos vivendo uma geração de filhos que
procuram respostas para tudo.
3.3.
Beleza física versus beleza interior.
O que mantém o casamento não é a capacidade
de manter a beleza física o tempo todo. É a capacidade de entender que os anos
passam e a nossa beleza física diminui consideravelmente (1Pe 1.24). É a
capacidade de compreender que o corpo esbelto e escultural da época de namoro, noivado
e recém-casado, não dura para sempre. É a capacidade de cuidar do corpo da
melhor forma possível e não relaxar, como muitos, infelizmente, fazem. É a
capacidade de se produzir dentro de sua faixa etária e ficar atraente para o
seu cônjuge. É a capacidade de fazer com que a beleza interior, que é a mais
importante, se sobressaia (1Pe 3.3-3).
Comunique aos alunos que, para
superar as crises no casamento a oração é a chave para estancar, a Palavra de
Deus é a bússola para direcionar, a igreja é o refúgio para estar e o pastor é
o conselheiro espiritual e matrimonial para ajudar.
Conclusão.
Precisamos refletir sobre o nosso casamento
antes que ele venha a naufragar. O casamento não é uma simples experiência nem
tem prazo de validade. É uma aliança entre duas pessoas para o resto da vida.
Qualquer fama ou sucesso que venha colocar em risco o casamento deve ser
repensado pelos cônjuges.
Questionário.
1. Por que não existe casamento perfeito?
R: Porque somos seres humanos
sujeitos a falhas (Ef 5.25).
2. O que são limites?
R: São linhas demarcatórias que
dizem até onde podemos avançar (Pv 31.30; 1Co 7.5).
3. O que é necessário para duas pessoas
andarem juntas?
R: Acordo (Am3.3).
4. O que diminui consideravelmente com o
passar dos anos?
R: A nossa beleza física (1Pe
1.24).
5. Qual a beleza mais importante?
R: A beleza interior (1Pe
3.3-4).
Fonte: Revista Jovens e
Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.
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