"Porque os que servirem bem como diáconos
adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo
Jesus"
(1 Tm 3.13).
VERDADE
PRÁTICA
Embora o diaconato seja um ministério específico, a
diaconia é uma missão de todo o crente.
HINOS SUGERIDOS 115, 175, 394
LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - Fp 1.1 Auxiliares dos líderes da igreja local
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S
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Terça - At 6.1-5 Homens exemplares
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T
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Quarta - At 6.6 Separados com imposição de mãos
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Q
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Quinta - 1 Tm 3.12 Bons líderes no lar
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Q
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Sexta - 1 Tm 3.13 Chamados para servir
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S
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Sábado - Mt 20.26-28 Jesus veio para servir
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S
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1 Timóteo 3.8-13
INTERAÇÃO
Servir: uma ordenança de nosso Senhor (Mc 12.30,31).
O ministério de serviço ao próximo é o símbolo de amor na instituição dos
diáconos relatada no livro dos Atos dos Apóstolos, no sexto capítulo. Aqui,
os apóstolos foram coerentes com o ensinamento de Jesus de Nazaré. Há muito,
o nosso Senhor havia ensinado sobre a urgência de resolver questões sociais e
de caráter humanitário de quem quer que fosse. O problema registrado em Atos 6 foi de caráter étnico, mas hoje
outros grandes problemas afligem muitos membros da igreja local. Que o
serviço dos diáconos de Cristo nos inspire a cultivar um estilo de vida
diaconal baseado na história de Jesus de Nazaré.
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Após esta aula,
o aluno deverá estar apto a:
Analisar o estilo de vida diaconal de Jesus.
Explicar a instituição do ministério do diácono.
Discorrer sobre o perfil e a função do diácono.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a presente lição,
sugerimos uma atividade prática para executá-la junto à classe. Procure o
secretário da igreja e se informe sobre as pessoas enfermas que não podem ir
aos cultos rotineiros. De acordo com a quantidade de enfermos, e após a
Escola Dominical, separe grupos de três ou quatro pessoas (depende da
quantidade de alunos) para fazerem uma visita. Ao chegar no lar da pessoa
visitada, ore, leia a Palavra e cante para ela. Converse um pouco de modo que
ela sinta-se bem acolhida. Ao final da atividade, reúna todos os grupos e
explique-lhes que esta é uma prática diaconal transbordante de amor e baseada
no ensino de Jesus de Nazaré (Mt 25.36,43).
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No primeiro século da era cristã, a Igreja cresceu
sob o avivamento do Espírito e expandiu-se pelo mundo. Na mesma medida em que
cresceu, surgiram também problemas na esfera social, demandando urgentes
providências. Por uma sábia e unânime decisão, em assembleia, a igreja de
Jerusalém escolheu sete homens de moral ilibada e cheios do Espírito Santo,
para administrarem esse "importante negócio" (At 6.3). Nesta lição estudaremos esse
importante ministério de serviço que, por causa de uma crise étnica na igreja,
levou os apóstolos a propor medidas que serviram de base para instituir a
função diaconal. Esta, até hoje, faz parte do ministério ordenado pelas igrejas
cristãs.
1. Significado do termo. O termo grego diaconia significa
"ministério" ou "serviço". A vida inteira de Jesus aqui na
Terra demonstrou o verdadeiro sentido da diaconia em todos os seus aspectos. Na
realidade, seu ministério terreno evidenciou o quanto Ele foi "apóstolo da
nossa confissão" (Hb 3.1),
profeta (Lc 24.19), evangelista (Lc 4.18,19),
pastor (Jo 10.11), mas
principalmente, diácono por excelência (Mt 20.28).
O apóstolo Paulo disse que Jesus, "sendo em forma de Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo, fazendo-se semelhante aos homens" (Fp
2.6-7). Segundo a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, a expressão
"tomando a forma de servo" denota o sentido de uma condição humilde.
2. Serviço de escravo. Na véspera da sua crucificação, o Senhor Jesus
reuniu os seus doze discípulos para comer a última ceia. Tomando uma toalha e
uma bacia com água, ele começou a lavar os pés dos discípulos, um a um (Jo 13.4,5).
Não há atitude mais comovente do nosso Senhor como o relato do lava-pés,
demonstrando serviço, exemplo e humildade. A "diaconia da toalha e da
bacia" é a convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).
3. O discípulo é um serviçal. Certa vez, Tiago e João pediram ao Senhor lugares de
destaques, "à direita" e "à esquerda" de Jesus, quando da
implantação do seu Reino (Mc 10.35-37).
Os discípulos ainda não haviam compreendido a mensagem de Jesus. A proposta do
Nazareno nunca foi a de estabelecer uma hierarquia de poder temporal para a sua
igreja, mas a de serviço conforme demonstra sua resposta a eles: "entre
vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será
vosso serviçal [diakonos]. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro
será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos" (Mc 10.43-45).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A diaconia de Jesus Cristo está
centralizada na disponibilidade em servir o próximo.
1. O conceito da função. A palavra diácono (gr. diakonos), segundo o
Dicionário Vine, refere-se àquele que presta trabalhos voluntários aludindo aos
exemplos dos criados domésticos dos tempos do Novo Testamento. O termo destaca,
em especial, a função de um mestre ou de um pastor cristão, entrelaçando o
sentido técnico do diácono ou diaconisa. Outra palavra grega relacionada a
"diácono" é doulos. Esta refere-se a "um servo" ou
"um escravo" (Mt 13.27,28; Jo 4.51).
Portanto, a ideia preponderante que a função do diácono remonta é a do serviço
voluntário prestado, pelo "ministro", o "servo" ou o
"assistente", para alguém.
2. Origem do diaconato. "A bênção", "problema" e
"reivindicação" são palavras-chave para o advento do ministério
formal dos diáconos em o Novo Testamento. A bênção foi o extraordinário
crescimento da igreja local em Jerusalém. A questão étnica causada pela situação
social de muitos que aceitavam a fé, especialmente envolvendo viúvas judias de
fala hebraica e as de fala grega (At 6.1),
era o problema. A reivindicação pode ser vista na manifestação verbal destas
viúvas que, sentindo-se injustiçadas pelo que elas interpretaram ser uma forma
de discriminação dos líderes da igreja de Jerusalém, cobraram sua assistência (At 6.1).
3. A escolha dos diáconos. Para resolver o impasse, orando e impondo-lhes as
mãos, os apóstolos separaram sete irmãos de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria para administrar uma questão étnica e social (At 6.2-7). Foi uma decisão de caráter
pacificador e de muito bom-senso para a igreja não se perder em permanentes
desentendimentos. O objetivo era estimulá-la a resolver a questão reconhecendo
o caminho equivocado antes aderido pelos líderes até aquele momento. Assim,
eles puderam executar as mudanças necessárias e resolveram uma questão que
poderia trazer sérios problemas para a igreja de Jerusalém.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O livro dos Atos dos Apóstolos,
no capítulo 6, descreve a instituição do ministério de diácono.
1. Qualificações do diácono. As qualificações dos diáconos descritas no livro de
Atos e na primeira carta a Timóteo revelam que em nada elas diferem da
atribuição ética exigida aos bispos (1 Timóteo
e Tito).
a) Caráter moral (1 Tm
3.8). Os
diáconos devem ser pessoas honradas, dignas, corretas e íntegras. Não pode
haver "língua dobre" neles, isto é, a sua palavra deve ser sim, sim e
não, não. A ganância por dinheiro tem de passar longe da sua vida, pois sua
função é exatamente a de executar trabalhos administrativos da igreja local, como
auxiliar nas tarefas do culto e acompanhar as viúvas e os pobres da Igreja do
Senhor.
b) Caráter espiritual (1
Tm 3.9,10). Ter a plena convicção do que é crer no Evangelho. O
diácono guarda a revelação de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor
(cf. Rm 16.25). Por isso, a liderança
e a igreja local devem avaliar o candidato ao diaconato levando em conta o seu
caráter moral e espiritual.
c) Caráter familiar. O candidato deve ser marido de uma mulher, fiel à sua
esposa e bom pai. A exemplo dos bispos, os diáconos devem ser zelosos com o seu
lar, amar as suas esposas com amor sacrifical. Devem respeitar os seus filhos,
para obterem deles o mesmo respeito. O "serviço" do diácono à sua
família revelará como ele servirá a igreja local.
2. A função dos diáconos em Atos 6. Quando foram instituídos diáconos, setes homens de
fala grega foram separados para assistir socialmente as viúvas: tanto as de
fala hebraica como as de fala grega. Os diáconos não podiam permitir que
houvesse injustiças de caráter social na igreja do primeiro século. A função do
diaconato era fundamentalmente de caráter social.
3. A função dos diáconos hoje. Atualmente, a função primordial do diácono é auxiliar
a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a
visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das
tarefas espirituais ligadas ao culto, como a distribuir os elementos da Ceia do
Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e
ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança da liturgia do culto, bem como de
outras tarefas já mencionadas.
Para o perfil e a função do
diácono deve-se levar em conta o caráter moral, o caráter espiritual e o
caráter familiar do candidato.
O diaconato foi instituído pelos
apóstolos de Cristo quando a comunidade cristã cresceu e precisou ter pessoas
que pudessem resolver questões relacionadas a problemas sociais que demandavam
atenção e cuidado. Hoje, os diáconos servem à igreja e a Deus em trabalhos
diferentes, e a liderança das igrejas locais deve valorizar o seu trabalho e
reconhecê-los como excelentes servidores do Reino de Deus, pois, no sentido
lato, todos somos diáconos da Igreja de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Comunhão
Quebrada: A Comunidade Escolhe Sete Diáconos
Os crentes se
dedicam a formar uma comunidade de comunhão (At
2.42), que acha expressão em compartilhar as possessões com os
necessitados. Como exemplo positivo de comunhão, Lucas chamou atenção a
Barnabé (At 4.36,37); em contraste, Ananias e sua esposa são
exemplos negativos (At 5.1-11). No
capítulo 6, Lucas informa um desarranjo na comunhão causado pela negligência
da comunidade para com suas viúvas gregas. No meio de tremendo progresso da
Igreja, este problema coloca a unidade eclesiástica em sério perigo.
Nesta época, a
comunidade cristã consiste em dois grupos: os judeus gregos (hellenistai,
'crentes de fala grega') e os judeus hebreus (hebraioi, 'crentes de fala
aramaica'). Os judeus gregos de Atos 6 são crentes que foram fortemente
influenciados pela cultura grega, provavelmente enquanto viviam fora da
Palestina, ao passo que os judeus hebreus são cristãos que sempre viveram na
terra nativa da Palestina" (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L.
(Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1: Mateus
a Atos. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.657).
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"[Sobre a
Escolha dos diáconos]
[…] Lucas não
declara como é feita a escolha dos sete homens, mas a congregação como um
todo vê a sensatez da proposta dos apóstolos (v.5)
e participa na escolha destes diáconos. A qualificação básica é a
espiritualidade, mas eles devem ser distintos de duas maneiras.
Eles têm de ser
'cheios do Espírito Santo'. Em vez de ser meros bons administradores ou
gerentes de recursos, esta qualificação lhes exige que sejam capacitados pelo
Espírito na ordem dos discípulos no Dia de Pentecostes. Quer dizer, eles
devem ter o poder de uma fé que faz milagres.
Eles também têm de
ser 'cheios [...] de sabedoria'. Complementar aos atos de poder está o
discurso inspirado pelo Espírito. Os diáconos têm de ser poderosos em obras e
palavras. Como pessoas competentes e maduras que são inspiradas pelo
Espírito, elas têm de ter bom senso prático e serem capazes de lidar com
delicados problemas de propriedade. Seu ministério inclui negócios empresariais
e a distribuição de ajuda para os necessitados, mas também deve ser
espiritual e carismático. Eles devem exercer quaisquer dons espirituais que
Deus lhes concedeu.
Entre os sete
homens escolhidos para servir como diáconos estão Estêvão e Filipe (os únicos
dois sobre quem Lucas apresenta detalhes). Filipe se destaca como pregador
carismático (At 8.4-8,26-40; 21.8);
ele é o primeiro a fundar uma igreja entre os samaritanos. Estêvão é descrito
como 'homem cheio de fé' (v.5), sem
dúvida significando a fé que faz milagres. Ele faz 'prodígios e grandes
sinais entre o povo' (v.8), e seus
oponentes não sabem como lidar com a pregação que ele faz (v.10). O ministério destes dois homens
ilustra os ministérios dos diáconos carismáticos, os quais se estendem muito
além das preocupações práticas do dia a dia da Igreja.
A ordenação dos
sete diáconos fornece bom modelo para ministrar as minorias da Igreja. Como
na Igreja primitiva, devemos nos preocupar com o modo como as minorias - os
pobres, as viúvas, os órfãos e as pessoas de diferentes origens raciais - são
tratadas. Semelhante às viúvas crentes de fala grega, tais pessoas são
indefesas, e suas necessidades podem ser negligenciadas. Cada congregação
deve ter um programa próprio para ministrar aos que estão em desvantagem e às
minorias, e entregar este ministério àqueles que são espiritualmente dotados
e compromissados a cuidar deles" (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L.
(Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1: Mateus
a Atos. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.657-8).
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Lato: De grande
amplitude; não restrito, largo, extenso.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ANDRADE, Claudionor de. Manual do Diácono.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado.
1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 1995.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD
nº58. p.42.
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