segunda-feira, 5 de junho de 2017

Lição 11 A soberba precede a ruína.



Lição 11 A soberba precede a ruína.
11 de junho de 2017

Texto Áureo
Ezequiel 28.17
“Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti”.

Verdade Aplicada
O orgulho é como uma erva daninha, que persiste em se desenvolver num jardim, por mais bem cultivado que seja.

Objetivos da Lição
Conhecer a origem do orgulho e os seus malefícios;
Identificar o mal que há na idolatria;
Analisar quão grande é o amor de Deus para com todos que se achegam a Ele.

Glossário
Incesto: União sexual entre parentes (consanguíneos ou afins), condenada pela lei, pela moral e pela religião;
Impetrar: Alcançar, ganhar, obter;
Míngua: Desmoronamento, destroço, destruição.

Leituras complementares
Segunda Jr 48.4
Terça Jr 48.16
Quarta Jr 48.20
Quinta Jr 48.31
Sexta Jr 48.42
Sábado Jr 48.47

Textos de Referência.
Jeremias 48.7, 26, 29-30
7 Porque, por causa da tua confiança nas tuas obras e nos teus tesouros, também tu serás tomada; e Quemós sairá para o cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente.

26 Embriagai-o, porque contra o Senhor se engrandeceu; e Moabe se revolverá no seu vômito, e será ele também um objeto de escárnio.

29 Ouvimos falar da soberba de Moabe, que é soberbíssimo, da sua arrogância, e do seu orgulho, e da sua altivez, e da altura do seu coração.
30 Eu conheço, diz o Senhor, a sua indignação, mas isso nada é; as suas mentiras nada farão.

Hinos sugeridos.
25, 124, 244

Motivo de Oração
Agradeça a Deus pelas orações respondidas e pela oportunidade de pregar a Sua Palavra pelo pais.

Esboço da Lição
Introdução
1. A origem e pecados dos moabitas.
2. Deus não tolera o orgulho.
3. Uma moabita na genealogia de Jesus.
Conclusão.

Introdução
Não necessitamos ter orgulho de nós mesmos. O que falamos a respeito de nós mesmos não denota nada no trabalho do Senhor. É o que Deus diz sobre nós que faz toda a diferença (2Co 10.13).

1. A origem e pecados dos moabitas.
Os moabitas são os habitantes de Moabe, que significa “semente do pai”. Segundo a Bíblia, os moabitas se originaram de um incesto promovido pela filha mais velha de Ló, sobrinho de Abraão, pouco depois da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19.31, 37).

1.1. Moabe versus Israel.
Quando o povo de Israel chegou ao perímetro sul de Moabe, solicitou autorização para cruzar o país, mas o pedido foi rejeitado (Jz 11.17). Por ocasião dos edomitas, moabitas e os amonitas serem da família dos israelitas, não foi admitido a Moisés incidir ou tomar qualquer parte do país destes povos, conforme narrado nas escrituras (Dt 2.4-5, 9, 19). Não obstante, Balaque, o rei de Moabe, ficou amedrontado quando os israelitas tomaram as terras do rei Seom (Nm 21.13, 25). Com medo de não impetrar vitória pela força das lanças, combinou com Balaão, acreditando abater os hebreus por meio de maldições. No entanto, por atuação divina. As maldições converteram-se em bênçãos (Ne 13.1-2). Adotando as recomendações de Balaão, as mulheres moabitas foram até o acampamento de Israel, praticaram a imoralidade com alguns de seus homens (1Co 10.8), e os levaram a idolatria (Nm 25.1-4). Diante das influências negativas, foi dado a ordem para que Israel se mantivesse longe deles (Dt 23.3-6).

O incesto foi condenado por Deus (Lv 20.10-21; Dt 27.22). Moabe é apresentado como um povo bem-sucedido, enérgico, mas também como audacioso e participante de idolatria (Jr 48.7, 11, 14, 29; 1Rs 11.7). Este povo era adorador dos deuses Quemós e Baal-Peor (Nm 21.29; 25.1-3). O Senhor os amaldiçoou. Entretanto, Mateus nos apresenta Rute, a moabita convertida à religião judaica, como uma mulher de dignidade, que se tornou a bisavó do rei Davi e uma antepassada de Jesus Cristo (Rt 3.11; 4.17, 22; Mt 1.1, 5).

1.2. A Palavra do Senhor que veio a Jeremias contra Moabe.
No princípio da chamada de Jeremias, o Senhor havia dito que estava enviando ele como profeta às nações (Jr 1.5). Sua profecia consistia tanto para ruina, quanto para edificação de uma nação, no caso de Moabe, a ruina. A destruição que viria sobre esta nação estava acontecendo com a permissão do próprio Deus, especialmente por causa dos pecados de idolatria e soberba de seus líderes (Jr 48.7).

Deus havia advertido os moabitas sobre o pecado do orgulho (Sf 2.9-10). Onde estão os moabitas hoje? Os orgulhosos de Moabe, por mais que se procure, não são encontradas. A profecia de Jeremias apontava para um ajuste de contas do Senhor com o povo de Moabe (Jr 9.25-26). Quando Judá sofreu o cumprimento do julgamento do Senhor, por meio dos babilônios, os moabitas proferiram: “Eis que a casa de Judá é como todas as nações” (Ez 25.8). Os moabitas, por admitirem que o julgamento realmente procedia de Deus e que os moradores de Judá eram Seu povo, haveriam de sofrer aniquilamento, para saberem quem era o verdadeiro Senhor (Ez 25.11).

1.3. Não devemos confiar em nossos tesouros.
Sem dúvida nenhuma, o maior pecado de Moabe, somado à idolatria ao deus Quemós (Jr 48.7), era o orgulho dos nobres e povo daquela nação. Eles haviam sido prósperos em seus negócios, acumulando muitos bens. Esse acúmulo de bens permitiu que se iludissem com sua falsa prosperidade (Jr 48.7). Isto foi o causador da ruína deste povo. Não devemos confiar no dinheiro, ou em nossas próprias capacidades. Devemos confiar em Deus mais do que qualquer outra coisa na vida (Sl 91.2). Para Deus, o bem mais precioso que uma nação possui sãos as pessoas, não suas riquezas.

Jeremias nos adverte que a natureza do nosso coração é enganosa e traiçoeira (Jr 17.9). Paulo relatou que em nosso coração e vontades naturais não habita bem algum (Rm 7.18). Ele lastimava a batalha que tinha que fazer para conseguir fazer o bem, porque isso ia contra a vontade de sua carne e seu coração. Não somos nós que devemos guiar os nossos passos. Mas permitir que Deus o faça!

2. Deus não tolera o orgulho.
A mensagem do profeta Isaias é destinada a uma nação orgulhosa: “Ouvimos da soberba de Moabe, a soberbíssima; da sua altivez, e da sua soberba, e do seu furor; a sua jactância é vã”. (Is 16.6). O orgulho é complemento da ignorância. Isaías ainda reforça dizendo: “Portanto, Moabe uivará por Moabe; todos uivarão; gemereis pelos fundamentos de Quir-Haresete, pois já estão abalados”. (Is 16.7).

2.1. A origem do orgulho.
Medite nas ambições audaciosas de Satanás: “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. (Is 14.13-14). As Escrituras Sagradas nos dizem que o Senhor não tolera o orgulho: “Aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei”. (Sl 101.5);”Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes”. (Tg 4.6): “Abominação é para o Senhor todo altivo de coração; ainda que ele junte a mão à mão, não ficará impune”. (Pv 16.5). Devido ao seu orgulho, Satanás e seus anjos somente podem esperar a condenação e a punição eternas (Mt 25.41).

Lúcifer era um anjo de bondade, inteligente e admirável, criado por Deus, mas foi contaminado pelo orgulho e pela ânsia de poder. Ele revoltou-se contra a autoridade de Deus, num esforço para se levantar em posição de ser igual a Deus. Em Ezequiel 28, encontra-se uma narração do rei Tiro, e também de Satanás, que era o poder espiritual que o estimulava e controlava. Ambos caíram devido ao seu orgulho. Gente orgulhosa não se posta de joelhos, não solicita ajuda, não confia em Deus, aliás, é como se Deus não existisse, afinal só confiam em si mesma. Mas a Palavra de Deus nos afirma: “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará”. (Tg 4.10).

2.2. O orgulho é abominação ao Senhor.
Cadê o povo de Moabe atualmente? Não temos mais nenhum relato atual desta nação (Jr 48.42). Todo aquele que é orgulhoso, todo aquele que ergue sua casa apoiando-se em si mesmo, no dinheiro, no conhecimento possui, tende a ruir como o povo de Moabe. A Palavra de Deus é bem clara quando o assunto é orgulho. O salmista Davi servia a um Senhor que Castiga com rigor os orgulhosos e, por isso, ele escreveu: “Porque tu livrarás o povo aflito e abaterás os olhos altivos”. (Sl 18.27). Ele tinha consciência que servia a um Deus que trabalhava em favor dos humildes e contra os homens orgulhosos. O Senhor blinda os que são sinceros de coração, mas não poupa castigo para com os orgulhosos (Sl 31.23).

Os responsáveis pela construção do Titanic jamais poderiam antecipar o fatídico destino de sua principal criação. Para esta construção, foram necessárias 27 mil toneladas do melhor aço. O casco era composto por chapas de aço de 2,5 cm de espessura, que se uniam com mais de 3 milhões de rebites. Nessa época ainda não tinha sido inventada a máquina de solda. O naufrágio não era uma hipótese para os projetistas. Que triste fim para um projeto tão ambicioso, nem sequer foi capaz de realizar uma única viagem, um iceberg levou toda a sua estrutura, assim como também centenas de passageiros ao fundo do mar, pois a soberba precede a ruína (Pv 16.18).

2.3. Deus dá graça aos humildes.
O orgulho na vida do verdadeiro cristão não tem lugar, porque ele se assemelha a Cristo, que é manso e humilde de coração. O orgulho e a arrogância podem nos transportar por caminhos ilícitos, que ocasionarão tristezas, aflições e até mesmo a morte. O convite de Jesus é ir a Ele. Sem Ele nada podemos fazer: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas”. (Mt 11.29).

Jesus Cristo deixou bem claro como deve ser o caráter do verdadeiro discípulo (Mt 5.3). Deus nunca recebeu o homem cheio de orgulho, que raciocina e faz as coisas à sua própria maneira. A Palavra de Deus nos mostra que não há outra maneira de andarmos com o Senhor. Ou caminharmos em humildade com o nosso Deus, ou não caminharmos de modo nenhum com Ele!

3. Uma moabita na genealogia de Jesus.
Rute fez perante Noemi uma afirmação que transformaria sua vida para sempre (Rt 1.16). Diante desta declaração de fidelidade ao Deus de Israel, aquela mulher, que não tinha nenhuma esperança, passou a ser agraciada pelo Senhor, casando-se com um dos homens mais ricos da cidade. Ela se tornou bisavó do rei Davi e, consequentemente, passou a fazer parte da genealogia de Jesus (Mt 1.5).

3.1. A conversão autêntica faz diferença.
A história de Rute acontece no tempo dos juízes, por volta de 1100 anos a.C., aproximadamente, em uma época de desordem e idolatria. Seu livro conta como uma mulher viúva, de Moabe, que, mesmo sendo de uma nação proibida de entrar na congregação do Senhor (Dt 23.3-4), decidiu seguir o povo de Deus. A leitura deste livro é uma das maiores descobertas de que a melhor coisa é entregar sua vida ao Senhor. O livro mostra que, em meio à corrupção generalizada, uma conversão autêntica pode fazer a diferença na vida de uma pessoa.

Rute se converteu e não mais podia ser tratada como moabita (Dt 23.3). Prova disso, presenciamos nesta descrição de Rute a Noemi, sua sogra: “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti. Porque aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares a noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”. (Rt 1.16). A finalidade do livro de Rute é mostrar como uma moabita se transformou em um dos ancestrais de Cristo. Para isso, ela teve que aceitar a terra, o povo, os costumes e o principal: o Deus Eterno. Rute teve disposição em deixar para trás tudo que parecia importante em sua vida para dedicar-se a Deus e passar a fazer parte do Seu povo.

3.2. Quando Deus quer abençoar, não existem fronteiras.
Rute não é discriminada e nem desprezada por Deus, apesar de sua originalidade moabita. Sua linhagem era de um povo que foi amaldiçoado pelo próprio Deus por ter agido como inimigos do povo de Israel durante a caminhada deles no deserto em direção a Canaã (Dt 23.3-4). A lealdade de Rute para com Noemi é bela, mas ela é fiel acima de tudo para com o Deus de Noemi. Isso fez toda a diferença.

Rute foi franca, íntegra e amiga de Noemi e ainda foi fiel à sua sogra. Ser fiel é uma virtude. Mesmo sendo de Moabe, ela foi fiel ao Senhor e obteve filiação plena em Israel. Se formos fiéis a Deus, Ele nos abençoa de tal modo, que ultrapassa o nosso juízo e pensamento.

3.3. A lei do resgate.
Um senhor, de nome Boaz, por ser parente do marido de Rute, atuou de acordo com a sua obrigação, conforme narrado na Lei de Moisés, para resgatar um parente da sua situação de pobreza (Lv 25.47, 49). Este cenário é repetido por Jesus Cristo. Ele nos redimiu de toda a iniquidade e nos alcançou, dando a Si mesmo por nós. Em outras palavras, Ele nos resgatou das trevas para Sua maravilhosa luz (1Pe 2.9).

A união entre Rute e Boaz não estava em desacordo com a Lei de Deus (Dt 25.5, 10). O propósito desta ordenança era perpetuar a linha familiar do falecido. Se não havia um irmão vivo na família, o compromisso de a família continuar era com o parente do sexo masculino mais próximo do finado (Lv 25.25). No caso em questão, havia um parente mais próximo do que Boaz (Rt 4.6). Havia ainda a responsabilidade de resgatar qualquer propriedade que pertence ao que morrera e que tivesse sido vendida ou confiscada (Lv 25.25). Como o parente mais próximo não quis assumir tal responsabilidade (Rt 4.6), ele abriu mão desse direito e dessa responsabilidade de resgatar Noemi e casar-se com Rute, passando tais obrigações a Boaz.

Conclusão.
O orgulho é um mal leviano. Em muitas ocasiões, os mais arrogantes são aqueles que ajuízam que não possuem arrogância nenhuma. Exaltar-se da própria modéstia nada mais é do que tomar um banho de orgulho.

Questionário.
1. Qual é a origem dos moabitas?
R: Eles se originam de um incesto promovido pela filha mais velha de Ló, sobrinho de Abraão, pouco depois da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19.31, 37).

2. Em que devemos confiar mais do que qualquer outra coisa na vida?
R: Em Deus (Sl 91.2).

3. Quem o Senhor blinda?
R: Os que são sinceros de coração (Sl 31.23).

4. De quem Rute é bisavó?
R: Do rei Davi (Mt 1.5).

5. De onde Jesus Cristo nos resgatou?
R: Das trevas (1 Pe 2.9).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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