Lição 11 A soberba
precede a ruína.
11 de junho de 2017
Texto
Áureo
Ezequiel 28.17
“Elevou-se o teu coração por causa da tua
formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra
te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti”.
Verdade
Aplicada
O orgulho é como uma erva daninha, que persiste
em se desenvolver num jardim, por mais bem cultivado que seja.
Objetivos
da Lição
Conhecer a origem do orgulho e
os seus malefícios;
Identificar o mal que há na
idolatria;
Analisar quão grande é o amor
de Deus para com todos que se achegam a Ele.
Glossário
Incesto: União sexual entre
parentes (consanguíneos ou afins), condenada pela lei, pela moral e pela
religião;
Impetrar: Alcançar, ganhar,
obter;
Míngua: Desmoronamento, destroço,
destruição.
Leituras
complementares
Segunda Jr 48.4
Terça Jr 48.16
Quarta Jr 48.20
Quinta Jr 48.31
Sexta Jr 48.42
Sábado Jr 48.47
Textos de
Referência.
Jeremias 48.7, 26, 29-30
7 Porque, por causa da tua confiança nas tuas
obras e nos teus tesouros, também tu serás tomada; e Quemós sairá para o
cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente.
26 Embriagai-o, porque contra o Senhor se
engrandeceu; e Moabe se revolverá no seu vômito, e será ele também um objeto de
escárnio.
29 Ouvimos falar da soberba de Moabe, que é
soberbíssimo, da sua arrogância, e do seu orgulho, e da sua altivez, e da
altura do seu coração.
30 Eu conheço, diz o Senhor, a sua indignação,
mas isso nada é; as suas mentiras nada farão.
Hinos
sugeridos.
25, 124, 244
Motivo de
Oração
Agradeça a Deus pelas orações respondidas e
pela oportunidade de pregar a Sua Palavra pelo pais.
Esboço da
Lição
Introdução
1. A origem e pecados dos moabitas.
2. Deus não tolera o orgulho.
3. Uma moabita na genealogia de
Jesus.
Conclusão.
Introdução
Não necessitamos ter orgulho de nós mesmos. O
que falamos a respeito de nós mesmos não denota nada no trabalho do Senhor. É o
que Deus diz sobre nós que faz toda a diferença (2Co 10.13).
1. A
origem e pecados dos moabitas.
Os moabitas são os habitantes de Moabe, que
significa “semente do pai”. Segundo a Bíblia, os moabitas se originaram de um
incesto promovido pela filha mais velha de Ló, sobrinho de Abraão, pouco depois
da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19.31, 37).
1.1.
Moabe versus Israel.
Quando o povo de Israel chegou ao perímetro sul
de Moabe, solicitou autorização para cruzar o país, mas o pedido foi rejeitado
(Jz 11.17). Por ocasião dos edomitas, moabitas e os amonitas serem da família
dos israelitas, não foi admitido a Moisés incidir ou tomar qualquer parte do
país destes povos, conforme narrado nas escrituras (Dt 2.4-5, 9, 19). Não obstante,
Balaque, o rei de Moabe, ficou amedrontado quando os israelitas tomaram as
terras do rei Seom (Nm 21.13, 25). Com medo de não impetrar vitória pela força
das lanças, combinou com Balaão, acreditando abater os hebreus por meio de
maldições. No entanto, por atuação divina. As maldições converteram-se em
bênçãos (Ne 13.1-2). Adotando as recomendações de Balaão, as mulheres moabitas
foram até o acampamento de Israel, praticaram a imoralidade com alguns de seus
homens (1Co 10.8), e os levaram a idolatria (Nm 25.1-4). Diante das influências
negativas, foi dado a ordem para que Israel se mantivesse longe deles (Dt
23.3-6).
O incesto foi condenado por Deus (Lv
20.10-21; Dt 27.22). Moabe é apresentado como um povo bem-sucedido, enérgico,
mas também como audacioso e participante de idolatria (Jr 48.7, 11, 14, 29; 1Rs
11.7). Este povo era adorador dos deuses Quemós e Baal-Peor (Nm 21.29; 25.1-3).
O Senhor os amaldiçoou. Entretanto, Mateus nos apresenta Rute, a moabita
convertida à religião judaica, como uma mulher de dignidade, que se tornou a
bisavó do rei Davi e uma antepassada de Jesus Cristo (Rt 3.11; 4.17, 22; Mt
1.1, 5).
1.2. A
Palavra do Senhor que veio a Jeremias contra Moabe.
No princípio da chamada de Jeremias, o Senhor
havia dito que estava enviando ele como profeta às nações (Jr 1.5). Sua
profecia consistia tanto para ruina, quanto para edificação de uma nação, no
caso de Moabe, a ruina. A destruição que viria sobre esta nação estava
acontecendo com a permissão do próprio Deus, especialmente por causa dos
pecados de idolatria e soberba de seus líderes (Jr 48.7).
Deus havia advertido os moabitas
sobre o pecado do orgulho (Sf 2.9-10). Onde estão os moabitas hoje? Os
orgulhosos de Moabe, por mais que se procure, não são encontradas. A profecia
de Jeremias apontava para um ajuste de contas do Senhor com o povo de Moabe (Jr
9.25-26). Quando Judá sofreu o cumprimento do julgamento do Senhor, por meio
dos babilônios, os moabitas proferiram: “Eis que a casa de Judá é como todas as
nações” (Ez 25.8). Os moabitas, por admitirem que o julgamento realmente
procedia de Deus e que os moradores de Judá eram Seu povo, haveriam de sofrer
aniquilamento, para saberem quem era o verdadeiro Senhor (Ez 25.11).
1.3. Não
devemos confiar em nossos tesouros.
Sem dúvida nenhuma, o maior pecado de Moabe,
somado à idolatria ao deus Quemós (Jr 48.7), era o orgulho dos nobres e povo
daquela nação. Eles haviam sido prósperos em seus negócios, acumulando muitos
bens. Esse acúmulo de bens permitiu que se iludissem com sua falsa prosperidade
(Jr 48.7). Isto foi o causador da ruína deste povo. Não devemos confiar no
dinheiro, ou em nossas próprias capacidades. Devemos confiar em Deus mais do
que qualquer outra coisa na vida (Sl 91.2). Para Deus, o bem mais precioso que
uma nação possui sãos as pessoas, não suas riquezas.
Jeremias nos adverte que a natureza
do nosso coração é enganosa e traiçoeira (Jr 17.9). Paulo relatou que em nosso
coração e vontades naturais não habita bem algum (Rm 7.18). Ele lastimava a
batalha que tinha que fazer para conseguir fazer o bem, porque isso ia contra a
vontade de sua carne e seu coração. Não somos nós que devemos guiar os nossos
passos. Mas permitir que Deus o faça!
2. Deus
não tolera o orgulho.
A mensagem do profeta Isaias é destinada a uma
nação orgulhosa: “Ouvimos da soberba de Moabe, a soberbíssima; da sua altivez,
e da sua soberba, e do seu furor; a sua jactância é vã”. (Is 16.6). O orgulho é
complemento da ignorância. Isaías ainda reforça dizendo: “Portanto, Moabe
uivará por Moabe; todos uivarão; gemereis pelos fundamentos de Quir-Haresete,
pois já estão abalados”. (Is 16.7).
2.1. A
origem do orgulho.
Medite nas ambições audaciosas de Satanás: “E
tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus
exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, da banda dos
lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao
Altíssimo”. (Is 14.13-14). As Escrituras Sagradas nos dizem que o Senhor não
tolera o orgulho: “Aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o
suportarei”. (Sl 101.5);”Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos
humildes”. (Tg 4.6): “Abominação é para o Senhor todo altivo de coração; ainda
que ele junte a mão à mão, não ficará impune”. (Pv 16.5). Devido ao seu
orgulho, Satanás e seus anjos somente podem esperar a condenação e a punição
eternas (Mt 25.41).
Lúcifer era um anjo de bondade,
inteligente e admirável, criado por Deus, mas foi contaminado pelo orgulho e
pela ânsia de poder. Ele revoltou-se contra a autoridade de Deus, num esforço
para se levantar em posição de ser igual a Deus. Em Ezequiel 28, encontra-se
uma narração do rei Tiro, e também de Satanás, que era o poder espiritual que o
estimulava e controlava. Ambos caíram devido ao seu orgulho. Gente orgulhosa
não se posta de joelhos, não solicita ajuda, não confia em Deus, aliás, é como
se Deus não existisse, afinal só confiam em si mesma. Mas a Palavra de Deus nos
afirma: “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará”. (Tg 4.10).
2.2. O
orgulho é abominação ao Senhor.
Cadê o povo de Moabe atualmente? Não temos mais
nenhum relato atual desta nação (Jr 48.42). Todo aquele que é orgulhoso, todo
aquele que ergue sua casa apoiando-se em si mesmo, no dinheiro, no conhecimento
possui, tende a ruir como o povo de Moabe. A Palavra de Deus é bem clara quando
o assunto é orgulho. O salmista Davi servia a um Senhor que Castiga com rigor os
orgulhosos e, por isso, ele escreveu: “Porque tu livrarás o povo aflito e
abaterás os olhos altivos”. (Sl 18.27). Ele tinha consciência que servia a um
Deus que trabalhava em favor dos humildes e contra os homens orgulhosos. O
Senhor blinda os que são sinceros de coração, mas não poupa castigo para com os
orgulhosos (Sl 31.23).
Os responsáveis pela construção do
Titanic jamais poderiam antecipar o fatídico destino de sua principal criação.
Para esta construção, foram necessárias 27 mil toneladas do melhor aço. O casco
era composto por chapas de aço de 2,5 cm de espessura, que se uniam com mais de
3 milhões de rebites. Nessa época ainda não tinha sido inventada a máquina de
solda. O naufrágio não era uma hipótese para os projetistas. Que triste fim
para um projeto tão ambicioso, nem sequer foi capaz de realizar uma única
viagem, um iceberg levou toda a sua estrutura, assim como também centenas de
passageiros ao fundo do mar, pois a soberba precede a ruína (Pv 16.18).
2.3. Deus
dá graça aos humildes.
O orgulho na vida do verdadeiro cristão não tem
lugar, porque ele se assemelha a Cristo, que é manso e humilde de coração. O
orgulho e a arrogância podem nos transportar por caminhos ilícitos, que
ocasionarão tristezas, aflições e até mesmo a morte. O convite de Jesus é ir a
Ele. Sem Ele nada podemos fazer: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas
almas”. (Mt 11.29).
Jesus Cristo deixou bem claro como
deve ser o caráter do verdadeiro discípulo (Mt 5.3). Deus nunca recebeu o homem
cheio de orgulho, que raciocina e faz as coisas à sua própria maneira. A
Palavra de Deus nos mostra que não há outra maneira de andarmos com o Senhor.
Ou caminharmos em humildade com o nosso Deus, ou não caminharmos de modo nenhum
com Ele!
3. Uma
moabita na genealogia de Jesus.
Rute fez perante Noemi uma afirmação que
transformaria sua vida para sempre (Rt 1.16). Diante desta declaração de
fidelidade ao Deus de Israel, aquela mulher, que não tinha nenhuma esperança,
passou a ser agraciada pelo Senhor, casando-se com um dos homens mais ricos da
cidade. Ela se tornou bisavó do rei Davi e, consequentemente, passou a fazer
parte da genealogia de Jesus (Mt 1.5).
3.1. A
conversão autêntica faz diferença.
A história de Rute acontece no tempo dos
juízes, por volta de 1100 anos a.C., aproximadamente, em uma época de desordem
e idolatria. Seu livro conta como uma mulher viúva, de Moabe, que, mesmo sendo
de uma nação proibida de entrar na congregação do Senhor (Dt 23.3-4), decidiu
seguir o povo de Deus. A leitura deste livro é uma das maiores descobertas de
que a melhor coisa é entregar sua vida ao Senhor. O livro mostra que, em meio à
corrupção generalizada, uma conversão autêntica pode fazer a diferença na vida
de uma pessoa.
Rute se converteu e não mais podia
ser tratada como moabita (Dt 23.3). Prova disso, presenciamos nesta descrição
de Rute a Noemi, sua sogra: “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te
deixe e me afaste de ti. Porque aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer
que pousares a noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o
meu Deus”. (Rt 1.16). A finalidade do livro de Rute é mostrar como uma moabita
se transformou em um dos ancestrais de Cristo. Para isso, ela teve que aceitar
a terra, o povo, os costumes e o principal: o Deus Eterno. Rute teve disposição
em deixar para trás tudo que parecia importante em sua vida para dedicar-se a
Deus e passar a fazer parte do Seu povo.
3.2.
Quando Deus quer abençoar, não existem fronteiras.
Rute não é discriminada e nem desprezada por
Deus, apesar de sua originalidade moabita. Sua linhagem era de um povo que foi
amaldiçoado pelo próprio Deus por ter agido como inimigos do povo de Israel
durante a caminhada deles no deserto em direção a Canaã (Dt 23.3-4). A lealdade
de Rute para com Noemi é bela, mas ela é fiel acima de tudo para com o Deus de
Noemi. Isso fez toda a diferença.
Rute foi franca, íntegra e amiga de
Noemi e ainda foi fiel à sua sogra. Ser fiel é uma virtude. Mesmo sendo de
Moabe, ela foi fiel ao Senhor e obteve filiação plena em Israel. Se formos fiéis
a Deus, Ele nos abençoa de tal modo, que ultrapassa o nosso juízo e pensamento.
3.3. A
lei do resgate.
Um senhor, de nome Boaz, por ser parente do
marido de Rute, atuou de acordo com a sua obrigação, conforme narrado na Lei de
Moisés, para resgatar um parente da sua situação de pobreza (Lv 25.47, 49).
Este cenário é repetido por Jesus Cristo. Ele nos redimiu de toda a iniquidade
e nos alcançou, dando a Si mesmo por nós. Em outras palavras, Ele nos resgatou
das trevas para Sua maravilhosa luz (1Pe 2.9).
A união entre Rute e Boaz não estava
em desacordo com a Lei de Deus (Dt 25.5, 10). O propósito desta ordenança era
perpetuar a linha familiar do falecido. Se não havia um irmão vivo na família,
o compromisso de a família continuar era com o parente do sexo masculino mais
próximo do finado (Lv 25.25). No caso em questão, havia um parente mais próximo
do que Boaz (Rt 4.6). Havia ainda a responsabilidade de resgatar qualquer
propriedade que pertence ao que morrera e que tivesse sido vendida ou
confiscada (Lv 25.25). Como o parente mais próximo não quis assumir tal
responsabilidade (Rt 4.6), ele abriu mão desse direito e dessa responsabilidade
de resgatar Noemi e casar-se com Rute, passando tais obrigações a Boaz.
Conclusão.
O orgulho é um mal leviano. Em muitas ocasiões,
os mais arrogantes são aqueles que ajuízam que não possuem arrogância nenhuma.
Exaltar-se da própria modéstia nada mais é do que tomar um banho de orgulho.
Questionário.
1. Qual é a origem dos moabitas?
R: Eles se originam de um incesto
promovido pela filha mais velha de Ló, sobrinho de Abraão, pouco depois da destruição
de Sodoma e Gomorra (Gn 19.31, 37).
2. Em que devemos confiar mais do que qualquer
outra coisa na vida?
R: Em Deus (Sl 91.2).
3. Quem o Senhor blinda?
R: Os que são sinceros de coração
(Sl 31.23).
4. De quem Rute é bisavó?
R: Do rei Davi (Mt 1.5).
5. De onde Jesus Cristo nos resgatou?
R: Das trevas (1 Pe 2.9).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens
e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103, publicação
trimestral, ISSN 2448-184X.
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