Lição 1 O Deus todo
poderoso se revelou.
1 de outubro de 2017
Texto
Áureo
João 4.24
“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram
o adorem em espírito e em verdade”.
Verdade
Aplicada
Deus é Espírito, perfeitamente bom, que, em
santo amor, cria, sustenta e dirige o universo.
Objetivos
da Lição
Discorrer acerca da existência
de Deus, da criação e da fé universal;
Descrever a natureza de Deus como
Espírito, Sua bondade e fidelidade;
Apresentar as características do
amor divino e como ele nos é doado.
Glossário
Longânimo: Que tem grandeza de espírito e
pratica a generosidade; benigno; que demonstra paciência; paciente, resignado;
Suscetível: Facilmente influenciável; capaz de
adquirir outras características;
Transcender: Ser superior a; ir além de.
Leituras
complementares
Segunda Gn 1.1
Terça Is 43.7
Quarta Jo 4.24
Quinta Hb 11.3
Sexta Tg 1.17
Sábado 1Jo 1.5
Textos de
Referência.
Salmos 19.1-5; 7
1 Os céus manifestam a glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra das suas mãos.
2 Um dia
faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
3 Sem
linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes
4 Em
toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo. Neles pôs
uma tenda para o sol,
5 Que é
qual noivo que sai do seu tálamo e se alegra como um herói a correr o seu
caminho.
7 A lei
do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá
sabedoria aos símplices.
Hinos
sugeridos.
25, 459, 526
Motivo de
Oração
Ore para que os jovens aprendam mais sobre
Deus, a Bíblia e como manterem-se firmes
em sua fé.
Esboço da
Lição
Introdução
1. A existência de Deus.
2. A natureza de Deus.
3. O amor de Deus.
Conclusão
Introdução
Como cristãos, aceitamos a verdade da
existência de Deus, não com uma fé cega, mas com uma fé alicerçada nas Sagradas
Escrituras, na natureza e em Sua revelação pessoal (Rm 1.19).
1. A
existência de Deus.
A fé na existência de Deus é o ponto inicial
para o estudo da presente lição (Hb 11.6). Alguns querem provas mais exatas,
outros descreem totalmente, como os ateus, mas nós, cristãos, não temos dúvida
alguma, porque temos as Sagradas Escrituras como alicerce.
1.1. A
criação testemunha a existência de Deus.
Sabemos que existimos, e a certeza de que não
originamos de nós mesmos já evidencia que existe uma causa originária (Gn 1.1a).
Os céus e a terra, e o próprio homem, são resultados testificadores de um poder
que é tanto sobre-humano quanto sobrenatural, e isto é evidente em sua origem e
preservação. A natureza inteira dá testemunho impressionante dessa criação
universal maravilhosa e da maneira como está ordenada (Sl 19.1-3).
A Bíblia tem
a existência de Deus como um fato e nos mostra que é preciso crer na revelação
das Escrituras: “porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). As Sagradas
Escrituras começam com um registro que indica a existência de Deus como uma
premissa fundamental: “No princípio, criou Deus os céus e a terra,” (Gn 1.1).
Também descreve Deus como Sustentador de todas as coisas, o Sustentador de
todas as Suas criaturas e como o Governador de indivíduos e nações. De acordo
com Derek Kidner, a expressão inicial “No princípio” é mais que simples
indicação de tempo. As variações sobre este tema em Isaias 40 mostram que o
princípio está impregnado do fim, e que o processo todo é presente para Deus,
que é o Primeiro e o Último (Is 46.10; 48.12).
1.2. Deus
é autoexistente.
A declaração mais perfeita quanto a existência
de Deus é dita por Ele mesmo ao profeta Isaías: “Antes de mim deus nenhum se
formou, e depois de mim nenhum haverá” (Is 43.10b). Deus não tem princípio nem
fim. Ele não precisou nascer, ou ser formado, sempre existiu, é infinito (Sl
90.2; 102.27; Rm 1.19). Seja no passado ou no futuro, Ele é eterno. Sua
natureza não está sujeita à lei do tempo, porque Ele fez o tempo existir, e o
tempo é que está nEle. Para Ele, o passado, o presente e o futuro sempre serão
um eterno “agora” (2Pe 3.8).
Deus é insondável, e tentar descrevê-lo
ou até mesmo entende-lo sem considerar a revelação que Ele mesmo fez a
humanidade, está de qualquer concepção humana (Rm 1.19). Ao apresentar-se a
Moisés, Ele deixou claro que se revelaria de maneira paulatina aos Seus
eleitos. A expressão “Eu sou” em hebraico é “Ehyeh Asher Ehyeh”, e significa:
“Eu Serei o que Serei”. Essa é uma maneira de revelar-se de forma particular e íntima
a cada um. Saberemos de Deus apenas o que Ele desejar que saibamos (1Co 13.9,
12). Segundo Derek Kidner, apenas Isaias 40 pode comparar-se ao Salmo 90, cuja
autoria é atribuída a Moisés, no que diz respeito à apresentação da grandeza e
eternidade de Deus em contraste com a fragilidade do homem.
1.3. Deus
criou tudo sem ser criado.
De acordo com relato do livro de Gênesis, Deus
Criou todas as coisas existentes no universo, inclusive, o primeiro casal (Gn
1.1; 2,7; 22; Cl 1.16). Isto significa que todas as coisas, sejam elas
terrenas, celestiais, materiais ou espirituais, se originam do Criador. Tudo
surge a partir dEle. Ele é inexplicável, é por si mesmo, criou tudo sem ser
criado, não tem começo, nem fim. Criar é uma particularidade divina. Diferente
de nós, que sempre criamos a partir de algo existente, Ele cria a partir do
nada.
Apenas Deus pode criar. Todas as
vezes que o ser humano faz alguma coisa, por mais inovadora que seja, sempre se
utiliza de matéria já existente, seja um material, uma ferramenta, uma ideia ou
um conjunto de conhecimento. Deus cria de duas maneiras: Ele cria pelo poder de
Sua Palavra (Hb 11.3); e a partir daquilo que Ele mesmo criou (Is 43.7). Deus
não precisa de molde, nem tampouco de matéria-prima, por isso Ele é Deus, e tão
inexplicável assim.
2. A
natureza de Deus.
Deus vai além dos limites que imaginamos como
seres humanos. Por esse motivo, não é possível defini-Lo. Todavia, podemos
conhece-lo, parcialmente, alicerçados naquilo que Ele mesmo nos revelou nas
Sagradas Escrituras.
2.1. Deus
é Espírito.
Acerca da pessoa de Deus, Jesus declarou: “Deus
é Espírito”(Jo 4.24). Sendo Espírito abomina os ídolos, porque estes insultam
Sua natureza invisível (Êx 20.4). Deus, em Seu Ser essencial, é Espírito, e,
nessa qualidade, é imaterial, e, portanto não pode ser visto pelo olho material
nem pode ser representado por coisas materiais (Jo 1.18; 1Tm 6.16). Para Deus
não há limites no tempo e no espaço. Ele é maior do que qualquer coisa que
exista. Ele é infinito e, ao mesmo tempo, pessoal. Revelada na Bíblia, essa
característica é peculiar a Deus. Ele transcende a todo o espaço do Universo.
Deus não tem corpo, é Espírito, e
nesse caso só pode ser discernido e compreendido espiritualmente (1Co 2.14-15).
Se Deus não fosse Espírito, não poderia ser o “Ser” mais perfeito. Deus é mais
perfeito do que a Sua criação por ser Espírito puro. Todas as criaturas abaixo
dEle são, essência, finitas e limitadas. Sendo Espírito, Ele é maior do que
toda a criação, pois tudo o que existe passou a existir por Sua voz de comando
(Gn 1.1). Deus é luz sem trevas algumas (1Jo 1.5), e sem sombra de mudança (Tg
1.17).
2.2. Deus
é bom.
Deus é Espírito perfeitamente bom. Quando
aplicamos esse termo à pessoa de Deus, nos referimos a todas as excelências
morais do Seu caráter (Sl 145.7), pois entre os homens não existe uma pessoa
tão boa quanto deveria ser (Lc 18.19). A bondade de Deus não se mistura com o
mal, nem é suscetível de alguma falha (Tg 1.17). O bom em Deus é perfeito; nada
há de mais nem de menos em Seus caráter. Deus é bom em tudo: na Sua essência;
na Sua natureza; no Seu coração; nos Seus desejos; nos Seus planos; nos Seus
atos; nos Seus pensamentos mais íntimos.
Os melhores homens são bons somente
em certas relações. Deus, porém, é bom para todos, até mesmo para com Seus
inimigos, os pecadores (Sl 145.9; Mt 5.45; At 14.17). Partindo da mais alta ideia
que se pode fazer da bondade mais elevada da raça humana, Deus vai além. Não há
realmente comparação entre a bondade divina e a humana; há, antes, um frisante
contraste. Não há ninguém bom como Deus (2Sm 7.22; Sl 25.7).
2.3. Deus
é fiel.
Assim como Deus não falha e também não muda,
Ele jamais pode ser infiel, porque a fidelidade é uma qualidade de Seu Ser. A
fidelidade de Deus é imutável, e não pode ser abalada nem mesmo quando somos
infiéis a Ele (2Tim 2.13). O amor de Deus não oscila, mesmo lidando com seres
humanos inconstantes e infiéis (Rm 3.3-4). Enquanto as pessoas nos decepcionam
por suas infidelidades e desejos de poder, o Senhor jamais nos decepciona, pois
Ele não pode negar a Si mesmo. Com Ele podemos olhar além do caos e da ruína,
porque a Sua fidelidade sempre nos trará esperança e conforto (Hb 10.23).
A essência de Deus não depende em
nada de nós mesmos. Essa é a Sua essência, Ele é fiel, Fidelidade significa
cumprir aquilo que se promete. O significado da palavra fidelidade associado ao
caráter de Deus deve ser entendido como a qualidade de fiel, que por sua vez
significa: digno de fé, leal, honrado, infalível, seguro, pontual, exato,
verídico (Tt 1.2).
3. O amor
de Deus.
O amor de Deus transcende nosso entendimento e
razão. Ele é a base de toda a Sua atividade de redenção, e a causa que move
todos os Seus atos de misericórdia. A maior prova do amor de Deus é Jesus
Cristo. Deus O enviou para que descobríssemos o quanto Ele nos ama (Jo 3.16).
3.1. O
significado do amor de Deus.
O amor de Deus é o atributo pelo qual Ele se
inclina a buscar os melhores interesses de Suas criaturas e a comunicar-se com
elas. O amor de Deus é como uma ponte, que permanece firme sob as mais pesadas
pressões causadas pelo peso do pecado. Seu amor é Longânimo e não depende de
obra alguma de nossa parte. Ele nos ama porque o amor é a Sua própria essência
(Jó 41.11; 1Jo 4.7-8, 16).
A essência do ser de Deus é o amor.
Este atributo é o tema central das Sagradas escritura,, demonstrando de forma
suprema em Jesus Cristo, “Deus é amor” (1Jo 4.8, 16). Esta declaração significa
que o amor de Deus não precisa de um objeto para existir; ele é altamente
independente; é parte da natureza divina; e pode ser definido como a inclinação
natural da essência divina para a bondade.
3.2. Um
amor que se doa.
Assim como existe uma mente mais alta que a
nossa, existe também um coração maior que o nosso. Deus não é simplesmente
aquele que ama. Ele é o amor em exercício. Há uma infinita vida de sensibilidade
e afeição em Deus. Sua sensibilidade está em grau infinito. Seu amor implica
não somente em receber, mas em dar. Não é meramente emoção, mas concessão. Dar
faz parte do seu “Ser, e não somente dar, mas dar a Si mesmo (Jo 3.16; 1Jo
3.16).
O amor de Deus é incomparável e
ilimitado. Apesar das iniquidades e pecados do homem, Deus ama Suas criaturas,
sendo capaz de se entregar por elas (Rm 5.6-8). Deus ama todos os que estão em
Cristo Jesus, assim como ama Seu próprio Filho (Jo 17.23). Segundo Russel S, o
amor de deus, sendo infinito, não pode ser comparado com o nosso amor humano
(1Jo 4.9-10). É interessante observar que o Deus invisível se revela no amor
recíproco entre os cristãos, uma vez que esse amor é fruto do Espírito Santo
neles (1Jo 4.12-13).
3.3. Um
amor que corrige.
O amor de Deus é incondicional (Rm 5.8), mas
não significa que seja permissível, pois as Sagradas Escrituras também revelam
que Deus é Santo e Justo (1Pe 1.16; Sl 145.7). Nossos pais terrenos nos
corrigem para que nosso caráter se aperfeiçoe e nos tornemos melhores filhos
para o lar e a sociedade. Deus nos disciplina e corrige para que sejamos
participantes de Sua santidade. Sua intenção é que nos tornemos santos, justos
e nos sujeitemos aos Seus padrões (Sl 119.71; Hb 12.6-11).
Como um pai que ama a seus filhos,
Deus nos corrige no intento de nos prevenir contra os erros (1Co 11.32). Deus
nos ensina que o amor também implica em correção, e o contrário disso não é amor,
pois quem ama se importa. Deus sempre está a nossa frente, e quando intervêm,
tirando algo ou nos impedindo de avançar, com certeza, é para o nosso bem,
mesmo que ao princípio nos cause dores e tristezas (Jó 5.17; Rm 8.28). De
acordo com Shedd, a correção e responsabilidade recebidas do Senhor Deus
produzem vantagens futuras na maturidade alcançada pelo cristão. É certo que a
filiação divina inclui provação (Hb 12.8; At 14.22). Quem não é filho de Deus
não recebe disciplina dEle (Hb 12.7).
Conclusão.
Embora a Bíblia não faça questão de provar a
existência de Deus, não há como negar que Ele não exista. Quando olhamos para
tudo o que está à nossa volta, inclusive, nós mesmos, temos a certeza de que
Deus é real, não um mito (Sl 19.1-4).
Questionário.
1. O que evidencia a certeza de que não
originamos de nós mesmos?
R: Que existe uma causa
originária (Gn 1.1a).
2. Porque Deus jamais pode ser infiel?
R: Porque a fidelidade é uma
qualidade de Seu Ser (2Tm 2.13).
3. Qual é a maior prova do amor de Deus?
R: Jesus Cristo (Jo 3.16).
4. Por que Deus ama?
R: Porque o amor é Sua própria
essência (Jó 41.11; 1Jo 4.7-8, 16)..
5. Por que Deus nos disciplina e corrige?
R: Para que sejamos participantes
de Sua santidade (Hb 12.6-11).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Doutrinas Fundamentais da Igreja de Cristo. O legado
da reforma Protestante e a importância de perseverar no ensino dos apóstolos,
Adultos, edição do professor, 4º trimestre de 2017, ano 27, Nº 105, publicação
trimestral, ISSN 2448-184X.
Paz do semhor Jesus muito bom essa lição esses esboços nos ajuda muito a entender um pouco mas sobre a soberania de Deus pra com nosco.ele e propria encencia do amor e fiel pra toda eternidade.amem
ResponderExcluirAmem! querido Irmão Deus te abençoe.
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