Lição 11 A importância
da Bíblia como única regra de fé.
10
de dezembro de 2017
Texto
Áureo
2Timóteo 3.16
16 Toda a Escritura divinamente inspirada é
proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em
justiça,
Verdade
Aplicada
A Bíblia é a única fonte de tudo o que
precisamos entender sobre Deus e Seu plano para a humanidade.
Objetivos
da Lição
Enfatizar a importância da Bíblia
e sua exatidão e seu poder de influência;
Mostrar como a Bíblia pode nos
moldar e nos tornar mais eficazes na vida:
Apresentar a Bíblia como fonte
inesgotável e sua superioridade a todos os demais livros.
Glossário
Baluarte: Local seguro; aquilo
que serve de base; alicerce, fundamento;
Imensurável: Que não se pode medir;
colossal, ilimitado, incomensurável;
Inerrante: Que não comete erros;
infalível.
Leituras
complementares
Segunda Sl 119.105
Terça Os 6.3
Quarta Mt 22.29
Quinta Jo 8.32
Sexta 1Co 1.19-25
Sábado 2Tm 3.16
Textos de
Referência.
Salmos 119.89, 93,105 Hebreus 4.12
89 Para sempre, ó SENHOR, a tua
palavra permanece no céu.
93 Nunca me esquecerei dos teus
preceitos, pois por eles me tens vivificado.
105 Lâmpada para os meus pés é
tua palavra e luz, para o meu caminho.
Hebreus 4.12
12 Porque a palavra de Deus é viva,
e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até
à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para
discernir os pensamentos e intenções do coração.
Hinos
sugeridos.
57, 59, 307
Motivo de
Oração
Peça a Deus para que os novos cristãos vivam a
Palavra de Deus.
Esboço da
Lição
Introdução
1. A importância da Bíblia.
2. A Bíblia aplicada à vida
cristã.
3. A Bíblia é o livro dos livros.
Conclusão
Introdução
A Bíblia é a palavra de Deus, e como Ele não
erra, não muda, nem tem sombra de variação, assim também é a Sua Palavra. A
verdade faz a diferença, por essa razão, a doutrina da inerrância bíblica é
vital para todos nós.
1. A
importância da Bíblia.
A Bíblia é a fonte que documenta tanto a
existência de Deus, quanto Seus atos poderosos realizados entre os homens. Ela
não é somente inerrante, ela é confiável e suficiente para todas as
necessidades humanas.
1.1. O livro que tem transformado o mundo.
Antes de explicar porque esse Livro é tão
importante para a humanidade, deveríamos perguntar: o que seria da humanidade
se ele não existisse? Desde a queda do homem, a humanidade está impregnada e
influenciada pela malignidade (1Jo 5.19). Esse Livro é um baluarte contra todas
as artimanhas do maligno no mundo, é a fonte da revelação divina para o
bem-estar de todos os seres viventes (Sl 119.105). Sem ele, o mundo jamais
seria o que é na atualidade. É inegável a tremenda influência da Bíblia na
sociedade humana. Os princípios nela expostos têm sido o alicerce de muitas
leis em diversas nações e impulsionado grandes reformas sociais ao longo da
história.
Este Livro é fundamental para quase
tudo que a humanidade vai saber ou realizar. Esse Livro tem mudado gerações, e,
por sua verdade, pessoas no mundo inteiro estão dispostas a morrer (Jo 8.32).
Há muito o maligno tentou destruir esse Livro, não tendo sucesso nesta parte,
hoje tenta deturpar sua veracidade e perverter sua mensagem. Como discípulos do
Senhor Jesus devemos lê-la, vive-la e praticá-la. Nossa crença na Bíblia deve
ser convicta, sólida e fundamental (1Tm 1.19).
1.2. Um
Livro amado e odiado.
É surpreendente o fato da Bíblia sobreviver ao
longo dos séculos, mesmo tendo sido objeto de infindável perseguição. É um
Livro poderoso e transformador. Até hoje, pessoas estão sendo torturadas e
mortas porque o possuem, ou porque nele creem (Mt 24.9; Ap 20.4). Em muitos
países é crime ter uma Bíblia, ou pregar o Evangelho, Este Livro é amado por
uns e odiado por outros (Lc 6.22). Ele é ao mesmo tempo elogiado, amaldiçoado,
restrito, proibido, profanado, queimado e disputado. Alguns já tentaram
eliminá-lo, mas, até agora, todos falharam.
Em 303 a.D., Dioclécio emitiu um
decreto ordenando que todos os exemplares das Sagradas Escrituras fossem
queimados. Voltaire, o famoso filósofo francês, que morreu em 1778, declarou:
mais um século e não haverá sequer uma Bíblia na face da terra”. Cinquenta anos
depois de sua morte, sua casa estava sendo utilizada para produzir Bíblias.
1.3. O
Livro mais exato da humanidade.
A Bíblia foi escrita ao longo de um período de
1600 anos, por aproximadamente quarenta escritores. Ela foi escrita em tempo de
guerras e tempo de paz, foi escrita por reis, profetas, sacerdotes, simples
pescadores, um médico (Lucas), pessoas das mais variadas classes, e dos lugares
mais longínquos. O que mais impacta a humanidade é que, apesar de tudo isso, a
Bíblia é um Livro exato, não contém erro algum, e ela mesmo testemunha ser o
que é (2Tm 3.16-17; 2Pe 1.21).
Às vezes a dificuldade em compreender
a Bíblia é que querem interpretá-la como se fosse tão somente um manual
científico, moral ou cultural. As dificuldades encontradas são humanas:
tradução não adequada; erros de editoração; diferenças culturais dos tempos
bíblicos; cronologia; e outros. O teólogo Agostinho, diante de um texto bíblico
aparentemente discrepante, disse: “Num caso desses, deve haver erro do copista,
ou tradução malfeita do original, ou então sou eu mesmo que não consigo
entender”.
2. A
Bíblia aplicada à vida cristã.
A Bíblia é a fonte de vida de todos os salvos,
é nela que buscamos orientação, conforto e direção para as nossas vidas. O
estudo e a prática da Palavra sempre nos conduzirão a um melhor desempenho de
nossa missão (2Tm 2.15).
2.1. A
Bíblia deve ser o alimento da vida diária.
Da mesma forma que o corpo não pode subsistir
sem alimento, a alma também não pode viver sem a Palavra de Deus (Jr 15.16; Mt
4.4; 1Pe 2.2). Na leitura, meditação e no estudo da Palavra de Deus encontramos
as proteínas, vitaminas e a energia necessárias para nosso crescimento,
amadurecimento espiritual e para a formação do caráter cristão (Hb 5.12-14).
O Senhor Deus que enviou Seu Filho
para nos salvar é o mesmo que provê o necessário ao sustento dos Seus (Rm 8.32;
Sl 23.1). Desde o início, o Deus Criador tem providenciado mantimento aos
homens e aos animais (Gn 1.29-30). Importante destacar que a Palavra de Deus é
comparada a vários elementos utilizados na alimentação, indicando a necessidade
de atentarmos para o nosso sustento espiritual: pão (Mt 4.4); leite (1Pe 2.2);
mel (Sl 119.103; 19.10). O bom apetite pela Bíblia é sinal de saúde espiritual.
Em Deuteronômio 8.2-3, encontramos Deus revelando ao povo de Israel seus
propósitos ao permitir que passassem por dificuldades no deserto: entre outros
(humildade e dependência divina), revelar “o que estava no coração” em relação
à Sua Palavra revelada. “Vai guardar os mandamentos ou não?”. As dificuldades
da vida não nos impedem de nos alimentarmos da Palavra de Deus (Dt 8.3). A vida
em abundância não se limita ao alimento físico. Vide o exemplo do Senhor Jesus
no deserto, quando teve fome e o tentador chegou-se a Ele (Mt 4.2-4).
2.2. A
Bíblia e o Espírito Santo.
Como poderíamos ser lembrados de algo que não
temos conhecimento? A Palavra de Deus nos adverte de que o Espírito Santo só
nos lembrará o texto bíblico preciso se, de antemão, o conhecermos (Jo 14.26).
Se houver em nossas vidas abundância da Palavra de Deus, o Espírito Santo terá
o instrumento com que operar. Eis o porquê da necessidade de meditação na
Palavra (Js 1.8; Sl 1.2). É preciso permitir que ela nos preencha e domine
todas as esferas da nossa vida, pensamentos, coração e, assim, venha moldar
todo o nosso viver.
Há uma perfeita harmonia entre a
Bíblia e o Espírito Santo, pois desde o início encontramos a ação conjunta dos
dois: Gênesis 1.2-3 (Espírito e Palavra). A Palavra de Deus é identificada como
a espada do Espírito (Ef 6.17). Interessante notar o testemunho que encontramos
na Bíblia sobre o Espírito Santo “falando”, “testificando” (Hb 3.7; 10.15-16).
Assim, dependemos do Espírito Santo para compreender a Palavra de Deus (1Cor
2.10-14; 2Pe 1.20-21). Como escreveu John Higgins: “O Espírito Santo nem altera
nem aumenta a verdade da revelação divina dada nas Escrituras. Estas servem
como padrão objetivo necessário e exclusivo, através das quais a voz do
Espírito Santo continua a ser ouvida”. Portanto, não há contradição entre a
genuína manifestação dos dons espirituais e a doutrina bíblica.
2.3. A
Bíblia forma o caráter humano.
Por que através dos séculos a Bíblia continua
sendo tão transformadora e formadora de caráter? Ninguém produz uma máquina e
depois pergunta o que ela é capaz de fazer. Deus não nos fez sem ter
conhecimento do que somos capazes de realizar, e também não nos fez para que
sejamos improdutivos (Jo 15.16). Por isso deixou Sua Palavra, para que através
dela sejamos orientados quanto a toda forma correta de vida (Jo 8.32). Tudo que
Deus tem para nós; requer de nós; e tudo quanto precisamos saber
espiritualmente de Sua parte sobre a redenção; regr5as de conduta, e felicidade
eterna; está revelado em Seu sagrado manual (Mt 22.29).
A Bíblia é a melhor diretriz de
conduta humana. Os princípios que modelam nossa vida devem proceder dela. A
falta de uma correta e pronta orientação espiritual de acordo com a Palavra de
Deus tem resultados em inúmeras vidas desiquilibradas e doentes entr4e nós (Os
4.6; 2Pe 2.1-2) O Senhor Deus não nos entregou outra revelação escrita além da
Bíblia. Tudo o que o homem tem a fazer é tomar p Livro e apropriar-se dele pela
fé.
3. A
Bíblia é o Livro dos livros.
Através dos séculos, a Palavra de Deus
permanece imponente e poderosa. A Bíblia é sempre nova e inesgotável. O tempo
não a afeta. Se a Bíblia fosse de origem humana, já estaria desatualizada. Em
mais de vinte séculos, o homem não conseguiu, e nem conseguirá, produzir um
livro melhor, e, apesar de tanta ciência e conhecimento, ela jamais foi
superada (1Tm 4.9).
3.1. A
Bíblia é uma fonte inesgotável.
Por que a bíblia é tão diferente dos livros que
conhecemos? Porque nunca se torna um livro antigo, apesar de ser cheio de
antiguidades (1Pe 1.25). Ela é tão atual quanto aos acontecimentos de hoje,
pois subsiste eternamente (Is 40.8). Acerca da Bíblia, disse Spurgeon: “Não
haverá dificuldade em arranjar assuntos totalmente distintos dos já usados; a
variedade é tão infinita quanto a sua plenitude. Uma longa vida mal dá para
ladear as margens deste continente de luz”, A Palavra de Deus é igual ao Seu
Autor: infinita, imensurável e eterna. Seu conteúdo é sempre atual, jamais se
esgota. Se nossa chamada fosse eterna, teríamos em mãos material suficiente
para toda a eternidade.
A Bíblia pode ser lida inúmeras vezes
sem que o leitor perca por ela o interesse. Isso não ocorre com os demais livros!
Qual de nós já se cansou de ler, ou qual de nós já descobriu tudo o que ela
revela? Cada vez que lemos, descobrimos coisas que nunca tínhamos visto antes.
Nos seus milhares de anos de leitura, a Bíblia nunca foi esgotada por ninguém
(Rm 11.33-34).
3.2. A
Bíblia é superior a todos os demais livros.
A Bíblia só contém verdades, se há mentiras não
são dela; apenas nela foram registradas. Ela pende para o lado divino. No que
se refere ao lado humano, ela tanto apresenta os atos prodigiosos de alguns
homens, quando revela suas fraquezas. É um Livro exato. Somente a Bíblia ensina
que o homem está em condições físicas, mentais e morais decadentes e que, se
deixado só, decairá cada vez mais. Se a Bíblia fosse um livro originado do
homem, ela não poria descoberto suas faltas. Os homens jamais teriam produzido
um livro como a Bíblia, que dá toda a glória ao único Deus e mostra a fraqueza
do homem (Jó 17.1; Sl 50.21-22; 51.5; 1Co 1.19-25).
A Bíblia e um Livro singular, sem
“igual nem semelhante”. Não há obra literária que se compare à Bíblia em vários
aspectos (além de outros): circulação; tradução; sobrevivência; ensinos;
influência. Embora os demais livros tenham seu valor, nenhum se compara a
Bíblia em verdade, conhecimento, propósito e significado para a humanidade (Tg
1.18).
3.3. A
Bíblia revela a pessoa de Cristo e a salvação do homem.
A Bíblia e Cristo são inseparáveis. Do Antigo
ao Novo Testamento, Ele é o personagem central (Lc 19.10; At 4.12). cuja missão
foi a salvação de toda a humanidade (Lc 19.10; At 4.12). Cristo é o tema
central de toda a Bíblia. O próprio Senhor Jesus afirmou que as Escrituras
testificam dEle. Filipe disse para Natanael acerca de Cristo: “aquele de quem
Moisés escreveu na lei, e os profetas” (Jo 1.45). Sendo assim, podemos
considerar Jesus Cristo e a Palavra de Deus como a revelação especial de Deus
para a humanidade conhecer o plano divino de salvação (Jo 20.31). É importante
compreender que a salvação do homem implica não apenas em livrá-lo do inferno,
ela vem para descontaminá-lo de tudo o que é avesso à santidade de Deus.
Deus se revelou, agora precisamos
crer, e permanecer, como encontramos em diversos textos bíblicos: João 3.16;
Hebreus 4.12; 1Coríntios 15.1-2. Assim, o plano de Deus para a humanidade passa
pela Sua Palavra revelada e por Jesus Cristo.
Conclusão.
O estudo da Bíblia tem por finalidade precípua
o conhecimento de Deus. Portanto, a causa motivante de ensinar a Bíblia aos
outros deve ser a de levá-los a conhecer a Deus. Se apenas conhecermos o Livro
e falharmos em conhecer a Deus, erramos no nosso propósito (Jo 20.31; 2Pe
3.18).
Questionário.
1. Qual deve ser o alimento diário da alma?
R: A Bíblia (Mt 4.4).
2. Por que Deus nos deixou Sua Palavra?
R: Para que através dela sejamos
orientados quanto a toda forma correta de vida (Jo 8.32).
3. Por que a Bíblia é tão diferente dos livros
que conhecemos?
R: Porque nunca se torna um livro
antigo, apesar de ser cheio de antiguidades (1Pe 1.25)..
4. O que a Bíblia revela?
R: A pessoa de Cristo e a
salvação do homem (Lc 24.44).
5. Qual é o tema central de toda a Bíblia?
R: Cristo (Jo 5.39).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Doutrinas Fundamentais da Igreja de Cristo. O legado
da reforma Protestante e a importância de perseverar no ensino dos apóstolos,
Adultos, edição do professor, 4º trimestre de 2017, ano 27, Nº 105, publicação
trimestral, ISSN 2448-184X.
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