Lição 13
E AGORA, COMO VIVEREMOS NA SOCIEDADE DE CONSUMO?
24/12/2017
TEXTO DO DIA
(Is 55.2).
"Por que gastais o dinheiro naquilo que
não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?"
Síntese
Consumo santificado é a chave bíblica para
viver com moderação e rejeitar o consumismo.
Agenda de
leitura
Segunda - 1 Co 7.23
A melhor de todas as compras
Terça - Jo 4.8
Os discípulos vão às compras
Quarta - Mt 16.26
Não adianta ganhar o mundo e perder a alma
Quinta - Pv 23.23
Espírito de moderação
Sexta - Rm 12.9
Apegue-se ao bem
Sábado - Hb 12.14
Seguindo a santificação
Objetivos
Conhecer a era do mercado de
consumo;
Expor os perigos da
mentalidade de consumo na Igreja.
Interação
Prezado(a)
professor(a), você acha estranho falarmos em "consumo
santificado?" Geralmente, pensamos em santidade como algo distante da
realidade do cotidiano; ou conforme escreveu John Eldredge, no livro Santidade
que Liberta (CPAD), como algo "espiritualmente elitista e, francamente
bastante severo. Abrir mão de prazeres mundanos, coisas inocentes como açúcar,
música ou pesca; viver uma vida inteiramente 'espiritual'; orar muito, ser uma
pessoa muito boa. Algo que apenas os santos muito antigos conseguiram".
Mas, é preciso recordar que a santidade é algo que abrange toda a maneira de
viver de quem se entregou uma vez a Cristo (1 Pe 1.15), o que inclui a prática
do consumo. Eldredge explica que "o
amor de Deus procura nos tornar íntegros e santos a fim de que os seres humanos
se tornem o que eles devem ser". Certamente, Deus não quer que sejamos
consumistas compulsivos. A santidade é capaz de nos libertar dos desejos
desenfreados da carne.
Orientação
Pedagógica
Professor(a), escreva no quadro ou em outro
recurso visual o termo "Consumo santificado". Depois, peça para os
alunos dizerem o que entendem por santidade e se é possível aplicar a santidade
aos hábitos de consumo. Explique que a santidade que Deus espera de seus filhos
aplica-se a todas as áreas da vida humana, inclusive na prática de compras, a
fim de tornar o crente moderado, resistindo aos apelos das propagandas e dos
desejos carnais.
Texto
bíblico
Isaías 55.1,2
1 Ó vós todos os que tendes sede, vinde às
águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e
comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é
pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me
atentamente e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, falaremos a respeito da sociedade
de consumo. Além de discorrer sobre os perigos do consumismo e da mentalidade
de consumo na igreja, destacaremos a necessidade do crente desenvolver hábitos
de consumo santificado.
I - A ERA
DO MERCADO DE CONSUMO
1.
Sociedade de consumo. Você já percebeu a quantidade de produtos e serviços
colocados à venda na atualidade? Vende-se praticamente de tudo. O mundo parece
um grande shopping center. Isso se deve, em grande parte, às mudanças ocorridas
após o fim do Século XIX, com o desenvolvimento da industrialização e a
produção cada vez maior dos bens de consumo. Vivemos, segundo os teóricos, na
"sociedade de consumo", que se distingue pelos seguintes fatores:
economia de mercado, oferta em grande escala e consumo em massa.
2. O papel do marketing. Dentro da cultura de
consumo, a publicidade comercial desempenha papel preponderante. As pessoas são
estimuladas pelas campanhas publicitárias, muitas vezes apelativas, a
adquirirem novos produtos. Os anúncios estão ao alcance dos nossos olhos em
todos os lugares, nos programas televisivos, na internet e nas avenidas das
cidades, tentando nos seduzir. A indústria midiática se vale de técnicas
psicológicas com o objetivo de induzir a emoção do público, fazendo com que as
pessoas comprem sem que tenham necessidade. Atire a primeira pedra quem nunca
se sentiu seduzido por alguma propaganda.
3. Do consumo ao consumismo. Evidentemente, o
consumo faz parte da vida humana. Todavia, há sérios riscos à sociedade e à
verdadeira espiritualidade quando o consumo básico e ordinário se converte em
consumismo: o desejo desenfreado pelas compras. Tal comportamento inverte as
prioridades: transforma o supérfluo em necessário, e o necessário em supérfluo.
Homens e mulheres vão às compras pelo simples prazer carnal de comprar, numa
prática de verdadeira idolatria ao consumo.
No consumismo, as pessoas nunca estão
satisfeitas com o que possuem, e gastam o que têm e até mesmo o que não têm,
endividando-se, para comprar algo novo. Embora alguns consigam satisfazer o
desejo material, suas almas no fundo ainda permanecem vazias e sedentas por
algo mais. E assim nunca se sentem completamente satisfeitas.
II - O
PERIGO DA MENTALIDADE DO CONSUMO NA IGREJA
1. Igrejas e a lógica do mercado. Se por um lado
glorificamos a Deus pelo crescimento das igrejas evangélicas nas últimas
décadas no Brasil, por outro ficamos apreensivos com a quantidade de modismos e
inovações que surgem em decorrência dessas novas expressões de fé. Nem sempre o
crescimento quantitativo representa elevação da qualidade espiritual. Afinal,
frequentemente denominações são abertas sem o mínimo de discernimento bíblico e
orientação divina. Uma reportagem publicada tempos atrás pela BBC Brasil
realçava essa realidade. Sob o título "Crescimento evangélico estimula
mercado que une consumo e religião" a matéria destacava a sede de
prosperar e consumir dos religiosos, assim como as novas estratégias de
negócios das igrejas.
2. Igrejas ao gosto do freguês. Emerge neste contexto a
competição religiosa, pela qual as igrejas passam a atuar como verdadeiras
agências de mercado, com base no princípio básico da lei de consumo: obter as
maiores recompensas por meio dos menores custos. Para sobressair, alguns ministérios
passaram a oferecer duas coisas: benefícios terrenos e baixo custo aos fiéis. E
o resultado, infelizmente, foi a apresentação do evangelho não como dádiva,
obra da graça de Cristo, e sim como produto de mercado. Dentro dessa concepção
antibíblica, o crente é visto como mero freguês, cujos desejos devem ser
atendidos, e o pastor como um empreendedor, que faz da igreja o seu próprio
negócio (2 Pe 2.3).
A expressão máxima dessa concepção é percebida
na teologia da prosperidade, que centraliza nas bênçãos materiais (ou seja, no
consumo) o foco do evangelho. O nível espiritual do cristão é medido em padrões
econômicos, como roupas de grife, carros de luxo, mansões e equipamentos de
última geração. Infelizmente, muitos crentes estão sendo enganados por essa mentira
diabólica.
Não importa, jovem, a sua capacidade de
consumo, Deus não o avalia pela quantidade de bens que possui, mas pela
comunhão que tem com Ele!
SUBSÍDIO
"Todos os dias você e eu estamos tomando
decisões que nos ajudam a construir um ou outro tipo de mundo, estamos nós
cooptados pela cosmovisão passageira do mundo da nossa época, ou estamos
ajudando a criar um mundo novo de paz, amor e perdão?
E agora, como viveremos?
Abraçando a verdade de Deus, entendendo a ordem
moral e física que Ele criou, argumentando amavelmente com nossos vizinhos por
amor à verdade, e então tendo a coração de vivê-la em todos os aspectos da
vida. Corajosamente, sim, e com alegria" (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy.
E agora, como viveremos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 566).
ESTANTE
DO PROFESSOR
BUENO, Telma. Boas Ideias para Professores de
Educação Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
CONCLUSÃO
Neste mundo caído, viveremos de acordo com a
vontade de Deus, o que implica resistir e confrontar o pecado, testemunhar o
amor de Deus em tudo e proclamar a mensagem simples, mas poderosa do evangelho:
Jesus Cristo salva, liberta, cura, santifica e em breve voltará!
Hora da revisão
O que distingue a sociedade de consumo?
A "sociedade de
consumo" se distingue pelos seguintes fatores: economia de mercado, oferta
em grande escala e consumo em massa.
Qual o papel da publicidade dentro da sociedade
de consumo?
Dentro da cultura de consumo, a
publicidade comercial desempenha papel preponderante. As pessoas são estimuladas
pelas campanhas publicitárias, muitas vezes apelativas, a adquirirem novos
produtos.
De que se vale a indústria midiática para
seduzir as pessoas ao consumo?
A indústria midiática se vale de
técnicas psicológicas com o objetivo de induzir a emoção do público, fazendo
com que as pessoas comprem sem que tenham necessidade.
O que o consumismo faz com as prioridades?
Ele inverte as prioridades:
transforma o supérfluo em necessário, e o necessário em supérfluo.
O que alguns ministérios fazem para sobressair
na sociedade de consumo?
Para sobressair, alguns
ministérios passaram a oferecer duas coisas: benefícios terrenos e baixo custo
aos fiéis. E o resultado, infelizmente, foi a apresentação do Evangelho não
como dádiva, obra da graça de Cristo, e sim como produto de mercado.
Fonte: CPAD, Revista, Lições
Bíblicas Jovens, professor, Seguidores de Cristo – Testemunhando numa Sociedade
em Ruinas, Comentarista Valmir Nascimento,
4º trimestre 2017.
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