Lição 08 Jesus o
missionário excelente.
20 de agosto de 2017
Texto
Áureo
João 12.46
46 Eu
sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça
nas trevas.
Verdade
Aplicada
Para nos resgatar das trevas, Cristo se fez
homem e morreu por nós, demonstrando um amor incondicional.
Objetivos
da Lição
Apresentar a identidade de Jesus
como missionário do Pai;
Mostrar a natureza excelente
da missão de Jesus;
Revelar os principais aspectos
da missão de Jesus.
Glossário
Imaculado: Sem pecado; sem mancha,
limpo;
Inominável: Que não se pode nomear;
Vicário: Que substitui alguém ou
algo.
Leituras
complementares
Segunda Sl 36.9
Terça Jo 1.29
Quarta Rm 5.17
Quinta 1Co 15.45-49
Sexta Hb 11.3
Sábado 1Jo 1.1
Textos de
Referência.
João 1.1-5; 12
1 No
princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele
estava no princípio com Deus.
3 Todas
as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele,
estava a vida e a vida era a luz dos homens;
5 E a
luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
12 Mas,
a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus.
Hinos
sugeridos.
18, 126, 459
Motivo de
Oração
Ore para que a Palavra de Deus alcance as
pessoas mais solitárias e distantes da Síria.
Esboço da
Lição
Introdução
1. A excelência do missionário.
2. A excelência da missão.
3. A excelência do propósito.
Conclusão
Introdução
Jesus Cristo veio dos céus em obediência ao Pai
e também por um imensurável amor à Sua criatura. Como Cordeiro Imaculado, Ele
veio salvar o mundo dos seus pecados.
1. A
excelência do missionário.
Não encontramos o título de “missionário” no
Novo Testamento. Mas o escritor aos Hebreus nomeia a Cristo como “apóstolo” (Hb
3.1). Um apóstolo é um “enviado”, isto é, alguém com a missão de revelar a
vontade de Deus aos que se encontram na escuridão.
1.1. Jesus,
a palavra eterna.
A identidade de Jesus é revelada de duas
maneiras em relação à Sua missão. Primeiro, como Verbo, o que aponta para a sua
natureza divina, Ele é aquele que veio salvar o homem de seus pecados e da
perdição eterna (Jo 1.10-12). Em sua essência divina, Ele é o próprio Deus em
ação, atuando para que se realize na terra o que foi idealizado na eternidade,
dando-se como oferta, “anulando a conta da nossa dívida” (Cl 2.14). Segundo,
como homem, revelando a glória divina, mostrando aos seres humanos que Deus é
amore que enviou para mostrar à humanidade perdida o caminho de volta ao Pai
(Jo 3.16).
Os quatro evangelhos apresentam um
resumo da vida, palavras e do ministério de Jesus Cristo na terra. Porém, o
evangelho de João vai além, pois revela Jesus Cristo como o Eterno Filho de
Deus, o Logos, “a luz dos homens” que resplandece nas trevas. Neste evangelho,
encontramos o texto considerando como o “texto áureo” e o resumo de toda a
mensagem bíblica: João 3.16.
1.2. Jesus,
a vida.
João, o evangelista, registrou que através de
Jesus Cristo todas as coisas vieram a existir desde a eternidade (Jo 1.3). Os
céus e a terra são obras de Suas mãos. Toda autoridade humana que se nomeia
veio por meio dEle e por Ele tudo subsiste (Cl 1.15-17). Apenas aquele que
criou e sustenta todas as coisas é capaz de redimir do pecado e da perdição.
Por isso, Ele disse acerca de si mesmo: “Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).
Cristo é a causa de tudo o que veio a
existir, tanto as coisas visíveis, quanto as invisíveis. Ele é a Palavra e os
mundos foram criados pela Palavra, ou seja, por Ele mesmo (Hb 11.3). Jesus
Cristo é a Palavra da Vida (1Jo 1.1). A verdade e a vida de Deus estão
encarnadas em Jesus Cristo. Jesus não é somente o caminho até Deus; Ele é a
verdade de Deus e Ele é a vida de Deus (1 Jo 5.20).
1.3.
Jesus, a luz do mundo.
Por causa do pecado, da humanidade caminhava em
trevas. Jesus é o sol da justiça que trouxe esperança, cura e salvação. Mesmo
para aqueles que habitavam, e ainda habitam hoje, na “região da sombra da
morte”, essa luz brilhou, e ainda brilha, dissipando as trevas do pecado, da
opressão, das enfermidades e da possessão demoníaca (Mt 4.16-17). Luz e trevas
se opõem, más não se nivelam em poder. A luz é superior. Quando alguém caminha
na luz, as trevas não dominam (Jo 12.35). O Senhor Jesus veio para trazer luz à
humanidade (Jo 1.9). Se vidas estão ainda em trevas, não é por causa da
limitação da luz, mas porque não querem a luz (Jo 3.19-20).
Jesus Cristo é a luz do mundo. Quando
cremos nisso firmemente de coração, significa que as coisas mudaram em nossas
vidas. Significa que algo aconteceu em nosso coração que possa refletir a visão
de um mundo diferente, de emoções negativas curadas e de um paz altamente
contagiante. A luz sempre irá predominar sobre as trevas. Quando a luz revelada
divina penetra em nossas vidas, não podemos mais ser como antes (Sl 36.9).
2. A
excelência da missão.
Jesus fez diversas declarações importantes
acerca da salvação. Uma delas foi: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo
14.6b). Eis o propósito de Sua excelente missão. Todos aqueles que desejam
encontrar-se com o Pai, devem primeiro conhecer o Filho, para receber a
salvação.
2.1. Jesus,
o Verbo que se fez carne.
Alguns sentidos da palavra “habitou”, no grego,
são: “alojar-se em tenda: tabernacular”. Aquele que “estava com Deus” e “era
Deus” foi enviado ao mundo para estar com a humanidade. Eis o Missionário por
excelência! Deus se aproxima dos pecadores para resgatá-los. Em Jesus Cristo,
encontramos a integração dos atributos divinos e humanos. Ele é o Senhor
preexistente e divino, como também o ser humano encarnado em servo sofredor. Em
Cristo, o Missionário por excelência, encontramos o modelo de como comunicar o
Evangelho: a mensagem sempre será a mesma, mas os métodos acompanham o contexto
da atividade evangelística.
Sua humanidade foi perfeitamente
real, pois Ele era de carne, osso e sangue como qualquer um de nós. Os
gnósticos tentaram manipular essa verdade, disseminando entre o povo a heresia
de que Jesus Cristo não viera em carne, mas, sim, em espírito e que, por fim,
havia ressuscitado em espírito. Todavia, essa diabólica heresia foi rechaçada e
combatida por João (1Jo 4.1-3).
2.2. A
personificação do amor divino.
A vinda de Jesus entre nós vai além do que
podemos imaginar ou descrever. Jesus veio a esse mundo para revelar o amor de
Deus pela humanidade (Jo 3.16). Essa qualidade do amor divino e tão
indestrutível que não há como explicar tremenda graça. A Bíblia nos ensina que
Deus provou o Seu amor para conosco enviando a Cristo para morrer por nós,
mesmo sendo pecadores (Rm 5.8). Durante o Seu ministério terreno, Jesus Cristo
demonstrou a compaixão de Deus pela humanidade. No grego, a palavra compaixão,
entre outros sentidos, significa: “ser movido como pelas entranhas;
sensibilizar-se”. Que grande exemplo deixado para nós pelo Senhor.
Apesar das oposições, calúnias,
rejeição, incredulidade, nosso Senhor Jesus Cristo continuou: “tendo”;
“possuído de”; “movido de” compaixão (Mt 9.36; 14.14; 18.27). É maravilhoso
saber que hoje temos um Sumo Sacerdote que é capaz de “compadecer-se das nossas
fraquezas” (Hb 4.15), pois, como Missionário por excelência, experimentou o
suor, o cansaço, a dor, enfim, nossa realidade humana e “como nos (à nossa
semelhança), em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15). Foi por amor a nós
que Jesus Cristo se esvaziou de Sua glória e riqueza (2Co 8.9). O amor de Deus
vai ao encontro dos perdidos. É um amor capaz de dar a vida a alguém que jamais
fez por merecer. O amor divino é sem barreiras e sem fronteiras (Jo 3.16).
2.3. A
restituição do que foi perdido.
“...provém de Deus, que nos reconciliou consigo
mesmo por Jesus e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Co 5.18). A
expressão “reconciliação”, no grego, indica: restauração; mudança, no sentido
de uma pessoa em relação à outra. A Bíblia registra que o ser humano não
nascido de novo, vivendo em pecado, é “inimigo de Deus” (Rm 5.10); está
afastado da presença de Deus (Rm 3.23). Jesus Cristo foi enviado para
restituir-nos à comunhão e amizade com Deus. Fez isto pela Sua morte (Rm 5.10-11).
Ele efetuou o ministério da reconciliação e, agora, a Igreja recebe a missão de
tornar conhecida até os confins da terra a “palavra da reconciliação” (2Co
5.19).
Em Cristo, Deus Pai efetuou a remoção
da barreira – nossas transgressões (2Co 5.21). Agora Deus comissiona homens e
mulheres como mensageiros dessas boas-novas. Jesus Cristo. O Servo Sofredor (Is
53), não tinha pecado, mas suportou as consequências do pecado: “Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós...” (Gl 3.13).
3. A
Excelência do propósito.
Três expressões resumem a excelência do
propósito missionário de Jesus. São elas: “deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus (Jo 1.12); “O Filho unigênito, que está no seio do pai, este o
fez conhecer” (Jo 1.18); “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”
(Jo 1.29).
3.1. O
Agente Revelador.
A Igreja conhece a Deus-Pai através de Jesus
(Jo 1.18). Quem através da Palavra de Deus e da ação iluminadora do Espírito
Santo vê a Jesus Cristo, consequentemente, vê ao Pai por causa da Sua natureza
divina e comunhão íntima (Jo 14.9; 10,30). Embora os judeus sejam herdeiros da
Lei, dos concertos e promessas de Deus, nunca experimentaram um contato com o
Pai tão maravilhoso igual ao que se deu através de jesus, o Messias. Jesus nos
deixou uma herança eterna. Pela fé em Sua Palavra, não nos tornamos apenas
herdeiros da missão, mas também do mesmo poder que exercia em seu tempo (Jo
14.8-14).
É impossível que alguém creia em
Jesus Cristo de todo o coração e permaneça sem o conhecimento do Deus Pai, sem
o Seu amor e sem o Seu poder. Ao entregarmos as nossas vidas a Ele, recebemos a
Sua natureza missionária como Igreja, pois em Jesus Cristo todos somos um com
Ele.
3.2. O
Cordeiro de Deus.
É impossível chegarmos ao Pai, senão pelo
Cordeiro. Seu sangue tira o pecado do mundo. Jesus é o sacrifício aceitável e
perfeito a Deus, e substitutivo das nossas vidas. A epístola aos Hebreus, nos
capítulos 9 e 10, nos ensina que os sacrifícios oferecidos no tempo do Antigo
Concerto (vide o livro de Levítico) eram tipos do sacrifício que Jesus Cristo
ofereceu por nossos pecados. O Cordeiro de Deus, por Seu próprio sangue, efetuou
“eterna redenção” (Hb 9,12). Não há necessidade de repetir o sacrifício, foi
“um único” (Hb 10.12). O apóstolo João ouviu que o novo cântico entoando no céu
menciona o Cordeiro, Sua morte, Seu sangue e o resultado de Seu sacrifício (Ap
5.9-14).
O sacrifício exigido por Deus já foi
realizado. Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus, o sacrifício insubstituível por
toda a eternidade (Jo 1.29). Com um único sacrifício, Ele purifica
completamente (Hb 10.14). Diferentemente dos sacrifícios oferecidos na antiga
aliança. Jesus Cristo é o Grande Sumo Sacerdote sobre a casa de Deus (Hb 4.14;
10.21). Sua grandeza consiste na eficácia sem igual da Sua obra em abrir um
novo e vivo caminho (Hb 10.20).
3.3. O
direito de filiação divina.
Outro propósito dentro da obra missionária de
Jesus é garantir a filiação divina aos que creem. Há muito se apregoa uma paz,
fraternidade e amor da qual deus não participa. Todos somos criaturas de Deus.
No entanto, para no tornarmos filhos de Deus precisamos receber Jesus Cristo,
crendo em Seu nome (Jo 1.12). Esta filiação ocorre por adoção através do Filho
de Deus e da habilitação do Espírito Santo em nós (Rm 8.15). Tal adoção ocorre
pela fé plena no Cordeiro. Sem Ele permanecemos como meras criaturas. Portanto,
a missão de Jesus resulta na formação de uma grande família na terra, quando
então entregará o Reino ao Pai e entraremos no perfeito estado eterno (1Co
15.24).
O Senhor Jesus Cristo em Sua missão
veio para que nos tornássemos filhos de Deus, através da nossa fé nEle como
nosso Salvador. Ser filho de Deus é estar de posse da salvação, que abrange não
somente a vida eterna, mas, também, reinar em vida (Rm 5.17). Vale ressaltar
que o nascimento espiritual e a nova vida para a qual Jesus abre a porta são
temas importantes do evangelho de João. O remanescente que deu as boas-vindas
ao Verbo quando Ele veio ao mundo recebeu direito de herança de todas as
bênçãos e privilégios que Sua vinda traria. Estas bênçãos e privilégios
resumem-se na aceitação de alguém como membro da família de Deus. Em Hebreus
2.10-11, lemos que Deus, por intermédio de jesus Cristo, traz “muitos filhos à
glória”. E o próprio Jesus Cristo nos trata como “irmãos”. Eis a grande família
de Deus!
Conclusão.
Jesus não veio a terra por conta própria. Ele veio
cumprir a vontade do nosso Pai Celestial e, nesta vontade, Ele se deleitava em
fazê-la (Jo 4.34; 6.38). Ele foi um missionário excelente. Não é à toa que o
escritor aos Hebreus o chamou de “apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão”
(Hb 3.1).
Questionário.
1. Segundo a lição, o que João, o evangelista,
registrou?
R: Que através de Jesus Cristo
todas as coisas vieram a existir desde a eternidade (Jo 1,3).
2. O que devemos fazer para se encontrar com o
Pai?
R: Conhecer o Filho (Jo 14.6b).
3. Cite uma das expressões que resumem a
excelência do propósito missionário de Jesus?
R: “Deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus” (Jo 1.12).
4. Como a Igreja conhece a Deus-Pai?
R: Através de Jesus (Jo 1.18).
5. Como ocorre nossa filiação a Deus?
R: Por adoção através do Filho de
Deus e da habitação do espírito Santo em nós (Rm 8.15).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Evangelismo, Missões e Discipulado, A tarefa
primordial da igreja, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de
2017, ano 27, Nº 104, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
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