Lição 05 A
evangelização de grupos específicos.
30 de julho de 2017
Texto
Áureo
Lucas 19.10
“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o
que se havia perdido”.
Verdade
Aplicada
Ao evangelizar grupos que estavam à margem da
sociedade, Jesus não somente nos deu um exemplo, como também nos confiou um
legado.
Objetivos
da Lição
Ensinar quer o amor divino nos
inspira a evangelizar grupos específicos;
Enfatizar a necessidade de se
evangelizar grupos que sofrem abandono;
Mostrar como podemos alcançar os
diversos grupos de viciados, encarcerados e ex-presidiários.
Glossário
Abstinência: Privação, forçada ou
não, do uso do álcool ou de outra substância química;
Meretriz: Prostituta;
Tributário: Que paga tributo;
contribuinte.
Leituras
complementares
Segunda Mc 10.45
Terça Lc 19.6
Quarta Lc 19.7
Quinta Lc 19.8
Sexta Lc 19.9
Sábado Lc 19.10
Textos de
Referência.
Lucas 19.1-5
1 E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia
passando.
2 E eis que havia ali um varão, chamado Zaqueu;
e era este um chefe dos publicanos e era rico.
3 E procurava ver quem era Jesus e não podia,
por causa da multidão, pois era de pequena estatura.
4 E, correndo adiante, subiu a uma figueira
brava para o ver, porque havia de passar por ali.
5 E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando
para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém
pousar em tua casa.
Hinos
sugeridos.
12, 166, 172
Motivo de
Oração
Louve a Deus pelas igrejas, hospitais e
livrarias cristãs que compartilham as boas novas.
Esboço da
Lição
Introdução
1. O inspirador amor de Jesus.
2. Os grupos dos nossos dias,
3. Outros grupos a serem
evangelizados.
Conclusão.
Introdução
A graça de Deus que se manifestou trouxe
salvação a “todos os homens” (Tt 2.11), indicando assim o caráter universal do
Evangelho. Na evangelização, não há lugar para preconceito e discriminação.
1. O
inspirador amor de Jesus.
Jesus compartilhou a mensagem do Reino de Deus
com pessoas que eram discriminadas, como por exemplo, os publicanos e as
meretrizes. O amor do Senhor não via empecilhos, mas oportunidade de
pregar-lhes a salvação.
1.1. O
amor que busca o pecador.
Zaqueu era um funcionário público, coletor de
impostos para Roma. Porém. Era judeu, e pela qualidade do serviço que fazia era
tratado de maneira discriminada por seus conterrâneos. Por prestar serviços de
arrecadação a uma nação pagã, que fazia o seu povo tributário, era desprezado e
odiado pelos homens. Ele ouviu a respeito deste Jesus que acolhia os coletores
de impostos e os pecadores, e seu coração se encheu de esperança. Ele se
esforçou, desejou ver Jesus e o resultado foi maravilhoso, porque Jesus o
chamou pelo nome (Lc 19.5). O amor de Jesus pelos perdidos é inigualável, vai
além do que podemos imaginar (Rm 5.8).
Existem muitas pessoas como Zaqueu,
que possuem um desejo muito grandioso de mudar. Mas como essas pessoas serão
alcançadas, se não caminharmos em sua direção? A razão que nos motiva a ir em
busca dessas almas é o amor de Cristo, que vê muito além de práticas humanas e
de rótulos impostos pela sociedade. Quando a Palavra de deus diz que Jesus
Cristo nos amou e morreu por nós, mesmo sendo pecadores, isto inclui todo o
tipo de pecados e erros que a humanidade possa cometer (Rm 5.8). Ninguém é tão
ímpio que Cristo não possa salvar e não há pessoa tão boa que não necessite
nascer de novo. Zaqueu, um publicano rico, tornou-se discípulo de Cristo. Vemos
um camelo passando pelo fundo de uma agulha e um rico entrando no Reino de
Deus. É uma prova concreta de que para Deus todas as coisas são possíveis.
Nesta passagem bíblica, vemos um avarento coletor de impostos sendo
transformado em um cristão generoso.
1.2. O
amor misericordioso.
Zaqueu acolheu Jesus em sua casa alegremente,
mas todos os que viram isso murmuraram contra o Mestre. As pessoas estavam tão
insensíveis às necessidades espirituais de Zaqueu que não conseguiam vê-lo como
um homem carente de salvação. Mas Jesus viu, e, por isso, entrou em sua casa
(Lc 19.9; Ap 3.20). O arrependimento de Zaqueu foi instantâneo, e, diante
disso, ele tomou diversas resoluções para demonstrar sua mudança. Quando Jesus
anunciou que ficaria em sua casa, Zaqueu descobriu que tinha encontrado um
amigo novo e maravilhoso. Deus sempre vê o que há no coração humano, mesmo que
por fora venhamos aparentar algo diferente. Ele sabe quem somos e como nos
alcançar (1Sm 16.7).
Nosso Senhor Jesus Cristo demonstrou
misericórdia pelos marginalizados, estigmatizados e socialmente rejeitados.
Nosso dever como cristãos é seguir esses mesmos passos (Mt 10.25ª). Como
igreja, devemos demonstrar misericórdia, nos compadecendo da miséria alheia,
principalmente a espiritual. Zaqueu mudou de vida porque foi alcançado pelo
amor que rompe barreiras e vai além dos olhos humanos. O Senhor Jesus nunca
muda. O que Ele fez por Zaqueu Ele é capaz e está disposto a fazer por qualquer
outra pessoa.
1.3. O
amor perdoador.
Ainda há muito a se fazer em prol das pessoas
carentes de afeição, amizade e de perdão divino. Para isso, devemos nos
inspirar no amor oferecido por Jesus aos pecadores. Quem diria que Levi, um
cobrador de impostos, viesse a se tornar o escritor do primeiro evangelho? O
amor divino enxerga algo precioso naqueles que, aos olhos humanos, são
desprezíveis e sem futuro. Existem pessoas que irão muito além do que podemos
pensar, por isso, precisamos alcança-las (Is 12.3-4).
Não devemos jamais duvidar daquilo
que Deus pode realizar na vida de uma pessoa. Esse critério não cabe a nenhum
de nós. Fomos chamados para testemunhar de jesus Cristo, e, se o fizermos com
amor, dedicação e fé, os resultados serão gratificantes para o Reino de Deus.
Calados, nada realizamos, mas, proclamando, Deus, com certeza, agirá. Devemos
oferecer o Evangelho com ousadia, mesmo que seja o pior e o mais ímpio dos
pecadores (Is 1.18). Os médicos, às vezes, consideram alguns casos de pessoas
como incuráveis. No entanto, não existem casos incuráveis para o Evangelho.
Qualquer pecador pode ser curado, isto é, restaurado, transformado se tão
somente vier a Jesus Cristo e recebe-lo como único e suficiente Salvador.
2. Os
grupos dos nossos dias.
A identificação de diversos grupos sociais
contribuirá na contextualização da mensagem do Evangelho e no estabelecimento
de estratégias buscando promover ações inclusivas, pois todos os segmentos
sociais devem ser alcançados pela evangelização.
2.1.
Comunidades carentes.
As comunidades carentes, além do abandono
social, sofrem bastante por causa da pressão espiritual. O morador tem que
conviver diariamente com a baixa moralidade, o uso de drogas ilícitas e o
tráfico. Muito já se foi feito, mas ainda há muito o que se fazer para melhorar
as condições de vida e segurança dessas pessoas (Ec 4.1). O tempo não nos
espera. Como Igreja, devemos agir urgentemente. Onde houver uma alma, ali há um
campo missionário.
Nas comunidades carentes normalmente
há um alto grau de receptividade ao Evangelho. Os discípulos de Jesus Cristo
precisam anunciar nestas comunidades que o Senhor Jesus chama, também, os
pobres e pecadores a fazerem parte do Seu Reino (Lc 19.10). A presença da
Igreja é uma esperança, pois encontramos na Bíblia que, durante o ministério
terreno de Jesus, Ele salvava e libertava, mas também supria as necessidades
físicas das pessoas.
2.2.
Crianças abandonadas.
No que diz respeito às questões familiares,
nunca a sociedade brasileira viveu tempos tão difíceis como os atuais. Além de
um número sem fim de casamentos dissolvidos, a sociedade conta ainda com a
prostituição infantil e o abandono de crianças (Mt 19.13-14). É muito comum ver
crianças vendendo balas, doces e outros produtos para ajudarem seus pais na
renda familiar. Isso também acontece nos sinais de trânsito, onde muitas
crianças são manipuladas pelos adultos para pedir dinheiro aos motoristas.
Essas crianças deveriam estar na escola, ou sendo cuidadas pelos pais, mas,
infelizmente, a falta de planejamento familiar, o desemprego e a miséria são a
causa dessa tragédia.
Sabendo o perigo que rondaria as
crianças de serem desprezadas e desvalorizadas, o Senhor Jesus deixou-nos uma
advertência em Mateus 18.6. Quanto mais cedo a ação evangelizadora alcançar as
crianças, maiores as possibilidades de as mesmas não serem atingidas por
perigos físicos, morais e espirituais. As igrejas precisam investir mais para
alcançar as crianças com a Palavra de Deus, capacitando professores, equipando
as salas e providenciando material didático apropriado. Em 1780, o inglês
Robert Raikes iniciou um trabalho de evangelização dos menores que viviam nas
ruas da cidade. Além da evangelização, ele ensinava as crianças a ler e
escrever. Assim, começou a Escola Bíblica Dominical.
2.3. Anciãos.
A Igreja de Cristo deve ser um lugar de
acolhimento e de companheirismo para as pessoas idosas (Is 1.17). Há igrejas
que reúnem seus idosos para um tipo de culto chamado “culto da terceira idade”,
ou “melhor idade”. Muitos anciãos vivem uma terrível solidão dentro de suas
casas, por vários motivos: os filhos já casaram; um dos cônjuges faleceu,
doenças, etc. Por isso se faz necessário planejar cultos evangelísticos visando
alcançar pessoas dessa faixa etária também. Certamente, anciãos da igreja ainda
podem cooperar muito no Reino de Deus.
“Ouve a teu pai, que te gerou, e não
desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer” (Pv 23.22). As ações de
evangelização junto a terceira idade precisam respeitar as características
inerentes à faixa etária e criar um ambiente favorável, onde poderá haver
compartilhamento e valorização das experiências vividas, promoção de encontros
e reunião, realização de passeios, entre outros.
3. Outros
grupos a serem evangelizados.
Evangelizar grupos específicos é reflexivo,
desafiador e nos conduz a uma vida cristã prática. Se não fizermos algum tipo
de trabalho em prol de nosso próximo, tudo mais será perda de tempo.
3.1.
Alcoólatras e dependentes químicos.
O álcool e as drogas ilícitas (maconha,
cocaína, crack, etc.) têm feito muitas vítimas e destruído muitas famílias ao
redor do mundo (2Co 4.4). Algumas igrejas trabalham em conjunto com centros de
recuperação e outras já possuem tais centros. É um trabalho que exige amor,
paciência e muita determinação, porque pessoas que são dependentes químicos
sofrem abstinências e uma série de problemas psíquicos, físicos e espirituais.
Existe todo um processo até que possam ser reintegrados à sociedade. Muitos
perdem suas famílias, emprego e autoestima. Felizmente, a igreja tem atuado
junto a este grupo e realizado um bom trabalho, mas ainda há muito a fazer,
porque novas drogas surgem a cada momento e os mais atingidos são os jovens.
A medida que a igreja vai crescendo,
as possibilidades de ajudar grupos como esses também surgem. Qual seria a
pessoa mais qualificada para falar a um dependente químico? Aqueles que se
preparam para trabalhar com este projeto específico. Por esse motivo, é mais do
que importante evangelizar sem discriminação ou preconceito. Precisamos
entender que são almas carentes que estão nas ruas sendo arruinadas pelo vício
(Lc 4.18).
3.2.
Encarcerados e ex-presidiários.
O número de pessoas presas no Brasil cresceu,
intensificando uma tendência que fez o Brasil um dos três países do mundo com
maior aumento da população carcerária nas últimas duas décadas (Mt 25.42-43).
Essa é outra oportunidade que nos surge para anunciar o Evangelho. No entanto,
é preciso se preparar, pois só aqueles que são qualificados em capelania
carcerária possuem livre acesso para falar de Cristo nos presídios. Quando a
igreja local cumpre o seu papel, ela também ajuda na reestruturação da
sociedade (Lc 5.32; 15.4). Essas pessoas precisam voltar à sociedade. Com
Cristo em suas vidas, elas se transformarão em agentes a serviço do Reino de
Deus.
Existem várias formas e lugares onde
podemos anunciar a Cristo. O evangelismo urbano se preocupa em alcançar a todos
numa cidade, e isso inclui os encarcerados e ex-presidiários. A maioria dos
criminosos procede de uma família desestruturada. Muitos deles são vítimas da
violência doméstica e urbana. A Igreja deve exalar o amor paternal de Jesus,
Deve ser de fato uma família que alcance também essas pessoas.
3.3. A
batalha contra o mal.
A evangelização é a tarefa mais importante e
urgente da Igreja: “E apiedai-vos de alguns...E salvai alguns, arrebatando-os
do fogo...” (Jd 22-23). Existem grupos
de famílias desamparadas. Há homossexuais e prostitutas que precisam ser
evangelizados. Há várias áreas onde podemos atuar. Cabe à liderança da igreja
local, junto com a membresia, orar e buscar em Deus orientação sobre o assunto.
Depois, então, traçar metas de evangelização junto a grupos específicos. Não
devemos nos deixar levar pela emoção, mas pedir direção a Deus sobre qual grupo
(ou grupos) a igreja evangelizará de modo efetivo.
A missão da Igreja é evangelizar a
todos onde ela está plantada. A Igreja deve sair e espalhar a semente do Reino
de Deus aos quatro cantos de seu território. No entanto, no que diz respeito a
evangelização de grupos específicos, é necessário buscar a orientação de Deus
para realizar um trabalho mais efetivo. O que não se pode é ficar parado
enquanto vidas vão para o inferno (Ez 33.6).
Conclusão.
Busquemos conhecer os diversos grupos sociais
que estão presentes na região da igreja local. Apresentamos ao Senhor em oração
e peçamos a direção e capacitação necessárias do Espírito Santo, pois todos os
segmentos sociais precisam ser alcançados pela mensagem da salvação.
Questionário.
1. Como é o amor de Jesus pelos perdidos?
R: É inigualável, vai além do que
podemos imaginar (Rm 5.8).
2. O que a Igreja de Cristo deve ser para as
pessoas idosas?
R: Deve ser um lugar de
acolhimento e de companheirismo (Is 1.17).
3. O que o álcool e as drogas ilícitas têm
feito?
R: Muitas vítimas e destruído
muitas famílias ao redor do mundo (2Co 4.4).
4. Quando a Igreja local cumpre o seu papel,
qual é a sua ajuda?
R: Ela ajuda na reestruturação da
sociedade (Lc 5.32; 15.4).
5. Qual é q tarefa mais importante e urgente da
Igreja?
R: A evangelização (Jd 22.23).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Evangelismo, Missões e Discipulado, A tarefa
primordial da igreja, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de
2017, ano 27, Nº 104, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
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