Lição 13 Deus
estabelecerá governo justo e eterno.
25 de junho de 2017
Texto
Áureo
Jeremias 33.17
“Porque assim diz o Senhor: Nunca faltará a
Davi varão que se assente sobre o trono da casa de Israel”.
Verdade
Aplicada
Sempre há esperança para aqueles que confiam e
se submetem ao Senhor.
Objetivos
da Lição
Conhecer as similaridades entre
Jesus e Jeremias;
Identificar as promessas de
restauração e renovação;
Analisar os aspectos do novo
concerto.
Glossário
Introspectivo: Exame e contemplação
das próprias experiências, dos próprios pensamentos e sentimentos;
Prenúncio: Anúncio de coisa que há
de acontecer;
Similaridade: Que é parecido ou
semelhante a outro.
Leituras
complementares
Segunda Jr 23.1
Terça Jr 23.2
Quarta Jr 12.3
Quinta Jr 23.4
Sexta Jr 31.31
Sábado Mt 26.28
Textos de
Referência.
Jeremias 23.5-8
5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que
levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e
praticará o juízo e a justiça na terra.
6 Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel
habitará seguro; e este será o nome com que o nomearão: O Senhor, Justiça
Nossa.
7 Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em
que nunca mais dirão: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra
do Egito,
8 mas: Vive o Senhor, que fez subir e que
trouxe a geração da casa de Israel da terra do Norte e de todas as terras para
onde os tinha arrojado; e habitarão na sua terra.
Hinos
sugeridos.
291, 465, 472.
Motivo de
Oração
Ore para que a Igreja influencie as pessoas ao
seu redor de forma positiva.
Esboço da
Lição
Introdução
1. As similaridades entre
Jeremias e Jesus.
2. O prenúncio do Messias.
3. A promessa de um novo
concerto.
Conclusão
Introdução
Nesta última lição do trimestre, vamos refletir
que, mesmo em momentos de aparente caos e descontrole, o Senhor Deus tem uma
mensagem de esperança para o Seu povo.
1. As
similaridades entre Jeremias e Jesus.
As similaridades entre o profeta Jeremias e
Jesus Cristo são muitas. A mensagem profética de Jeremias diz respeito a um
“novo concerto com o Senhor” (Jr 31.31). Por conseguinte, no Novo Testamento,
esse novo concerto foi estabelecido com a morte e ressurreição de Jesus (Lc
22.20). O Messias estabeleceu a nova aliança (Jr 31.31; Mt 26.28).
1.1. Suas
Missões eram de alcances mundiais.
A Palavra de Deus nos informa que, assim como
Jesus, a missão do profeta Jeremias não resumia a pregar somente para a sua
nação (Jr 1.5). Assim como Jesus Cristo sofreu grande oposição na Sua missão, advertindo
seus concidadãos que o juízo de Deus estava próximo (Mt 12.14), com o profeta
Jeremias não foi diferente.
Jeremias foi nomeado profeta tanto
para Judá quanto para as nações (Jr 1.5). Jesus pregou o Evangelho em Israel e
mandou pregar a todas as nações (Mc 16.15). Quando Deus falou com Jeremias,
sabia que ele contestaria, mas, mesmo assim, o escolheu e o enviou para as
nações (Jr 1.5). Ele gritava contra o pecado de seus compatriotas e os
recriminava com rigor por causa da idolatria (Jr 7.30-34; 44.23). Com Cristo
não foi diferente. Quando Ele falava, discorria como quem tem autoridade,
deixando autoridades religiosas, políticos e cidadãos de todo o tipo perplexos
e, de alguma forma, profundamente impactados (Mt 7.29).
1.2. Outras
semelhanças entre Jeremias e Jesus.
Vejamos algumas semelhanças entre Jesus e
Jeremias: ambos eram solteiros; Foram rejeitados na própria nação; sofreram com
a rebeldia dos falsos profetas; choraram sobre a cidade de Jerusalém; Deus
honrou a ambos. Que bom estudar sobre a vida do profeta Jeremias. Aprendemos
muito com este homem e suas dores. Jeremias e Jesus eram familiarizados com o
sofrimento. Entre todos os profetas, sem contar nosso Senhor Jesus Cristo,
Jeremias foi o que mais sofreu, não houve dores iguais às suas (lm 1.12.13). Ao
ponto de ficar conhecido universalmente como “o profeta das lágrimas”.
O profeta Jeremias passou por
diversos sofrimentos: o desprezo do seu próprio povo (Jr 12.6); ferimentos e
prisões (Jr 20.1-2); solidão (Jr 38.6); sofrimento dos líderes de Judá (Jr
18.18); perigo de morte constante (Jr 26.8). Semelhante, Jesus sofreu dores
físicas e emocionais; preso (Mt 26.50); teve julgamento injusto (Mt 26.57); viu
Pedro o negar três vezes (Mc 14.54, 72); foi condenado pelo Sinédrio (Mt 27.1);
caminhou até o Gólgota (Mt 27.32, 34); sofreu flagelação e uma coroa de
espinhos foi colocada em Sua cabeça (Lc 23,1, 25); foi crucificado (Mt 27.35).
1.3.
Jesus é o verbo de Deus.
Semelhante a Jeremias, Jesus também não foi bem
aceito por Seu povo. Mesmo sendo Ele o “Verbo... e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).
A própria Palavra de Deus personificada, a perfeita revelação de Deus. Como
poderia algum homem mortal lutar contra a presença do seu criador? Mas o
apóstolo João assegura que não foi bem assim: “Veio para o que era seu, e os
seus não o receberam” (Jo 1.11). Embora Ele ensinasse com autoridade e como
boca de Deus expulsasse os demônios, confirmando sua autoridade profética (Mc
5.1-14), Cristo foi recusado pelos homens! Em várias circunstâncias, Jesus foi
abandonado pelas multidões que escutaram Suas admoestações e puderam ver Seus
amplos atos. Quando chegou o momento de decidir o que fazer com o filho de
Deus, a população gritou e persistiu em Sua morte (Lc 23.28, 23).
A boca fala o que o coração está cheio (Lc
6.45). Como falar coisas boas, se nosso coração está cheio de odiosidade,
rancor, fúria e desgostos? Como pensar coisas boas, se esse mesmo coração está
transbordando de sentimentos venenosos? Quando permanecemos na presença de
deus, o nosso coração é livre para adorar, as palavras que dizemos são boas e
edificam a nossa vida. Precisamos cuidar do nosso interior para que o nosso
coração esteja cheio de Deus e possamos ser boca de Deus na Terra.
2. O
prenúncio do Messias.
Jeremias profetizou sobrea vinda de um líder, o
Messias (Jr 23.5-6). O profeta o apresenta como um ramo da casa de Davi, o Rei
que iria reinar com autoridade e justiça.
2.1. Cristo,
o Renovo Justo.
No início do capítulo 23 do livro de Jeremias,
Deus fala sobre “os pastores que apascentam o meu povo” (Jr 23.2), que agiram
com maldade e não cuidaram, como deviam, do rebanho do Senhor (o povo de
Israel). Porém, a história do povo de Deus não terminará em destruição e
dispersão, pois “...Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo
justo” (Jr 23.5). Virá um Pastor, Jesus Cristo (Jo 10), que agregará as
ovelhas, fazendo-as voltar ao aprisco, e “frutificarão e se multiplicarão” e,
assim, “haverá um rebanho e um pastor” (Jr 23.3; Jo 10.16).
Os pastores eram os líderes falsos do
rebanho, que deixaram que ele dispersasse e no fim fosse destruído (Jr 2.8;
10.21; 23.1-4). Má liderança foi um dos fatores que causaram o exílio. Ovelhas
pastando é uma imagem campestre muito comum nas Sagradas Escrituras. Deus, o
supremo Pastor (Jo 10.11), mostrou com Sua morte até onde o amor divino estava
disposto a ir para redimir a humanidade pecadora.
2.2.
Cristo, nossa esperança.
Em um contexto de pecado, castigo, cativeiro e
desolação, há promessa de restauração e renovação para o povo de Deus: renovo
(Jr 23.5-6); restauração (Jr 30.17-22); e novo concerto (Jr 31.31-34). É como
se o profeta Jeremias penetrasse no futuro, olhando, pela fé, as verdades que o
Senhor estava lhe revelando. Em meio ao caos que se instalava em Jerusalém,
Deus estava lhe apresentando o cumprimento das promessas acima citadas, na
pessoa de Jesus Cristo: Ele é o Renovo! Ele restaura e é o mediador do novo
concerto. Portanto, “há esperança, no derradeiro fim...” (Jr 31.17).
Na restauração, Deus enxugará dos
olhos do Seu povo todas as lágrimas (Ap 7.17; 21.4). Israel agora disciplinado,
seguirá as recomendações de Deus, cujo jugo é agradável quando carregado
adequadamente (Mt 11.30). Como um pródigo que retorna, Israel veria o amor de
Deus derramado sobre si em abundância (Lc 15.22-32).
2.3. Cristo,
a certeza da restauração.
A palavra “renovo”, no hebraico, significa “um
broto), “um ramo”, “aquilo que cresce”. Seria possível a restauração do povo de
Deus (Israel)? Estava parecendo uma árvore arrancada. Porém, a infalível
Palavra de Deus afirmava que a “árvore” irá renascer, do seu tronco, das suas
raízes, um renovo surgirá e implantará a restauração da ordem e da justiça. O
propósito de Deus prevalecerá. Aqueles que atentarem à Palavra de Deus e se
voltarem arrependidos para o Senhor desfrutarão do tempo de restauração. Quando
Deus castiga o Seu povo, não é visando destruir, mas restaurar (Jr 31.17-18; Hb
12.5-11).
Na passagem bíblica de Hebreus
12.1-20, os leitores são exortados a olhar para o maravilhoso exemplo de nosso
Senhor Jesus Cristo, e isto leva diretamente a uma discussão sobre a
disciplina. O escritor aos Hebreus demonstra que ela é essencial para a vida
cristã, e exorta seus leitores de modo enfático a evitarem a inconsistência
moral, e apela ao caso de Esaú para ilustrar este aspecto. Mais uma vez
ressalta a grande vantagem da Nova Aliança sobre a Velha Aliança.
3. A
promessa de um novo concerto.
A lei e os sacrifícios efetuados no antigo
concerto expunham a decadente condição espiritual do ser humano diante de Deus,
indicando a total dependência do homem da graça e misericórdia do Senhor. O
novo concerto é a providência divina para restaurar a comunhão do ser humano
com Deus, por intermédio de Jesus Cristo.
3.1. Um
concerto superior.
Segundo o antigo concerto. Deus abençoaria o
povo de Israel caso obedecesse às leis divinas e castigaria caso desobedecesse.
O povo concordou e Moises selou o compromisso oferecendo um sacrifício.
Contudo, ao longo da história, continuamente o povo de Israel descumpriu as
exigências da Lei, revelando a incapacidade de toda a humanidade em viver de
acordo com a vontade de Deus por seus próprios esforços. Por esta razão, Deus
promete um novo concerto, “não conforme o concerto que fiz com seus pais” (Jr
31.32). “Um melhor concerto...melhores promessas”. (Hb 8.6).
A passagem bíblica de Jeremias 31.31-34
nos mostra que a aliança mosaica não será suficientemente flexível para a nova
época da graça divina e, por isto, terá de ser substituída. A nova aliança será
inscrita profundamente na vontade dos israelitas, que obedecerão ao Senhor por
escolha e não mais por obrigação. A apostasia será substituída por uma atitude
de fidelidade a Deus e a nação nunca mais servirá a nenhuma outra. O profeta
Jeremias insiste em que a apostasia é a raiz de todos os problemas de Israel.
3.2. O
novo concerto e a interioridade.
O profeta Jeremias denunciou que o povo de
Israel entrava pelas portas do templo para adorar ao Senhor, orava, ouvia a
leitura da Lei, observava dias, festas e cerimônias, contudo, não havia mudança
no comportamento diário, pois a nação continuava no adultério, furto,
sincretismo religioso e cometendo abominação (Jr 7), ou seja, o povo se
limitava a demonstrações exteriores! Porém, no novo concerto, a demonstração de
fidelidade a Deus começará no interior, no coração (Jr 31.33).
O próprio Jesus Cristo apontou a
transgressão dos escribas e fariseus de Seu tempo pelo fato de não terem
cuidado do coração (Mt 15.8, 18.20). É preciso ter atenção para não repetirmos
os mesmos erros. Como está o nosso coração? Os discípulos de Jesus Cristo precisam
entender que é justo resistir a todo e qualquer ensinamento que não provenha
das Sagradas Escrituras, isolando e abandonando todos os instrutores que
persistem no erro. Cedo ou tarde, toda doutrina falsa será totalmente
desarraigada e lançada ao opróbrio. Somente fica de pé aquilo que está
fundamentado sobre a Palavra de Deus.
3.3. O
novo concerto e o mistério de Deus.
“E ser-me-eis por povo, e eu vos serei por
Deus” (Jr 30.22). É o que o Eterno Deus sempre quis e continua querendo. A ação
de Deus no interior do ser humano proporcionará a concretização desse plano
divino: “e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33). O mistério
revelado quanto ao citado plano de Deus é que mesmo quem não é israelita,
segundo a carne, também está sendo chamado por Deus para fazer parte do Seu
povo (Ef 3.4-6). O Senhor Jesus Cristo une a todos que nEle creem em um só povo
(Ef 2.14, 16). Por intermédio da Igreja, Deus está anunciando a todos os homens
que se arrependam para que sejam “um povo para o seu nome” (At 15.14; 1Pe
2.9-10).
Tanto judeus como gentios, em Jesus
Cristo, são um novo homem (Ef 2.15). Antes, sem Cristo, os gentios estavam
distantes (Ef 2.13), mas, agora, por estarem em Cristo, se aproximaram. Vale a
pena ressaltar que essa aproximação não se deu pelos ensinos de Cristo vertido
na cruz do Calvário. Divisões e distinções não existem mais conforme a posição
de cada um perante Deus. O Eterno Deus usou de um meio para os que antes
estavam divididos se tornassem um (Jo 10.16; 17.11; 1Co 10.17; 12.13).
Conclusão.
Devemos fazer um exame introspectivo à luz da
Palavra de Deus, a fim de avaliar a nossa vida, se estamos realizando um bom
trabalho no cumprimento de nossa missão, se estamos sendo conduzidos pela
verdadeira adoração em uma comunhão intensa com Deus e com os nossos irmãos.
Questionário.
1. Quem estabeleceu a nova aliança?
R: O Messias (Jr 31.31; Mt
26.28).
2. Qual era o alcance da missão de jeremias?
R: Mundial (Jr 1.5).
3. Como Jeremias era conhecido?
R: Como “o profeta das lágrimas”
(Lm 1.12-13).
4. Quem é o Renovo Justo?
R: Jesus (Jr 23.5).
5. Quando Deus castiga o Seu povo, qual é o Seu
objetivo?
R: Restaurar (Jr 31.17-18; Hb
12.5-11).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens
e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103,
publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
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